8 research outputs found

    Severe maternal morbidity and sexual functioning

    Get PDF
    Orientadores: José Guilherme Cecatti, Rodolfo de Carvalho PacagnellaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Introdução: Morbidade materna grave e near miss materno são indicadores de saúde mais abrangentes, quando comparados à razão de morte materna. Esse conceito recente permite não apenas a identificação do número de mulheres que morrem durante gestação e/ou parto, mas também o estudo da prevalência de condições potencialmente ameaçadoras de vida. No entanto, pouco se conhece sobre as possíveis consequências em longo prazo após esses episódios nos diversos aspectos da vida das sobreviventes. A gestação e o parto podem modificar a resposta sexual feminina, mas poucos estudos avaliaram esse desfecho após eventos de morbidade materna grave. Objetivos: Realizar uma revisão sistemática sobre aspectos de sexualidade, incluindo função sexual, em mulheres que apresentaram qualquer tipo de complicação durante gestação ou parto. Avaliar aspectos da resposta sexual feminina em mulheres com e sem morbidade materna grave. Métodos: Revisão sistemática nas bases de dados PubMed, EMBASE e SciELO, avaliando a associação de morbidade materna geral e grave com alterações da função e/ou resposta sexual feminina. A revisão seguiu o protocolo do método proposto para estudos observacionais (PRISMA). A resposta sexual feminina foi estudada como um dos desfechos da Coorte de Morbidade Materna Grave (COMMAG). O questionário Female Sexual Function Index (FSFI) foi aplicado às mulheres expostas (com antecedente de morbidade grave) e não expostas (com antecedente de gestação sem complicações). Além do FSFI, questões gerais sobre saúde geral e reprodutiva complementaram o estudo. Resultados: Lesões perineais maiores (terceiro e quarto graus) foram avaliadas como desfechos de morbidade geral em 12 estudos, e a morbidade materna grave foi analisada em 2 estudos. A morbidade geral e a grave foram associadas com maior tempo para a retomada da atividade sexual após o parto. A morbidade também se associou a uma maior frequência de dispareunia após o parto. Escores totais do FSFI não foram significativamente diferentes entre grupos de exposição e controle. Pela heterogeneidade entre eles, os estudos individuais permitiram apenas uma síntese qualitativa dos resultados, mas não metanálise. Para avaliação da resposta sexual feminina no COMMAG, foram incluídas 638 mulheres previamente internadas durante gestação ou parto na maternidade do CAISM/UNICAMP. Dessas, 315 tinham antecedente de morbidade materna grave, e 323 eram mulheres sem complicações durante gestação ou parto. Os escores totais médios do FSFI encontrados foram abaixo dos valores de ponto de corte para suspeita de disfunção, sem diferença entre os grupos estudados. Mulheres com antecedente de morbidade materna grave retomaram atividade sexual mais tardiamente após o parto do que as do grupo controle, porém sem diferença entre os grupos a partir do terceiro mês pós-parto. A análise múltipla identificou associação de valores mais baixos de FSFI com baixo de peso materno e ausência de parceria. Conclusões: Alterações da resposta sexual feminina podem ser consequências em longo prazo da ocorrência de episódios de morbidade materna grave. Com o crescimento da população de mulheres que sobrevivem a esses episódios, a abordagem da sexualidade no seguimento dessa população se faz prementeAbstract: Introduction: Severe maternal morbidity and maternal near miss currently are better health indicators than maternal mortality ratio. Together with the identification of women who died during pregnancy and/or childbirth, the new concept allows also to investigate the prevalence of potential life-threatening conditions. However, little is known about possible long-term consequences after those episodes over several aspects of the lives of survivors. It has already been described that uncomplicated pregnancy and childbirth might modify female sexual response. Notwithstanding, only few studies have evaluated aspects of sexuality of women after episodes of severe maternal morbidity. Objectives: To perform a systematic review of aspects of sexuality, including sexual function, in women who had had any kind of complication during pregnancy or childbirth. To evaluate aspects of female sexual response in women with and without severe maternal morbidity. Methods: Investigation included a systematic review through the databases PubMed, EMBASE, and SciELO, assessing general and severe maternal morbidity associated with altered female sexual response. The review followed the protocol method proposed for observational studies (PRISMA). The female sexual response has been studied as one of the outcomes at a retrospective cohort study on maternal severe morbidity (COMMAG). The Female Sexual Function Index questionnaire (FSFI) was applied at exposed women (severe morbidity) and unexposed (pregnancy without complications). Along with FSFI, the survey included also questions on general and reproductive health. Results: Major perineal injuries (3rd and 4th degree) were evaluated as general morbidity outcomes at 12 studies, and severe maternal morbidity was analyzed at 2 studies. Compared to control group, both women exposed to general and severe morbidity delayed resumption of sexual activity after childbirth. The exposed group had also more frequently dyspareunia after childbirth. The mean total FSFI scores were similar at both groups. The heterogeneity of the studies allowed only a qualitative synthesis, and meta-analysis was not feasible. To assess female sexual response at the cohort study, 638 women who delivered at UNICAMP's maternity unit were included. 315 of them were severe maternal morbidity cases, and 323 were women who had had uncomplicated pregnancy or childbirth. The mean total scores of FSFI were similar in both groups, though below cut-off values for suspected dysfunction. Women after severe maternal morbidity resumed sexual activity after birth later, when compared to control group. However, there was no significant difference at three months. Multivariate analysis showed association of lower FSFI scores with maternal low maternal weight and no partner. Conclusions: Altered female sexual response might be a long-term consequence after episodes of severe maternal morbidity. Since there is a growing population of women who survive these episodes, proper evaluation of sexual functioning among those women should be conductedDoutoradoSaúde Materna e PerinatalDoutora em Ciências da Saúd

