8 research outputs found

    Family Health Strategy professionals facing medical social needs: difficulties and coping strategies

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    Os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) atuam em comunidades onde a complexidade de problemáticas médico-sociais pode levá-los a sofrer psicologicamente, com prejuízos ao atendimento aos usuários e à consolidação da ESF como modelo de reorganização da atenção básica no Brasil. Esse estudo investigou as dificuldades e as formas de enfrentamento referidas por profissionais de equipes da ESF frente às demandas médico-sociais apresentadas pelos usuários em seu cotidiano de trabalho. Grupos focais e entrevistas semiestruturadas foram realizados com 68 profissionais de três Unidades de Saúde da Família da cidade de São Paulo. Tráfico e uso de drogas ilícitas, alcoolismo, depressão e violência doméstica são as demandas mais significativas para o grupo estudado. Frente a elas, os profissionais referem formação profissional e capacitação técnica insuficientes, sobrecarga e condições desfavoráveis de trabalho, com sentimentos de impotência e frustração. No enfrentamento das dificuldades, destacam-se as estratégias coletivas, especialmente as reuniões de equipe e apoio matricial, nas quais há troca de experiências, conhecimentos e apoio compartilhado. Os resultados indicam que as dificuldades referidas podem deixar os profissionais da ESF em situação de vulnerabilidade, tal como os usuários por eles atendidos. O investimento no desenvolvimento de competências, o fortalecimento de estratégias de enfrentamento coletivas, assim como maior articulação com as redes de serviços e as lideranças locais, mostram-se necessários para que os profissionais de saúde atuem com menor estresse frente às complexas demandas médico-sociais presentes em seu cotidiano de trabalho, e assim contribuam na consolidação da ESF.Professionals of Family Health Strategy (FHS) work in communities where there are complex medical social problems. These contexts may lead them to psychological suffering, jeopardizing their care for the users, and creating yet another obstacle to the consolidation of FHS as the primary health care model in Brazil. The study investigated the difficulties and coping strategies reported by health professionals of the FHS teams when they face medical social needs of the communities where they work. Focus groups and semi-structured interviews were carried out with 68 professionals of three primary care units in the city of São Paulo (Southeastern Brazil). Drug dealing and abuse, alcoholism, depression and domestic violence are the most relevant problems mentioned by the study group. Professionals reported lack of adequate training, work overload, poor working conditions with feelings of professional impotence and frustration. To overcome these difficulties, professionals reported collective strategies, particularly experience sharing during team meetings and matrix support groups. The results indicate that the difficulties may put the professionals in a vulnerable state, similar to the patients they care for. The promotion of specialized and long term support should be reinforced, as well as the interaction with the local network of services and communities leaders. That may help professionals to deal with occupational stress related to medical and social needs present in their routine work; in the end, it may as well contribute to the strengthening of FHS

    Toxic effects of different doses of cyclophosphamide on the reproductive parameters of male mice

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    The cyclophosphamide is used in cancer treatment. The aim of this study was evaluating the effect of different doses of this drug on male mice reproductive parameters. The cyclophosphamide was administered in the doses 100, 150, 200 e 250 mg.kg-1, intraperitoneal route, for six weeks. As a result, it was observed a decrease in body mass and a decrease in testicles and kidney's weight, in all animals treated with cyclophosphamide. Only the groups that received the doses 100, 150 mg.kg-1 of cyclophosphamide were able to fertilize their females. There was higher incidence of post- implantation losses, reabsorptions and decrease in fetal viability in the group that received the dose of 150 mg.kg-1. It was observed a reduction in epididymis and liver's weight of the animals treated with the doses 150, 200 e 250 mg.kg-1. Abnormal spermatozoa were found in the doses 200 e 250 mg.kg-1. Based on the methodology used and results obtained, it was concluded that the cyclophosphamide was toxic, considering the decrease in animal's body mass and testicle's weight; promoted hepatotoxicity and nephrotoxic effect; influenced in the animals spermatogenesis taking them to infertility and/or subfertility; decreased fetal viability, despite it didn't cause significant malformations in the offspring.A ciclofosfamida é utilizada no tratamento de câncer. Este estudo visa avaliar os efeitos das diferentes doses do fármaco nos parâmetros reprodutivos de camundongos machos. A ciclofosfamida foi administrada nas doses de 100, 150, 200 e 250 mg kg-1, via intraperitoneal por seis semanas. Como resultado observou-se diminuição de massa corporal, redução no peso de testículos e rins em todos os animais tratados com a ciclofosfamida. Apenas os grupos que receberam as doses de 100 e 150 mg kg-1 do quimioterápico foram capazes de fertilizar as fêmeas. Houve maior incidência de perdas pós-implantação, reabsorção e diminuição da viabilidade fetal no grupo que recebeu a dose de 150 mg kg-1. Observou-se redução nos pesos dos epidídimos e fígado dos animais tratados com as doses de 150, 200 e 250 mg kg-1. Espermatozóides anômalos foram encontrados nas doses de 200 e 250mg kg-1. Com base na metodologia empregada e nos resultados obtidos, conclui-se que a ciclofosfamida foi tóxica considerando-se a redução de massa corporal e o peso dos testículos dos animais; promoveu hepatotoxicidade e efeito nefrotóxico; influenciou na espermatogênese dos animais de forma a levá-los a um estado de infertilidade e/ou subfertilidade; diminuiu viabilidade fetal, entretanto não causou malformações significativas na prole

