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    AVALIAÇAO EM ENFERMAGEM AOS FATORES PREDISPONENTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) EM DETENTOS DE UMA UNIDADE PRISIONAL EM MURIAÉ-MG

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    INTRUDUÇÃO: O aprisionamento sempre fez parte da história e os indivíduos no cárcere, estão sujeitos a adquirirem patologias diversas por não possuírem os mesmos hábitos que os cidadãos livres. Destarte, é importante volver a atenção a este público para promover a saúde e prevenir eventuais agravos. Hordienamente, observa-se que o número de detentos no país cresce vertiginosamente, concomitantemente a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – doenças crônico-degenerativas (DCD) a HAS que integra um grupo de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’s) que são tidas como enfermidades de história natural prolongada, múltiplos fatores de risco, interação de fatores etiológicos, especificidade de causa desconhecida, ausência de participação ou participação polêmica de microorganismos entre os determinantes, longo período de latência, longo curso assintomático, curso clínico em geral lento, prolongado e perene, manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação, lesões celulares irreversíveis e evolução para vários graus de incapacidade ou óbito – vem acometendo e assolando milhares de pessoas por todo o mundo. Os prejuízos decorrentes desta doença são inestimáveis e afeta a economia do país devido o dispêndio financeiro no custeio com internações hospitalares, cirurgias, pagamento de aposentadorias, pensões e etc. OBJETIVO: Considerando que a doença hipertensiva, podem ser evitadas por estar intimamente ligada ao comportamento, o escopo deste estudo consiste em avaliar as condições de saúde de detentos de uma Unidade Prisional em Muriaé-MG atentando-se aos fatores preditivo para a HAS. METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo exploratório-descritivo com abordagem quanti-qualitativa utilizando um questionário semi-estruturado, instrumentos aprovados e calibrados para verificação e aferição da pressão arterial, avaliação do índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). Para a aferição da PA optou-se pela técnica da medida indireta, com esfignomanômetro aneroide adulto modelo Acadêmico da marca BD, além de estetoscópio com campânula, registrados e regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).  Buscou-se seguir na realização desta técnica o padrão ouro, definido pela American Heart Association (AHA), descritos no Brasil em Consensos e Diretrizes do Tratamento da Hipertensão Arterial preconizados pelas associações científicas. Na mensuração da CA utilizou-se fita métrica flexível e inelástica com 150 cm de comprimento. A CA foi obtida na menor curvatura localizada entre as costelas e a crista ilíaca, posicionando a fita e ajustando-a diretamente sobre a pele, sem comprimir os tecidos. Quando não foi possível identificar a menor curvatura, obteve-se a medida de 2 cm acima da cicatriz umbilical de modo a permanecer na mesma altura. Durante a mensuração, os presos pesquisados mantinham-se de pé (ereto), abdômen relaxado, braços estendidos ao longo do corpo e pés separados numa distância de 25-30 cm e os registros eram feitos quando os entrevistados encontravam-se na fase de expiração. Para a avaliação do IMC utilizou-se uma balança da marca Filizola com escala métrica graduada, com precisão de 100 gramas para o peso e de 0,1 cm para a estatura, ambas devidamente registradas e aprovadas. Para obtenção deste índice, faz-se a relação entre peso e altura que é calculada pela seguinte fórmula: IMC = P/A2, ou seja, [IMC = P (kg) ÷ A (m)2], em que P é o peso corporal em quilogramas e A é a altura em metros (m) elevada ao quadrado. RESULTADOS: Foram entrevistados 102 presos, sendo 53 homens e 49 mulheres. Os homens possuíam idade entre 21 e 54 anos, com média de ±29,5 anos, e as mulheres entre 19 e 56 anos, com média de ±33,2 anos. No que concerne à raça/cor declarada, os brancos eram em maior proporção, seguidos dos negros, pardos, mulatos e morenos. A maioria dos entrevistados (62,7%) era pouco instruída, ou