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    Aumento da autofagia mediado por espécies reativas de oxigênio no miocárdio de camundongos Swiss expostos à fumaça de cigarro

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    Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.O hábito de fumar induz diversas alterações ao sistema cardíaco e isso pode estar relacionado, pelo menos em parte, à excessiva formação de espécies reativas de oxigênio. Evidência recente demonstra que o acúmulo de espécies reativas está envolvido em vários processos importantes, um deles é a autofagia. Uma das moléculas envolvidas na regulação da autofagia é a AMPK. A AMPK estimula a ULK e consequentemente outras proteínas relacionadas a autofagia. No entanto, o conhecimento sobre esse processo carece de maiores investigações. Diante disso, o presente estudo avaliou o envolvimento das espécies reativas de oxigênio no processo autofágico no músculo cardíaco de camundongos expostos à fumaça de cigarro. Foram utilizados camundongos Swiss expostos à 4 cigarros comerciais com filtro por sessão, 3 sessões/dia, todos os dias da semana por 7, 15, 30 e 45 dias (n=10) e o grupo controle. Os animais sofreram eutanásia, o tecido cardíaco foi removido e realizado análises moleculares e bioquímicas. Nos grupos expostos à fumaça de cigarro por 30 e 45 dias, observou-se maiores alterações no processo autofágico no tecido cardíaco; o tempo de 30 dias de exposição foi utilizado para os experimentos posteriores (suplementação com N-acetilcisteína e cessação da fumaça de cigarro por 30 dias). Após protocolo de exposição, suplementação e cessação da fumaça de cigarro por 30 dias os animais sofreram eutanásia, o tecido cardíaco foi removido e realizado análises bioquímicas e moleculares. Os resultados demonstraram que a exposição à fumaça de cigarro por diferentes dias aumentou a produção de espécies reativas de oxigênio, fosforilação de AMPK e ULKser317, níveis proteicos de sestrina 2, Atg5 e LC3 II e diminuiu a fosforilação de mTOR. Após o uso de antioxidante e a cessação da fumaça de cigarro por 30 dias, a produção de espécies reativas de oxigênio foi significamente menor nos grupos suplementados e cessados por 30 dias em relação aos animais expostos por 30 dias. Em adição, a fosforilação de AMPK e ULKser317 e os níveis proteicos de sestrina 2, Atg5 e LC3 II foram menores nesses grupos. Além disso, a fosforilação de mTOR foi aumentada nos grupos suplementados com n-acetilcisteína e no grupo com cessação da fumaça. Os resultados demonstraram que a exposição da fumaça de cigarro aumenta a autofagia mediada pelas espécies reativas de oxigênio no tecido cardíaco de camundongos Swiss

    Efeitos da suplementação com extrato de Zingeber officinale sobre parâmetros metabólicos e genotóxicos em camundongos obesos induzidos por dieta

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    Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Ciências da SaúdeO excesso de peso afeta mais de um bilhão de adultos em todo o mundo, e pelo menos 300 milhões deles são clinicamente obesos. A obesidade pode ser descrita como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal capaz de acarretar prejuízos à saúde. A obesidade é caracterizada pelo desequilíbrio no balanço energético, em que as combinações de alta ingestão calórica juntamente com o estilo de vida sedentário levam ao aumento significante de peso corporal, seguido pelo aumento do tecido adiposo, menor longevidade e maior morbidade, com grandes propensões ao desenvolvimento de doenças como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, dislipidemias e aterosclerose. Assim, o excesso de peso está envolvido em maior risco de um amplo espectro de alterações metabólicas. Nesse sentido, o gengibre foi utilizado na medicina chinesa para o tratamento de diversas patologias devido suas propriedades anti-inflamatória, antiemética, anticancerígena, antilipidêmica e hipoglicêmica. Diante disso, o presente estudo buscou avaliar se o extrato de Zingiber officinale pode resultar em melhora do perfil metabólico sistêmico e central em animais obesos, bem como identificar os possíveis mecanismos envolvidos neste processo. Camundongos Swiss foram alimentados por 16 semanas com dieta hiperlipídica (DIO). Após instalação da obesidade, os animais foram distribuídos em quatro grupos experimentais: i) dieta padrão + veículo ii) dieta padrão + Zingiber officinale iii) DIO + veículo e iiii) DIO + Zingiber officinale. Os animais foram suplementados com 400 mg/kg/dia de Zingiber officinale por 35 dias por meio de gavagem oral. Ao final do período de tratamento, foram realizados os testes de tolerância oral à glicose, campo aberto, reconhecimento de objeto e labirinto em cruz elevado. Em seguida, os animais foram eutanásiados, o sangue, tecido adiposo epididimal, hepático, quadríceps e córtex cerebral foram removidos para análises histológicas, moleculares, bioquímicas e genotóxicas. Os resultados demonstraram que o extrato de Zingiber officinale foi capaz de reduzir a área sobre a curva da glicose, ingestão alimentar bem como diminuir triglicerídeos séricos, mesmo sem alterações no peso corporal e no índice de adiposidade. Além disso, a suplementação com este extrato melhorou a memória de curto prazo nos animais obesos, reduziu o dano no DNA no sangue e no fígado. Corroborando com isso, os níveis de TNF-α e IL-1β foram menores no fígado e quadríceps dos animais obesos suplementados com 400mg/kg/dia de Zingiber officinale. A suplementação nos animais obesos reduziu a quantidade de espécies reativas em todos os tecidos analisados. Ademais, os danos oxidativos às proteínas foram reduzidos após suplementação nos animais obesos no tecido adiposo, quadríceps e no córtex. Já os danos em lipídeos foram reduzidos apenas no fígado dos animais obesos suplementados com Zingiber officinale. Por fim, a atividade antioxidante endógena foi maior especialmente no quadríceps e córtex de animais obesos suplementados. Tomados em conjunto, os resultados demonstraram que a obesidade induzida por dieta altera diversos parâmetros metabólicos tecido dependente e que o extrato de Zingiber officinale, pode ser uma estratégia eficaz e segura, prevenindo o desenvolvimento das complicações da obesidade

