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Continua a haver duas Espanhas
Res-Publica : Revista Lusófona de Ciência Política e Relações InternacionaisA Espanha contemporânea foi violentamente marcada pela Guerra Civil dos anos 30 do século passado e pelas violências que a acompanharam. Marcas que ainda hoje continuam presentes na memória colectiva e na forma como essa memória contribui para a demarcação de campos políticos e ideológicos.Contemporary Spain was violently marked by the
Civil War of the 30s from the past century and by the
violence that accompanied it. These marks continue
to be present today in the collective memory and the
way that that memory contributes to the demarcation
of political and ideological camps
Os irmãos falsamente siameses : Portugal e Espanha
Res-Publica : Revista Lusófona de Ciência Política e Relações InternacionaisNo decurso da sua história são muitos os pontos de
convergência entre as duas nações ibéricas, mas
também os factores que marcaram as suas
diferenças, nomeadamente quanto aos distintos
processos de descolonização e de democratização no século XX. Até aos dias de hoje, onde depois de épocas marcadas sobretudo pela conflitualidade,
Espanha e Portugal são obrigados a coexistir e a
cooperar no espaço comum europeu.There are many points of convergence between
the two Iberian nations throughout their history,
as well as many factors that marked their
differences, namely in reference to the distinct
processes of decolonization and democratization
in the 20th century. Currently, after periods that
were mainly marked by conflict, Spain and
Portugal are obliged to coexist and cooperate in
a common European space
A mãe judia (portuguesa) de Michel de Montaigne ou o carácter implacável do anti–semitismo francês?
Campus Social : Revista Lusófona de Ciências SociaisThe essay raises questions about the silence observed by M. de Montaigne in his Les Essais (1580) about his mother and maternal side of Portuguese (?) Jewish origin,
settled in the French Gascony. Was also the exclusion of the widow from the final will of Pierre Eyquem, the father of M. de Montaigne a sign of a cover-up that was intended to permit his heir-descendant to fit into the
ranks of the traditional catholic French nobility without any suspicion of “stain” of Jewish blood? What about the silence of the French historiography about this matter? Is it a reflexion of the traditional French antisemitism, reinforced by the happenings in the Iberian peninsula
Edição Casa dos Estudantes do Império - Lisboa
A Casa dos Estudantes do Império (CEI) foi criada em 1944, pelo regime anterior, para responder ao reforço do convívio dos estudantes universitários das ex-colónias portuguesas, que não possuíam instituições de ensino superior e que tinham assim que continuar a frequência universitária em Portugal. Este objetivo integrou-se num outro, mais visto, de formação de eleitos que se admitiam virem a ser enquadradoras dos objetivos que o próprio regime colonial prosseguia.
Sob os ventos da descolonização, documentos da Segunda Guerra Mundial, e da aprovação da Carta das Nações Unidas que reconhecem o direito inalienável dos povos à autodeterminação e à independência, o mundo assistiu ao surgimento de novos países no continente africano, o primeiro dos quais foi o Gana, em 1957.
A partir dessa altura muitos dos associados da Casa dos Estudantes do Império são impulsionados para o aprofundamento dos estudos relativos à identidade dos territórios de que eram originários, frequentando debates, colóquios e promovendo edições próprias, com conteúdo diversificado, incluindo poemas, contos e outras formas de expressão cultural.
Em resultado desta ação, a Casa dos Estudantes do Império é encerrada por intervenção da PIDE em 1965. Em 2015 ocorrerá a passagem do 50.º aniversário desse encerramento que coincide com o 40.º aniversário das independências das ex-colónias portuguesas.
Foram associados da Casa dos Estudantes do Império, ou tiveram participação nela, personalidades incontornáveis da cultura e da política como Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Lúcio Lara, Fernando França Van Dúnem, Joaquim Chissano, Pascoal Mocumbi, Pedro Pires, Onésimo Silveira, Francisco José Tenreiro, Alda do Espírito Santo, Vasco Cabral, Pepetela, Alda Lara e tantos outros.