    The SISPRENATAL as a tool evaluating the care to the pregnant women at the municipality os São Carlos, SP

    Get PDF
    Orientador: José Guilherme CecattiDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências MédicasResumo: Compilar através de uma revisão sistemática os resultados de publicações sobre o Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN) e comparar dados referentes ao pré-natal de mulheres residentes no município de São Carlos, SP, obtidos no cartão da gestante e no SISPRENATAL, analisando o cumprimento dos requisitos mínimos e os indicadores de processo propostos. Sujeitos e Método: Para a revisão sistemática, identificaram-se os estudos primários sobre o assunto através de consulta aos bancos de dados MedLine e Scielo, a partir de 2001, com informações obtidas através do SISPRENATAL ou outras fontes. Foi realizada uma metanálise, estimando-se a proporção combinada de cada indicador com seu respectivo IC95%. Para o estudo no município de São Carlos, SP, realizou-se corte transversal com 1489 puérperas internadas para parto pelo SUS na Maternidade de São Carlos, entre novembro de 2008 e outubro de 2009. Os dados referentes ao pré-natal foram coletados no cartão da gestante e no SISPRENATAL. A informação foi comparada entre as duas fontes utilizando o teste de ?2 de McNemar para amostras relacionadas. Resultados: Segundo os artigos incluídos na revisão sistemática, os indicadores de processo apresentaram aumento de seu registro ao longo do período segundo ambas as fontes de dados, com valores inferiores registrados no SISPRENATAL. A cobertura de pré-natal em São Carlos foi de 97,1% de acordo com o cartão de pré-natal e de 92,8% segundo o SISPRENATAL, com diferença significativa entre ambas as fontes de informação para todos os requisitos mínimos do PHPN e indicadores de processo. O cartão de pré-natal apresentou registro de informações superior ao do SISPRENATAL (exceção para a primeira consulta de pré-natal). A proporção de mulheres com seis ou mais consultas e todos os exames foi de 72,5% pelo cartão e de 39,4% pelo sistema oficial, diferenças mantidas para as cinco áreas de saúde do município. Conclusões: O banco de dados SISPRENATAL registra baixa cobertura do PHPN, se comparado com outras fontes, com única exceção da proporção de gestantes em relação ao número de nascidos vivos, que no SISPRENATAL foi de 23,05% em média entre os diversos artigos, enquanto foi de 15,94% segundo outras fontes. Em São Carlos, o SISPRENATAL não foi uma fonte segura para avaliação da informação disponível sobre pré-natal. Houve grande adesão ao PHPN, porém o registro da informação foi deficiente. Após dez anos da criação do programa, cabe agora aos municípios adequação da qualidade da assistência e de capacitação técnica multiprofissional para correta documentação de informação em saúdeAbstract: To combine in a systematic review results of publications on the Program of Humanization of Prenatal Care and Childbirth (PHPN) and to compare information regarding prenatal care of women from São Carlos, SP, obtained from the prenatal chart and from SISPRENATAL, assessing compliance with the minimum requirements and the process indicators as proposed. Subjects and Methods: For the systematic review, the primary studies on the subject were identified by consulting the databases MedLine and Scielo from 2001 upwards, with information obtained from SISPRENATAL or other sources. A metaanalysis was then performed, estimating the pooled proportion for each process indicator with its respective 95%CI. For the study in São Carlos, SP, a cross sectional study of 1489 women admitted for childbirth by Public Health System at the Maternity of S. Carlos was performed, between November 2008 and October 2009. The data on prenatal care were collected from prenatal chart and from SISPRENATAL. The information was compared between the two sources using the McNemar ?2 test for related samples. Results: According to the articles included in the systematic review, process indicators showed an increase in their record across the period by both data sources, with lower values registered in SISPRENATAL. The coverage of prenatal care in São Carlos was 97.1% according to the prenatal chart and 92.8% according to SISPRENATAL, with significant difference between both sources of information for all the minimum requirements and process indicators. The prenatal chart had more recorded information than SISPRENATAL (except for the first prenatal visit). The proportion of women with six or more visits and all basic lab exams was 72.5% by the chart and 39.4% by the official system, differences held for the five municipalities' health areas. Conclusions: There was a low coverage of PHPN according to SISPRENATAL, compared with other sources of information, with the only exception of the proportion of pregnant women in relation to the number of live births. This was 23.05% on average in SISPRENATAL among several articles, while 15.94% according to other sources. In São Carlos, SISPRENATAL was not a reliable source for assessing the information available about prenatal care. There was a great adhesion to PHPN, but the registry of the information was flawed. After ten years of starting the program, it is now up to municipalities to adequate the quality of care and technical training for correct documentation of health informationMestradoTocoginecologiaMestre em Tocoginecologi

