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    Qualidade de vida em doentes com dor crónica

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    A dor é uma parte integrante da vida e tem a função de proteger a integridade física da pessoa. Contudo, ela pode ser incontrolável e, assim, capaz de comprometer a qualidade de vida. É vista como um sintoma primário que faz com que as pessoas procurem orientação médica, acreditando em patologia, sendo que, através do relato verbal, é possível verificar a presença ou ausência de uma patologia física. Por ser um sintoma complexo, individual e subjectivo, ela envolve aspectos sensitivos, emocionais e culturais que só podem ser compartilhados a partir do relato de quem a sente (Pimenta & Teixeira, 1995). Numa tentativa de contribuir para a clarificação do fenómeno da dor crónica, a psicologia tem tido um papel primordial, com um excelente campo de trabalho e de investigação, para poder desempenhar o seu papel de forma proveitosa para as pessoas com dor crónica e profissionais de saúde nesta área. Neste sentido, o que se pretende com esta investigação, vai na linha de orientação de outros estudos elaborados neste âmbito (Maestre, Zarazaga & Martínex, 2001; Pelechano, Matud & Miguel, 1994). O presente estudo tem como objectivo geral caracterizar a população de doentes com dor crónica em acompanhamento na Unidade da Dor do Hospital de S. João – Porto, em termos de Qualidade de Vida. Assim, pretende-se especificamente avaliar de que forma a qualidade de vida destes doentes é modelada pela personalidade, por um lado, e pode variar, por outro, em função de uma psicopatologia – ansiedade, depressão – cuja expressão clínica possa requer intervenção especializada, e ainda da dor, uma vez controlada a influência de variáveis sócio-demográficas e da sua situação médica – diagnóstico e terapêutica actual. Incidiu sobre uma amostra de 155 doentes em tratamento na unidade supra-referida, dos quais 23,2% eram do sexo masculino e 76,8% do sexo feminino, pertencendo sobretudo ao grupo etário dos 30-49 anos e ao dos 50-69 anos. Para levar a cabo esta investigação foram utilizados os seguintes instrumentos: MPQ – McGill Pain Questionnaire, VAS – Visual Analogue Scales para quantificação da dor, EPI – Eysenk Personality Inventory para avaliação da personalidade, HADS – Hospital Anxiety and Depression Scale para avaliação da psicopatologia e finalmente, para avaliação da qualidade de vida, SF-36 – The Medical Outcomes Study Short- Form 36 Health Survey. Recorreu-se ainda a uma entrevista estruturada elaborada com o propósito de recolher informação sócio-demográfica. Relativamente às análises efectuadas, através do teste estatístico de correlação de Pearson (r), foi possível encontrar uma correlação positiva e estatisticamente significativa entre a dimensão neuroticismo (EPI) e várias subescalas da avaliação da dor (MPQ), confirmando a hipótese 1 do estudo. Verificou-se também uma correlação negativa e estatisticamente significativa entre a dimensão ansiedade (HADS) e algumas subescalas da avaliação da dor (MPQ); quanto à depressão verificou-se uma correlação positiva e estatisticamente significativa entre esta dimensão (HADS) e a subescala de intensidade da dor avaliativa (MPQ) e com a escala visual analógica (VAS); assim confirmando apenas em parte a hipótese 2. Em relação à avaliação da qualidade de vida (SF-36) verificou-se uma correlação negativa e estatisticamente significativa entre algumas subescalas do (SF-36) e a (VAS) e com as subescalas da avaliação da dor (MPQ), confirmando totalmente a hipótese 3. Quanto à dimensão neuroticismo (EPI), verificou-se uma correlação negativa e estatisticamente significativa com as subescalas do (SF-36); já em relação à dimensão extroversão (EPI) verificou-se uma correlação positiva e estatisticamente significativa com as subescalas (SF- 36); permitindo assim os resultados obtidos confirmando a hipótese 4. No que respeita à 5ª hipótese deste trabalho, à dimensão ansiedade (HADS) verificou-se uma correlação positiva e estatisticamente significativa com as subescalas do (SF-36); mas já quanto à dimensão depressão, esta apresentou uma correlação negativa e estatisticamente significativa com as subescalas do (SF-36), assim confirmando em parte a hipótese 5. Finalmente procedeu-se a uma análise correlacional entre a personalidade (EPI) e psicopatologia (HADS), verificando uma correlação negativa e estatisticamente significativa entre a dimensão neuroticismo (EPI) e a ansiedade (HADS), positiva e estatisticamente significativa entre a extroversão (EPI) e a dimensão ansiedade (HADS), e negativa com a de depressão (HADS), pelos resultados obtidos não confirmando a última hipótese. Resultados que se pretendem analisar no âmbito da discussão

    Avaliação da qualidade de vida em mulheres com cancro da mama: Estudo exploratório com 60 mulheres portuguesas

