6 research outputs found

    A memória da Ditadura na Escrita de Bolero's Bar

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    Wilson Bueno (1949-2010) escreve, em Bolero’s Bar (2007), textos que remetem à ditadura. Desse modo, o paranaense volta-se para o passado para tecer sua ficção. Esse processo ocorre pela ativação da memória tanto durante a escrita do autor, quanto na leitura do leitor atento. A base teórica é composta pelos estudos de Aleida Assann (2011), Zilá Bernd (2013), Walter Benjamin (2016) entre outros autores que tratam da problemática da memória. Assim, busca-se demonstrar que Bueno retoma o passado, traz à luz do presente questões que não podem ser esquecidas e devem ser repensadas na contemporaneidade

    O José de Saramago: a Bíblia revisitada

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    As pesquisas que têm como enfoque a obra O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), do escritor português José Saramago, recaem usualmente sobre personagens ditos “centrais” na história bíblica: Jesus, Deus, o Pastor e Maria de Magdala. E, desta maneira, acabam por estabelecer a personagem José como personagem secundária. Portanto, verificou-se a necessidade de aprofundar os estudos referentes a essa personagem. Assim, o presente trabalho apresenta um estudo voltado para os elementos textuais e psicológicos, utilizando-se, para isso, de estudos teóricos e da crítica saramaguiana. Pode-se perceber que Saramago, ao erigir uma personagem mergulhada na tradição cristã (o pai de Jesus), problematiza-a e confere-lhe status de protagonista. Desse modo, a personagem José é resgatada de seu "apagamento" para cumprir uma simbologia primordial no romance: o sentimento de culpa. Dessa forma, a personagem José é construída textualmente para cumprir uma função primordial no romance e psicologicamente para sentir-se culpada. Sentimento esse que, para o autor, seria o principal instrumento de manipulação do cristianismo

    O José de Saramago: a bíblia revisitada

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    As pesquisas que têm como enfoque a obra O Evangelho segundo Jesus Cristo (1991), do escritor português José Saramago, recaem usualmente sobre personagens ditos “centrais”, tanto no romance quanto na história bíblica: Jesus, Deus, o Pastor e Maria de Magdala. Desta maneira, acabam por estabelecer a personagem José como personagem secundária. Entretanto, verificou-se a necessidade de aprofundar os estudos referentes a essa personagem. Assim, o presente trabalho apresenta um estudo voltado para os elementos textuais e psicológicos, utilizando-se, para isso, de estudos teóricos e da crítica saramaguiana. Pode-se perceber que Saramago, ao erigir uma personagem mergulhada na tradição cristã (o pai de Jesus), problematiza-a e confere-lhe status de protagonista. Desse modo, a personagem José é resgatada de seu “apagamento” para cumprir uma simbologia primordial no romance: o sentimento de culpa. Sentimento este que, para o autor, seria o principal instrumento de manipulação do cristianismo

    O José de Saramago: a bíblia revisitada

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    As pesquisas que têm como enfoque a obra O Evangelho segundo Jesus Cristo (1991), do escritor português José Saramago, recaem usualmente sobre personagens ditos “centrais”, tanto no romance quanto na história bíblica: Jesus, Deus, o Pastor e Maria de Magdala. Desta maneira, acabam por estabelecer a personagem José como personagem secundária. Entretanto, verificou-se a necessidade de aprofundar os estudos referentes a essa personagem. Assim, o presente trabalho apresenta um estudo voltado para os elementos textuais e psicológicos, utilizando-se, para isso, de estudos teóricos e da crítica saramaguiana. Pode-se perceber que Saramago, ao erigir uma personagem mergulhada na tradição cristã (o pai de Jesus), problematiza-a e confere-lhe status de protagonista. Desse modo, a personagem José é resgatada de seu “apagamento” para cumprir uma simbologia primordial no romance: o sentimento de culpa. Sentimento este que, para o autor, seria o principal instrumento de manipulação do cristianismo

    Revisitando o nascimento da teoria feminista no Brasil a partir de A mulher é uma degenerada, de Maria Lacerda de Moura

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    One of the greatest representatives of the feminist literary criticism is Maria Lacerda de Moura. In her texts, it is possible to visualize the women’s condition in the 20th century, and the actions needed for the liberation from the moorings of patriarchy. These aspects can be seen in A Mulher é uma degenerada (1924), published in the ‘20s. The main objective of this analysis is to demonstrate the author’s vision about the women’s role and the way that bringing her literary production back contributes to the discussion about the memory of the feminist movement in the country. The theory that supports this study is centered on Walter Benjamin’s and Michel Foucault’s studies, among others. This study is justified by the need to review History and to demonstrate the silencing in official discourses, since it is noticeable that women’s fight for emancipation began much earlier than in the ‘70s, since Maria Lacerda de Moura was already raising the flag on women’s emancipation and equal rights between men and women. It is believed that by revisiting the feminist theory we contribute to the creation of a national memory around the fight for women’s rights.Una de las grandes exponentes de las teorías del feminismo es María Lacerda de Moura. A través de sus textos es posible comprender la condición de la mujer en Brasil en el siglo XX y cuáles son las acciones necesarias para la liberación de los lazos del patriarcado. Estos aspectos se pueden leer en A mulher é uma degenerada (1924). El objetivo del artículo es analizar el trabajo, realizando la visión de la autora sobre el papel de la mujer y cómo el rescate de su trabajo contribuye a la discusión sobre el nacimiento y la memoria del movimiento feminista en el país. El apoyo teórico se centra en los estudios de Walter Benjamin y Michel Foucault, entre otros. Este trabajo se justifica dada la necesidad de revisar la historia y demostrar los silencios en el discurso oficial, ya que está claro que la lucha por la emancipación de las mujeres tiene su aparición mucho antes de la década de 1970, pues desde la década de 1920 Maria Lacerda de Moura, desde una perspectiva anarquista, levantó la bandera de la emancipación femenina y la lucha por la igualdad de derechos entre hombres y mujeres. Se cree que al revisar la teoría feminista, contribuye a la formación de una memoria nacional sobre la lucha por los derechos de las mujeres.Uma das grandes expoentes das teorias do feminismo é Maria Lacerda de Moura. Por meio de seus textos é possível entender a condição das mulheres no Brasil no século XX e quais são as ações necessárias para a libertação das amarras do patriarcado. Esses aspectos podem ser lidos em A Mulher é uma degenerada (1924). O objetivo do artigo é analisar a obra, percebendo a visão da autora quanto ao papel da mulher e de como o resgate de sua obra contribui para a discussão acerca do nascimento e da memória do movimento feminista no país. O suporte teórico está centrado em estudos de Walter Benjamin e Michel Foucault, entre outros. Esse trabalho se justifica dada a necessidade de rever a história e demonstrar os silenciamentos no discurso oficial, pois se percebe que a luta pela emancipação da mulher tem o seu surgimento muito antes da década de 1970, uma vez que nos anos 20 do século passado Maria Lacerda de Moura, desde uma perspectiva anarquista, já levantava a bandeira da emancipação feminina e da luta por direitos igualitários entre homens e mulheres. Acredita-se que ao se revisitar a teoria feminista contribui-se para a formação de uma memória nacional sobre a luta por direitos das mulheres
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