    The global burden of cancer attributable to risk factors, 2010-19 : a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019

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    Background Understanding the magnitude of cancer burden attributable to potentially modifiable risk factors is crucial for development of effective prevention and mitigation strategies. We analysed results from the Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study (GBD) 2019 to inform cancer control planning efforts globally. Methods The GBD 2019 comparative risk assessment framework was used to estimate cancer burden attributable to behavioural, environmental and occupational, and metabolic risk factors. A total of 82 risk-outcome pairs were included on the basis of the World Cancer Research Fund criteria. Estimated cancer deaths and disability-adjusted life-years (DALYs) in 2019 and change in these measures between 2010 and 2019 are presented. Findings Globally, in 2019, the risk factors included in this analysis accounted for 4.45 million (95% uncertainty interval 4.01-4.94) deaths and 105 million (95.0-116) DALYs for both sexes combined, representing 44.4% (41.3-48.4) of all cancer deaths and 42.0% (39.1-45.6) of all DALYs. There were 2.88 million (2.60-3.18) risk-attributable cancer deaths in males (50.6% [47.8-54.1] of all male cancer deaths) and 1.58 million (1.36-1.84) risk-attributable cancer deaths in females (36.3% [32.5-41.3] of all female cancer deaths). The leading risk factors at the most detailed level globally for risk-attributable cancer deaths and DALYs in 2019 for both sexes combined were smoking, followed by alcohol use and high BMI. Risk-attributable cancer burden varied by world region and Socio-demographic Index (SDI), with smoking, unsafe sex, and alcohol use being the three leading risk factors for risk-attributable cancer DALYs in low SDI locations in 2019, whereas DALYs in high SDI locations mirrored the top three global risk factor rankings. From 2010 to 2019, global risk-attributable cancer deaths increased by 20.4% (12.6-28.4) and DALYs by 16.8% (8.8-25.0), with the greatest percentage increase in metabolic risks (34.7% [27.9-42.8] and 33.3% [25.8-42.0]). Interpretation The leading risk factors contributing to global cancer burden in 2019 were behavioural, whereas metabolic risk factors saw the largest increases between 2010 and 2019. Reducing exposure to these modifiable risk factors would decrease cancer mortality and DALY rates worldwide, and policies should be tailored appropriately to local cancer risk factor burden. Copyright (C) 2022 The Author(s). Published by Elsevier Ltd. This is an Open Access article under the CC BY 4.0 license.Peer reviewe

    Barriers and facilitating factors for interprofessional collaboration in the Family Health Strategy

