40 research outputs found

    O que será do Brasil e do SUS?

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    A nota apresenta efeitos do golpe jurídico-parlarmentar de 2016 e avalia seus reflexos na profunda crise política, econômica e social que assolam o Brasil. Assume a dificuldade de projetar o futuro do Sistema Único de Saúde, que completa 30 anos em outubro, nesse contexto

    Consumo de bebidas alcoólicas e direção de veículos, balanço da lei seca, Brasil 2007 a 2013

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    O estudo analisa a tendência da frequência de adultos que dirigem alcoolizados, nas capitais brasileiras, após aprovação das leis que proíbem uso de álcool e direção. Foram utilizados dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), entre 2007 e 2013. A frequência de adultos que dirigiram após o consumo abusivo foi reduzida em 45,0% no período (2,0% em 2007 a 1,1% em 2013). Reduções significativas foram verificadas nos anos imediatamente após a publicação das leis que proíbem o uso do álcool e direção entre 2007 e 2008 (-0,5%) e entre 2012 e 2013 (-0,5%). As melhorias apontadas em relação a dirigir alcoolizado mostram mudança dos hábitos da população brasileira.The study analyzes the trend in frequency of adults who drive under the influence of alcohol in major Brazilian cities after the passing of laws, which prohibit drunk driving. Data from the Surveillance System for Risk and Protective Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey (VIGITEL) between 2007 and 2013 were analyzed. The frequency of adults who drove after abusive alcohol consumption was reduced by 45.0% during this period (2.0% in 2007 to 1.1% in 2013). Between 2007 and 2008 (-0.5%) and between 2012 and 2013 (-0.5%), significant reductions were observed in the years immediately after the publication of these laws that prohibit drunk driving. These improvements towards the control of drunk driving show a change in the Brazilian population’s lifestyle

    National Health Promotion Policy (PNPS) : chapters of a journey still under construction

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    A saúde faz-se um bem público produzido pelas e nas redes de relação e disputas de sujeitos que almejam colocar determinados interesses e necessidades na agenda das políticas públicas. A Promoção da Saúde, como conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, visando atender às necessidades sociais de saúde e garantir a melhoria da qualidade de vida da população, emerge marcada pelas tensões próprias à defesa do direito à saúde. O artigo pretende explicitar certo percurso da Promoção da Saúde no SUS, contando a história de sua afirmação como Política Nacional e as possibilidades que aí se produziram para ampliar a integralidade do cuidado em saúde. Os autores, totalmente implicados na formulação, implementação e revisão da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), sistematizam a caminhada em três capítulos: 1998/2004 – Embrião de uma PNPS; 2005/2013 – Nasce, cresce e se desenvolve uma PNPS; 2013-2015 – Revisando, ampliando e divulgando a PNPS. Para além da narrativa de uma história, análise de ciclo de uma política, ou balanço de avanços tenta-se resgatar contextos, textos, discursos, tensões na trajetória da PNPS. Os próximos capítulos são uma obra em aberto e anunciam caminhos.Health is a fundamental human right, according to the global commitment to the Universal Declaration of Human Rights. Health is a public good socially produced by and within social networks and disputes among subjects that seek to place certain interests and needs on the agenda of public policies. Health Promotion, as a set of strategies and forms of producing health, both individual and collective, aiming to meet the social needs of health and to assure better quality of life of the population, emerges intrinsically marked by tensions inherent to the defense of the right to health. The present article intends to detail a certain pathway of Health Promotion at SUS, telling the history of its affirmation as a National Policy and the possibilities that were produced therein to amplify the completeness of healthcare. The authors, totally involved in the preparation, implementation, and revision of the National Health Promotion Policy (PNPS), classified the journey into three chapters: (1) 1998/2004 – Embryo of a PNPS; (2) 2005/2013 – Birth, growth, and development of a PNPS; (3) 2013-2015 – Revision, expansion and dissemination of the PNPS. In addition to the narrative of a history, the cycle analysis of a policy, or balance of advancements, there is an attempt to restore contexts, texts, speeches, and tensions in the PNPS trajectory. The next chapters are still ongoing, and announce paths and possibilities on how to ensure that a Policy is kept alive

    novos sentidos para a prática profissional em contexto hospitalar?

