Contribution to the study of the Paleo and Mesoproterozoic magmatism of the SW Amazonian craton based on stable isotopes of O, H and S

Os isótopos estáveis de O, H e S foram utilizados para investigar a origem das rochas magmáticas nos Terrenos Jauru e Pontes e Lacerda do SW do Craton Amazônico, estado de Mato Grosso, Brasil. No Terreno Jauru as rochas granitóides do Greenstone belt Alto Jauru e da Suíte Cachoeirinha apresentam valores de δ18O entre +9,0‰ e +6,3‰ que indicam derivação a partir de magmas juvenis. Na Suíte Intrusiva Rio Branco valores de δ18O para rochas básicas estão entre +5,4‰ e +5,8‰ e para rochas félsicas entre +8,7‰ e +9,0‰; rochas intermediárias apresentam valores entre +7,3‰ e +8,3‰. Os valores mais baixos de δ18O, obtidos nas rochas básicas, são compatíveis com derivação mantélica, porém as rochas félsicas apresentam valores de δ18O compatíveis com origem crustais. Análises de isótopos estáveis de H (rocha total) forneceram valores de δD entre - 83‰ e -92‰, diferente das assinaturas de rochas metamórficas e de águas meteóricas. Resultados em sulfetos para isótopos estáveis de S em rochas básicas e intermediárias desta suíte apresentam valores de δ34S coerentes com uma fonte mantélica (entre + 0,7‰ e +3,8‰), enquanto os valores de δ34S (entre +5,2‰ e +6,1‰) obtidos nas rochas félsicas sugerem participação crustal na sua gênese. Na Suíte Santa Helena (Terreno Pontes e Lacerda) os resultados obtidos para δ18O se agrupam entre +4,4‰ e +8,9‰ indicando uma origem mantélica. O presente estudo confirma a importância da aplicação de isótopos estáveis para a compreensão de processos magmáticos e evolução crustal.Stable isotopes of O, H and S were used to investigate the origin of magmatic rocks of the Jauru and the Pontes e Lacerda Terrains, SW portion of the Amazonian craton, Mato Grosso state, Brazil. Granitic rocks of the Alto Jauru Greenstone belt and Cachoeirinha Suite, Jauru terrain, present δ18O values between +9.0‰ and +6.3‰, indicative of derivation from juvenile magmas. The Rio Branco Intrusive Suite basic and felsic rocks' δ18O values fall, respectively, within +5.4‰ to +5.8‰ and +8.7‰ to +9.0‰ ranges; the intermediate rocks present δ18O between +7.3‰ and +8.3‰. The lower values of δ18O, obtained from basic rocks, are compatible with a mantle source, however the felsic rocks present δ18O values indicative of crustal source. The stable isotopes of hydrogen yielded δD values between - 83‰ and - 92‰, different from the δD signatures of metamorphic rocks and rain water. Sulphur isotopes in sulfides from basic and intermediate rocks of the Rio Branco suite presented δ34S values coherent with a mantle source (between + 0.7‰ and +3.8‰), whereas δ34S values between + 5.2‰ and + 6.1‰, obtained from the felsic rocks, suggest crustal participation in their genesis. For the Santa Helena Suite (Pontes e Lacerda Terrain) the δ18O values fall between +4.4‰ and +8.9‰. The present study confirms the advantages of using stable isotopes to understand magmatic processes and crustal evolution.FAPES

Geoquímica e Assinaturas Nd-Sr do Complexo Granitoide Pensamiento, Província Rondoniana-San Ignacio, Pré-Cambriano de Bolívia Oriental: Caracterização Petrogenética de um Arco Magmático no Mesoproterozoico