seja, não possuía ou não havia completado o ensino fundamental, que consiste na conclusão da 8ª série do antigo 1o grau, mas verificou-se que as mulheres eram as mais escolarizadas. As informações sobre a situação educacional dos reclusos são importantes, pois caracterizam indiretamente uma situação de exclusão social que antecede o seu ingresso no Sistema e implica também numa qualidade de vida inferior a de outras pessoas. À avaliação de alguns parâmetros constatou-se cifras acima do desejado além de hábitos e comportamentos inadequados, sendo as mulheres as mais vulneráveis. Algumas pessoas viviam com condições psicossociais alteradas, 53 (51,9%) possuíam hábitos tabagista, 52 (50,9%) eram inativos com relação à exercitação física, 48 (47,0%) utilizavam drogas ou medicamentos que poderiam alterar os valores tensionais, 47 (46,1%) possuíam histórico familiar da doença, 26 (25,5%) apresentavam-se com a circunferência abdominal (CA) acima do desejado, 24 (23,5) com IMC desfavorável (maior que 25 Kg/m2), 24 (23,5%) com idade propensa ao desenvolvimento da HAS outros com PA descontrolada, conforme a figura abaixo e outros fatores mais. Alguns sinais e sintomas que indivíduos hipertensos apresentam são assaz subjetivos, entretanto correlacionar esta síndrome com os valores pressóricos acima do normal poder ser eficaz no diagnóstico da doença. Não se buscou fazer esta relação neste estudo, mas verificou-se que um número significativo apresentava alterações comuns de indivíduos portadores da HAS como dores de cabeça 44 (43,1%), fadiga e tontura 39 (38,2), 23 (22,5%), problemas visuais 26 (25,5%) dentre outros. Avaliando os hábitos alimentares e comportamentais destes indivíduos verificaram-se comportamentos curiosos. Um número muito significativo de reclusos disseram utilizar medicamento tranquilizantes e psicotópicos, do contrário não conseguiriam sequer descansar e além de o estado de sono/repouso refletir nos valores PA alguns medicamento são sabidamente influenciáveis nos mecanismos de controle da PA. Entre os homens verificou-se respostas como: “Não descanso bem à noite porque sinto falta de ar” (AJF,54); “Não descanso de noite não porque tô cum problema de rim e to virando toda a noite na jega [cama]” (AA, 26 anos); “Não descanso bem porque eu tô preso” (LCA, 254 anos); “Tô mais que infeliz” (ACD, 28 anos); “Tô durmindo mais ou menos, mais tá vindo diazepan pra mim... tô muito infeliz por estar longe da família” (M, 37 anos); “Tenho muita atormentação. Não tenho paz por causa de inimigos, to isolado e é por isso que eu num vô pro pavilhão. Eu tomo gadernal, tegretol, diazepan, ripinol.” (ACD, 28 anos); “Eu tomo gadernal, tegretol, amitripicilina” (MA, 30 anos); entres as mulheres obteve-se: “Tem vez que não durmo mas isso é normal, já to acustumada” (M, 43 anos); “Tomo diazepan, amitripitilina, tegretol e corticóides” (MC, 22 anos); “Vivo infeliz pelo que passo” (AGS, 36); “Vivo muito infeliz porque eu tô longe dos meus filhos. Vim de João Monlevade” (MPM, 44 anos). Quando apurou-se sobre o historio familiar destes indivíduos, detectou-se que 47 (46,1%) possuíam histórico familiar e havia alguma que relataram ter perdido entes por problemas decorrentes de doenças cardíacas e isto é um indício de predisposição já que a HAS desencadeia problemas cardiovasculares. Assim entre os homens teve-se relataram como: “Minha tia é hipertensa!” (JBF, 29 anos); “Meu pai deu derrame” (MFG, 35 anos); “Minha mãe tem cardiopatia” (Al, 39 anos); “Meu pai morreu de pressão e parada cardíaca” (AA, 26 anos); entre as mulheres também havia um número representativo de histórico da doença, complicações e agravos sugestivos de doença hipertensiva e problemas cardiovasculares: “Meu pai teve cardiomegalia e morreu” (MAPC, 48 anos); “Meu pai morreu de pressão alta” (IPD, 29 anos); “Minha mãe morreu de eclâmpsia” (MALS, 31 anos); “Meu pai deu derrame e morreu” (GM, 21 anos); “Minha mãe tem doença do coração” (AML, 46 anos); “Meu pai deu derrame” (RM, 26 anos); “Meu pai tinha pressão alta e morreu” (R, 28 anos). Muitos reclusos também reclamavam da alimentação que era oferecida na Unidade, ainda que esta fosse preparada sob os cuidados de