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    O Kanban, uma tecnologia de gestão do cuidado caracterizada pela valorização do trabalho multiprofissional e o uso intensivo da informação, tem sido crescentemente utilizado para enfrentar a superlotação dos serviços de emergência hospitalar (SEH). Pesquisadores acompanharam durante dez meses o Kanban em vários setores de um SEH municipal. Suas observações, registradas em diários de campo, foram discutidos em reuniões quinzenais por um coletivo de pesquisadores. O material empírico foi organizado a partir de duas questões: Há mudanças nas “atribuições tradicionais” da enfermagem atuando no Kanban? Há transformações nas relações interprofissionais entre Medicina e Enfermagem na operacionalização do Kanban? Observou-se forte adesão dos enfermeiros ao arranjo, pari passu com uma maior especialização e fragmentação do seu trabalho. Os diaristas assumem funções administrativas tradicionais da enfermagem, enquanto os plantonistas desenvolvem assistência direta aos pacientes. Os enfermeiros consideram que a decisão clínica ainda é do médico, embora o Kanban propicie sua maior influência na decisão. A gestão de grande massa de dados clínico-operacionais pelos enfermeiros, central na operacionalização do Kanban, reforça sua autoridade profissional. Kanban is a care management tool that values multi-professional work and intensive use of data and has been growingly used in Brazil to address overcrowding in hospital emergency services (HES). The researchers monitored the Kanban for ten months in multiple wards of a municipal HES, and their observations were recorded in field diaries and discussed in biweekly research team meetings. The empirical material was organized from two questions: Are there changes in “traditional attributions” of Kanban-operating nursing? Are Medicine-Nursing interprofessional relationships transformed? A strong nurse adherence to this tool was observed, coupled with greater specialization and fragmentation of their work: nurses working as diarists assume more traditional administrative functions, while those on-call develop more direct assistance to patients. Nurses consider that clinical decisions are still in the doctors’ hands, although Kanban provides them with a stronger influence on such decisions. Nurses’ role in the management of significant mass of clinical and operational data, central to Kanban’s operationalization, strengthens their professional authority.publishersversionpublishe

    Cartas sanitarias : um instrumento para o processo de planejamento participativo e de gestão estrategica de serviços basicos de saude