The Pensamiento Granitoid Complex (PGC), located in the northern part of the eastern Precambrian shield of Bolivia, is tectonically assigned to the Rondonian-San Ignacio Province (1.55 - 1.30 Ga) of the Amazonian Craton that is made up by Archean and Proterozoic provinces. The Proterozoic ones result from accretionary orogens that become successively younger southwestwards, such as the Rondonian/San Ignacio (1.37 - 1.32 Ga) and the Sunsás orogenies (1.20 - 1.00 Ga). The PGC crops out mainly on the Paragua craton bounded to the south by the Sunsás belt, and composed of granites and subvolcanic terms, and subordinately of syenites, granodiorites, tonalites, trondhjemites and diorites as orogenic representatives of the Rondonian/San Ignacio Orogeny, intrusive into the Lomas Maneches (ca. 1.68 Ga) and Chiquitania (ca. 1.7 Ga) complexes. Thirteen whole rock chemical analyses for major, trace and REE elements were performed for the La Junta, San Martín, Diamantina, Porvernir, San Cristobal, Piso Firme plutons of the PGC. The negative trends of MgO, Al2O3 and CaO contents with increasing SiO2 suggest that fractional crystallization played an important role in the petrogenesis of the investigated rocks. The data also indicate a mainly peraluminous, sub-alkaline to high-K calc-alkaline composition, and fractionated LREE/HREE patterns are consistent with a magmatic arc character for these plutons. SHRIMP U-Pb zircon ages of the La Junta and San Martín syn- to late-kinematic plutons are 1347 ± 21 Ma and 1373 ± 20 Ma respectively, and the Sm-Nd T DM model ages are between 1.9 to 2.0 Ga, while εNd(1330) values range from +1.8 to -4.3, respectively. In addition, the late- to post-kinematic Diamantina pluton yields SHRIMP U-Pb zircon age of 1340 ± 20 Ma, and variable Sm-Nd T DM model ages (1.6 to 1.9 Ga) and εNd(1330) values (+0.4 to -1.2) that are comparable with previous results found for other coeval plutons. The Porvenir, San Cristobal and Piso Firme plutons show εNd(1330) signatures varying from +1.5 to +2.7, in agreement with a plutonic arc setting as is suggested for the Diamantina pluton. Integrated interpretation of the geochemical and isotopic data coupled with new geologic correlations of the PGC with contemporary units in the Brazilian counterpart establishes one Mesoproterozoic magmatic arc in the evolution of the Rondonian-San Ignacio provinceO Complexo Granitoide Pensamiento (CGP) ocorre na porção norte do Pré-Cambriano Boliviano, estando tectonicamente associado à evolução da província Rondoniana-San Ignacio (1.55 - 1.30 Ga) do Craton Amazônico, constituído por uma província central de idade arqueana e províncias proterozoicas marginais. A evolução proterozoica resulta do desenvolvimento de cinturões acrescionários sucessivamente mais jovens para sudoeste, a exemplo das orogenias Rondoniana-San Ignacio (1.37 - 1.32 Ga) e Sunsás (1.20 - 1.00 Ga). O CGP ocorre na parte setentrional do Pré-Cambriano Boliviano, ao norte do cinturão Sunsás, sendo constituído por granitos e termos subvulcânicos. Subordinadamente ocorrem sienitos, granodioritos, tonalitos, trondjemitos e dioritos. Em termos tectônicos, essas rochas são classificadas em dois conjuntos: plutons sin a tardicinemáticos e tardi a pós-cinemáticos. Treze análises químicas em rocha total para elementos maiores, traços e ETR foram realizadas em rochas granitoides orogênicas do CGP. Diagramas de correlação geoquímica indicam tendência negativa entre os conteúdos de MgO, Al2O3 and CaO em função do aumento de SiO2, sugerindo processos de cristalização fracionada na petrogênese das rochas investigadas. Em adição os dados indicam uma composição principalmente peraluminosa, subalcalina de alto K, compatível com ambiente de arco magmático, para a geração dos plútons estudados, corroborado pelo padrão de fracionamento dos ETRL/ETRP. Datações SHRIMP em zircão dos plútons La Junta e San Martín (sin a tardicinemáticos; 1347 ± 21 e 1373 ± 20 Ma, respectivamente) em conjunto com idades modelo T DM entre 1,9 e 2,0 Ga e valores de εNd(1330) entre +1,8 e -4,3 são semelhantes a resultados publicados em outros corpos coevos. Em adição, os plútons Porvenir, San Cristobal e Piso Firme (tardi a pós-cinemáticos) têm idades T DM modelo entre 1,6 e 1,7 Ga e valores de εNd(1330) positivos entre +2,7 e +1,5, o que sugere uma origem em arco magmático intraoceânico. O plúton Diamantina (tardi a pós-cinemático; idade SHRIMP em zircão de 1340 ± 20 Ma) tem idades T DM modelo entre 1,6 e 1,9 Ga com valores de εNd(1330) entre +0,4 e -1,2. Isto corrobora a hipótese de significativa contribuição de material juvenil mesoproterozoico durante a sua gênese. Os resultados aqui obtidos interpretados em conjunto com os dados geológicos de unidades contemporâneas na contraparte brasileira reforçam a existência de um arco magmático juvenil mesoproterozoico que finalizou a evolução acrescionária da província Rondoniana-San Ignaci

