12 research outputs found

    FERMENTOS ECONÔMICOS DE UMA URBANIZAÇÃO CONTRADITÓRIA

    Get PDF
    Torna-se imperativo reconhecer o ambiente de crise em que se realiza hoje a urbanização, nos países centrais e nos periféricos. As contradições do modo de acumulação de capital concentraram-se nas grandes cidades, onde aumentaram as distancias entre os mais ricos, os grupos médios de renda e entre estes e a maioria dos mais pobres. Há um descolamento entre a realidade desse ambiente de crise e a análise urbana mecanicista que se aferra a um planejamento urbano baseado em referencias ideais que encobrem uma visão de classe do problema urbano. Essa urbanização negativa torna-se contraditória com os interesses do grande capital e aumentam os sinais de ruptura entre os participantes das cidades. Palavras chave: Crise social, urbanização negativa, contradições urbanas

    Ignácio Rangel

    Get PDF
    IGNÁCIO Rangel worked during the main changes of second industrial revolution in Brazil, witnessing the making of the central government as the major institution of that process, and its subsequent crisis, in face of the tension arised by the expansion of monopolist capital. Formed on Marxist stock, Rangel left important contributions to the explanation of the agrarian issue and of inflation, seeing both as brought in by the needs of the strategic needs of capital. He also contributed to the analysis of investment projects, that he dealt as part of planning framework Rangel's work belongs to a transition of the international position of Brazil. Staunchly Brazilian, Rangel moved with a great flair of independence towards the dogmas of his time.IGNÁCIO Rangel viveu intensamente a eclosão e a primeira etapa das transformações da segunda revolução industrial no Brasil, com o aparelhamento do governo central como condutor desse processo, e com sua subseqüente crise, diante das contradições suscitadas pela expansão do capital monopolista. Marxista de formação, Rangel deixou importantes contribuições à explicação da questão agrária e da inflação no Brasil, relacionando ambas com necessidades estratégicas do capital. Registrou, também, uma contribuição significativa com relação a projetos de investimento, que tratou como parte do referencial geral do planejamento. O trabalho de Rangel correspondeu ao momento em que mudava a posição do Brasil no cenário internacional. Profundamente brasileiro, moveu-se com grande independência frente aos dogmas de sua época

    Novos e velhos elementos da formação social do Recôncavo da Bahia de Todos os Santos

    Get PDF
    O artigo pretende expor o significado histórico da atualidade da região do Recôncavo,construindo um olhar fundado nas transformações da estruturação social, onde a atual composiçãode classes está impregnada dos elementos pretéritos da sociedade escravista. O que é socialmentenovo tem elementos de continuidade da sociedade antiga, que se reproduz pela fragilidade damodernização. Os novos modos de controle social e de recursos da região mostram novas condiçõesde internacionalidade que representam um desafio para a análise social

    Condições sócio estruturais da produção rural no Brasil

    Get PDF
    As condições históricas concretas da produção rural mudam junto com as modificações do sistema capitalista de produção, em novos modos de articulação com o sistema financeiro e os sistemas de comercialização. No Brasil a produção rural desenvolveu-se sobre formas tradicionais de dominação. O avanço de grandes capitais significou valorização do capital e desvalorização do trabalho. Torna-se necessário atualizar a análise da produção rural para entender seu papel na nova reprimarização da economia nacional

    ENTRADAS AO LABIRINTO: A CIÊNCIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA

