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    SOBRE A LOUÇA, O LINHO E A REDE: processos contemporâneos de construção de valor entre artesãs de Alcântara (MA )

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    Neste artigo, buscamos mapear e analisar os processos de atribuição de valor aos artefatos produzidos artesanalmente por três povoados do município de Alcântara, MA. A louça, o linho e a rede - formas nativas de se nomear a produção cerâmica de Itamatatiua, a tecelagem com a fibra do buriti em Santa Maria e a tecelagem das redes de dormir em Brito, respectivamente - fazem parte do sistema simbólico-cultural destes povoados, e além de uma forma de geração de renda, são também saberes e fazeres tradicionais ligados ao território étnico de Alcântara, seja por meio dos recursos naturais utilizados para sua produção, seja pelas condições climáticas que regulam o tempo da produção artesanal. Trabalhamos com a hipótese de que o artesanato contemporâneo é nascido para circular e com isso está aberto a novas representações além das construídas a partir da sua produção - porque as próprias condições atuais de produção já foram construídas a partir de relações de um mercado globalizado.Palavras chave: Valor. Artesanato. Consumo.ABSTRACTIn this article, we map and analyze the valueattribution processes of the handmade artifacts produced by three villages in the Alcântara municipality in the state of MA. The louça (tableware), the linho (linen) and the hammock - native ways of naming the ceramic production in Itamatatiua, the weaving with "buriti" fiber in Santa Maria and the weaving of the hammocks used for sleeping in Brito, respectively - are a part of the symbolic-cultural system in these villages. They are a way of generating income and are also traditional knowledge and practices linked to the ethnic territory of Alcântara, be it through natural resources used for their own production or through the weather conditions that regulate the time of the handmade production. We work with the hypothesis that states that contemporary handicraft is subject to circulation and with that it is open to new representations other than the ones created due to its production - because the actual current production conditions were created from an already globalized market.Keywords: Value. Handicraft. Consumption

    Craft production and design as women’s emancipation instruments

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    The craft production from Maranhão, for its strong influence on the generation of employment and income, has contributed to the development of women’s empowerment, a new conception of power that allows women greater participation in decision-making as a group or association, in the management of responsibilities towards family, work and regarding the masculine gender, giving them greater autonomy. The present study identifies and discusses some design initiatives in the state of Maranhão (Brazil) that corroborate the autonomy and emancipation of artisans. Keywords: empowerment, gender, craft, design

    A relação da produção artesanal com as histórias de vida das mulheres que bordam em São João dos Patos – MA

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    Com o passar dos tempos, as condições de trabalho e o exercício da profissão de bordar, mudou.Antes, o bordar acontecia nos espaços familiares ou em pequenas associações, transmitidos informalmenteaos familiares e interessados. Hoje, a presença de designers atuando no meio deles, possibilitauma mediação no processo de produção. O presente estudo tem como objetivo verificar como asmulheres que bordam em São João dos Patos – MA relacionam o artesanato, o trabalho e a qualidade,tanto de vida como de seus produtos. Informamos que o presente artigo apresenta resultados da dissertaçãointitulada O avesso: limites e alcances da consultoria em design na Associação de Mulheresda agulha criativa – AMAC, no município de SJP, do mesmo autor, no âmbito do PPGDg-UFMA.Mills (2009) nos ajuda a pensar a relação do artesão e seu trabalho, à medida que confere ao trabalho aqualidade de sua própria mente e habilidade, assim, está também desenvolvendo sua própria natureza.Essas reflexões teóricas são necessárias para evidenciar que o trabalho artesão não é definido apenascomo um trabalho manual, mas pela capacidade e habilidade da criação do artesão e na sua identificaçãocom o objeto a ser criado por ele. No trabalho artesanal, além dos aspectos culturais, tambémsão transmitidos aspectos identitários de cada artesão, logo, aspectos pessoais subjetivos do produtortambém estão inseridos na produção. As ferramentas metodológicas utilizadas para este artigo foramentrevistas e a grupo focal tanto com as artesãs e consultores de design que atuaram na AMAC, maisespecificamente no Projeto “Marcando Bordado em Cores”, que de certa forma, ressignificou a arte,a tecnologia e conhecimentos no modo de bordar daquelas mulheres. Concluímos entendendo que asbordadeiras de SJP ao relacionarem a produção artesanal, com suas histórias, alimentam o bem viver,no intuito de se sentirem mais valorizada em vários aspectos, inclusive no quesito auto estima, pois seconsideram literalmente mulheres da agulha criativa, portanto, encontramos aqui, além de qualidade,conhecimento e aprendizado

    Pesquisa colaborativa em design para aproveitamento de resíduos de açaí em comunidades locais: delimitação do estado da arte.

