16 research outputs found

    Questões em torno da construção de indicadores de analfabetismo e letramento

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    This article discusses issues on the construction of illiteracy - and of its opposite, literacy - indexes. Firstly, it analyzes the evolution of these concepts and their relevance to the field of education. Next it describes the Brazilian situation with respect to three strategies for measuring illiteracy and literacy: the population census, the evaluations of school systems, and the sampling studies. It analyzes methodological problems of each of those strategies, and their political and ideological implications. With regard to census data, it questions the validity of the criterion adopted by IBGE - less than four years of schooling - to quantify functional illiteracy. It points out the potential of the evaluations of school systems, showing their large repercussion in the media, and the little attention they receive from academic experts. With respect to sampling surveys, the article describes recent international trends and a pioneering initiative to create a national indicator of illiteracy in Brazil. The article underlines the importance of criticizing the myths associated to literacy and of avoiding the stigmas attached to illiteracy. The article concludes that the publication of researches on literacy and their distribution among the population represents a rich opportunity to the society to reflect on its own culture, and on its expectations about the school and other institutions.Este artigo discute questões em torno da construção de indicadores de analfabetismo e de seu oposto, o letramento. Primeiramente, analisa a evolução desses conceitos e sua relevância para o campo da educação. Em seguida, descreve a situação brasileira em relação a três estratégias de medição de analfabetismo e letramento: os censos populacionais, as avaliações dos sistemas de ensino e os estudos por amostragem. Analisa problemas metodológicos de cada uma dessas estratégias e suas implicações políticas e ideológicas. Em relação aos dados censitários, questiona a validade do critério adotado pelo IBGE - menos de quatro anos de escolaridade - para quantificar o analfabetismo funcional. Aponta as potencialidades das avaliações dos sistemas de ensino, evidenciando sua grande repercussão na mídia e a pouca atenção que recebem dos especialistas da academia. Com relação às pesquisas por amostragem, descreve tendências internacionais recentes e uma iniciativa pioneira de construção de um indicador nacional de alfabetismo no Brasil. Destaca a importância de criticar os mitos associados ao letramento e evitar os estigmas associados ao analfabetismo. Conclui que a divulgação de pesquisas, sobre o letramento e sua distribuição na população, proporciona uma rica oportunidade para que a sociedade reflita sobre a própria cultura, sobre suas expectativas com relação à escola e outras instituições

    Cultura Escrita no Brasil: modos e condições de inserção

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    Este artigo realiza uma análise exploratória da distribuição do acesso à cultura escrita no Brasil, bem como de seus principais condicionantes. Para isso, examina dados de investigação em grande escala construídos pelo Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF). Os resultados da análise mostram que, no caso brasileiro, a maior parte da população tende a concentrar-se nos níveis mais elementares de alfabetismo e que uma menor ou maior duração da escolarização parece ser um dos principais fatores que regulam essa distribuição do acesso à cultura escrita. Apesar disso, os resultados evidenciam, ainda, que, na sociedade brasileira, encontram-se fortes limitações ao poder equalizador da duração da escolarização sobre o acesso a níveis mais altos de alfabetismo

    Dimensões atitudinais do alfabetismo

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    Este artigo traz os resultados de uma pesquisa realizada junto a jovens e adultos de forma a estabelecer competências e comportamento de jovens e adultos de nenhuma ou pouco escolaridade. A pesquisa foi realizada em São Paulo como parte do projeto latino-americano promovido pela OREALC - Oficina Regional de Educación para América Latina y el Caribe, sob a coordenação de Maria Isabel Infante. Partiu da definição de analfabetismo funcional proposta pela Unesco: "uma pessoa funcionalmente analfabeta é aquela que não pode participar de todas as atividades nas quais a alfabetização é requerida para uma atuação eficaz em seu grupo e comunidade, e que lhe permitem, também, continuar usando a leitura, a escrita e ao cálculo a serviço de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento da sua comunidade" (INFANTE, 1994 a, p. 7). Dessa definição, formulou-se a hipótese sobre a relação entre a capacidade de ler e escrever e a assunção de certas orientações atitudinais que compreendem aspectos comportamentais e valorativos

    Visões da educação de jovens e adultos no Brasil

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    Este artigo discute a situação atual da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Iniciando a discussão por uma revisão histórica das políticas de educação de adultos nas grandes reformas educacionais deste século, conclui com uma análise das possibilidades de realizar uma educação em suplência que de forma renovada não caia na repetição dos erros do passado nem escolarize demais este nível de ensino

    LETRAMENTO NO BRASIL: ALGUNS RESULTADOS DO INDICADOR NACIONAL DE ALFABETISMO FUNCIONAL

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    Este artigo sintetiza os principais resultados de uma pesquisa realizada em 2001 sobre as condições de letramento dos jovens e adultos brasileiros. Os dados foram recolhidos em uma amostra representativa da população entre 15 e 64 anos, à qual foram aplicados um teste de leitura e um questionário visando a levantar informações sobre background educacional, usos da linguagem escrita em diferentes contextos, além do julgamento das pessoas sobre suas capacidades e disposições quanto à leitura e à escrita. Depois de discutida a relevância de uma pesquisa dessa natureza, assim como os problemas teórico-metodológicos nela envolvidos, descrevem-se os níveis de alfabetismo que foram verificados por meio do teste e algumas práticas de letramento a que correspondem. Em seguida, analisam-se correlações entre os níveis de alfabetismo e algumas variáveis intervenientes, entre as quais se destaca o grau de escolaridade
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