69 research outputs found

    Teaching and learning in Social Psychology in emergency remote education

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    A pandemia do novo coronavírus, diante da necessidade de distanciamento social, trouxe para as universidades o desafio do Ensino Remoto Emergencial. O objetivo deste artigo é o de refletir sobre as experiências construídas ao longo de um semestre na disciplina de Psicologia Social, na modalidade remota de ensino. Inspirado na pedagogia engajada de bell hooks, refletimos sobre três ensinamentos desta experiência: a pandemia não é democrática – a negação do direito à educação; entendendo o ERE e os limites da aula expositiva – conversação e compartilhamento de histórias; e aprendizagem colaborativa online, comunidade de aprendizagem e pensamento crítico. Ressaltamos que a utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação possibilitou a construção de aprendizagens significativas, mas temos como desafios a apropriação dessas metodologias mais participativas no modelo presencial e o acompanhamento e inclusão de estudantes que, por razões diversas, não conseguiram se vincular ao semestre remoto. Provavelmente as dificuldades vividas por esses/as estudantes já existissem, mas as condições sociais, culturais e econômicas que sustentam as desigualdades sociais se tornaram mais visíveis com a pandemia, e isso deve nos sensibilizar quando do retorno presencial das aulas.La pandemia del nuevo coronavirus, dada la necesidad de distanciamiento social, trajo el desafío de la Educación Remota de Emergencia a las universidades. El propósito de este artículo es reflexionar sobre las experiencias construidas a lo largo de un semestre en la disciplina de Psicología Social, en la modalidad de enseñanza a distancia. Inspirado en la pedagogía comprometida de bell hooks, reflexionamos sobre tres enseñanzas de esta experiencia: la pandemia no es democrática - la negación del derecho a la educación; comprender el ERE y los límites de la conferencia: conversación e intercambio de historias; y el aprendizaje colaborativo en línea, la comunidad de aprendizaje y el pensamiento crítico. Destacamos que el uso de tecnologías de la información y la comunicación digitales permitió la construcción de aprendizajes significativos, pero tenemos como desafíos la apropiación de estas metodologías más participativas en el modelo presencial y el seguimiento e inclusión de estudiantes que, por diversas razones, no pudieron vincularse al semestre remoto. Probablemente las dificultades vividas por estos estudiantes ya existían, pero las condiciones sociales, culturales y económicas que sustentan las desigualdades sociales se han vuelto más visibles con la pandemia, y esto debería hacernos conscientes cuando volvamos a clases en persona.The pandemic of the new coronavirus, given the need for social distance, brought the challenge of Emergency Remote Education to universities. The purpose of this article is to reflect on the experiences built over a semester in the discipline of Social Psychology, in the remote mode of teaching. Inspired by the engaged pedagogy of bell hooks, we reflected on three teachings from this experience: the pandemic is not democratic - the denial of the right to education; understanding the ERE and the limits of the lecture - conversation and sharing stories; and collaborative online learning, the learning community and critical thinking. We emphasize that the use of digital information and communication technologies enabled the construction of significant learning, but we have as challenges the appropriation of these more participatory methodologies in the face-to face model and the monitoring and inclusion of students who, for various reasons, were unable to link to the remote semester. Probably the difficulties experienced by these students already existed, but the social, cultural and economic conditions that support social inequalities have become more visible with the pandemic, and this should make us aware when we return to classes in person

    O Kairós da Pandemia e a Utopia de Outros Mundos Possíveis

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    Esse artigo tem como objetivo apresentar uma resenha crítico-reflexiva sobre o livro “O futuro começa agora: da pandemia à utopia”, do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. O livro é organizado em duas partes. A primeira parte, intitulada “O século XXI se apresenta”, apresenta informações, análises e interpretações do autor sobre o contexto da pandemia, envolvendo desde o debate sobre as desigualdades sociais tornadas mais evidentes e agudas pela pandemia até os movimentos de resistência e auto-organização comunitárias. Com o título “O futuro começa agora”, a segunda parte conduz o leitor à imaginação e construção teórica e utópica de novos mundos pós-pandemia, buscando a saída pelo cenário mais promissor: a proposição de alternativas ao capitalismo, ao colonialismo e ao patriarcado através de uma transição paradigmática e de uma nova declaração cosmopolita insurgente de direitos e deveres humanos. Diante de cenários tão catastróficos do pós-pandemia, Boaventura se situa na linha dos pensadores mais otimistas, apostando no regresso da utopia ao debate político e social

