41 research outputs found

    GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO INFANTIL: CONVERSANDO COM MULHERES, MENINAS E MENINOS

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    Neste artigo, o objetivo foi analisar as apropriações sobre as relações de gênero e de sexualidade pelos diversos sujeitos, adultos e crianças, em uma instituição de Educação Infantil. Quais contornos a diferenciação por gênero assume em uma creche comunitária? é a pergunta sobre a qual me debruçarei. Esse foi um tema que apareceu de maneira breve em minha dissertação de mestrado e que pretendo aqui trabalhar de forma mais extensa. A metodologia de pesquisa escolhida foi a etnografia, sendo os dados construídos por do diário de campo, entrevistas com crianças e educadoras, fotografias (tiradas por mim, pelas crianças e pelas educadoras) e filmagens (realizadas por mim e pelas educadoras). O gênero é entendido aqui como um construto social. Assim, as diferentes formas de feminilidade e masculinidade são constantemente atualizadas e permeiam as interações sociais, tornandose parte constituinte da identidade dos sujeitos. Com base na análise de algumas situações do cotidiano da instituição e entrevistas com crianças entre 3 e 5 anos de idade, podemos considerar que as relações de gênero e a sexualidade são apropriadas pelos sujeitos (crianças e educadoras) de maneira ambígua, ora (re)produzindo um modelo ainda hegemônico socialmente, ora apontando para transgressões e resistências a esse modelo

    Vivências de bebês no contexto de um berçário em Belo Horizonte

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    Este artigo analisa as vivências de um grupo de bebês inseridos/as em um contexto coletivo de educação e cuidados. Com base no diálogo entre a Teoria Histórico-Cultural e a Etnografia em Educação, acompanhamos um grupo de 13 bebês, com idades entre 10 meses a 1 ano e 2 meses, durante seis meses, visando o conhecimento das suas vivências nesse contexto. O material empírico foi construído por meio de registros fílmicos, fotográficos, anotações em diário de campo e entrevistas semiestruturadas com professoras. Os/as bebês se aproximaram provocados pelo toque corporal, pelos artefatos e iniciaram brincadeiras no berçário. Argumentamos que a aproximação pode ser compreendida como o movimento realizado pelos/as bebês, constituindo um campo de sentidos por meio das vivências naquele contexto e possibilitando a relação entre eles/as. Selecionamos um caso expressivo das vivências de dois bebês, Ícaro e Giulia. Tais vivências revelaram atos de cuidado pelos quais os dois bebês iniciaram e sustentaram suas relações no espaço educacional. As análises revelam (i) a força atrativa dos artefatos culturais; (ii) a diversidade de atividades elencadas na rotina do berçário; (iii) a preciosidade da relação com as professoras; (iv) a fugacidade da dinâmica interativa dos bebês

    Brincando de roda com bebês em uma instituição de Educação Infantil

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    O presente artigo discute a trajetória da brincadeira de roda em um grupo de bebês em uma Escola Municipal de Educação Infantil em Belo Horizonte, entre fevereiro de 2017 e julho de 2018. Com base nos princípios da Etnografia em Educação e da Psicologia Histórico-cultural, temos acompanhado esse grupo desde seu ingresso na instituição em 2017, quando os bebês tinham entre 7 e 10 meses de idade. Tomamos as brincadeiras de roda em sua dupla temporalidade, tanto como brincadeira tradicional quanto em sua dimensão de (re)apropriação pelo grupo investigado. A atividade de brincar, entendida como uma vivência da criança em seu grupo social, integra emoção, cognição, linguagem, corpo, cultura. Nossas análises focalizam a trajetória da brincadeira no grupo e apontam para ela como enlaçamento do outro, em que crianças e adultos ampliam as possibilidades dessa atividade e, consequentemente, de desenvolvimento cultural dos participantes

    Os estudos sobre a educação de bebês no Brasil

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    A partir de pesquisa bibliográfica, analisamos a produção sobre a educação de bebês alocada no Scientific Electronic Library Online e no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior nos últimos dezoito anos. O objetivo é compreender a trajetória de constituição de um campo de estudos e as tendências da produção de conhecimentos sobres bebês em contextos coletivos. A produção analisada (i) levanta a necessidade de enfrentamento da compreensão do bebê que avance em relação à noção de agrupamento etário; (ii) aponta uma busca pela compreensão acerca do que os bebês fazem quando estão juntos nestes contextos; e (iii) potencializa nossa compreensão do processo de constituição de um campo de estudos sobre bebês impulsionado pela inserção crescente destes sujeitos em instituições de Educação Infantil nas duas últimas décadas

    A passagem da educação infantil para o ensino fundamental: tensões contemporâneas

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    In the context of the extension of fundamental education to nine years, the article describes how the transition from an early childhood education school to an elementary school was experienced by a group of children in Belo Horizonte. The process of construction and analysis of the research data was based on the interpretive approach of the sociology of childhood, and on interactional ethnography. It was observed that the educational practices that gained central role in early childhood education and in fundamental education were structured around play and literacy, but situated differently within the two segments. For early childhood education, the centrality of play has been present in the organization of institutional routines. However, due to their condition as subjects inserted in a graphocentric culture, children turned to the appropriation of written language, engaging individually and collectively in various literacy events. When coming into fundamental education, children faced the chasm between the experiences developed in early childhood education and the educational practices of their new school: playing was put in second place. We argue here that the lack of dialogue between the first two levels of basic education observed in the organization of the Brazilian education system is reflected in the troubled processes experienced by the children studied. In this sense, the investigation, by having its focus on the recording of children's experiences, revealed the need for better integration of playing and literacy in the pedagogical practices of early childhood education and of fundamental education, both of them central dimensions of contemporary child culture.No contexto da ampliação do ensino fundamental para nove anos, o artigo relata como foi vivida, por um grupo de crianças, a transição de uma escola de educação infantil para uma de ensino fundamental em Belo Horizonte. O processo de construção e análise dos dados da pesquisa baseou-se na abordagem interpretativa da sociologia da infância e na etnografia interacional. Verificou-se que as práticas educativas que assumiram centralidade na educação infantil e no ensino fundamental se estruturavam em torno da brincadeira e do letramento, mas situadas diferencialmente nos dois segmentos. Na escola de educação infantil, a centralidade do brincar esteve presente na organização das rotinas institucionais. No entanto, tendo em vista sua condição de sujeitos inseridos em uma cultura grafocêntrica, as crianças voltaram-se para a apropriação da língua escrita, engajando-se individual e coletivamente em diversos eventos de letramento. Ao inserir-se no ensino fundamental, as crianças depararam-se com um hiato entre as experiências desenvolvidas na educação infantil e as práticas educativas da nova escola: o brincar foi situado em segundo plano. Argumentamos que a falta de diálogo presente na organização do sistema educacional brasileiro em relação aos dois primeiros níveis da educação básica se refletiu no processo de desencontros vivenciados pelas crianças pesquisadas. Nesse sentido, a investigação, ao ter como foco o registro da experiência infantil, evidenciou a necessidade de uma maior integração entre o brincar e o letramento nas práticas pedagógicas da educação infantil e do ensino fundamental, ambas dimensões centrais da cultura infantil contemporânea

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
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