    Experiência de parto de mulheres em uma maternidade signatária do Projeto Parto Adequado: estudo misto

    Get PDF
    Objetivo: Compreender a experiência de parto de mulheres assistidas em maternidade signatária do Projeto Parto Adequado.Metodologia: Estudo misto, realizado em 2018. Aplicado o Teste de Associação Livre de Palavras em 62 gestantes e depois realizado entrevista aberta com 18 delas, então puérperas, e, para análise a Teoria do Núcleo Central, Nuvem de Palavras e Categorias temáticas, respectivamente.Resultados: As palavras de predomínio reveladas na etapa quantitativa foram: dor, maravilhoso, recuperação, ansiedade e desejos. A análise qualitativa está apresentada pelas categorias temáticas “Inseguranças da mulher no modelo PPA” e “Novas perspectivas a partir da experiência no modelo PPA”. Conclusões: As experiências das mulheres demonstraram que o modelo favoreceu a remodelagem da atenção ao parto. Entretanto, elas ainda vivenciam dor, insatisfação e falta de autonomia. A impossibilidade de escolha do profissional de confiança foi um gerador de insegurança, e as enfermeiras não tiveram voz nas decisões e ações no cuidado.Palavras chaves: Tocologia. Parto normal. Parto humanizado. Satisfação do paciente

    Experiência de parto de mulheres em uma maternidade signatária do Projeto Parto Adequado: estudo misto

    No full text
    Objetivo: Compreender a experiência de parto de mulheres assistidas em maternidade signatária do Projeto Parto Adequado.Metodologia: Estudo misto, realizado em 2018. Aplicado o Teste de Associação Livre de Palavras em 62 gestantes e depois realizado entrevista aberta com 18 delas, então puérperas, e, para análise a Teoria do Núcleo Central, Nuvem de Palavras e Categorias temáticas, respectivamente.Resultados: As palavras de predomínio reveladas na etapa quantitativa foram: dor, maravilhoso, recuperação, ansiedade e desejos. A análise qualitativa está apresentada pelas categorias temáticas “Inseguranças da mulher no modelo PPA” e “Novas perspectivas a partir da experiência no modelo PPA”. Conclusões: As experiências das mulheres demonstraram que o modelo favoreceu a remodelagem da atenção ao parto. Entretanto, elas ainda vivenciam dor, insatisfação e falta de autonomia. A impossibilidade de escolha do profissional de confiança foi um gerador de insegurança, e as enfermeiras não tiveram voz nas decisões e ações no cuidado.Palavras chaves: Tocologia. Parto normal. Parto humanizado. Satisfação do paciente

