28 research outputs found

    O great game no Sudeste Asiático: a China, a ASEAN e o mar do Sul da China

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    A China contemporânea de Xi Jinping, para além de promotora de uma globalização com caraterísticas chinesas, em que a Belt and Road Initiative surge como epítome, tem procurado dominar o seu ambiente de inserção regional no Sudeste Asiático, organizado económica e politicamente em torno da Association of Southeast Asian Nations (ASEAN), convergindo os interesses económicos e estratégicos de uns e de outros no Mar do Sul da China, cuja riqueza em recursos energéticos e piscícolas está na origem de uma disputa de soberania. Acresce que se trata de um espaço por onde passa cerca um terço do comércio mundial. Nesta confluência de rotas marítimas comparam-se os poderes navais e expressa-se igualmente a coexistência competitiva China-EUA, onde se medem forças e a capacidade naval dos EUA, cuja presença e influência no Sudeste Asiático se consolidou durante a Guerra Fria. Nestas circunstâncias – que podem ser descritas como um novo Great Game –, não só a ASEAN não resolve o problema no Mar do Sul da China, como fica sujeita às pressões chinesa e norte-americana num triângulo em que é o elo mais fraco.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    A navegar entre gigantes: o Sudeste Asiático e o hedging

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    “MAS O QUE É CLARO É QUE OS ANOS 2020 vão ser decisivos para o poder global americano e chinês, num tempo em que o equilíbrio dos poderes estratégico, económico e tecnológico entre Washington e Pequim estão numa maior proximidade da paridade do que alguma vez estiveram. Os anos 20 vão, portanto, ser uma década em que se viverá perigosamente”, assim se expressava Kevin Rudd, ex-Primeiro-Ministro trabalhista da Austrália, num discurso proferido na Asia Society. É neste contexto e nesta era complexa que se lança o debate sobre o lugar e rumo do Sudeste Asiático.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Dimensões da segurança de Timor-Leste : balanço e perspectivas

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    Este artigo procura estabelecer um quadro para a compreensão dos principais desafios de segurança que Timor-Leste enfrenta. Num primeiro passo dar-se-á conta do contexto regional e num segundo, analisar-se-ão os principais factos, decisões e realizações dos últimos anos, em especial dos anos 2011-2012, no âmbito alargado da dimensão securitária articulada com a política externa, a economia e a justiça. Neste período foi atingido um clima de estabilidade nos planos político e económico o qual, ainda que volátil, pode favorecer o modo como o Estado, o Governo e a sociedade-civil timorenses vão responder ao vasto conjunto de desafios que têm pela frente. Posteriormente é incluída uma referência às eleições presidenciais e legislativas e ao fim da UNMIT. O termo do mandato das Nações Unidas determinará uma mais completa assunção das competências de soberania e consequentemente uma responsabilidade acrescida para a resolução dos problemas de segurança, designadamente para um cumprimento tão cabal quanto possível das missões das F-FDTL e da PNTL. Ao fim de um multilateralismo mais presente sucederá um bilateralismo que tenderá a acentuar o protagonismo dos atores mais envolvidos: a Austrália, a Indonésia e a China

    A adesão de Timor à ASEAN

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    info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Ecos e reflexos do internacionalismo e da ideia wilsoniana de autodeterminação na política externa portuguesa

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    O presente texto pretende relacionar e articular o conceito wilso‑ niano de autodeterminação, a forma como foi acolhido na Conferência de Paz de Versalhes e desembocou no sistema de mandatos, com as posi‑ ções e debates da delegação portu‑ guesa à mesma conferência e o seu impacto na política externa portu‑ guesa. Embora em Versalhes se tenha confirmado a persistência das posses‑ sões africanas, a visão internaciona‑ lista de Wilson introduziu novos desafios e encargos para Portugal, quer pela necessidade de participar de forma ativa nas novas instituições internacionais então criadas, quer pela necessidade de dar resposta aos novos dispositivos de supervisão e vigilância por elas lançados.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Duterte e a cultura política nas Filipinas

