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    Análise hierarquizada dos fatores associados à anemia em lactentes

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    Objective: To evaluate the prevalence of anemia and the associated factors in infants assisted in health units of Vitória da Conquista, Bahia, Northeast Brazil.Methods: Cross‑sectional study with a representative sample of 366 children aged 6 to 23 months. A questionnaire was applied to the caregiver, and the children’s anthropometric measurements and hemoglobin levels were collected. The associations were identified by Poisson regression with robust variances based on a hierarchical analysis model.Results: The prevalence of anemia was 26.8%, and the associated factors were: family income equal to or lower than one minimum wage (PR: 1.50; 95%CI 1.03–2.18), number of household members higher than five (PR: 1.50; 95%CI 1.07–2.11), use of unfiltered water (PR: 1.68; 95%CI 1.11–2.56), number of offspring higher than three (PR: 1.64; 95%CI 1.01–2.68), consumption of meat and/or viscera less than once/week (PR: 1.78; 95%CI 1.24–2.58) and age 6‑11 months (PR: 1.75; 95%CI 1.20–2.55).Conclusions: Anemia in the infants assessed is a moderate public health problem, which is associated with socioeconomic, demographic, and dietary factors; thus, measures are necessary for its prevention.Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à anemia em lactentes assistidos por Unidades de Saúde de Vitória da Conquista, Bahia. Métodos: Estudo transversal com uma amostra representativa de 366 crianças de 6 a 23 meses. Realizou‑se aplicação de questionário ao cuidador, avaliação antropométrica e dosagem de hemoglobina das crianças. As associações foram identificadas por meio da regressão de Poisson com variâncias robustas com seleção hierárquica das variáveis independentes.Resultados: A prevalência de anemia foi de 26,8%, e os fatores associados foram: renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo (RP: 1,50; IC95% 1,03–2,18), número de moradores no domicílio superior a cinco (RP: 1,50; IC95% 1,07–2,11), utilização de água não filtrada (RP: 1,68; IC95% 1,11 –2,56), número de filhos maior que três (RP: 1,64; IC95% 1,01–2,68), consumo de carne e/ou vísceras menor que uma vez por semana (RP: 1,78; IC95% 1,24–2,58) e idade de 6 a 11 meses (RP: 1,75; IC95% 1,20–2,55). Conclusões: A anemia nos lactentes avaliados é um moderado problema de saúde pública, a qual está associada a fatores socioeconômicos, demográficos e dietéticos. Dessa forma, medidas são necessárias para sua prevençã

    Prevalence of anemia and determinants of hemoglobin concentration in pregnant women

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    Background Anemia is characterized by reduced hemoglobin concentration and, during pregnancy is associated with increased fetal and maternal morbidity and mortality. Objective To evaluate the prevalence of anemia and the determinants factors of hemoglobin concentration in pregnant women. Methods Cross-sectional study with a sample of 328 pregnant women patients of the urban Health Units of Vitória da Conquista, Bahia. We applied a questionnaire, anthropometric evaluation, and collected blood by capillary puncture for dosage of haemoglobin using a portable β-hemoglobinometer. Were considered anemic those pregnant women with hemoglobin <11 g/dL. The determinants of serum hemoglobin concentration were identified through multiple linear regression. Results We observed anemia in 18.9% of the participants, and the mean hemoglobin concentration was 11.9 g/dL (standard deviation: 1.2). We observed lower mean of hemoglobin concentration among pregnant women who started prenatal care in the second trimester (β: -0.28; 95% CI: -0.54 to -0.02) and who did not used iron supplementation (β: -0.51, 95% CI: -0.79 to -0.23), while a higher mean was observed among primigavidae women (β: 0.34, 95% CI: 0.06 to 0.62). Conclusion Anemia in the population evaluated is a mild public health problem, and hemoglobin concentrations were associated to obstetric factors and prenatal care.Introdução A anemia é caracterizada pela reduzida concentração de hemoglobina e, durante a gestação, está associada à maior morbimortalidade fetal e materna. Objetivo Avaliar a prevalência de anemia e os fatores determinantes da concentração de hemoglobina em gestantes. Método Estudo transversal com uma amostra de 328 gestantes atendidas nas unidades de saúde urbanas de Vitória da Conquista, na Bahia. Foram realizadas a aplicação de questionário, a avaliação antropométrica e a coleta de sangue por punção capilar para dosagem de hemoglobina em β-hemoglobinômetro portátil. Foram consideradas anêmicas as gestantes com hemoglobina < 11 g/dL. Os determinantes da concentração de hemoglobina sérica foram identificados por meio da regressão linear múltipla. Resultados A prevalência de anemia foi de 18,9%, e a média de hemoglobina, de 11,9 g/dL (desvio-padrão: 1,2). Foram observadas menores médias de concentração de hemoglobina entre as gestantes que iniciaram o pré-natal no segundo trimestre (β: -0,28; IC95%: -0,54 a -0,02) e que não usavam suplemento de ferro (β: -0,51; IC95%: -0,79 a -0,23), enquanto a maior média foi verificada entre as mulheres primigestas (β: 0,34; IC95%: 0,06 a 0,62). Conclusão A anemia nas gestantes avaliadas é um leve problema de saúde pública, e as concentrações de hemoglobina foram associadas aos fatores obstétricos e à assistência pré-natal

