117 research outputs found

    O SERTÃO DE OJUARA: ESPAÇO DE IDENTIDADE

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    Sob os liames dos estudos culturais à crítica literária, o espaço de identidade é marcado na produção do romance As Pelejas de Ojuara, de Nei Leandro de Castro, como fator à corporificação do amadurecimento de tessituras, construções, estruturas e temas característicos ao sertão nordestino. O sertão de Ojuara, nesses termos, realoca liames fronteiriços à imagética de um mito fundante de sertão mediante uma linguagem marcada pela oralidade cristalizada em literária num corolário que matiza a ressignificação de símbolos e de sinais identitários na convergência de interesses e na comunhão de valores, em isolamentos, divergências e conflitos. Este estudo tem por objetivo suscitar a discussão acerca dos pontos de convergência simbólicos de lugares de memória, buscando os elementos que matizam a interface de alteridade, cristalizadora de tradições e de cultura em estruturas imaginárias, mais que geográficas, mais que históricas.Palavras-chave: Memória; Lugar de memória; cristalização

    DAS CARTAS SOBRE A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS À FUNDAÇÃO DO ROMANCE BRASILEIRO: CAMINHOS DE UM GÊNERO NASCENTE

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    Antes do Romantismo, o gênero textual romance já era conhecido no Brasil, mediante não apenas a leituras de obras europeias, mas à busca de sua instituição por obras como O filho do pescador, de Teixeira de Sousa, e A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo. Entretanto, a fundação do romance brasileiro se dá com José de Alencar, que pensou forma e conteúdo desse gênero, adequando-o aos liames de uma identidade nacional então nascente. O estudo versa sobre os aspectos fronteiriços dados pelo autor de Sonhos d'ouro ao gênero nascente no Brasil, limados por sua obra, do planejamento (com as Cartas), passando por sua fase orgânica de produção, à presença do ideário alencarino na identidade brasileira

    LIMA BARRETO E O OUTRO LADO DO ESPÍRITO DE MODERNIDADE: A VINGANÇA DOS DERROTADOS

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    Este artigo pretende apresentar, sob as lentes forjadas pela crônica de Lima Barreto, Queixa de defunto, outras acepções de modernismo, que normalmente aparecem na historiografia literária brasileira como sinônimo de nacionalismo, valorização do popular e progresso (através da industrialização), principalmente. Nestes termos, versa este estudo sobre as concepções de modernismo e de modernidade na cidade do Rio de Janeiro, não pela óptica que seria adotada pelos partícipes da Semana de Arte Moderna, mas pelo olhar daqueles que foram excluídos e explorados, pois a obra de Lima Barreto vocifera sobre outro lado do modernismo e da modernização: o lado da pobreza, o lado dos desamparados e explorados, o lado dos excluídos, dos derrotado

    MARCADORES DE CORPORALIDADE TERIOMÓRFICA E METAMORFOSE EM O ROMANCE D’A PEDRA DO REINO

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    The following study aims to analyze jaguar’s fable-like representation amongst the Romance d’A Pedra do Reino e o Principe do Sangue do vai-e-volta, Ariano Suassuna’s works, in order to understand the symbolic field subsequent to the metamorphosis, and how the Quaderna games were shaded by contamination, by the residue, by the permanence of an Amerindian perspectivist mentality in the narrator's ethos and central character of this work. Defending its clothing, attitudes and gestures, its constitution and its cunning are not made up by spirit deformity, but by markers of teriomorphic corporeality position it occupies within the plot, in changing conditions of not being, and rather, being in the trophic chain of this cosmogonic discourse in the northeastern sertão.O presente estudo tem por objetivo analisar a representação efabulada de onça na tessitura da obra Romance d´A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta, de Ariano Suassuna, a fim de compreender como o campo simbólico ulterior à metamorfose e às caçadas de Quaderna foram matizadas pelo contágio, pelo resíduo, pela permanência de uma mentalidade perspectivista ameríndia no ethos do narrador e personagem central dessa obra. Defendo que seus trajes, atitudes e gestualidades, sua constituição e sua astúcia não se perfazem por deformação de espírito, mas por marcadores de corporalidade teriomórfica pela posição que ocupa dentro das tramas do enredo no qual atua, numa condição cambiante não do ser, e sim do estar na cadeia trófica desse discurso cosmogônico do sertão nordestin