Sana Granite, a post-collisional S-type magmatic suite of the Ribeira Belt (Rio de Janeiro, SE Brazil)

The postcollisional magmatism in the Ribeira Belt, a collisional Orogen developed through several episodes during the convergence of the Pan-African/Brasiliano Orogeny, was marked in the Eastern Terrane (Rio de Janeiro, SE Brazil) by intense granitic magmatism of Cambro-Ordovician age. This magmatism was previously divided into the Suruí and Nova Friburgo suites, both interpreted as I-type granites generated by the interactions of magmas with crustal and mantle origins. This paper presents a new contribution to the understanding of the Sana Granite. It is based on the analysis of field work, mineralogical and geochemical (elemental concentrations by Inductively Coupled Plasma Emission Spectrometer, ICP-ES, and Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry, ICP-MS) data, and U–Pb dating and Lu–Hf isotope analyses, by Laser Ablation Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry (LA-ICP-MS) from the main body and one satellite of the Sana Granite. The results of this work show that the Sana Granite, previously grouped with the Nova Friburgo suite, presents petrographic, geochemical, and isotopic characteristics that do not match its initial petrogenetic interpretation. Data from this work show that the Sana Granite is composed of alkali feldspar granites, syenogranites and monzogranites. All these rocks are hololeucocratic to leucocratic, with small grains ranging from fine to coarse. They are silica-supersaturated, peraluminous, and mostly alkali-calcic rocks and plot at the limit between the ferrous and magnesian fields. Crystallization ages of 480 ± 6 million years (Ma) and 495 ± 4 Ma are obtained in the main body of the Sana Granite, while the ages obtained in the satellite body are 506 ± 10 Ma and 508 ± 5 Ma. The Hf isotope data indicate crustal sources, with depleted mantle model ages (TDM) varying between 2.22 and 1.69 Ga and εHf values ranging between −15.54 and − 6.54. The data set from this work suggests that Sana is an S-type granite formed by the partial melting of metasedimentary rocks from the dehydration of hydrous minerals, such as biotite and muscovite. This massif is composed of muscovite-bearing peraluminous granitoids (MPGs) associated with high-pressure collisional Orogens. Considering that the characteristics of the Sana Granite are incompatible with those of the Nova Friburgo suite, it is proposed to use the Sana suite to characterize S-type granites generated in the postcollisional stage of the Ribeira Belt.publishe

NOVAS IDADES U-Pb EM ZIRCÃO POR LA-ICP-MS DE METAGRANITOIDES DA ZONA DE INTERFERÊNCIA ENTRE A FAIXA BRASÍLIA SUL E A FAIXA RIBEIRA CENTRAL, NA REGIÃO SUL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL: New U-Pb Zircon Ages by LA-ICP-MS of Metagranitoids of Interference Zone between the Southern Brasília Belt and the Central Ribeira Belt, in South Region of Rio de Janeiro State, Brazil