    Mouthwash use and oral cancer: a systematic review and meta-analysis

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    OBJECTIVE: This study aimed to investigate the effect of mouthwash use on the development of oral cancer. METHODS: Observational studies with adult/older adult populations that have examined the association between mouthwash use and oral cancer were included. Electronic search was performed in July 2022, with no time or language restrictions. PubMed/Medline, Embase, and Web of Science databases were used, and the search was extended to theses and dissertations libraries, Google Scholar, reference lists, and other sources. Methodological quality was assessed using the Newcastle-Ottawa Scale and quantitative data synthesis was performed by random effects meta-analysis, with different subgroup analyses and meta-regression. This revision was registered in Prospero (CRD42020143307). RESULTS: Of the 4,094 studies identified in the search, 15 case-control studies were included in the review, totaling 6,515 cases and 17,037 controls. The meta-analysis included 17 measures of effect from 15 case-control studies. The pooled OR was 1.00 (95%CI: 0.79–1.26, n = 17 studies), but it was 2.58 (95%CI: 1.38–4.82, n = 2 studies) among those who had used mouthwashes three times or more times a day, and 1.30 (95%CI: 1.10–1.54, n = 4 studies) among those who had used mouthwashes for more than 40 years. CONCLUSIONS: We f ound e vidence t hat a h igh f requency o f m outhwash u se m ay b e associated with an increased risk of oral cancer. However, despite the biological plausibility for this association, we suggest caution upon interpretation of our findings due to the few number of studies that have investigated the mouthwash use frequency, which should be considered. Therefore, we recommend that future studies assess, in detail, the frequency, duration, and content of mouthwashes to increase the strength of evidence for a possible dose-response effect of mouthwashes on oral cancer risk

    Stunting and associated factors in children aged 6 to 24 months attended in the Southwest of Bahia Health Units

