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    Companheiras indispensáveis: abelhas em crise, imaginário distópico e antropologia no Antropoceno

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    O presente artigo destaca o profundo vínculo entre abelhas e humanos constituído pela intermediação do mel, o qual é produzido pelas abelhas e consumido pelos humanos. De clássicos a trabalhos recentes da antropologia e da sociologia, são mencionados estudos voltados às abelhas e à apicultura. As abelhas são seres fundamentais para a manutenção da vida, ou seja, “companheiras indispensáveis”, sem as quais não podemos viver. São justamente tais seres fundamentais à vida que, no Antropoceno, vêm sofrendo declínios populacionais. A crise das abelhas surge nesse contexto e, junto a ela, emerge um imaginário distópico conforme o qual a vida humana, no limite, se inviabilizaria sem suas companheiras indispensáveis. É desse modo que a antropologia é desafiada por tais temas emergentes, sendo que o presente artigo procura contribuir para os problemas trazidos pelo Antropoceno que ameaça “companheiros indispensáveis” à vida humana.This paper highlights the deep bond between bees and humans constituted by the intermediation of honey, which is produced by bees and consumed by humans. From classics to recent works in anthropology and sociology, studies focused on honeybees and beekeeping are mentioned. Bees are fundamental beings for the maintenance of life, that is, “indispensable companions”, without whom we cannot live. It is precisely these beings fundamental to life that, in the Anthropocene, have been suffering population declines. The bee crisis arises in this context and, along with it, emerges a dystopian imaginary according to which human life, at the limit, would be unfeasible without its indispensable companions. It is in this way that anthropology is challenged by such emerging themes, and the present article seeks to contribute to the problems brought by the Anthropocene that threatens “indispensable companions” to human life

    NINA, Ana Cristina Lopes. Ventos da Impermanência. São Paulo: Edusp, 2006, 294 pp

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    Resenha: NINA, Ana Cristina Lopes. Ventos da Impermanência. São Paulo: Edusp, 2006, 294 p

    Companheiras indispensáveis: abelhas em crise, imaginário distópico e antropologia no Antropoceno

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    Resumo O presente artigo destaca o profundo vínculo entre abelhas e humanos constituído pela intermediação do mel, o qual é produzido pelas abelhas e consumido pelos humanos. De clássicos a trabalhos recentes da antropologia e da sociologia, são mencionados estudos voltados às abelhas e à apicultura. As abelhas são seres fundamentais para a manutenção da vida, ou seja, “companheiras indispensáveis”, sem as quais não podemos viver. São justamente tais seres fundamentais à vida que, no Antropoceno, vêm sofrendo declínios populacionais. A crise das abelhas surge nesse contexto e, junto a ela, emerge um imaginário distópico conforme o qual a vida humana, no limite, se inviabilizaria sem suas companheiras indispensáveis. É desse modo que a antropologia é desafiada por tais temas emergentes, sendo que o presente artigo procura contribuir para os problemas trazidos pelo Antropoceno que ameaça “companheiros indispensáveis” à vida humana

    Da paixão à “ajuda animalitária”: o paradoxo do “amor incondicional” no cuidado e no abandono de animais de estimação

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    Neste artigo abordaremos, por um lado, o processo de humanização dos pets, mostrando que está em curso, em diversos níveis, uma maior aproximação dos seres humanos aos seus animais de estimação, movidos por uma "paixão animalitária” e gratificados pelo “amor incondicional” recebido de seus animais de estimação. A “família multiespecífica”, o médico veterinário dessa família e o mercado pet apontam para uma nova configuração em relação ao tratamento desses animais. Por outro lado, como contraponto, traremos os casos em que, para além do cuidado e do investimento, há o descarte e o abandono, o que envolve grupos engajados numa "ajuda animalitária", dispostos a resgatar e prestar auxílio a estes animais necessitados

    Da paixão à ajuda animalitária: o paradoxo do amor incondicional no cuidado e no abandono de animais de estimação

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    Neste artigo abordaremos, por um lado, o processo de humanização dos pets, mostrando que está em curso, em diversos níveis, uma maior aproximação dos seres humanos aos seus animais de estimação, movidos por uma "paixão animalitária” e gratificados pelo “amor incondicional” recebido de seus animais de estimação. A “família multiespecífica”, o médico veterinário dessa família e o mercado pet apontam para uma nova configuração em relação ao tratamento desses animais. Por outro lado, como contraponto, traremos os casos em que, para além do cuidado e do investimento, há o descarte e o abandono, o que envolve grupos engajados numa "ajuda animalitária", dispostos a resgatar e prestar auxílio a estes animais necessitados
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