In the towns of Resende and Itatiaia, south of Rio de Janeiro State, there are magmatic rock bodies traditionally inserted in the geotectonic context of the Ribeira belt. More recently, other works relate the region to the Interference Zone between the Brasília and Ribeira belts. Contributing to discussions about these interpretations, four metagranitoid bodies were selected for U-Pb analyses of zircon (LA-ICP-MS): a) Córrego das Cruzes, granodioritic inequigranular K-feldspar-biotite gneiss, crystallization and metamorphic ages of 1690±8.6Ma and 606±6.6Ma respectively; b) Engenheiro Passos, megaporphyritic hornblende-biotite metagranitoid, crystallization and metamorphic ages of 652.2±3.6Ma and 621.1±3.7Ma respectively; c) Marimbondo, hololeucocratic metagranite, crystallization and metamorphic ages of 605±2.4Ma and 585±4.8Ma respectively; d) Pedra Selada, granitic to granodioritic porphyritic (hornblende)-biotite metagranitoid, crystallization age of 590.7±1.5Ma. The oldest metagranitoid presents a crystallization age compatible with extensional events, however, this body is still poorly studied. The other bodies present Neoproterozoic crystallization ages correlated to different stages of the Brasília belt: pre-collisional, late-collisional and post-collisional, respectively. The metamorphic ages between 621-605Ma coincide with metamorphism related to the Brasília belt, whereas 585Ma would be associated with Ribeira belt metamorphism. These data corroborate interpretations that place the area in the Interference Zone between the Brasília and Ribeira belts.Nos municípios de Resende e Itatiaia, sul do Rio de Janeiro, ocorrem corpos de rochas magmáticas tradicionalmente inseridos no contexto geotectônico da Faixa Ribeira. Mais recentemente, outros trabalhos relacionam esta região à Zona de Interferência entre as faixas Brasília e Ribeira. Para contribuir com as discussões sobre estas interpretações foram selecionados quatro corpos de metagranitoides para análises U-Pb em zircão (LA-ICP-MS): a) Córrego das Cruzes, K-feldspato-biotita gnaisse inequigranular granodiorítico, com idade de cristalização 1.690±8,6Ma e de metamorfismo 606±6,6Ma; b) Engenheiro Passos, hornblenda-biotita metagranitoide megaporfirítico, com idade de cristalização 652,2±3,6Ma e de metamorfismo 621,1±3,7Ma; c) Marimbondo, metagranito hololeucocrático, com idade de cristalização 605±2,4Ma e de metamorfismo 585±4,8Ma; d) Pedra Selada, (hornblenda)-biotita metagranitoide porfirítico, granítico-granodiorítico, com idade de cristalização 590,7±1,5Ma. O mais antigo apresenta idade de cristalização compatível com eventos extensionais, entretanto este corpo ainda é pouco estudado. Os demais corpos apresentam idades de cristalização neoproterozoicas correlacionadas a distintos estágios da Faixa Brasília: pré-colisional, tardi-colisional e pós-colisional, respectivamente. As idades de metamorfismo entre 621-605Ma coincidem com metamorfismo relacionado à Faixa Brasília, enquanto a idade de 585Ma estaria associada a metamorfismo da Faixa Ribeira. Estes dados corroboram interpretações que inserem a área na Zona de Interferências entre as Faixas Brasília e Ribeira

Dissimilarity between living and dead benthic foraminiferal assemblages in the Aveiro Continental Shelf (Portugal)

This study compares living (LA) and dead (DA) benthic foraminiferal assemblages and identifies different factors that possibly cause differences in the distribution of both assemblages in the Aveiro Continental Shelf (Portugal). A total of 44 sediment samples was collected during summers of 1994 and 1995 along transects (east-west direction) and between 10 and 200 m water depth. Complex statistical analyses allow us to compare the abundance and composition of the LAs and DAs in function of depth, grain-size and total organic matter in all studied stations even in those where the numbers of individuals were rare in one or both assemblages. The highest densities and diversities of the LAs are found in the middle continental shelf on gravel deposits (coarse and very coarse sands) mostly due to the substrate stability, reduced deposition of fine sedimentary particles, availability of organic matter with high quality related to oceanic primary productivity likely induced by upwelling events, and oxygenated porewaters conditions. The DAs have, in general, higher densities and diversities than the LAs. In the outer continental shelf, the dissimilarity between both assemblages is higher due to the accumulation of tests, low dilution by sedimentary particles and scarcity of living foraminifera. Based on the comparison of LAs and DAs and considering the characteristics of the study area and the species ecology, it has been possible to understand the cause of temporal deviation between the LAs and DAs of benthic foraminifera. This deviation is much more pronounced in the inner shelf where the energy of the waves and the currents induce very dynamic sedimentary processes preventing the development of large LAs and the preservation of DAs. Some deviation also occurs in the middle shelf due to the seasonal loss of empty tests. The most well-preserved time-averaged DAs were found in the outer continental shelf.Universidade de Aveiro Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal) Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico, CnPQ, Brazil 301588/2016-3info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Sulfated and carboxylated nanocellulose for Co+2 adsorption