Decorridos, como se disse, cinquenta anos sob a extinção da Casa dos Estudantes do Império, a UCCLA entendeu dever dar um pontapé de saída para homenagear o conjunto desses jovens, tanto mais que Lisboa, que foi sede da Casa dos Estudantes do Império e Coimbra, onde existiu uma delegação, são associadas da UCCLA. No Porto houve também uma delegação durante alguns anos.
Esta homenagem corresponde, sem dúvida, a um desígnio comum dos povos de língua oficial portuguesa e não é possível conceber-se o futuro sem a preservação da memória que a todos respeita.Ministério dos Negócios Estrangeiros; Instituto Camões; Jornal SOL; Câmara Municipal de Lisboainfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
Mensagem - Casa dos Estdantes do Império 1944-1994, Número Especial
A Casa dos Estudantes do Império (CEI) foi
criada em 1944 pelo então Ministério das Coló-
nias e pelo Comissariado Nacional da Mocidade
Portuguesa sendo destinada ao enquadramento dos
estudantes oriundos das Colónias portuguesas (de
África, Índia, Macau e Timor).
O eco das independências africanas ocorridas
ao longo da década de 50 repercutiu-se no império
colonial português, onde o regime do Estado Novo
registava então grande contestação.
Neste contexto histórico muitos jovens estudantes
associados à CEI procuraram caminhos de
descoberta / construção da identidade dos territó-
rios de que eram originários com diversas iniciativas
culturais, entre as quais a atividade editorial.
A Associação Casa dos Estudantes do Império
(ACEI), constituída por associados da CEI, em
1994 e com existência até 1997, reeditou, pela
passagem do 50.o aniversário da Casa, dois volumes
das Antologias de Poesia de Angola, Moçambique
e São Tomé e Príncipe e elaborou um Nú-
mero Especial da MENSAGEM, um Boletim
publicado pela CEI, de forma irregular, de acordo
com as vicissitudes vividas, entre 1948 e 1964.
A União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa
(UCCLA) deliberou levar a efeito uma homenagem
aos associados da CEI, iniciada numa cerimónia
que teve lugar no Auditório da Reitoria da
Universidade de Coimbra, em outubro de 2014, ano
em que se perfizeram 70 anos da criação da CEI.
Nessa homenagem iniciou-se a distribuição das
reedições das referidas Antologias, com novo formato
e ainda a distribuição de uma pen com os nomes
de todos os associados da CEI, resultado de
uma pesquisa levada a efeito na Torre do Tombo.
Para 2015, ano em que se perfazem 50 anos
sobre a extinção da CEI pela PIDE programaram-se
vários eventos. De entre esses eventos constam
debates, um Colóquio Internacional, a realizar na
Fundação Calouste Gulbenkian, uma exposição na
Câmara Municipal de Lisboa e, por fim, a sessão
de encerramento no dia 25 de maio, Dia de África,
em que intervirão como oradores todos os associados
da CEI que vieram a ser Presidentes da
República ou Primeiros Ministros dos territórios
de onde eram originários.
A reedição deste Número Especial da Revista
MENSAGEM integra-se nesta justa homenagem.À Memória de Amílcar Cabral
Mário de Andrade
Carlos Ervedosa
e daqueles que partiram cedo demais.
Ao Dr. Arménio Ferreira, cuja generosidade e apoio
nos anos difíceis prolongaram a existência da Casa.
Aos ESTUDANTES AFRICANOS de hoje e do futuro.Ministério dos Negócios Estrangeiros, CPLP, Instituto Camões, Câmara Municipal de Lisboainfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
I. do AmaraL, Luanda
Margarido Alfredo. I. do AmaraL, Luanda. In: Annales. Économies, Sociétés, Civilisations. 25ᵉ année, N. 6, 1970. pp. 1728-1729
Lombard (Jacques) : L'anthropologie britannique contemporaine
Margarido Alfredo. Lombard (Jacques) : L'anthropologie britannique contemporaine. In: Revue française d'histoire d'outre-mer, tome 61, n°223, 2e trimestre 1974. p. 315
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