    Entre as delicadezas e as agruras do cotidiano das ruas:: trajetória coletiva e processos de trabalho de uma Equipe de Consultório na Rua

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    Diante do atual cenário político e social de desinvestimentos nos serviços públicos de saúde mental e das sucessivas tentativas de desmonte da Rede de Atenção Psicossocial, este manuscrito tem como objetivo apresentar e discutir a trajetória coletiva de uma equipe de Consultório na Rua. Esta pesquisa está inserida no espectro das pesquisas participativas. Adotaram-se como estratégias metodológicas a observação participante, o diário de campo, as entrevistas narrativas (com usuários e profissionais) e os grupos de discussão com os profissionais de uma equipe de Consultório na Rua. Nessa trajetória vislumbramos as dificuldades vivenciadas por essa equipe em seus processos de trabalho e sua importante função de acolher a população de rua, de um modo geral, e usuários de drogas, especificamente. Ao acolher, seja nas ruas seja na base fixa, promove a desconstrução de noções naturalizadas de rede e de acolhimento

    Ensino e aprendizagem em Psicologia Social no ensino remoto emergencial

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    The pandemic of the new coronavirus, given the need for social distance, brought the challenge of Emergency Remote Education to universities. The purpose of this article is to reflect on the experiences built over a semester in the discipline of Social Psychology, in the remote mode of teaching. Inspired by the engaged pedagogy of bell hooks, we reflected on three teachings from this experience: the pandemic is not democratic - the denial of the right to education; understanding the ERE and the limits of the lecture - conversation and sharing stories; and collaborative online learning, the learning community and critical thinking. We emphasize that the use of digital information and communication technologies enabled the construction of significant learning, but we have as challenges the appropriation of these more participatory methodologies in the face-to-face model and the monitoring and inclusion of students who, for various reasons, were unable to link to the remote semester. Probably the difficulties experienced by these students already existed, but the social, cultural and economic conditions that support social inequalities have become more visible with the pandemic, and this should make us aware when we return to classes in person.The pandemic of the new coronavirus, given the need for social distance, brought the challenge of Emergency Remote Education to universities. The purpose of this article is to reflect on the experiences built over a semester in the discipline of Social Psychology, in the remote mode of teaching. Inspired by the engaged pedagogy of bell hooks, we reflected on three teachings from this experience: the pandemic is not democratic - the denial of the right to education; understanding the ERE and the limits of the lecture - conversation and sharing stories; and collaborative online learning, the learning community and critical thinking. We emphasize that the use of digital information and communication technologies enabled the construction of significant learning, but we have as challenges the appropriation of these more participatory methodologies in the face-to-face model and the monitoring and inclusion of students who, for various reasons, were unable to link to the remote semester. Probably the difficulties experienced by these students already existed, but the social, cultural and economic conditions that support social inequalities have become more visible with the pandemic, and this should make us aware when we return to classes in person.A pandemia do novo coronavírus, diante da necessidade de distanciamento social, trouxe para as universidades o desafio do Ensino Remoto Emergencial. O objetivo deste artigo é o de refletir sobre as experiências construídas ao longo de um semestre na disciplina de Psicologia Social, na modalidade remota de ensino. Inspirado na pedagogia engajada de bell hooks, refletimos sobre três ensinamentos desta experiência: a pandemia não é democrática – a negação do direito à educação; entendendo o ERE e os limites da aula expositiva – conversação e compartilhamento de histórias; e aprendizagem colaborativa online, comunidade de aprendizagem e pensamento crítico.  Ressaltamos que a utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação possibilitou a construção de aprendizagens significativas, mas temos como desafios a apropriação dessas metodologias mais participativas no modelo presencial e o acompanhamento e inclusão de estudantes que, por razões diversas, não conseguiram se vincular ao semestre remoto. Provavelmente as dificuldades vividas por esses/as estudantes já existissem, mas as condições sociais, culturais e econômicas que sustentam as desigualdades sociais se tornaram mais visíveis com a pandemia, e isso deve nos sensibilizar quando do retorno presencial das aulas

