12 research outputs found

    "Ela só quer jogar o futebol dela": quando meninas brincam e tensionam a supremacia masculina e as expectativas de gênero juntos aos meninos no espaço da escola

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    Este artigo procura realizar algumas reflexões sobre os gestos de resistência e transgressões de meninas de 7 anos de idade contra as normatizações machistas hetero-patriarcais que impõem determinadas posturas, execução de brincadeiras e restringe o uso de espaços sociais para os diferentes sujeitos. Trata-se de uma pesquisa realizada na escola, nos anos iniciais do ensino fundamental, construída com base no pensamento feminista e os estudos da criança e da infância, buscando a ampliação de nossas percepções a respeito das culturas infantis produzidas pelas crianças que com suas práticas, experiências, criações, invenções e movimentos tensionam as tramas do sexismo e machismo presentes na sociedade

    BRINCADEIRA E AMIZADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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    Este artigo tem como objetivo contribuir para os estudos e reflexões referentes as brincadeiras e amizades entre as crianças de 0 a 5 anos na educação infantil. Os dados apresentados são resultados de uma etnografia realizada ao longo de sete meses em um Centro Municipal de Educação Infantil, fazendo uso do registro em caderno de campo. Com base nas análises, pode-se destacar que as crianças negras e brancas desde bem pequenas constroem as suas brincadeiras e amizades articulando os marcadores de gênero, raça e idades, principalmente, quando elas brincam juntas e ressignificam os usos dos espaços educativos organizados pelas pessoas adultas.This article aims to contribute to studies and reflections on games and friendships among children aged 0-5 years in early childhood education. The data presented are the results of an ethnography carried out over seven months in a Municipal Center for Early Childhood Education, using a field notebook record. Based on the analyses, it can be highlighted that black and white children from an early age build their games and friendships articulating the markers of gender, race and ages, especially when they play together and reframe the uses of educational spaces organized by people adults.Este artículo tiene como objetivo contribuir a los estudios y reflexiones sobre juegos y amistades entre niños de 0 a 5 años en educación infantil. Los datos presentados son el resultado de una etnografía realizada durante siete meses en un Centro Municipal de Educación Infantil, utilizando el registro en un cuaderno de campo. A partir de los análisis, se puede destacar que los niños blancos y negros desde temprana edad construyen sus juegos y amistades articulando los marcadores de género, raza y edades, especialmente cuando juegan juntos y replantean los usos de los espacios educativos organizados por personas adultas.

    Interlocuções Sul-Sul: Infâncias, Interseccionalidade e Pensamento Decolonial

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    Apresentacao do dossi

    Cores que desenham o mundo: infâncias e as marcas de gênero, raça e classe

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    The act of drawing is one of the singular expressions of children as protagonists, reverberating the experience of life through which children materialize and share their inquiries before the world, a creative activity that brings the complexity of the relationships experienced in their coexistence with other children and with adults, lifestyles and cultural practices that leave marks of their presence. These marks of experience are traces that carry representations of thoughts and interpretations of what it is like to be a girl or a boy, black or white and children of a working class. Based on the analysis of drawings by black and white boys and girls between 8 and 9 years of age we try to understand how children at elementary school conceive the image of childhoods lived in the outskirts of São Paulo City - Brazil. By taking these children’s drawings as a primary source of the research, we conceptualized them as cultural artifacts and historical documents, which can contribute to the recognition of the children’s culture expressed in the traces, symbols and colors of their creation, thus allowing us to think likewise about this moment of the society, with its historical specificities, and their gender, race and social class signs. This is a interpretive analysis, based on anthropology, sociology and childhood pedagogy.O ato de desenhar constitui uma das expressões singulares do protagonismo infantil, reverberando a experiência de vida pela qual as crianças materializam e compartilham suas indagações frente ao mundo, atividade criadora que traz a complexidade das relações experienciadas na convivência entre elas e entre elas e com os/as adultos/as, estilos de vida e práticas culturais que deixam as marcas de sua presença. Essas marcas de experiência, por sua vez, são rastros que carregam representações que nos contam pensamentos e interpretações do que é ser uma menina ou um menino, negro/a ou branco/a e filhos/as da classe trabalhadora.  Com base nos desenhos de meninas e meninos, negros/as e brancos/as, com idade entre 8 e 9 anos, procuramos compreender como as crianças do ensino fundamental concebem as infâncias vivenciadas na periferia da cidade de São Paulo – Brasil.  Ao tomarmos os desenhos infantis como fonte primaria da pesquisa, os conceituamos como artefatos culturais e documentos históricos, que podem contribuir para que se reconheçam as culturas infantis expressas nos traços, símbolos e cores das criações das crianças, permitindo-nos assim pensar este momento da sociedade, com suas especificidades históricas, e as suas marcas de gênero, raça e classe social. Trata-se de uma análise interpretativa, pautada na antropologia, sociologia e pedagogia da infância

    Paternidade e Masculinidades Negras Circunscritas: exercícios de autorreflexão emancipatórios