    DAS CARTAS SOBRE A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS À FUNDAÇÃO DO ROMANCE BRASILEIRO: CAMINHOS DE UM GÊNERO NASCENTE

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    Antes do Romantismo, o gênero textual romance já era conhecido no Brasil, mediante não apenas a leituras de obras europeias, mas à busca de sua instituição por obras como O filho do pescador, de Teixeira de Sousa, e A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo. Entretanto, a fundação do romance brasileiro se dá com José de Alencar, que pensou forma e conteúdo desse gênero, adequando-o aos liames de uma identidade nacional então nascente. O estudo versa sobre os aspectos fronteiriços dados pelo autor de Sonhos d'ouro ao gênero nascente no Brasil, limados por sua obra, do planejamento (com as Cartas), passando por sua fase orgânica de produção, à presença do ideário alencarino na identidade brasileira

    POTENCIALIDADE DE ONÇA OU A DEMANDA DA PEDRA DO REINO

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    O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, narra as desaventuranças de Pedro Dinis Ferreira-Quaderna, pretendente ao trono do Império do Brasil. O relato do romance é um mistério, uma charada a ser descoberta e Quaderna, como “O Decifrador”, torna-se responsável por compreender a paradoxal clara-obscuridade deste sertão, um sertão-mundo constituído pelos sete reinos que compõem o sertão Cariri. Entretanto, Quaderna requeria forças, requeria uma potencialidade de onça para realizar seu destino de sangue e de herança, para tanto necessitava realizar o caminho do herói. Este estudo busca analisar os encontros simbólicos que lhe apareceram no caminho e como estes lhe serviram à transformação de comum em herói de sua narrativa

    A cristalização do imaginário medieval na literatura de cordel

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    O presente estudo tem como objetivo demonstrar a importância do imaginário, da memória e da identidade do povo nordestino brasileiro na produção poética da literatura de cordel, debatendo como substratos mentais que foram absorvidos através da hibridação cultural de sinais ibéricos do período do medievo europeu, especificamente no que se refere às manifestações cavaleirescas, foram recicladas e ressignificadas esteticamente através da cristalização na construção de um nordeste medieval

    COSMOGONIA TAPUIA COMO RASTRO IDENTITÁRIO EM XILOGRAVURAS NO ROMANCE D’A PEDRA DO REINO

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    O presente artigo tem por objetivo analisar a constituição do campo simbólico empregado por Ariano Suassuna à ilustração de suas obras, principalmente aquelas que compõem o Romance d’A Pedra do Reino, no que tange à presença de um caráter ameríndio cosmogônico ressignificado pela interpretação mítica cariri que se instaurara em seu discurso, constituído por resíduos de memória e de mentalidades redivivos em rastros significativos que integralizam obras plásticas (eruditas e populares) e sinais rupestres em sua obra literária. Objetiva-se, ainda, debater a forma como esses rastros são constituídos num todo partilhado, distinto de sua origem, em marcador residual de presença de mentalidade ameríndia canibalizada em sua obra literária

    A Cidade Tal Como Ela é Vista Por Seus Habitantesâ : Nova York Como Espaço De Memória No Olhar De Will Eisner

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    This study aims to understand how the New York's urban space, in Will Eisner's narrative, becomes matter of fabulation in narrative constructs that evoke a metropolis entity, nuanced by the sum of symbolic representations that are subsequent to him, generating collective mechanisms of identification and belonging, in the act of remembering and in the articulation of signs in the conjugation of subjectivism and collectivity.11112313

    A MOÇA CAETANA: TORNAR-SE O OUTRO NUMA CONSTITUIÇÃO PERSPECTIVISTA NO REINO DO SERTÃO

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    O presente estudo tem por objetivo analisar a representação simbólica da Onça Caetana como Morte Sertaneja nos romances armoriais de Ariano Suassuna, O Romance da Pedra do Reino e História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão, mediante lides eleitas pelo Perspectivismo de Viveiros de Castro, buscando compreender como o imaginário se corporifica na efabulação da onça nessa tessitura cosmogônica do sertão nordestino. O recorte eleito se deve ao grau de intercomplementação destas obras no desenvolvimento do castelo literário de Dom Pedro Dinis Ferreira-Quaderna, reverberando um sertão mestiço, ao mesmo tempo mourisco, europeu, africano e indígena, numa miscelânea de cores e imaginários, no qual símbolos são erigidos por pulsões de ficção que ressignificam o humano pela oncidade que lhes é característica
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