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    O Brasil produz mais de 221 mil toneladas de açaí por ano, das quais 161 mil toneladas correspondem aos resíduos oriundos do seu despolpamento. Estudos relacionados ao aproveitamento do caroço e da fibra do açaí indicam o uso dos resíduos no setor agrícola, na fabricação de produtos medicinais e na engenharia de materiais. No entanto, as pesquisas sobre esses processos não incluem os conhecimentos tradicionais das comunidades produtoras de açaí no desenvolvimento de soluções para o aproveitamento desses resíduos. Nota-se que os valores culturais pertencentes a essas comunidades são ignorados na construção da educação acadêmica quando se trata da busca por inovações no campo da pesquisa. Neste sentido, foi realizada uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL) para identificação de pesquisas baseadas em práticas colaborativas envolvendo a corpo acadêmico e a comunidade local. Obtendo como resultado dois artigos que apontam para a importância do conhecimento tácito no desenvolvimento de pesquisas que tenham como objetivo o manejo de recursos naturais, além de abordarem a necessidade de proteção de conhecimentos tradicionais. Apesar dos estudos apontarem para novos caminhos nas pesquisas acadêmicas, verifica-se a existência de uma lacuna no que se refere ao desenvolvimento de materiais no campo do design a partir de práticas colaborativas envolvendo pesquisadores e comunidades tradicionais. Tais práticas podem abrir novos caminhos para a construção da educação e da pesquisa científica e ainda fortalecer a cultura tradicional de comunidades locais

    O design tangibilizando códigos culturais em códigos materiais por meio do método cartográfico

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    Advindo do campo da psicologia, o método cartográfico tem sido usado por designers para traduzir códigos culturais em códigos materiais e tem-nos feito problematizar o papel do designer pesquisador. Neste artigo apresentamos, além de reflexões teóricas sobre o método, a experiência dessa prática para perceber a noção sobre sustentabilidade de digital influencers no uso dos produtos de moda. Ao aproximarmos os atores diretamente ligados ao consumo - designers e consumidores, problematizamos seus papéis

    Craft production and design as women’s emancipation instruments

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    The craft production from Maranhão, for its strong influence on the generation of employment and income, has contributed to the development of women’s empowerment, a new conception of power that allows women greater participation in decision-making as a group or association, in the management of responsibilities towards family, work and regarding the masculine gender, giving them greater autonomy. The present study identifies and discusses some design initiatives in the state of Maranhão (Brazil) that corroborate the autonomy and emancipation of artisans. Keywords: empowerment, gender, craft, design

    Collaborative design methodologies for clothing flat modeling

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    This article reflects on the importance of collaborative design methodologies in the construction of new configurations for teaching flat clothing modeling. Within the field of teaching fashion and clothing, but specifically in the disciplines of flat modeling, several problems can be identified regarding teaching-learning. Silva and França (2018) state that there is little perceived ability to understand the execution of the molds on the part of the students, which cause the discipline to be seen with a high degree of complexity, causing dissatisfaction, both on the part of the students and by part of the teachers who teach it. This article is based on data, four surveys carried out in fashion and clothing courses in Brazil regarding teaching-learning of the flat modeling technique and from the gaps identified in its results, we will substantiate the paths taken by this research.Based on the assumption that the understanding of the reasons and the difficulties present in the contexts of the researches carried out on teaching and learning of flat modeling in recent years, are not due to individual and solitary actions, but to collective constructions of all the authors involved. In this work, concepts of collaborative design methodologies are explored, as innovative and effective methods of this construction. Understanding that, through collaborative means, it is possible to contribute with activities and solutions from different fields, starting from a new perspective when conceiving formal concepts and solutions.Thus, the question that guides this study and which will be answered is: how can collaborative design methodologies contribute to the flat modeling of clothing? The article is structured in four topics, which aims to clarify points and difficulties raised in research that were carried out in recent years on teaching and learning of flat modeling through a systematic literature review that points out data on the state of the art of flat modeling and its relationship with collaborative methodologies

    Design e ecossocialismo – por onde começar?

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    O artigo apresenta reflexões iniciais, exploratórias, sobre o conceito de ecossocialismo em relação ao design. Partindo-se de uma Revisão Sistemática de Literatura, na qual poucas incidências são identificadas quando associamos os dois termos, busca-se conceituar e entender os debates acerca do tema. A partir de um dos conceitos que constitui o ecossocialismo, o Bem Viver, discorremos sobre seus significados e implicações no campo do design. Como debates, consideramos que o ecossocialismo oferece uma alternativa viável para lidar com as crises econômicas atuais. Ele sugere que o design pode desempenhar um papel crucial na promoção de mudanças sociais e na melhoria da qualidade de vida e valorização de uma reconexão humano-natureza. Além disso, destaca a importância da vida no ecossocialismo e sugere que os processos de design podem ser conduzidos para dialogar com as dimensões ontológicas dos seres com os quais coabitamos o planeta. No entanto, são necessárias mais pesquisas para entender completamente as implicações do ecossocialismo e como ele pode ser implementado na prática
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