    Get PDF
    Social sciences distinguish itself from those of nature by its subject-object relationship that is historical and carries social  experience. Social activity  is performed by social beings who develop the consciousness of their life conditions. Analogieswith the physical world are incidental and do not reach the core of the question that is the organic relationship between the objectivity of history and the subjectivism of social life. The challenge of social theory lies on its capacity to depict the contemporary world. Plurality and inequality are essential to this world representing colonialism, alienation besides mobility and access to labour world. Nowadays social world is a maze which entries are the organizational modes also changing.Las ciencias sociales se distinguen de las del mundo físico por la relación sujeto-objeto en la que ambos términos representam seres sociales historicamente formados portadores de consciência social. Posibles analogias con el mundo físico o con el reino animal no llegan al cerne de la cuestión que es la relación orgánica entre la objetividad histórica y el subjetivismo de la vida social. La disputa actual acerca de la teoria alude a su capacidad para representar el mundo contemporaneo. Pluralidad y desigualdad representan colonialismo, alienación además de movilidad. La pluralidad de modos cómo se realizan las relaciones es un laberinto cuyas entradas son modos de organización que  sin embargo cambian seguidamente.As ciências sociais se distinguem das que tratam do mundo físico por sua relação sujeito-objeto, em que ambos termos denotam seres sociais historicamente constituídos e portadores de consciência social. Eventuais analogias com o mundo físico ou com o reino animal não atingem ao âmago da questão que é a relação orgânica entre a objetividade histórica e a subjetivismo do mundo social. O pleito atual acerca da teoria social refere-se a sua capacidade para representar os problemas da vida social contemporânea. Pluralidade e desigualdade representam colonialismo, alienação, dominação, além de mobilidade desigual. A pluralidade com que se realizam os relacionamentos é um labirinto cujas entradas são modos de organização entretanto sujeitos a mudanças contínuas.

    A QUESTÃO AGRÁRIA E O CAPITAL MONOPOLISTA / The agrarian issue and monopolistic capital

    No full text
    Esse ensaio discute a questão agrária com seus impactos regionais e as relações capitalistas, na fase do capital monopolista. A questão agrária é uma pista para expor as contradições do capital monopolista e dos processos de mercado. A atual expansão do capital na forma de grandes extensões de produção monocultora absenteísta implica em uma reforma agrária negativa, que expõe o confronto entre agronegócios e politicas sociais com devastação ambiental.ABSTRACT: This paper discusses the agrarian issue with its regional impacts and capitalist relations, in the monopolistic capital phase The agrarian issue is a clue to the contradictions of monopolistic capital and on -going market process.  The present day expansion of capital as big expanses of digitalized and absentees production amounts to a negative agrarian reform that exposes agrobusiness as the opposite of social issue and responsible for environment plundering

    A DINÂMICA DO SUBDESENVOLVIMENTO E A TENSÃO HÍDRICA NA BAHIA

    Get PDF
    Esse artigo retoma a polêmica do subdesenvolvimento econômico e usa como ilustração o caso dos recursos hídricos no Estado da Bahia, Brasil. O texto discute a dialética do desenvolvimento, as tendências conjunturais, o modelo de subdesenvolvimento e a necessidade do planejamento regional como elemento para superar o atraso e as tensões causadas pela gestão da economia regional. Como conclusão a análise aponta que o subdesenvolvimento está condicionado pela disputa mundial de poder e estão determinados pelos movimentos de concentração de capital e de renda. O Brasil e suas regiões se encontram em uma conjuntura de disfunção de suas políticas econômicas em relação com seus problemas de crescente subdesenvolvimento

    A ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DE RÔMULO ALMEIDA: PENSAR (E VIVER) O FUTURO

    No full text
    Preâmbulo A carta — de fato, um estudo — enviado pelo governador Antônio Balbino de Carvalho ao presidente Juscelino Kubitschek, intitulada Participação da Bahia na Vida Nacional, em 1956, foi o principal documento que marcou a formação das políticas regionais no Brasil, e o primeiro a representar uma visão baiana do contexto nacional, desde o Novo Diário da Bahia, de Francisco Sabino Vieira, de 1836. Transcorreram cento e vinte anos entre os dois documentos que marcaram o caráter irredento de uma Bahia possuidora de um espírito combativo que não se conteve em formas cotidianas. O documento foi redigido por Rômulo Almeida, que, caracteristicamente, jamais reivindicou sua autoria
    corecore