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    Objective: To assess the prevalence and factors associated with stunting among 6 to 24-month old children. Methodology: This was a cross-sectional study including 360 children attended in all health units in the urban area of Vitória da Conquista - BA. A questionnaire was used to collect information and we evaluated anthropometric measures of weight and height. Nutritional status was evaluated according to the cutoff points for anthropometric indexes recommended by the World Health Organization. The association among the studied factors and stunting was assessed by Poisson regression with robust variance. Results: The prevalence of stunting in the assessed children was 13.6%. The factors associated with the outcome were: father’s unemployment (PR: 2.46; 95% CI: 1.34 to 4.49) and low birth weight (OR: 2.29; 95% CI: 1.27 to 4.13). Conclusion: The results show a significant prevalence of stunting among children under two years old, emphasizing the importance of nutritional monitoring and the influence of obstetric and socioeconomic factors.Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados ao déficit estatural em crianças de 6 a 24 meses. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com 360 crianças atendidas em todas as unidades de saúde da zona urbana do município de Vitória da Conquista, BA. Foi aplicado um questionário para coleta de informações e foram aferidas medidas antropométricas de peso e estatura. O estado nutricional foi avaliado de acordo com os pontos de corte para os índices antropométricos preconizados pela Organização Mundial de Saúde. A associação entre os fatores em estudo e o déficit estatural foi verificada através da análise de regressão de Poisson, com variâncias robustas. Resultados: A prevalência de déficit estatural nas crianças avaliadas foi de 13,6%. Os fatores que se associaram ao desfecho foram: ausência de trabalho paterno (RP: 2,46; IC 95%: 1,34-4,49) e baixo peso ao nascer (RP: 2,29; IC 95%: 1,27-4,13). Conclusão: Os resultados mostram uma prevalência considerável do déficit de estatura entre as crianças menores de 2 anos, destacando a importância do monitoramento nutricional e a influência de fatores obstétricos e socioeconômicos

    Prevalência e fatores associados à anemia em crianças de creches: uma análise hierarquizada

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    Objective: To determine the prevalence and factors associated with anemia in children younger than five years old enrolled in public daycare centers in a city in southwestern Bahia, in the northeast of Brazil. Methods: This was a cross-sectional study that included a sample of 677 children enrolled in public daycare centers in Vitória da Conquista, Bahia, Brazil. A portable hemoglobinometer was used to measure hemoglobin. The concentration of <11 g/dL was considered the cutoff point for a diagnosis of anemia. A questionnaire was applied to parents/guardians in order to collect socioeconomic data, maternal characteristics and information on the child’s health and nutrition. Height and weight were measured to assess the child’s nutritional status. Poisson regression with robust variance and hierarchical selection of variables was used to identify factors associated with anemia. Results: The prevalence of anemia was 10.2% and was more frequent in children whose homes had no sanitary facilities (PR 3.36; 95%CI 1.40-8.03); in those who did not exclusively breastfeed (PR 1.80; 95%CI 1.12-2.91); in children aged less than 36 months (PR 1.85; 95%CI 1.19-2.89) and those who had low height for age (PR 2.06; 95%CI 1.10-3.85). Conclusions: The prevalence of anemia is considered to be a mild public health problem in the children, who are enrolled in daycare centers. Children with inadequate sanitary conditions, and that were not exclusively breastfed, as well as younger children and children with a nutritional deficit, were more likely to present the condition.Objetivo: Determinar a prevalência e os fatores associados à anemia em crianças menores de cinco anos assistidas em creches públicas de um município no sudoeste da Bahia. Métodos: Estudo transversal com uma amostra de 677 crianças matriculadas nas creches públicas de Vitória da Conquista, Bahia. Para determinação da hemoglobina por meio de punção digital, utilizou-se hemoglobinômetro portátil, considerando-se valores de hemoglobina <11 g/dL como ponto de corte para o diagnóstico da anemia. Aplicou-se questionário aos pais ou responsáveis para coleta de informações socioeconômicas, características maternas e de saúde e nutrição da criança. Medidas antropométricas de peso e estatura foram utilizadas para avaliação do estado nutricional da criança. Análise de regressão de Poisson com variância robusta e seleção hierárquica das variáveis foi usada para verificar fatores associados com anemia. Resultados: A prevalência de anemia foi de 10,2% e houve mais prevalência nas crianças cujas moradias não apresentavam instalação sanitária (RP 3,36; IC95% 1,40-8,03); naquelas que não receberam aleitamento materno exclusivo (RP 1,80; IC95% 1,12-2,91); nas crianças com idade inferior a 36 meses (RP 1,85; IC95% 1,19-2,89) e com baixa estatura para a idade (RP 2,06; IC95% 1,10-3,85). Conclusões: A prevalência de anemia pode ser considerada um problema de Saúde Pública menor em crianças de creches populares nesse município. Crianças com condições sanitárias inadequadas, que não receberam leite materno exclusivo, bem como as em idades mais precoces e com déficit nutricional foram mais suscetíveis