    Prevalence of sexually transmitted infections and bacterial vaginosis among lesbian women: systematic review and recommendations to improve care

    No full text
    Our aim was to systematically review data about the risk of sexually transmitted infections (STI) and bacterial vaginosis among lesbian women and to suggest strategies to improve prevention, diagnosis and treatment. A search strategy for lesbian, STI and bacterial vaginosis was applied to PubMed, LILACS and BDENF databases. Of 387 unique references retrieved, 22 fulfilled the inclusion criteria (cross-sectional studies reporting prevalence for 8 STIs/bacterial vaginosis and history of a STI). The most frequent infection reported was bacterial vaginosis, and none study reported data on hepatitis B. A wide range of prevalence was observed for most infections. In terms of risk factors, the number of sexual partners, the past or current smoking, a history of forced sex and sexual stigma seem to increase the risk of STI and bacterial vaginosis. The findings of this review are discussed considering guidelines directly addressing the LGBT community’s health and relevant studies investigating both safe sexual practices and the intricate relationship between LGBT people and their care providers. A set of recommendations to improve preventive care for lesbian women is proposed. Affirming that little is known about the extent of STIs and bacterial vaginosis transmission in female-to-female sexual activities or about the risk factors for STI and bacterial vaginosis among lesbian women is reasonable. In fact, the overall quality of the studies was low or very low with significant uncertainty around their findings. However, we consider that the available knowledge indicates some paths to be followed by care providers and policy decision-makers to improve their actions towards better sexual health of lesbian women

    Applying the maternal near miss approach for the evaluation of quality of obstetric care : a worked example from a multicenter surveillance study

    No full text
    Objective. To assess quality of care of women with severe maternal morbidity and to identify associated factors. Method. This is a national multicenter cross-sectional study performing surveillance for severe maternal morbidity, using the World Health Organization criteria. The expected number of maternal deaths was calculated with the maternal severity index (MSI) based on the severity of complication, and the standardized mortality ratio (SMR) for each center was estimated. Analyses on the adequacy of care were performed. Results. 17 hospitals were classified as providing adequate and 10 as nonadequate care. Besides almost twofold increase inmaternalmortality ratio, themain factors associated with nonadequate performance were geographic difficulty in accessing health services ( < 0.001), delays related to quality of medical care ( = 0.012), absence of blood derivatives ( = 0.013), difficulties of communication between health services ( = 0.004), and any delay during thewhole process ( = 0.039). Conclusions. This is an example of how evaluation of the performance of health services is possible, using a benchmarking tool specific to Obstetrics. In this study the MSI was a useful tool for identifying differences in maternal mortality ratios and factors associated with nonadequate performance of care

    Applying the maternal near miss approach for the evaluation of quality of obstetric care : a worked example from a multicenter surveillance study

    No full text
    Objective. To assess quality of care of women with severe maternal morbidity and to identify associated factors. Method. This is a national multicenter cross-sectional study performing surveillance for severe maternal morbidity, using the World Health Organization criteria. The expected number of maternal deaths was calculated with the maternal severity index (MSI) based on the severity of complication, and the standardized mortality ratio (SMR) for each center was estimated. Analyses on the adequacy of care were performed. Results. 17 hospitals were classified as providing adequate and 10 as nonadequate care. Besides almost twofold increase inmaternalmortality ratio, themain factors associated with nonadequate performance were geographic difficulty in accessing health services ( < 0.001), delays related to quality of medical care ( = 0.012), absence of blood derivatives ( = 0.013), difficulties of communication between health services ( = 0.004), and any delay during thewhole process ( = 0.039). Conclusions. This is an example of how evaluation of the performance of health services is possible, using a benchmarking tool specific to Obstetrics. In this study the MSI was a useful tool for identifying differences in maternal mortality ratios and factors associated with nonadequate performance of care
    corecore