Halogenated polycyclic aromatic hydrocarbons associated with drinking water disinfection

Introduction: Disinfection by-products (DBPs) have been identified in chlorinated water. This fact justifies the growing concern about the potential health effects of emerging unregulated DBPs, some of which appear to be more genotoxic than the regulated DBPs[1]. Polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) are among the most persistent contaminants detected in environmental samples such as river sediments and tap water. A few studies have already proven that water disinfection can lead to the formation of halogenated derivatives of PAHs, such as chlorinated and brominated PAHs[2] . The available toxicological studies have shown that these compounds possess, in general, greater mutagenicity than the corresponding parent PAHs. Our research group has also shown that exposure of HepG2 cells to a dose-range of 6-Cl-benzo[a]pyrene (6-ClBaP) and BaP resulted in cytotoxicity above 50 µM and that, at the equimolar doses of 100 and 125 µM, 6-ClBaP was able to induce a significantly higher level of DNA damage than BaP[3] . The present study had two main objectives: 1) identification of the major chlorinated and brominated derivatives of benzo[a]anthracene (BaA) and pyrene (Pyr) formed as disinfection by-products and 2) evaluation of their potential hazard to humans, through the characterization of their potential cytotoxic and genotoxic effects in a human cell line.The authors wish to thank Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Lisboa for financial support by the grant BRJ-DSA/2012- Doenças Oncológica

Drinking water contaminants: toxicity of halogenated polycyclic aromatic hydrocarbons

Food may be contaminated with polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) in the process of smoking or heating. These contaminants or their derivatives can also be present in drinking water when raw water contacts with discharges of untreated industrial/waste water effluents, forest fires or by solubilisation of organic material from contaminated soils. A few studies have shown that water disinfection can lead to halogenated derivatives of PAHs (HPAHs) as chlorinated and brominated derivatives, and there are evidences that these compounds may have greater mutagenicity than the parent PAHs. In this study the cytotoxic and genotoxic effects of chlorinated/brominated derivatives of pyrene (Pyr) and benzo[a]anthracene (BaA), 1-ClPyr, 1-BrPyr and 7-ClBaA, which can be formed as water disinfection by-products, were studied in HepG2 cells to assess their potential hazard to human health. The formation of 1-ClPyr, 1-BrPyr and 7-ClBaA under aqueous disinfection conditions in waters contaminated with Pyr and BaA, was confirmed with an optimized gas chromatography method. Cells exposed (24h) to several concentrations of BaA and 7-ClBaA (1 to 200μM) displayed a dose-related and significant increase of cytotoxicity (neutral red assay) with IC50 values of 3.37 and 12.63µM respectively. For Pyr, 1-ClPyr and 1-BrPyr (10 to 200μM), a lower but significant dose-related cytotoxicity was observed. At non-cytotoxic concentrations (10 and 15µM), 7-ClBaA was able to induce a significantly higher level of oxidative DNA damage in HepG2 cells than its parent compound, as assessed by the FPG-modified comet assay. Under these conditions neither Pyr nor its derivatives were genotoxic. In conclusion, the disinfection process may give rise to genotoxic HPAHs with potential impact on human health and it should be performed in raw waters with minimal content of total organic carbon. In real conditions, humans may be exposed to a mixture of these organic compounds and thus their combined toxic effects should be further evaluated