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    Orientador: Emerson Elias MerhyDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: A partir da análise do contexto histórico onde se dá a formulação das políticas de saúde e as relações Estado/classes sociais, procurou-se compreender os fatores determinantes na configuração do modelo tecno-assistencial praticado pela rede pública de serviços básicos de saúde. Tomando como elemento de referência a práxis profissional na qual está inserido o autor em sua militância sócio-política na área de Saúde Coletiva e na gestão de sistemas locais de saúde, a investigação de dez secretarias municipais de saúde e a análise das principais características da rede em todo o país, foi possível identificar os contornos tecno-assistenciais assumidos pelos serviços básicos nos últimos anos e o quanto continua sendo difícil romper com o modelo hegemônico, redirecionar seu enfoque (hospitalocêntrico) e redesenhar novos papéis. A partir de uma das matrizes ideológicas estudadas, denominada transformadora por MERHY (1997), delinearam-se diretrizes que devem ser assumidas pela rede básica, se, de fato, for empreendida a implementação de um novo modelo tecno-assistencial, em defesa da vida. Um instrumento de planejamento participativo e gestão estratégica, denominado pelo autor "Cartas Sanitárias" que permite envolver, democrática e solidariamente, os diferentes sujeitos sociais no processo de construção do SUS em âmbito local (gestores, trabalhadores da saúde e comunidade), foi proposto, num esforço para elaborar e implementar, para cada unidade básica de saúde, uma nova maneira de identificar necessidades, definir prioridades e, dessa forma, planejar, organizar, gerir e avaliar serviços. As Cartas Sanitárias, na perspectiva proposta neste estudo, constituem-se numa estratégia contida num processo mais amplo de transformação do modelo tecno-assistencial para a rede básica de saúde, capaz de interferir na qualidade de vida e reafirmar o compromisso dos serviços com o cuidado individual e a saúde coletiva, a partir das necessidades e da realidade de cada comunidadeAbstract: By analyzing the historical context where the formulation of health politics and State/social classes take place, we tried to comprehend the factors that are determinant to the configuration of the techno-assistant model practiced by the public health service. By taking as a reference element the professional praxis which the author is involved with, through his sociopolitical militancy in the Collective Health field, and in the administration of local health systems, the investigation of ten municipal health offices and the analyses of the main characteristics of the public service ali over the country, we could identify the techno-assistant outlines taken over by the public health services during the last years and how hard it is to break the hegemonic model, redirect its focus (hospital-centered) and redesign new roles. From one of the ideological matrices studied, called transformer by MERHY (1997), we could sketch out policies to be controlled by the public health service if actually an implementation of a new techo-assistant model is undertaken for lifesaving. An instrument for the participative planning process and strategical administration, called "Sanitary Letters" by the author that allows the democratic and solidaristic involvement of the different social participants in the construction process of the SUS in local extent (managers, health workers, and community), was proposed in an effort to work out in detail and implement, for each basic health unity, a new way to identify needs, define priorities and thus, plan, organize, manage, and evaluate services. The Sanitary Letters, the way they are suggested in this study, are comprised of an strategy of a larger transformation process of the techno-assistant model for the public health service, being able to interfere in the quality of life and reasure the commitment with both the individual care and the collective health, considering the needs and the reality of each communityMestradoSaude ColetivaMestre em Saude Coletiv

    Que sera de Brasil y del SUS?

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    Made available in DSpace on 2018-07-11T16:14:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 3.pdf: 695387 bytes, checksum: 4d1201d5fc6569e1db93fc4b4c013270 (MD5) Previous issue date: 2018Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. São Paulo, SP, Brasil.A nota apresenta efeitos do golpe jurídico-parlamentar de 2016 e avalia seus reflexos na profunda crise política, econômica e social que assola o Brasil. Assume a dificuldade de projetar o futuro do Sistema Único de Saúde (SUS), que completa 30 anos em outubro, nesse contexto. Reafirma o impacto do congelamento de gastos públicos nas políticas sociais estabelecidas em governos anteriores e em como as reformas confrontam diretamente com a Constituição de 1988, que introduziu o conceito de saúde como direito e dever do Estado. Por fim, relembra o papel dos atores históricos na construção do SUS e da importância da mobilização dos movimentos populares para que, perante as eleições federais e estaduais, seja possível defender o SUS que se quer.The note presents effects of the legal-parliamentary coup of 2016 and evaluates its reflections in the deep political, economic, and social crisis that plagues Brazil. It assumes the difficulty of projecting the future of the Sistema Único de Saúde (Unified Health System – SUS), which turns 30 years old in October, in this context. It reaffirms the impact of the freezing of public spending on social policies established in previous governments, and on how the reforms directly confront the Constitution of 1988, which had introduced the concept of health as a right and duty of the State. Finally, the note recalls the role of historical actors in building SUS and the importance of the mobilization of popular movements so that, before federal and state elections, it is possible to defend the SUS that is wanted.La nota presenta efectos del golpe jurídico-parlamentar de 2016 y evalúa sus reflejos en la profunda crisis política, económica y social que asola a Brasil. Asume la dificultad de proyectar el futuro del Sistema Único de Salud (SUS), que cumple 30 años en octubre, en ese contexto. Reafirma el impacto de la congelación del gasto público en las políticas sociales establecidas en gobiernos anteriores y en cómo las reformas confrontan directamente la Constitución de 1988, que introdujo el concepto de salud como derecho y deber del Estado. Por último, recuerda el papel de los actores históricos en la construcción del SUS y la importancia de la movilización de los movimientos populares para que, ante las elecciones federales y estatales, sea posible defender el SUS que se quiere
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