    Adherence to a Paleolithic Diet in Combination With Lifestyle Factors Reduces the Risk for the Presence of Non-Alcoholic Fatty Liver Disease: A Case-Control Study

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    BackgroundEvidence suggests the role of changing traditional lifestyle patterns, such as Paleolithic, to the modern lifestyle in the incidence and epidemic of chronic diseases. The purpose of this study was to investigate the associations between the Paleolithic diet (PD) and the Paleolithic-like lifestyle and the risk of non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) among an adult population.Materials and MethodsThis case-control study was carried out among 206 patients with NAFLD and 306 healthy subjects aged &gt;18 years. PD score was evaluated using a validated 168-item quantitative food frequency questionnaire. In addition, to calculate the Paleolithic-like lifestyle score, the components of physical activity, body mass index (BMI), and smoking status of the participants were combined with the score of the PD.ResultsThe mean PD and Paleolithic-like lifestyle scores were 38.11 ± 5.63 and 48.92 ± 6.45, respectively. After adjustment for potential confounders, higher scores of adherence to the PD diet conferred a protection for the presence of NAFLD [odds ratio (OR): 0.53; 95% confidence interval (CI): 0.28–0.98; P for trend = 0.021]. Furthermore, PD and healthy lifestyle habits were negatively associated with NAFLD (OR = 0.42, 95% CI 0.23–0.78; P for trend = 0.007).ConclusionOur data suggest that the PD alone and in combination with lifestyle factors was associated with decreased risk of NAFLD in a significant manner in the overall population. However, prospective studies are needed to further investigate this association

    Prevalência e fatores associados ao ganho de peso gestacional excessivo em unidades de saúde do sudoeste da Bahia

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    RESUMO: Objetivo: Determinar a prevalência do ganho de peso semanal excessivo em gestantes e verificar a associação com fatores demográficos, socioeconômicos, obstétricos, antropométricos e comportamentais. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com 328 gestantes assistidas em todas as unidades de saúde da zona urbana de Vitória da Conquista, Bahia. Os dados foram coletados no período de maio de 2010 a junho de 2011. O ganho de peso semanal foi avaliado de acordo com as recomendações atuais do Institute of Medicine (IOM). A associação entre os fatores em estudo e o ganho de peso semanal excessivo foi verificada nas gestantes, no segundo e terceiro trimestres, por meio da análise de regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: A prevalência de ganho de peso semanal excessivo nas gestantes do segundo e terceiro trimestres foi de 42,5%. Os fatores determinantes do ganho ponderal semanal excessivo foram: renda familiar < 1 salário mínimo (RP: 2,65; IC95% 1,18 - 4,83) e estado nutricional pré-gestacional sobrepeso/obesidade (RP: 1,33; IC95% 1,01 - 1,75). Conclusão: Os resultados do estudo reforçam a importância do monitoramento do ganho de peso durante a gestação. A avaliação do ganho de peso semanal possibilita a realização de intervenções precoces visando a prevenção do ganho de peso total excessivo e suas consequências para a mãe e para a criança

    Relation of macro and micronutrients intake with cardiovascular risk factors in children of Viçosa - MG