Barómetro de pessoas que se encontram em situação vulnerável na cidade de Lisboa

A equipa de investigação do DINÂMIA’CET, coordenada por Alexandra Castro, em conjunto com a equipa do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa pretendeu analisar os processos de vulnerabilização que diferentes perfis de pobreza enfrentam e as suas repercussões no percurso de vida. Pretendia-se ainda avaliar o impacto das dimensões socioeconómicas e político-institucionais que intervêm na produção do conjunto de recursos e oportunidades que são proporcionados aos sujeitos para lidar/escapar às situações de pobreza e vulnerabilidade, focando designadamente os dispositivos de inserção e recursos oferecidos pelo sistema de políticas sociais locais. Estabilizando um quadro conceptual que utiliza referências recentes sobre a pobreza e exclusão social, e utilizando metodologias compreensivas, o estudo aprofunda 6 perfis de pobreza: os trabalhadores pobres, os desempregados, os cuidadores informais, os incapacitados para o trabalho por razões de doença, os desafiliados e os idosos. As conclusões do estudo colocam ênfase nesta relação entre as histórias de vida individuais e as capacidades dos sujeitos, e as dimensões mais sistémicas das oportunidades sociais fornecidas pelo sistema, seja o mercado de trabalho ou as políticas sociais. A pesquisa considera que o debate sobre a pobreza está ausente da sociedade portuguesa e que algumas das medidas de combate à crise recentes têm afectado os que se encontram em situação de maior vulnerabilidade: novas regras de acesso e cortes no RSI, diminuição nos subsídios de desemprego, redução no acesso à saúde, etc. Nesta sequência, analisa-se que a crise socioeconómica actual teve a capacidade de nivelar por baixo – pelos níveis de pobreza – perfis sociais outrora tão diversos. Assim, a pobreza parece ter mudado de cara e ter-se aproximado de grupos sociais até aqui integrados tendo-se a sensação de que, a qualquer momento, pode atingir os incluídos. O que as narrativas recolhidas apresentam é antes de mais percursos de construção da vida social onde se entrelaçam capacidades e oportunidades mas que, neste momento histórico, colocou estes indivíduos numa situação em que não conseguem por si próprios fazer face às suas necessidades mais básicas. Nesse sentido, parece evidente que a pobreza não emerge como um estádio permanente, mas como um processo de múltiplas facetas na sua génese e na sua manifestação. Esse percurso para muitos, em função das suas características, é sentido como permanente, mas para a maioria a esperança de retoma do percurso anterior é o sentimento que fornece energia suficiente para tecer estratégias de sobrevivência activas (cerca de 1/3 dos entrevistados tem forte pobreza persistente, os outros dois terços dividem-se entre pobreza oscilante e episódica). Considerando que frequentemente, o discurso sobre a pobreza está mal colocado, pois situa-a como marginal às dinâmicas de desenvolvimento socioeconómico, a investigação identifica com clareza os dois pilares da inclusão: a relação com o mercado de trabalho e as políticas sociais. Apreciam-se as políticas de combate à pobreza como múltiplas e interpenetradas, indo desde as políticas de criação de emprego e de formação e qualificação até às políticas de saúde, de habitação ou educação, terminando nas políticas específicas de apoio aos que se encontram com fortes carências materiais, tal como o Rendimento Social de Inserção e outros apoios sociais complementares. Os resultados aqui apresentados são apenas uma síntese de uma análise mais vasta, pelo que o seu aprofundamento não dispensa a consulta do Relatório final do estudo.Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa; FCT

Quality of cherry ‘Sweetheart’ from different regions of Portugal and Spain (Cova da Beira, Portalegre and Valle del Jerte).

Sweet cherries (Prunus avium L.) ‘Sweetheart’ were harvested at different production regions from Portugal (Cova da Beira and Portalegre) and Spain (Valle de Jerte). Cherries were harvested at their commercial maturation according to the empirical knowledge of external color corresponding to good quality. Fruits were stored and evaluated in order to study their quality on the harvest day and during a period of 21 days, at cold storage (1 ºC, 95% RH). The sweet cherry ‘Sweetheart’ is a well known variety and a highly appreciated one but fruits present a short shelf life. On the other hand the effect of different “terroir” on cherry characteristics should be known and clarified. Fruits from day 0, considered without storage, were kept at 20ºC and analyzed. Every weak, 3 replicas were randomly picked up and 10 fruits from each one were submitted to several analyses after fruit temperature stabilized at 20ºC. Several quality parameters were evaluated: external color (L*, a*, b*), texture, soluble solids content (SSC), titratable acidity (TA) and the ratio between soluble solid contents (SSC) and tritratable acidity (TA). Fruits from different orchards and locations were significantly different according to these parameters. Fruits from Cova da Beira were less firm comparing with other two regions, Valle de Jerte and Portalegre, which may indicate a higher maturation rate at harvest in those fruits. This is in accordance with SSC/titratable acidity rate suggesting a late harvest in Cova da Beira comparing with other two orchards, however fruits from Cova da Beira exhibit a poor color at harvest. These results clearly showed a lower correlation between SSC and firmness considering fruits origin

Os ciganos vistos pelos outros: coexistência inter-étnica em espaços urbanos

O presente artigo sintetiza os principais resultados da investigação “Coexistência inter-étnica, espaços e representações sociais: os ciganos vistos pelos outros”. Esta pesquisa incidiu sobre a comunidade cigana em três espaços de co-presença (espaços residencial, profissional e ocasional), numa tentativa de compreender em que medida as práticas e as representações sociais que os não-ciganos tinham sobre os ciganos – práticas e representações sociais marcadas por (des)encontros de natureza esporádica e/ou quotidiana – variavam em função da natureza de cada espaço.FCT - Fundação para a Ciência e a TecnologiaDGOTDU - Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento UrbanoREFER EPCâmara Municipal de Lisboa - Cultur