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    Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) tem como atributos essenciais o acesso, a longitudinalidade, a integralidade e a coordenação do cuidado. Desse modo, a colaboração interprofissional é um pressuposto fundamental das práticas de cuidado na APS e está inter-relacionada à qualidade, à efetividade do cuidado e à segurança do usuário. No entanto, poucos estudos avaliaram fatores que interferem na colaboração interprofissional na APS, em particular em países de baixa e média renda. Em 1994, o Ministério da Saúde criou o Programa Saúde da Família com a proposta de reorganizar a APS. Porém, mesmo com mais de 40 mil equipes responsáveis pelo cuidado de cerca de 134 milhões de pessoas atualmente, raros foram os estudos no país que investigaram fatores que afetam as práticas das equipes de saúde da família em relação ao trabalho em equipe e à colaboração interprofissional. Além disso, várias pesquisas têm utilizado a ciência da implementação para estudar o processo de implementação de práticas baseadas em evidências no cuidado em saúde com o intuito de melhorar a qualidade e a efetividade dos serviços de saúde. Entretanto, raros foram os estudos que investigaram a colaboração interprofissional em serviços de saúde utilizando instrumentos da ciência da implementação. Objetivo: Caracterizar a colaboração interprofissional e identificar fatores que a influenciam na Atenção Primária à Saúde (APS) na perspectiva da pesquisa de implementação utilizando o instrumento Consolidated Framework for Implementation Research (CFIR). Método: Trata-se de estudo qualitativo que utilizou a entrevista semiestruturada como técnica de produção de dados. Foram entrevistados trabalhadores da APS de três Unidades Básicas de Saúde do município de São Bernardo do Campo, São Paulo. O roteiro da entrevista baseou-se em três dimensões do CFIR (características da intervenção/objeto em estudo, cenário interno e características dos indivíduos). As entrevistas foram transcritas, lidas e relidas para a análise de conteúdo. Resultados: Foram entrevistados 15 trabalhadores da APS: três gerentes, três médicos, três enfermeiros, três agentes comunitários de saúde, dois técnicos de enfermagem e um auxiliar de enfermagem. De acordo com as dimensões do CFIR investigadas, os participantes destacaram os seguintes aspectos: 1. Características da colaboração interprofissional: os diversos aspectos que compõem a colaboração interprofissional conferem alta complexidade para sua implementação no serviço de saúde; 2. Cenário interno: fatores que influenciam a colaboração interprofissional foram tempo para comunicação formal, interações sociais positivas entre os profissionais e características da liderança, como feedback, autonomia e participação nas decisões; 3. Características dos indivíduos: percepção da colaboração interprofissional tendo o objetivo comum de cuidado dos usuários e da necessidade da interação e integração entre os profissionais. Conclusão: Os resultados indicam possíveis ações para aprimorar a colaboração interprofissional na APS: tempo destinado a encontros previamente organizados entre os profissionais das equipes; além de ações para potencializar habilidades de comunicação, de liderança formativa e de feedback podem contribuir para melhorar a colaboração interprofissionalIntroduction: Primary Health Care (PHC) has as essential attributes access, longitudinality, comprehensiveness and coordination of care. Thus, interprofessional collaboration is a fundamental assumption of care practices in PHC and is interrelated to quality, care effectiveness and user safety. However, few studies have evaluated factors that interfere with interprofessional collaboration in PHC, particularly in low and middle income countries. In 1994, th Ministry of Health created the Family Health Program with the proposal to reorganize the PHC, however, even with more than 40 thousand teams responsible for the care of about 134 million people today, there are few studies in the country that investigated factors that affect the practices of family health teams in relation to teamwork and interprofessional collaboration. In addition, several researches have used Implementaion Science to study the process of implementing evidence-based practices in health care in order to improve the quality and effectiveness of health services, however, studies that investigated the interprofessional collaboration in health services using implementation science instruments were rare. Objectives: To characterize interprofessional collaboration and identify factors that influence it in Primary Health Care (PHC) from the perspective of implementation research using the Consolidated Framework for Implementation Research (CFIR) instrument. Method: This is a qualitative study that used the semi-structured interview as a data production technique. PHC workers from three Basic Health Units in the city of São Bernardo do Campo, São Paulo, were interviewed. The interview script was based on three dimensions of the CFIR (intervention characteristics, inner setting and characteristics of the individuals). The interviews were transcribed, read and reread for content analysis. Results: Fifteen PHC workers were interviewed: three managers, three nurses, three community health agents, two nursing technicians and one nursing assistant. According to the dimensions of the CFIR investigated, the participants highlighted the following aspects: 1. Characteristics of interprofessional collaboration: the various aspects that make up interprofessional collaboration confer high complexity to its implementation in the health service; 2. Inner setting: factors that influence interprofessional collaboration were time for formal communication, positive social interactions between professionals; and leadership characteristics, such as feedback, autonomy and participation in decisions; 3. Characteristics of individuals: perception of interprofessional collaboration having the common objetive of caring for users and the need for interaction and integration between professionals. Conclusion: The results indicate possible actions to improve interprofessional collaboration in PHC. The time allocated to previously organized meetings between the professionals of the teams, actions to enhance communication skills, formative leadership and feedback may contribute to improve interprofessional collaboratio
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