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    As doenças cardiovasculares (DCV) estão entre as principais causas de morte no mundo, tornando-se um problema de saúde pública. A ingestão dietética desempenha papel fundamental na prevenção e controle dos fatores de risco cardiovasculares, sendo que a obesidade infantil está associada a um estilo de vida sedentário e uma alimentação inadequada. A maioria dos trabalhos que avaliaram a relação entre a ingestão dietética e o desenvolvimento de fatores de risco cardiovasculares está focada em macronutrientes, enquanto que estudos com micronutrientes são escassos na população infantil. Neste contexto, este estudo objetivou avaliar a associação entre a ingestão dietética de macro e micronutrientes e fatores de risco cardiovasculares em crianças de 8 e 9 anos de Viçosa, Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal realizado com uma amostra probabilística de crianças matriculadas em todas as escolas do município. Os dados foram coletados em dois momentos. No primeiro encontro realizou-se aferição das medidas antropométricas (peso, estatura e perímetro da cintura), avaliação da composição corporal e coleta de sangue para os exames bioquímicos. Além disso, aplicou-se um questionário para coleta de informações socioeconômicas e demográficas e solicitou-se o preenchimento de três registros alimentares em dias não consecutivos, incluindo um final de semana. No segundo encontro, aferiu-se a pressão arterial da criança e recolheram-se os registros alimentares preenchidos. A regressão de Poisson com variâncias robustas foi realizada para estimar a associação entre a ingestão de macro e micronutrientes e os fatores de risco cardiovasculares. Foram avaliadas 347 crianças, sendo a maioria do sexo feminino (59,1%), residente na zona urbana (91,1%) e de escolas públicas (77,8%). Quanto às características socioeconômicas, mais da metade das crianças pertenciam às classes C e D/E (67,2%); a maioria das mães (60,9%) tinham idade entre 31 e 40 anos, 52,8% tinham o ensino fundamental completo e cerca de 66% trabalhavam. Em relação ao estado nutricional, destaca-se que 32% das crianças apresentaram excesso de peso e 4,3% baixo peso. A mediana do perímetro da cintura foi de 59,5 cm, sendo a obesidade central verificada em 10,7% das crianças. A média de gordura corporal foi de 22,9%, sendo que 10,4% dos indivíduos apresentaram adiposidade corporal excessiva. A hiperglicemia e hiperinsulinemia foram verificadas em 4,9 e 4,1% das crianças, respectivamente, e a prevalência de HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment - Insulin Resistance) aumentado foi de 12,2%. Quanto à prevalência de dislipidemias, observou-se que mais da metade das crianças (55,9%) apresentavam hipercolesterolemia, sendo a mediana de colesterol total 177,1 mg/dL. Além disso, 6,38% e 23,77% apresentaram triglicerídeos elevados e HDL baixo, respectivamente. A hipertensão arterial sistêmica foi verificada em 3,8% das crianças avaliadas. Em relação a ingestão dietética, observou-se maior mediana de consumo entre os meninos (p = 0,038), além de maiores médias de consumo de gordura saturada nas crianças das classes econômicas mais altas (p = 0,026) e de escolas privadas (p = 0,001). Verificou-se uma maior mediana de ingestão de magnésio entre as crianças de escola pública (p = 0,034). Quanto à adequação da ingestão dietética, 69,2% das crianças apresentaram um consumo de gordura saturada acima do recomendado e 89,3% apresentaram uma ingestão de fibra abaixo das recomendações. Verificou-se um elevado percentual de consumo de cálcio (96,3%) e potássio (98%) abaixo do recomendado. O consumo de sódio acima do limite máximo tolerável foi verificado em 15,9% das crianças avaliadas. Nas análises de regressão de Poisson, após ajuste por fatores de confusão observou-se uma associação entre o menor consumo de cálcio (RP: 1,41; IC95%: 1,01-1,96) e maior ingestão de fósforo (RP: 1,43; IC95%: 1,03-2,00) e o excesso de peso nas crianças; uma maior prevalência de hipertensão arterial nas crianças com ingestão de sódio no maior quintil (RP: 3,04; IC95%: 1,04-8,85) e naquelas com consumo de magnésio no menor quintil (RP: 2,98; IC95%: 1,02-8,68); bem como uma maior prevalência de HOMA-IR aumentado em crianças no menor quintil de consumo de vitamina B6 (RP: 2,15; IC95%: 1,20-3,85) e ferro (RP: 1,95; IC95%: 1,07-3,54). Os resultados deste estudo evidenciam a importância de se avaliar a