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    Este estudo visou avaliar a qualidade de vida em 60 mulheres com diagnóstico de cancro da mama, já submetidas a cirurgia (mastectomia ou tumorectomia) e, presentemente, em tratamento de quimioterapia, no Hospital de S. João (Porto, Portugal). Foram administrados o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire (EORTC QLQ-C30) e o Supplementary Questionnaire Breast Cancer Module (QLQ-BR23). Observou-se que as mulheres submetidas a tumorectomia evidenciavam uma “percepção da imagem corporal” (BRBI) mais negativa e uma maior “preocupação com a queda do cabelo” (BRHL) do que as mulheres mastectomizadas (sub-escalas do QLQ-BR23). O grupo submetido ao esquema de tratamento quimioterapêutico FEC evidenciava mais problemas físicos, em várias sub-escalas do EORTC QLQ-C30 e QLQ-BR23, comparativamente com o grupo que estava a realizar o esquema de tratamento CMF. As mulheres mais velhas apresentavam melhor qualidade de vida que as mais jovens, traduzida pela avaliação do “funcionamento físico” (PF2), do “funcionamento sexual” (BRSEF) e “prazer sexual” (BRSEE). Verificou-se, também que as mulheres casadas revelavam mais problemas ao nível do “funcionamento físico” (PF2) e sintomas como “diarreia” (DI). Por seu lado, as mulheres não casadas apresentavam mais preocupações com a sua saúde no futuro e um melhor “funcionamento sexual” (BRSEF). ------ ABSTRACT ------ Abstract: The aim of this study was to evaluate the quality of life in 60 Portuguese women diagnosed with breast cancer, who were already submitted to surgery (mastectomy or tumorectomy), and are presently undergoing chemotherapy treatment at Hospital de São João (Porto, Portugal). The European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire (EORTC QLQ-C30) and Supplementary Questionnaire Breast Cancer Module (QLQ-BR23) have been administrated. It has been observed that women submitted to tumorectomy showed signs of a more negative “perception of body image” (BRBI) and a greater “concern with hair loss” (BRHL) than mastectomized women (subscales of the QLQ-BR23). The group submitted to chemotherapy with FEC showed more physical problems, in different subscales of the EORTC QLQ-C30 and QLQ-BR23, as compared to the group that was undergoing treatment with CMF. Older women revealed a greater quality of life than younger women when evaluated in their “physical functioning” (PF2), “sexual functioning” (BRSEF) and “sexual enjoyment” (BRSEE). It has been verified that married women revealed more problems in relation to the “physical functioning” (PF2) and symptoms such as “diarrhea” (DI). On the other hand, unmarried women revealed greater concern with their health in the future and with a better “sexual functioning” (BRSEF)

    Processo de enfermagem na saúde mental / Nursing process in mental health

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    Doença mental é um termo usado sem que haja uma definição mais concreta, pode ser utilizado para descrever o nível emocional e cognitivo na qualidade de vida das pessoas, portanto refere se há uma alteração na cognição e afetividade, que se traduz em perturbações em nível do raciocínio, comportamento, compreensão da realidade e da adaptação às condições da vida. O processo de enfermagem é a aplicação de parâmetros teóricos da enfermagem tendo em vista resolver ou amenizar os problemas observados e referidos pelos pacientes, família e comunidade, esse instrumento é um facilitador da assistência, trazendo como benefício o acompanhamento do estado do paciente estimulando o autocuidado e auxiliando na sua melhora. Nesse contexto foi realizado um estudo de revisão narrativa de literatura, com os objetivos de identificar na literatura o que tem produzido sobre o processo de enfermagem na saúde mental, descrever quais as patologias prevalentes nos estudos, listar os principais títulos diagnósticos de enfermagem da Taxonomia NANDA Internacional identificados nos clientes psiquiátricos e evidenciar , quais os cuidados específicos de enfermagem recomendados aos pacientes portadores de doença mental. Os dados foram levantados no Scielo, Redalyc e BVS. Trabalhou-se com 15 publicações de acordo com a relevância, objetivos do estudo e critérios de inclusão e exclusão. Os resultados evidenciaram como patologias prevalentes: Ansiedade, transtorno relacionado ao uso de álcool e outras drogas, depressão, Esquizofrenia, Alzheimer, demência e transtornos neuróticos. Constatamos ainda que o diagnóstico de enfermagem da Taxonomia NANDA Internacional mais identificado nos clientes psiquiátricos, foi a ansiedade. Os cuidados específicos recomendados foram: intervenções extra hospitalares; promoção à saúde e cuidado humanizado, valorizando corpo, mente e vida social. Evidenciamos assim a importância da avaliação no processo de enfermagem, pois através dela podemos assegurar um cuidado adequado a esse paciente
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