nutricionistas. Sem se alimentarem alguns trocavam o almoço servido em marmitex por pães, doces, e outras guloseima: “Como só biscoito, leite...” (JÁ, 36 anos - ♂); “Não tô rangando nada só o marrocos [gíria utilizado por preso referindo-se ao pão] de manhã e à tarde” (LCA, 25 anos - ♂); “Faço até trabalhos em troca de doces!” (AJF, 54 anos - ♂); “Só como bobagens, porque eu não tenho fome. Só como o pão mesmo” (MC, 22 anos - ♀). CONCLUSÕES: A significância clínica das doenças em questão provém das lesões a estruturas importantes como cérebro, coração, nervos, olhos, rins e vasos sanguíneos. Considerando que estas patologias podem ser evitadas é elementar que sejam implantadas no Sistema, ações com este finalidade. Sugere-se, portanto que os apenados sejam instruídos quanto aos hábitos saudáveis de vida como alimentação, prática de exercícios físicos e abandono de maus hábitos como o tabagismo. Além de prover melhoria na qualidade de vida dos reclusos, ter-se-á significativa diminuição da morbimortalidade e oneração do estado no tratamento destes agravos. REFERÊNCIAS: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA (ABESO). Cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). São Paulo: ABESO, 1998-2008. Disponível em: <http://www.abeso.org.br/calc_imc.htm>. Acessado em: 16 ago. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus. 33p. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: <http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docs/publicacoes/geral/projeto_educacao_permanente-maio14.pdf>. Acessado em: 17 jul. 2009. ______. ______. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde.  (Cadernos de Atenção Básica, n. 15 - Série A. Normas e Manuais Técnicos). Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 58p. ISBN: 85-334-1189-8. NERES, Ramon A. C. Ações de saúde na prisão: análise da adesão do Estado de Minas ao PNSSP. 2008. 85f. Monografia. (Bacharelado em Administração Pública) Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, 2008

    Effect of cilostazol and pentoxifylline on gait biomechanics in rats with ischemic left hindlimb

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    Objective: The purpose of this study was to determine the impact of pharmacologic treatment with cilostazol and pentoxifylline on gait biomechanics of ischemic rat hindlimbs compared with nonischemic controls. Methods: An experimental study was designed using 30 Wistar rats divided into five groups (n = 6): control (C); ischemia (I) - animals submitted to left common iliac artery interruption without pharmacologic treatment; pentoxifylline (Pen) - rats submitted to procedure and treated with pentoxifylline 3 mg/kg twice a day for 6 weeks; cilostazol (Cil) - animals submitted to procedure and treated with cilostazol 30 mg/kg twice a day for 6 weeks; and sham (S) - animals submitted to procedure without artery interruption. Gait analysis was performed using a computed treadmill. Time, number, and duration of each hindlimb contact were obtained. The total number of contacts (TNC) and the total duration of contacts (TDC) were compared between left and right hindlimb and among groups. Left hindlimb ischemic incapacitation index (LHII) was defined by the formula: LHII = (1 - TNCleft x TDCleft/TNCright x TDCright) x 100 Results: Left hindlimb TNC values were twofold lower in I, Pen, and Cil groups than in C and S groups (P < .01). In I, Pen, and Cil groups, TNC values for the left hindlimb were half of the right hindlimb ones (P < .01). Left hindlimb TDC values were lower in I and Pen groups than the other groups (P < .01). Cil group presented twofold increased values, not different from C and S groups (P = 0.16). Right hindlimb TNC values were greater for I group (P < .01). LHII was around zero in C and S groups and 82 in both I and Pen groups (P < .01). Cil group presented a LHII of 42; higher than C and S groups, but lower than I and Pen groups (P < .01). Conclusions: Cilostazol at a dose of 30 mg/kg twice a day promoted improvement in gait performance in rats submitted to chronic hindlimb ischemia. Pentoxifylline at a dose of 3 mg/kg twice a day did not show this effect. (J Vasc Surg 2012;56:476-81.