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    Existe um estilo de atuação política a que possamos chamar Dutertismo (termo proposto por Randy David)? Ou uma cultura política específica das Filipinas conjugada com uma tendência global para a afirmação dos personalismos? As perguntas não se excluem mutuamente, como procuraremos demonstrar. O fenómeno tem sido visto por alguns como a afirmação de um neoautoritarismo (Theehankee, 2016) ou mesmo de um caudillismo (Heydarian, 2017), mas a sua afirmação e liderança começam por ser uma hábil condução da oposição continuidade/mudança, do desgaste causado pelos problemas do quotidiano e do que alguns têm chamado de democracy fatigue. Duterte dá eco e voz aos oprimidos, à ideia de que a impunidade é intolerável e que o status quo deve ser revisto. Promete uma revolução que ele conduzirá, com violência se necessário for.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Duterte e a cultura política nas Filipinas

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    Existe um estilo de atuação política a que possamos chamar Dutertismo (termo proposto por Randy David)? Ou uma cultura política específica das Filipinas conjugada com uma tendência global para a afirmação dos personalismos? As perguntas não se excluem mutuamente, como procuraremos demonstrar. O fenómeno tem sido visto por alguns como a afirmação de um neoautoritarismo (Theehankee, 2016) ou mesmo de um caudillismo (Heydarian, 2017), mas a sua afirmação e liderança começam por ser uma hábil condução da oposição continuidade/mudança, do desgaste causado pelos problemas do quotidiano e do que alguns têm chamado de democracy fatigue. Duterte dá eco e voz aos oprimidos, à ideia de que a impunidade é intolerável e que o status quo deve ser revisto. Promete uma revolução que ele conduzirá, com violência se necessário for

    A navegar entre gigantes o Sudeste Asiático e o hedging

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    “MAS O QUE É CLARO É QUE OS ANOS 2020vão ser decisivos para o poder global americano e chinês, num tempo em que o equilíbrio dos poderes estratégico, económico e tecnológico entre Washington e Pequim estão numa maior proximidade da paridade do que alguma vez estiveram. Os anos 20 vão, portanto, ser uma década em que se viverá perigosamente” 1 , assim se expressava Kevin Rudd, ex-Primeiro-Ministro trabalhista da Austrália, num discurso proferido na Asia Society. É neste contexto e nesta era complexa que se lança o debate sobre o lugar e rumo do Sudeste Asiático

    Elective Affinities: International Relations and Area Studies: The case of the Asian Studies at ISCSP

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    O presente artigo pretende fazer ressaltar a articulação e comunhão das Relações Internacionais com a Ciência Política, a Estratégia, a Geopolítica, a Economia ou a Antropologia com um foco local, constituindo assim um domínio que se autonomiza, os Estudos de Área e em particular, dentro destes, os Estudos Asiáticos. Neles podemos encontrar um conjunto de afinidades eletivas, recorrendo à expressão de Goethe, que ancoram a cultura científica multidisciplinar. O que se ensaiará de seguida é descrever a emergência, evolução e potencialidades destas afinidades eletivas, e será dado um especial destaque para o caso do ISCSP na prática e divulgação dos Estudos de Área em ligação com as Relações Internacionais.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Regional order in East Asia: Competitive and cooperative dynamics and the role of ASEAN

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    One of the key questions that will define whether the 21st century will be an “Asian Century” is the region’s capability to develop a regional order that accommodates the competitive dynamics between its major powers, thus allowing regional stabilization and the projection of East Asia’s influence at a global scale.In this article, we identify two possibilities for the future regional order. On the one hand, it might evolve into a classic balance of power system. On the other hand, it might evolve into a regionalization process, which tries to integrate the region’s powers into a scheme of cooperation.At the centre of this regional dialectic is ASEAN, which tries to affirm itself as the space of gathering of these two tendencies and to promote a synthesis between them, creating a regional order that integrates regional competitive dynamics by intensifying the cooperative relations between East Asia’s States
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