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    Este artigo apresenta reflexões sobre o gerenciamento da vida familiar às quais incluem as funções de zelo e educação das crianças, dos serviços domésticos e do equilíbrio do relacionamento afetivo, com vistas à compreensão de como homens negros pensam suas paternidades e masculinidades negras, bem como perceber de que forma isso emerge na cena contemporânea como realidades presentes em diferentes espaços sociais. Partimos de uma abordagem qualitativa, tendo como método de pesquisa a realização de entrevistas semiestruturada realizadas com pais negros e um exame de uma narrativa cinematográfica contemporânea – Fences, Um Limite Entre Nós (2017) – ambientado em Pittsburgh nos Estados Unidos dos anos 1960. Para isso, alternamos as interlocuções dos participantes, análises e discussões com os sentidos aparentes do filme. Tomamos como referencial teórico as pesquisas desenvolvidas por Connell (1995; 1998), Awkward (2001), Hall (2003), bell hooks (2004), Grossi (2004), Botton (2007), Fanon (2008), Miskolci (2012), Faustino (2014), Davis (2016) e Santos; Antunez (2018). A masculinidade negra enrijecida sob os pilares hegemônicos da modernidade ocidental e que com o colonialismo se expande tornando-se um modelo arriscado e traumatizante pela qual os homens negros estão circunscritos é um território carregado de conflitos, mas como um ato de resistência e reexistência alguns homens negros estão se reinventando com a conscientização de suas paternidades

    “Bonjour, comment ça va?”: uma experiência docente com crianças imigrantes senegalesas

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    This text presents reflections on the production of meanings on the experiences of contemporary migration in the context of education. This is a teaching experience and analysis of the interfaces of socio-cultural differences and educational practices experienced by Senegalese children with Brazilian children in the context of the early years of the municipal public school of the city of São Paulo - Brazil. In this context, migration and childhoods are potentializing in the discussion about the education of ethnic-racial relations and human rights built in the daily life of educational institutions.Este texto apresenta reflexões acerca da produção de sentidos das experiências da migração contemporânea no contexto da educação. Trata-se de uma experiência docente e análise das interfaces das diferenças socioculturais e práticas educativas vivenciadas por crianças senegalesas junto às crianças brasileiras, no contexto dos anos iniciais da escola pública municipal da cidade de São Paulo – Brasil. Nesse quadro, a migração e as infâncias são potencializadores na discussão a respeito da educação das relações étnico-raciais e em direitos humanos, construídas no cotidiano das instituições educativas

    Infâncias e pesquisas em busca de pedagogias descolonizadoras

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    Resenha de:SANTOS, Solange Estanislau dos et al. (org.). Pedagogias descolonizadoras e infâncias: por uma educação emancipatória desde o nascimento. Macéio: Edufal; Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2018. 173p

    Childhood and research: children and their relations with sociocultural processes

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    Para (re)pensar o contexto das infâncias contemporâneas tendo em vista os dispositivos e técnicas utilizados para governá-la, bem como o que está em risco na vida das crianças, o livro Infância, pesquisa e educação: olhares plurais contribui para problematizarmos o imperativo das tecnologias de governo que, marcado por uma visão adultocêntrica, permeia as relações de poder e saber. A obra em destaque foi organizada por Reginaldo Santos Pereira e Ennia Débora Passos Braga Pires, docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb)3017To (re) think the context of contemporary childhoods in view of the devices and techniques used to govern it, as well as what is at risk in the lives of children, the book Childhood, research and education: plural looks contributes to problematize the imperative of the technologies of government that, marked by an adultocentric vision, permeates the relations of power and knowledge. The featured work was organized by Reginaldo Santos Pereira and Ennia Débora Passos Braga Pires, professors at the State University of Southwest Bahia (UESB)sem informaçã

    Amigues : an intersectional study of friendship practices amongst young children in early childhood education