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

    Avaliaçao em enfermagem aos fatores predisponentes para o desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica (has) em detentos de uma unidade prisional em muriaé-mg

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    INTRUDUÇÃO: O aprisionamento sempre fez parte da história e os indivíduos no cárcere, estão sujeitos a adquirirem patologias diversas por não possuírem os mesmos hábitos que os cidadãos livres. Destarte, é importante volver a atenção a este público para promover a saúde e prevenir eventuais agravos. Hordienamente, observa-se que o número de detentos no país cresce vertiginosamente, concomitantemente a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – doenças crônico-degenerativas (DCD) a HAS que integra um grupo de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’s) que são tidas como enfermidades de história natural prolongada, múltiplos fatores de risco, interação de fatores etiológicos, especificidade de causa desconhecida, ausência de participação ou participação polêmica de microorganismos entre os determinantes, longo período de latência, longo curso assintomático, curso clínico em geral lento, prolongado e perene, manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação, lesões celulares irreversíveis e evolução para vários graus de incapacidade ou óbito – vem acometendo e assolando milhares de pessoas por todo o mundo. Os prejuízos decorrentes desta doença são inestimáveis e afeta a economia do país devido o dispêndio financeiro no custeio com internações hospitalares, cirurgias, pagamento de aposentadorias, pensões e etc. OBJETIVO: Considerando que a doença hipertensiva, podem ser evitadas por estar intimamente ligada ao comportamento, o escopo deste estudo consiste em avaliar as condições de saúde de detentos de uma Unidade Prisional em Muriaé-MG atentando-se aos fatores preditivo para a HAS. METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo exploratório-descritivo com abordagem quanti-qualitativa utilizando um questionário semi-estruturado, instrumentos aprovados e calibrados para verificação e aferição da pressão arterial, avaliação do índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). Para a aferição da PA optou-se pela técnica da medida indireta, com esfignomanômetro aneroide adulto modelo Acadêmico da marca BD, além de estetoscópio com campânula, registrados e regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO)

    AVALIAÇAO EM ENFERMAGEM AOS FATORES PREDISPONENTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) EM DETENTOS DE UMA UNIDADE PRISIONAL EM MURIAÉ-MG

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    INTRUDUÇÃO: O aprisionamento sempre fez parte da história e os indivíduos no cárcere, estão sujeitos a adquirirem patologias diversas por não possuírem os mesmos hábitos que os cidadãos livres. Destarte, é importante volver a atenção a este público para promover a saúde e prevenir eventuais agravos. Hordienamente, observa-se que o número de detentos no país cresce vertiginosamente, concomitantemente a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) – doenças crônico-degenerativas (DCD) a HAS que integra um grupo de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’s) que são tidas como enfermidades de história natural prolongada, múltiplos fatores de risco, interação de fatores etiológicos, especificidade de causa desconhecida, ausência de participação ou participação polêmica de microorganismos entre os determinantes, longo período de latência, longo curso assintomático, curso clínico em geral lento, prolongado e perene, manifestações clínicas com períodos de remissão e de exacerbação, lesões celulares irreversíveis e evolução para vários graus de incapacidade ou óbito – vem acometendo e assolando milhares de pessoas por todo o mundo. Os prejuízos decorrentes desta doença são inestimáveis e afeta a economia do país devido o dispêndio financeiro no custeio com internações hospitalares, cirurgias, pagamento de aposentadorias, pensões e etc. OBJETIVO: Considerando que a doença hipertensiva, podem ser evitadas por estar intimamente ligada ao comportamento, o escopo deste estudo consiste em avaliar as condições de saúde de detentos de uma Unidade Prisional em Muriaé-MG atentando-se aos fatores preditivo para a HAS. METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo exploratório-descritivo com abordagem quanti-qualitativa utilizando um questionário semi-estruturado, instrumentos aprovados e calibrados para verificação e aferição da pressão arterial, avaliação do índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). Para a aferição da PA optou-se pela técnica da medida indireta, com esfignomanômetro aneroide adulto modelo Acadêmico da marca BD, além de estetoscópio com campânula, registrados e regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).  