    “E agora, o que eu faço?”: reflexões sobre os efeitos da pandemia na vida e saúde mental de estudantes universitárias/os em início, meio e final de curso

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    Objetivo: problematizar os impactos da pandemia e do ensino remoto na vida de estudantes universitárias/as, considerando algumas especificidades em relação ao momento do curso, a partir de uma experiência promovida por um projeto de extensão que nos colocou em contato direto com estudantes de nossa universidade.  Método: estudo de caso do Grupo Virtual MEDUSA, ação do Projeto de Extensão “Movimento Educação e Saúde Mental – MEDUSA”, desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entre 2020 e 2021, foram realizados 45 encontros de aproximadamente uma hora e trinta minutos, totalizando mais de 60 horas registradas em diários de campo, com a participação de mais de 80 estudantes. É a partir destes fragmentos de escuta e de escrita, que o estudo de caso se constitui. Resultados: foram identificados efeitos na vida e saúde mental das/os estudantes, tais como dificuldades com as práticas de ensino e aprendizagem online; o excesso de atividades e sensação de esgotamento; ambientes inadequados de estudo; o sentimento de solidão e desânimo decorrentes da falta de conexão social; sintomas de estresse, ansiedade e depressão; polarização política e negacionismo científico (o que tem gerado, por exemplo, conflitos familiares significativos); em decorrência desse, insatisfação com a ausência de engajamento coletivo na pandemia (o que torna ainda mais imprevisíveis os efeitos da pandemia e o tempo necessária para a volta às aulas presenciais); dentre outros. Os efeitos são sentidos de formas singulares também conforme o período do curso em que a/o estudante se encontra. Considerações finais: para enfrentar todos os desafios, precisamos construir mais espaços de escuta e diálogo com as/os estudantes, utilizando as redes internas como centros ou núcleos de apoio aos estudantes, que compõem a estrutura institucional, mas também inventando espaços dentro dos cursos de graduação, com professoras/es, técnicos-administrativos e estudantes

    “And now, what do I do?” : reflections on the effects of the pandemic on the life and mental health of university students in the beginning, middle and end of the course

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    Objetivo: problematizar os impactos da pandemia e do ensino remoto na vida de estudantes univer sitárias/as, considerando algumas especificidades em relação ao momento do curso, a partir de uma experiência promovida por um projeto de extensão que nos colocou em contato direto com estudantes de nossa universidade. Método: estudo de caso do Grupo Virtual MEDUSA, ação do Projeto de Exten são “Movimento Educação e Saúde Mental – MEDUSA”, desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entre 2020 e 2021, foram realizados 45 encontros de aproximadamente uma hora e trinta minutos, totalizando mais de 60 horas registradas em diários de campo, com a participação de mais de 80 estudantes. É a partir destes fragmentos de escuta e de escrita, que o estudo de caso se constitui. Resultados: foram identificados efeitos na vida e saúde mental das/os estudantes, tais como dificuldades com as práticas de ensino e aprendizagem online; o excesso de atividades e sensação de esgotamento; ambientes inadequados de estudo; o sentimento de solidão e desânimo decorrentes da falta de conexão social; sintomas de estresse, ansiedade e depressão; polarização política e negacio nismo científico (o que tem gerado, por exemplo, conflitos familiares significativos); em decorrência desse, insatisfação com a ausência de engajamento coletivo na pandemia (o que torna ainda mais imprevisíveis os efeitos da pandemia e o tempo necessária para a volta às aulas presenciais); dentre outros. Os efeitos são sentidos de formas singulares também conforme o período do curso em que a/o estudante se encontra. Considerações finais: para enfrentar todos os desafios, precisamos construir mais espaços de escuta e diálogo com as/os estudantes, utilizando as redes internas como centros ou núcleos de apoio aos estudantes, que compõem a estrutura institucional, mas também inventando espaços dentro dos cursos de graduação, com professoras/es, técnicos-administrativos e estudantes.Objective: problematize the impacts of the pandemic and remote education in the lives of university students, considering some specificities regarding the time of the course, based on an experience pro moted by an extension project that put the authors in direct contact with students from a university. Method: case study of the MEDUSA Virtual Group, an activity of the Extension Project “Education and Mental Health Movement – MEDUSA”, developed at the Federal University of Rio Grande do Sul. Between 2020 and 2021, 45 meetings of approximately one hour and thirty minutes were held, totaling more than 60 hours recorded in field diaries, with the participation of more than 80 students. The case study was constituted based on these fragments of listening and writing. Results: effects on students’ lives and mental health were identified, such as difficulties with online teaching and learning practices; excess of activities and feeling of exhaustion; inadequate study environments; feelings of loneliness and discouragement arising from the lack of social connection; symptoms of stress, anxiety and depression; political polarization and scientific denial (which has generated, for example, signifi cant family conflicts); as a result of this, dissatisfaction with the lack of collective engagement in the pandemic (which makes the effects of the pandemic and the time needed to return to in-person classes even more unpredictable); among others. The effects are felt in unique ways, also depending on the period of the course in which students are. Final considerations: to face all these challenges, more spaces for listening and dialogue with students must be organized, using the internal networks as su pport centers for students, which make up the institutional framework, but also creating spaces within undergraduate courses, with professors, administrative technicians and students