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    Orientador: Ana Lúcia Goulart de FariaDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de EducaçãoResumo: A presente dissertação de mestrado é resultado de uma etnografia realizada com vinte três crianças de cinco anos de idade num Centro Municipal de Educação Infantil, fazendo o registro em caderno de campo. Esta pesquisa tem como objetivo compreender como as crianças pequenas negras e brancas articulam as suas práticas de amizade interseccionadas por raça, gênero, classe e idade no espaço da pré-escola. Busca-se contribuir com os estudos referentes a amizade na infância e a produção de culturas infantis. O referencial teórico apoia-se na pedagogia da infância e na sociologia da infância em interlocução com a interseccionalidade dos estudos feministas negros, de forma a aproximar-se do ponto de vista das crianças pequenas aqui tomadas como atrizes sociais ativas e construtoras de culturas infantis. Nas pesquisas que discutem sobre a amizade na infância, ela surge como as formas pelas quais as crianças brincam assim como pelas exigências contextuais do espaço social em que elas se inserem. Denominei de práticas de amizade as ações que as crianças pequenas realizam para manter diversos contatos entre elas e, entre elas e as pessoas adultas, tendo em vista as situações experienciadas na pré-escola. Reconhecendo os seus chamamentos, escutando-as e lançando-se ao brincar, as crianças da turma se tornaram companheiras de pesquisa. A análise interseccional revelou que, as relações entre as crianças pequenas e pequenininhas e a percepção que elas têm sob suas identidades étnico-raciais e de gênero se constituem no contato com as diferenças, quando estão nos banheiros sem divisão por sexo, no parque, entre outros. Também foi identificado que, para construir e manter as suas amizades as crianças negras e brancas articulam a proteção, os interesses em comum, afeto, corpo, raça, gênero, classe e idade. As demonstrações da amizade têm uma intensidade variável conforme a presença adulta e a organização do trabalho educativo. Na convivência cotidiana as crianças construíam sentidos com a realidade, transformavam os sentidos propostos a cada momento em que brincavam juntas, praticavam a amizade e dinamizavam culturas infantisAbstract: This master's dissertation is the result of an ethnography carried out with twenty three five-year-old children at a Municipal Center for Early Childhood Education, registering it in a field notebook. This research aims to understand how young children black and white articulate their friendship practices intersected by race, gendersocial class and age in the preschool space. We seek to contribute to studies related to childhood friendship and the production of peer culture.The theoretical framework is based on Pedagogy of Childhood and Sociology of Childhood in dialogue with the intersectionality of black feminists studies, in order to approach the point of view of young children, taken here as active social authors of peer cultures. In researches that discuss about childhood friendship, it emerges by the ways in which children play as well as the contextual demands of the social space in which they are inserted. I called friendship practices the actions that young children take to maintain various contacts between themselves and, between them and adults, in view of the situations experienced in preschool. Recognizing when they call, listening to them and giving myself to them while playing, the children in the class became research companions. The intersectional analysis revealed that the relationships between young and tiny children and the perception they have under their ethnic-racial and gender identities is constituted by the contact with the differences, when they are in the bathrooms without gender division, in the park, among others. It was also identified that, in order to build and maintain their friendships black and white children articulate protection, shared interest, affinity, body, race, gender, social class and age. The demonstrations of friendship vary in intensity depending on the adult presence and the organization of the educational work. In their daily coexistence the children built meanings with reality, transformed the meanings proposed at each moment they played together, practiced friendship and boosted peer culturesMestradoEducaçãoMestre em Educaçã

    L’intersezionalità come contributo teorico-metodologico nella ricerca con/per/sui bambini e l’infanzia nei contesti interculturali

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    In Brazil, childhood is built on a racist, sexist, and classist history, and studies on it are intricately woven into this reality (Arroyo, 2018). In this context, intersectional Black feminist epistemology has been conquering political and academic spaces by promoting debates to understand the mechanisms of exclusion and social inequalities. Based on this, this essay seeks to discuss intersectionality as a theoretical-methodological approach to analyze race and gender relations in childhood research with/for/about children in intercultural contexts, articulating it in the discussions of Afro-Brazilian (Bairros, 2008; Carneiro, 2011; Gomes, 2019; Gonzalez, 1983; Silva, 1998) and African-American (Collins, 1990; Crenshaw, 2002; Davis, 2016; hooks, 2018; 2020) researchers, considering the lives of children and the ways of producing research. Works carried out based on an intersectional perspective (Pereira, 2020; Santiago, 2019) help researchers and point out that in the relationships established in the daily life of early childhood education, situations referring not only to the subordination of children to adults, but also to racism, sexism, and class oppression emerge, and analyzing experiences in this space from just one of these poles is insufficient.In Brasile, l’infanzia è costruita su una storia razzista, sessista e classista e gli studi su di essa sono intricati in questa realtà (Arroyo, 2018). In questo contesto, l’epistemologia femminista nera intersezionale ha conquistato spazi politici e accademici promuovendo dibattiti per comprendere i meccanismi di esclusione e le disuguaglianze sociali. Sulla base di ciò, questo saggio cerca di discutere leintersezionalità come approccio teorico-metodologico per analizzare le relazioni razziali e di genere nella ricerca sull’infanzia con/per/sui bambini in contesti interculturali, articolandosi nelle discussioni di ricercatori afro-brasiliani (Bairros, 2008; Carneiro, 2011; Gomes, 2019; Gonzalez, 1983; Silva, 1998) e afro-americani (Collins, 1990; Crenshaw, 2002; Davis, 2016; hooks, 2018; 2020), tenendo conto della vita dei bambini e dei modi di produrre ricerca. Il lavoro svolto da una prospettiva intersezionale (Pereira, 2020; Santiago, 2019) aiuta i ricercatori e sottolinea che nelle relazioni che si stabiliscono nella vita quotidiana dell’educazione della prima infanzia emergono situazioni che fanno riferimento non solo alla subordinazione dei bambini agli adulti, ma anche al razzismo, al sessismo e all’oppressione di classe, ed è insufficiente analizzare le esperienze in questo spazio da uno solo di questi poli
    corecore