Buscou-se seguir na realização desta técnica o padrão ouro, definido pela American Heart Association (AHA), descritos no Brasil em Consensos e Diretrizes do Tratamento da Hipertensão Arterial preconizados pelas associações científicas. Na mensuração da CA utilizou-se fita métrica flexível e inelástica com 150 cm de comprimento. A CA foi obtida na menor curvatura localizada entre as costelas e a crista ilíaca, posicionando a fita e ajustando-a diretamente sobre a pele, sem comprimir os tecidos. Quando não foi possível identificar a menor curvatura, obteve-se a medida de 2 cm acima da cicatriz umbilical de modo a permanecer na mesma altura. Durante a mensuração, os presos pesquisados mantinham-se de pé (ereto), abdômen relaxado, braços estendidos ao longo do corpo e pés separados numa distância de 25-30 cm e os registros eram feitos quando os entrevistados encontravam-se na fase de expiração. Para a avaliação do IMC utilizou-se uma balança da marca Filizola com escala métrica graduada, com precisão de 100 gramas para o peso e de 0,1 cm para a estatura, ambas devidamente registradas e aprovadas. Para obtenção deste índice, faz-se a relação entre peso e altura que é calculada pela seguinte fórmula: IMC = P/A2, ou seja, [IMC = P (kg) ÷ A (m)2], em que P é o peso corporal em quilogramas e A é a altura em metros (m) elevada ao quadrado. RESULTADOS: Foram entrevistados 102 presos, sendo 53 homens e 49 mulheres. Os homens possuíam idade entre 21 e 54 anos, com média de ±29,5 anos, e as mulheres entre 19 e 56 anos, com média de ±33,2 anos. No que concerne à raça/cor declarada, os brancos eram em maior proporção, seguidos dos negros, pardos, mulatos e morenos. A maioria dos entrevistados (62,7%) era pouco instruída, ou seja, não possuía ou não havia completado o ensino fundamental, que consiste na conclusão da 8ª série do antigo 1o grau, mas verificou-se que as mulheres eram as mais escolarizadas. As informações sobre a situação educacional dos reclusos são importantes, pois caracterizam indiretamente uma situação de exclusão social que antecede o seu ingresso no Sistema e implica também numa qualidade de vida inferior a de outras pessoas. À avaliação de alguns parâmetros constatou-se cifras acima do desejado além de hábitos e comportamentos inadequados, sendo as mulheres as mais vulneráveis. Algumas pessoas viviam com condições psicossociais alteradas, 53 (51,9%) possuíam hábitos tabagista, 52 (50,9%) eram inativos com relação à exercitação física, 48 (47,0%) utilizavam drogas ou medicamentos que poderiam alterar os valores tensionais, 47 (46,1%) possuíam histórico familiar da doença, 26 (25,5%) apresentavam-se com a circunferência abdominal (CA) acima do desejado, 24 (23,5) com IMC desfavorável (maior que 25 Kg/m2), 24 (23,5%) com idade propensa ao desenvolvimento da HAS outros com PA descontrolada, conforme a figura abaixo e outros fatores mais.   Alguns sinais e sintomas que indivíduos hipertensos apresentam são assaz subjetivos, entretanto correlacionar esta síndrome com os valores pressóricos acima do normal poder ser eficaz no diagnóstico da doença. Não se buscou fazer esta relação neste estudo, mas verificou-se que um número significativo apresentava alterações comuns de indivíduos portadores da HAS como dores de cabeça 44 (43,1%), fadiga e tontura 39 (38,2), 23 (22,5%), problemas visuais 26 (25,5%) dentre outros. Avaliando os hábitos alimentares e comportamentais destes indivíduos verificaram-se comportamentos curiosos. Um número muito significativo de reclusos disseram utilizar medicamento tranquilizantes e psicotópicos, do contrário não conseguiriam sequer descansar e além de o estado de sono/repouso refletir nos valores PA alguns medicamento