Regarding metals adsorption from aqueous solutions, nanocellulose emerges as a potential material, due to the many functionalization possibilities and enhanced surface contact area (nanostructured nature). In the present work, sulfated and carboxylated nanocellulose samples were obtained through sulfuric acid hydrolysis (S-CNC) and oxidation by TEMPO (CNF). The obtained nanofibers were characterized through multiple techniques, which XRD data indicated the presence of a-cellulose crystals, with crystallinity indexes equal to 72.3% (S-CNC) and 69.3% (CNF). Expressive morphological differences were revealed, whiskers particles for S-CNC, and elongated nanofibrils for CNF, with average thickness of 9.99 and 5.61 nm, respectively. The desired functionalization with carboxylate groups was evidenced based on FTIR data (CNF). A significant and homogeneous presence of sulfur was evidenced through SEM/EDS (S-CNC). The synthesized nanofibers were next applied to cobalt (Coþ2 ) adsorption from aqueous solutions at room temperature. On both cases, expressive maximum cobalt recoveries have been achieved, 90% (CNF) and 87% (S-CNC), for contact times higher than 30 and 45 min, respectively. The adsorptive capacities evaluated through ICP-OES from liquid phase data (87 mg g 1 S-CNC; 90 mg g 1 CNF) were both significantly higher than the values determined through LA-ICP-MS (10.5 mg Co g 1 S- CNC; 31.5 mg Co g 1 CNF)

STRUCTURAL, STRATIGRAPHIC AND METALLOGENETIC ASPECTS OF THE PARAGUAY FOLD AND THRUST BELT: IMPLICATIONS FOR GOLD MINERALIZATION AND COLLAGE OF THE GONDWANA: Aspectos estruturais, estratigráficos e metalogenéticos do Cinturão de Dobramentos e de Cavalgamento Paraguai: implicações para a mineralização do ouro e colagem do Gondwana