    O QUE PODE O HOMEM NEGRO SENTIR? PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES, VIOLÊNCIA E MODOS DE RESISTIR/EXISTIR

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    Introduction: This work presents theoretical perspectives that problematize the homogenizing representations of black men as insensitive, aggressive and ignorant. The question that gives the article its name invites us to observe how the processes of producing subjectivity of black men are constituted by violence. Taking the War on Drugs policy as a reference for institutional violence, this incursion is due to the presence of the authors in the field of research and academic studies on drug policy and mental health. Objective: The objective of this article is to propose an action-reflection on the issue of mental health among black men, denouncing the practices of genocide and structural racism as producers of psychological suffering in this group. Results: To address this plot, literature reviews were carried out in order to propose an epistemological turn in the field of mental health, specifically observing the situation of black men. In this essay, we seek to account for two ways of analysis. The first articulates violence as a form of subjectivation of black men with drug policy, especially the War on Drugs. The second seeks to connect the concept of images of control to that of necropolitics, problematizing how the raciality device is constantly updated through homogenizing representations and the support of practices of violence and extermination. Conclusion: Understanding the inseparability between institutional and structural violence produced against black masculinities and the effects on the lives of this heterogeneous group, we propose some reflections on ways of existing and resisting.Introdução: O presente trabalho apresenta perspectivas teóricas que problematizam as representações homogeneizadoras de homens negros como insensíveis, agressivos e ignorantes. A pergunta que dá nome ao artigo nos convoca a observar de que maneira os processos de produção de subjetividade de homens negros são constituídos pela violência. Tomando a política de Guerra às Drogas como referência de violência institucional, tal incursão se deve pela presença dos autores no campo da pesquisa e estudos acadêmicos sobre política de drogas e saúde mental. Objetivo: O objetivo desse artigo é propor uma ação-reflexão da questão da saúde mental de homens negros, denunciando as práticas do genocídio e o racismo estrutural como produtores de sofrimento psíquico desse grupo. Resultados: Para dar conta dessa trama, foram realizadas revisões de literatura a fim de propor uma virada epistemológica no campo de saúde mental, observando especificamente a situação de homens negros. Neste ensaio, buscamos dar conta de duas vias de análise. A primeira articula a violência como forma de subjetivação de homens negros com a política de drogas, em especial com a Guerra às Drogas. A segunda busca conectar o conceito de imagens de controle ao de necropolítica, problematizando sobre como o dispositivo racialidade se reatualiza constantemente através de representações homogeneizantes e sustentação de práticas de violência e extermínio. Conclusão: Entendendo a indissociabilidade entre as violências institucionais e estruturais produzidas contra masculinidades negras e os efeitos na vida desse grupo heterogêneo, propomos algumas reflexões sobre as formas de existir e resistir

    Ampliação da clínica, amplificação da doença: a instituição do cuidar em análise

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    Apresentação do texto da professora Heliana de Barros Conde Rodrigues
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