são sabidamente influenciáveis nos mecanismos de controle da PA. Entre os homens verificou-se respostas como: “Não descanso bem à noite porque sinto falta de ar” (AJF,54); “Não descanso de noite não porque tô cum problema de rim e to virando toda a noite na jega [cama]” (AA, 26 anos); “Não descanso bem porque eu tô preso” (LCA, 254 anos); “Tô mais que infeliz” (ACD, 28 anos); “Tô durmindo mais ou menos, mais tá vindo diazepan pra mim... tô muito infeliz por estar longe da família” (M, 37 anos); “Tenho muita atormentação. Não tenho paz por causa de inimigos, to isolado e é por isso que eu num vô pro pavilhão. Eu tomo gadernal, tegretol, diazepan, ripinol.” (ACD, 28 anos); “Eu tomo gadernal, tegretol, amitripicilina” (MA, 30 anos); entres as mulheres obteve-se: “Tem vez que não durmo mas isso é normal, já to acustumada” (M, 43 anos); “Tomo diazepan, amitripitilina, tegretol e corticóides” (MC, 22 anos); “Vivo infeliz pelo que passo” (AGS, 36); “Vivo muito infeliz porque eu tô longe dos meus filhos. Vim de João Monlevade” (MPM, 44 anos). Quando apurou-se sobre o historio familiar destes indivíduos, detectou-se que 47 (46,1%) possuíam histórico familiar e havia alguma que relataram ter perdido entes por problemas decorrentes de doenças cardíacas e isto é um indício de predisposição já que a HAS desencadeia problemas cardiovasculares. Assim entre os homens teve-se relataram como: “Minha tia é hipertensa!” (JBF, 29 anos); “Meu pai deu derrame” (MFG, 35 anos); “Minha mãe tem cardiopatia” (Al, 39 anos); “Meu pai morreu de pressão e parada cardíaca” (AA, 26 anos); entre as mulheres também havia um número representativo de histórico da doença, complicações e agravos sugestivos de doença hipertensiva e problemas cardiovasculares: “Meu pai teve cardiomegalia e morreu” (MAPC, 48 anos); “Meu pai morreu de pressão alta” (IPD, 29 anos); “Minha mãe morreu de eclâmpsia” (MALS, 31 anos); “Meu pai deu derrame e morreu” (GM, 21 anos); “Minha mãe tem doença do coração” (AML, 46 anos); “Meu pai deu derrame” (RM, 26 anos); “Meu pai tinha pressão alta e morreu” (R, 28 anos). Muitos reclusos também reclamavam da alimentação que era oferecida na Unidade, ainda que esta fosse preparada sob os cuidados de nutricionistas. Sem se alimentarem alguns trocavam o almoço servido em marmitex por pães, doces, e outras guloseima: “Como só biscoito, leite...” (JÁ, 36 anos - ♂); “Não tô rangando nada só o marrocos [gíria utilizado por preso referindo-se ao pão] de manhã e à tarde” (LCA, 25 anos - ♂); “Faço até trabalhos em troca de doces!” (AJF, 54 anos - ♂); “Só como bobagens, porque eu não tenho fome. Só como o pão mesmo” (MC, 22 anos - ♀). CONCLUSÕES: A significância clínica das doenças em questão provém das lesões a estruturas importantes como cérebro, coração, nervos, olhos, rins e vasos sanguíneos. Considerando que estas patologias podem ser evitadas é elementar que sejam implantadas no Sistema, ações com este finalidade. Sugere-se, portanto que os apenados sejam instruídos quanto aos hábitos saudáveis de vida como alimentação, prática de exercícios físicos e abandono de maus hábitos como o tabagismo. Além de prover melhoria na qualidade de vida dos reclusos, ter-se-á significativa diminuição da morbimortalidade e oneração do estado no tratamento destes agravos. REFERÊNCIAS: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA (ABESO). Cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). São Paulo: ABESO, 1998-2008. Disponível em: . Acessado em: 16 ago. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus. 33p. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: . Acessado em: 17 jul. 2009. ______. ______. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde.  (Cadernos de Atenção Básica, n. 15 - Série A. Normas e Manuais Técnicos). Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 58p. ISBN: 85-334-1189-8. NERES, Ramon A. C. Ações de saúde na prisão: análise da adesão do Estado de Minas ao PNSSP. 2008. 85f. Monografia. (Bacharelado em Administração Pública) Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, 2008

    Relação público-privado nas internações cirúrgicas pelo Sistema Único de Saúde