ABSTRACT - Paraguay Belt occupies the western portion of the Tocantins Province, surrounding the Southeast of the Amazonian Craton and the eastern border of the Rio Apa Block, suggesting continuity with Tucavaca Belt in Bolivia. The rocks of the Paraguay belt were initially deposited in a glaciomarine environment in sites proximal to the cratonic area and deeper marine under the influence of turbidite flows in distal sites (Cuiabá Group, Bauxi and Puga Formation). The cap carbonates, thick limestone and dolostone succession of the Araras Group and siltstones and diamictites of the Serra Azul Formation related to Glaskiers glaciation overlay these diamictites (related to Marinoan glaciation). On the top there are terrigenous sediments of the Alto Paraguay Group, represented by sandstones of Raizama and claystones of Diamantino formations, respectively. The belt can be divided into three distinct structural zones: The Internal Domain is comprised of turbidite and glaciogenic sequences. Glaciogenic rocks on the base and carbonaceous and terrigenous sediments on the top occur in the External Domain. Horizontal platformal cover on the Amazonian Craton rocks are characterized by open folds. Structural studies allowed characterization of continuous deformational phases: the main deformational phase generated regional inverse folds with a NE-SW trend and fan geometry. Several regionally widespread lode-type gold deposits related to four types of the quartz veins were identified: type 1 is in concordance to bedding, type 2 is parallel to Sn, type 3 is parallel to Sn+2, and vertical Type 4 (Au-rich) is orthogonal to Sn. Late deformation developed in the Cuiabá region, recorded the closure of the ocean and the invertion where the hydrothermal fluids are the responsible for the orebodies formation. Keywords: Paraguay Belt, Structural, Stratigraphy, Metalogenesis.RESUMO – O Cinturão do Paraguai ocupa a porção oeste da Província do Tocantins, ao redor do sudeste do Cráton Amazônico e a leste do Bloco Rio Apa e aparenta ter continuidade com o Cinturão Tucavaca na Bolivia. As rochas do cinturão do Paraguai foram inicialmente depositadas em um ambiente glaciomarino em locais próximos à área cratônica (Formação Puga) e marinhos mais profundos sob a influência dos fluxos de turbidito em locais distais (Grupo Cuiabá e Formação Bauxi). Os carbonatos de topo e dolomitos do Grupo Araras e siltitos e diamictitos da Formação Serra Azul provavelmente estão relacionados à glaciação Glaskiers que cobrem os diamictitos relacionados à glaciação Marinoana. No topo, existem sedimentos terrestres do Grupo Alto Paraguai, representados por arenitos da Formação Raizama e arenitos da Formação Diamantino. O cinturão pode ser dividido em três zonas estruturais distintas: O Domínio Interno é constituído por turbiditos e sequências glaciogênicas. Rochas glaciogênicas na base e sedimentos carbonáticos no topo ocorrem no domínio externo. Outros sedimentos com dobras abertas ocorrem na área do Cráton da Amazônia e é caracterizado como uma cobertura platformal. Os estudos estruturais sugerem fases deformacionais contínuas, sendo a principal fase deformacional responsável pela formação de dobras inversas vergência NE-SW e geometria tipo fan. Foram identificados vários depósitos de ouro do tipo filão relacionados a quatro tipos de veios de quartzo: o tipo 1 é paralelo ao acamamento; o tipo 2 é paralelo ao Sn; o tipo 3 é paralelo ao Sn + 2; e o tipo 4 é ortogonal a Sn, sendo o mais enriquecido em Au. As deformações desenvolvidas na região de Cuiabá registraram a deposição em ambiente marinho e inversão tectônica, onde os fluidos metamórficos são os responsáveis pelas mineralizações. Keywords: Cinturão Paraguay, Estrutural, Estratigrafia, Metalogêne

GEOLOGY, PETROGRAPHY AND EMPLACEMENT MODE OF THE MORRO DOS GATOS ALKALINE INTRUSIVE COMPLEX, STATE OF RIO DE JANEIRO, BRAZIL

Este artigo apresenta características geológicas, litológicas e petrográficas do complexo intrusivo de rochas alcalinas do Morro dos Gatos, que é situado na região central do Estado do Rio de Janeiro. As rochas alcalinas ocorrem na parte oeste do Morro dos Gatos e tem 1,2 x 1,2 km de extensão sendo distribuídas em uma área de 0,5 km2. A parte leste do corpo intrusivo é constituída por rochas alcalinas félsicas, constituídas por feldspato alcalino, plagioclásio, clinopiroxênio, biotita e muito pequena quantidade de quartzo, variando de sienito a monzonito. Observam-se os cristais relativamente grandes de feldspato, de 2 x 5 mm, cujo centro é constituído por plagioclásio e a borda por feldspato alcalino de crescimento epitaxial. Plagioclásio ocorre também como arcabouço de textura intersticial. Os espaços triangulares são preenchidos por feldspato alcalino. A biotita é idiomórfica, de 2 a 3 mm de tamanho e tem cor marrom. O clinopiroxênio, identificado opticamente como augita, tem forma semi-arredondada e cor verde claro, apresentando notável textura poikilítica com abundantes inclusões minerais de apatita e magnetita. Observa-se uma notável heterogeneidade litológica tanto na composição mineralógica quanto na granulometria. O traquito ocorre tanto como intrusão precursora constituindo a borda do corpo intrusivo principal de sienito e monzonito, denominado traquito da primeira geração, quanto como diques que cortam o corpo principal, a segunda geração. O traquito da primeira geração ocorre na parte noroeste da área de distribuição das rochas alcalinas formando um corpo de 700 m x 400 m e na borda sul, como diques e sills de 0,5 a 3,0 m de largura. Não se observa a passagem gradativa entre o traquito e monzonito. O traquito é porfirítico e contém fenocristais de feldspato alcalino de 4 a 6 mm de tamanho. A massa fundamental é holocristalina e relativamente grossa, sendo composto de micrólitos de feldspato alcalino de 0,1 x 0,4 mm. Ocorrem pequenos cristais de biotita, hornblenda e magnetita. A granulometria da massa fundamental sugere que este traquito não seja formador de derrame ou domo de lava mas um corpo intrusivo pequeno. Encontram-se, localmente, o tufo soldado com abundância de cristais e dique composto de rocha piroclástica. Os corpos piroclásticos constituem fissuras subvulcânicas e acompanham o traquito da segunda geração ao longo do contato dos diques. A exposição atual do corpo intrusivo do Morro dos Gatos corresponde à parte inferior de um plutão. O complexo intrusivo foi formado por: 1) intrusão precursora do traquito da primeira geração; 2) intrusão principal do monzonito; 3) intrusão dos diques piroclásticos junto com o traquito da segunda geração