influência da ingestão dietética de micronutrientes sobre os fatores de risco cardiovasculares, para o esclarecimento e confirmação dos vários aspectos da dieta envolvidos na gênese das DCV.Cardiovascular disease (CVD) is among the most causes of death worldwide, making it a public health problem. Dietary intake has a key role in the prevention and control of these risk factors, and childhood obesity is associated with a sedentary life and inadequate diet. Most of the work evaluating the relationship between dietary intake and the development of risk factors for CVD is focused on macronutrients, while micronutrients studies with micronutrients are scarce in the pediatric population. In this context, this study aimed to evaluate the association between dietary intake of macro and micronutrients and cardiovascular risk factors in children between 8 and 9 years old in the city of Viçosa, Minas Gerais. It is a cross-sectional study, conducted with a random sample of children enrolled in all schools in the city of Viçosa. The data were collected at two moments. First, it was performed anthropometric measurements (weight, height and waist circumference), body composition assessment and blood collection for biochemical tests. Moreover, we applied a questionnaire to collect socioeconomic and demographic information and it was requested three food records on non-consecutive days including a weekend. In the second moment, the blood pressure of children was checked and it was collected the complete food records. Poisson regression with robust variance was performed to estimate the association between intake of macro and micronutrients and cardiovascular risk factors. It was evaluated 347 children, mostly female (59.1%), from the urban area (91.1%) and public schools (77.8%). Regarding socio-economic characteristics, more than half of the children belonged to classes C and D / E (67.2%); the majority of mothers (60.9%) were between 31 and 40 years old, 52.8% had high school degree and about 66% of them were employed. Regarding nutritional status, it was observed that 32% of the children were overweight or obese and 4.3% underweight. The waist circumference median was 59.5 cm, and central obesity was detected in 10.7% of children. The mean body fat was 22.9%, and 10.4% of individuals had excessive body fat. The Hyperglycemia and hyperinsulinemia were detected in 4.9 and 4.1% of children, respectively, and the prevalence of high HOMA-IR level (Homeostasis Model Assessment - Insulin Resistance) was 12.2%. Regarding the prevalence of dyslipidemia, it was observed that over half of children (55.9%) had hypercholesterolemia, with a total cholesterol median of 177.1 mg/dL. In addition, 6.38% and 23.77% had high triglycerides and low HDL, respectively. The hypertension was observed in 3.8% of the children. Regarding dietary intake, it was observed a higher consumption median among boys (p = 0.038); as well as higher intake mean of saturated fat was observed in the upper-class children (p = 0.026) and private schools (p = 0.001). It was observed a higher intake median of magnesium among public school children (p = 0.034). Regarding the adequacy of dietary intake, 69.2% of children had an intake of saturated fat above the recommended and 89.3% had a fiber intake below recommendations. There was a high percentage of calcium (96.3%) and potassium (98%) intake below recommended. The sodium intake above the maximum tolerable limit was observed in 15.9% of the children. In the Poisson regression analysis, after adjustment for confounding factors, there was an association among the lower calcium intake (PR: 1.41; 95%CI: 1.01-1.96), higher phosphorus intake (PR: 1.43; 95%CI: 1.03-2.00) and overweight and obesity in children; a higher prevalence of hypertension in children with sodium intake in the highest quintile (PR: 3.04; 95%CI: 1.04-8.85) and in those with magnesium intake in the lowest quintile (PR: 2.98; 95%CI: 1.02-8.68); as well as a higher prevalence of increased HOMA-IR among children in the lowest quintile of intake of vitamin B6 (PR: 2.15; 95%CI: 1.20-3.85) and iron (PR: 1.95; 95%CI: 1.07-3.54). The results of this study demonstrated the importance of evaluating the influence of dietary intake of micronutrients in the cardiovascular risk factors, for the elucidation and confirmation of various aspects of diet involved in the genesis of CVD.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superio