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    Objetivo: caracterizar los ingresos quirúrgicos, la estancia, el costo y la mortalidad, según la naturaleza jurídica (público y privado) del hospital vinculado al Sistema Único de Salud. Método: se trata de estudio descriptivo, tipo encuesta, con recolección de datos retrospectiva (2008 a 2017) y enfoque cuantitativo. Las variables dependientes ingresos quirúrgicos en Brasil, costos, estancia y mortalidad y las variables independientes régimen/naturaleza jurídica (público y privado) se obtuvieron del Departamento de Informática del Sistema Único de Salud. Para el análisis se utilizó la prueba de MannWhitney. Resultados: el promedio de hospitalizaciones a través del Sistema Único de Salud fue de 4.214.083 hospitalizaciones/ año, 53,5% ocurrieron en hospitales privados contratados y 46,5% en hospitales públicos (p=0,001). La transferencia financiera fue mayor para el sector privado (60,6%) y del 39,4% para el público (p=0,001). La estancia media fue de 4,5 días en el público y 3,1 días en el privado (p<0,001). La mortalidad fue mayor en los hospitales públicos (1,8%) que en los privados (1,4%) (p<0,001). Conclusión: hubo un predominio de los ingresos quirúrgicos a través del Sistema Único de Salud en los hospitales privados con mayor transferencia económica a este sector en detrimento de la población. La evidencia producida contribuye al debate y las acciones para evitar la asfixia presupuestaria del sector público que privilegia al sector privado.Objetivo: caracterizar as internações cirúrgicas, permanência, custo e mortalidade, conforme a natureza jurídica (público e privado) da instituição hospitalar ligada ao Sistema Único de Saúde. Método: estudo descritivo, tipo levantamento, com coleta de dados retrospectiva (2008 a 2017) e abordagem quantitativa. As variáveis dependentes internações cirúrgicas ocorridas no Brasil, custos, permanência e mortalidade e as variáveis independentes regime/natureza jurídica (público e privado) foram obtidas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. O teste de Mann-Whitney foi empregado para análise. Resultados: a média das internações pelo Sistema Único de Saúde foi de 4.214.083 internações/ ano, 53,5% ocorridas nos hospitais privados contratados e 46,5% em hospitais públicos (p=0,001). O repasse financeiro foi maior para o setor privado (60,6%) contra 39,4% para os públicos (p=0,001). A média de permanência foi de 4,5 dias no público e 3,1 dias no privado (p<0,001). A mortalidade foi maior no público (1,8%) do que no privado (1,4%) (p<0,001). Conclusão: houve predomínio das internações cirúrgicas pelo Sistema Único de Saúde nos hospitais privados com repasse financeiro maior para este setor em detrimento do público. As evidências produzidas contribuem para o debate e ações para evitar o asfixiamento orçamentário do setor público em privilégio do privado.Objective: to characterize surgical hospitalizations, length of stay, cost and mortality, according to the legal nature (public and private) of the hospital institution linked to the Unified Health System (Sistema Único de Saúde, SUS). Method: a descriptive study, of the survey type, with retrospective data collection (2008 to 2017) and a quantitative approach. The dependent variables surgical hospitalizations in Brazil, costs, length of stay and mortality and the independent variables regime/legal nature (public and private) were obtained from the Informatics Department of the Unified Health System. The Mann-Whitney test was used for analysis. Results: the average number of hospitalizations through the Unified Health System was 4,214,083 hospitalizations/year, 53.5% occurred in private hired hospitals and 46.5% in public hospitals (p=0.001). The financial transfer was greater for the private sector (60.6%) against 39.4% for the public (p=0.001). The average stay was 4.5 days in the public hospital and 3.1 days in its private counterpart (p<0.001). Mortality was higher in the public (1.8%) than in the private hospital (1.4%) (p<0.001). Conclusion: there was predominance of surgical hospitalizations through the Unified Health System in private hospitals with greater financial transfer to this sector, to the detriment of the public. The diverse evidence produced contributes to the debate and actions to avoid budgetary asphyxiation in the public sector in favor of the private sector
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