40Ar/39Ar AGES OF HYDROTHERMAL FLUIDS OF CABAÇAL Au-Zn-Cu DEPOSIT: IMPLICATIONS OF THE CACHOEIRINHA OROGENY ON MINERALIZATION EVENT IN SW AMAZONIAN CRATON: Idades 40Ar/39Ar de fluídos hidrotermais do depósito de Au-Zn-Cu Cabaçal: implicações da Orogenia Cachoeirinha no evento de mineralização no sudoeste do Cráton Amazônico

The Cabaçal deposit is located in SW Amazonian Craton, Mato Grosso State, Brazil, with important Au-Zn-Cu mineralization. The ore is hosted by the Alto Jauru orogenic rocks (1.79-1.74 Ga) comprised of felsic volcanic and volcanoclastic rocks and mineralizations occur as bands concordant with the mylonitic foliation, breccias, quartz-carbonate veins and rock-disseminated, and the polymetallic ore comprises chalcopyrite, pyrite, marcasite, pyrrhotite, sphalerite and galena. The mineralization is related to hydrothermal alteration and includes quartz, chlorite, carbonate, sericite and biotite. Six sericite grains from the hydrothermal zones yielded 40Ar/39Ar ages from 1521.3 ±  1.3 Ma to 1510.4 ±  1.2 Ga.  These ages are evidence that hydrothermal solutions originated related to the Cachoeirinha orogen (1.58-1.52 Ga) cutting the Alto Jauru orogen (1.79-1.74 Ga) host rocks. Detailed geology and petrography indicate banded iron formation played an important role in the metal deposition as a chemical barrier for the mineralizing fluids.O depósito de ouro do Cabaçal está localizado no SW do craton Amazônico, no estado do Mato Grosso, Brasil onde ocorrem rochas do orógeno Alto Jauru (idades U-Pb de 1790 Ma a 1744 Ma). A mineralização é hospedada por rochas vulcânica e vulcanoclásticas e ocorre como (i) bandas concordantes com a foliação milolítica, (ii) brechas, (iii) veios de quartzo-carbonato e (iv) disseminado. O minério é polimetálico e compreende calcopirita, pirita, marcasita, pirrotita, esfalerita e galena. A mineralização está relacionada à alteração hidrotermal e inclui quartzo, clorita, carbonato, sericita e biotita. Grãos de sericita das zonas hidrotermais foram datados pelo método 40Ar / 39Ar, utilizando step-heating a laser em grãos individuais, resultando em valores entre 1562 e 1502 Ma. Esses estudos revelam que o depósito de ouro do Cabaçal pode ser originado durante o orógeno Cachoeirinha (1.58-1.52 Ga) com geração de calor e remobilização de soluções hidrotermais que percolaram e depositaram os metais nas rochas do orógeno Alto Jauru (1,79-1,74 Ga). Geologia de detalhe e petrografia dos corpos de minerio indicam que a formação de ferro bandado desempenhou um papel importante na deposição de metal como uma barreira química para os fluidos mineralizantes