    Maternal smoking during pregnancy: effects on the nutritional status and body composition of offspring at adulthood and on birth weight of third generation.

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    Maternal smoking during pregnancy has negative consequences for maternal and child health. Besides to the effects on intrauterine growth, birth weight and morbidity and mortality in child, which are already well established in the literature, some studies indicate that exposure to smoking during pregnancy also would have consequences on the nutritional status and body composition of offspring, as well as they suggest that the effect on birth weight could extend to the third generation. However, the effect of exposure to tobacco in pregnancy and long-term and intergenerational outcomes has been poorly studied. Present thesis aims to evaluate the effects of exposure to maternal smoking in pregnancy on offspring in adulthood and in third generation of the 1982 and 1993 birth cohorts, Pelotas – RS, Brazil. Three articles compose the thesis. In the first article, was evaluated the association between maternal smoking during pregnancy and the body composition of offspring in adulthood. Results of this study showed that offspring of smoking mothers had higher body mass index (BMI), fat mass index (FMI), fat android/gynoid ratio, waist circumference, waist/height ratio and lean mass index, while stature was lower. Weight gain in the first two years of age captured most associations of the maternal smoking in pregnancy with BMI, waist circumference and FMI. The second article evaluated the association of maternal smoking during pregnancy with body mass index and overweight of offspring through systematic review and meta-analysis. Despite the high heterogeneity between the studies, results suggest that offspring of mothers who smoked during pregnancy have higher odds of overweight and mean difference of BMI, and these associations persisted into adulthood. The third article investigated the effect of maternal smoking in pregnancy on birth weight of the third generation. In this study, grandmother smoking was not associated with birth weight of the grandchild. On the other hand, in crude analysis, we observed a cumulative effect when both grandmother and mother smoked during pregnancy. Thus, this thesis evidence that interventions focused on reducing maternal smoking during pregnancy will greatly reduce the effects on body composition and birth weight of the offspring.Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESO tabagismo materno durante a gestação tem consequências negativas para a saúde materno-infantil. Além dos efeitos sobre o crescimento intrauterino, peso ao nascer e morbi-mortalidade nos filhos, já bem estabelecidos na literatura, alguns estudos apontam que a exposição ao fumo da mãe durante a gestação também apresentaria consequências no estado nutricional e composição corporal dos descendentes, bem como sugerem que o efeito sobre o peso ao nascer poderia se estender até a terceira geração. Contudo, o efeito da exposição ao tabaco na gestação e desfechos a longo prazo e intergeracionais tem sido pouco estudados. A presente Tese tem como objetivo avaliar os efeitos da exposição ao tabagismo materno na gestação nos descendentes na vida adulta e na terceira geração das Coortes de Nascimentos de 1982 e 1993, Pelotas – RS, Brasil. Três artigos compõe a tese. No primeiro artigo, avaliou-se a associação entre tabagismo materno durante a gestação e composição corporal dos filhos na vida adulta. Os resultados deste estudo mostraram que filhos de mães fumantes tinham maior índice de massa corporal (IMC), índice de massa gorda (IMG), razão gordura androide/ginoide, perímetro da cintura, razão cintura/estatura e índice de massa magra, enquanto a estatura foi menor. O ganho de peso nos dois primeiros anos de idade capturou a maioria das associações do tabagismo materno na gestação com IMC, perímetro da cintura e IMG. O segundo artigo, avaliou a associação do tabagismo materno durante a gestação com o índice de massa corporal e excesso de peso dos filhos através de revisão sistemática e meta-análise. Apesar da elevada heterogeneidade entre os estudos, os resultados sugerem que filhos de mães que fumaram durante a gravidez têm maiores odds de excesso de peso e diferença média de IMC, e essas associações persistiram até a idade adulta. O terceiro artigo investigou o efeito do tabagismo materno na gestação no peso ao nascer da terceira geração. Nesse estudo, o tabagismo da avó não foi associado ao peso ao nascer do neto. Por outro lado, na análise bruta, observamos um efeito cumulativo quando ambas avó e mãe fumaram durante a gestação. Assim, essa tese evidencia que intervenções focadas em diminuir o tabagismo materno durante a gestação, irão reduzir em grande parte os efeitos na composição corporal e peso aos nascer dos descendentes
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