    Treinamento com oclusão vascular promove alterações fisiológicas e de percepção de esforço similares ao treino convencional de força

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    O objetivo do estudo é avaliar as respostas fisiológicas e subjetivas sobre os métodos de treinamento resistido convencional e com oclusão vascular. Trata-se de um estudo piloto com abordagem crônica, com uma amostra de 11 jovens universitários, que realizaram protocolos com e sem oclusão vascular. Foram analisadas a pressão arterial, glicose, lactato, dor, esforço e frequência cardíaca pré e pós treinamento em ambos os modelos de exercício. As análises estatísticas foram de frequência, comparativas por meio do programa SPSS 20,0. Em relação aos resultados foram observadas diferenças significativas (p<0,05) nas variáveis analisadas em ambos os protocolos quando comparados repouso e pós exercício, e quando comparados os dois métodos de exercício não foram encontradas diferenças significativas entre os métodos de treinamento. Assim, sugere-se que ambos os métodos promovem alterações fisiológicas benéficas, evidenciando também que o treinamento com oclusão promoveu respostas similares, tornando-o uma alternativa eficaz

    MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR PARA CARACTERIZAÇÃO DO TAKT TIME COMO INDICADOR DE PERFORMANCE APLICADO AO SETOR CAFEEIRO

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    Tendo como premissa a importância da otimização da cadeia de valor e introdução do pensamento enxuto nas empresas, este trabalho foca em responder a seguinte questão de pesquisa: seria possível identificar possíveis pontos de melhorias até mesmo numa empresa cafeeira que já utiliza como sistema de produção o Make to Order (MTO), por meio da aplicação da ferramenta MFV? Para isso adotou-se como objetivo geral a aplicação da ferramenta de mapeamento do fluxo de valor (MFV) caracterizando o Takt Time como parâmetro de performance numa empresa do setor cafeeiro, e em específico, buscou-se identificar as principais métricas pela ferramenta Takt Time com o fim de avaliar sua relevância no planejamento da produção. Como metodologia, esta pesquisa caracteriza-se como exploratória-quantitativa e se baseia em duas vertentes, na primeira, a revisão de literatura e na segunda, a aplicação de estudo de caso numa empresa que adota como estratégia o sistema de fabricação Make to Order (MTO). Como resultado, por meio da análise do MFV atual e do takt time, foi possível desenvolver um Novo MFV que se traduziu em ganhos efetivos para empresa e no aumento de eficiência de sua linha de produção, com redução do tempo de ciclo médio em 15

    PHYSICAL INACTIVITY AND HIGH SEDENTARY BEHAVIOR ARE ASSOCIATED WITH HYPERTRIGLYCERIDEMIC WAIST IN ELDERLY

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    During aging, an increase in sedentary behaviour and a decrease in physical activity levels are observed. These factors may increase abdominal adiposity and triglyceride levels, which characterizes the hypertriglyceridemic waist (HW) phenotype, providing a high risk for cardiometabolic diseases. This study aimed to analyze the association between hypertriglyceridemic waist, physical activity level and sedentary behaviour in community-dwelling elderly. A population-based cross-sectional study was carried out, involving 316 elderlies (≥ 60 years) of both genders. The hypertriglyceridemic waist was diagnosed using high triglycerides (≥ 150 mg/dl) and increased waist circumference ≥ 88 and ≥ 102 cm values for women and men, respectively. The physical activity level and sedentary behaviour were evaluated using the IPAQ. The study included 173 women (54.7%) and 143 men (45.3%), with a mean age of 74.2 ± 9.8 years. The prevalence of HW was 27.1%, 47.7% insufficiently active and 24.1% high sedentary behaviour. The insufficiently active elderly (OR= 2.48; 95% CI: 1.31 - 4.71; p= 0.005) and with high sedentary behaviour (OR= 2.21; 95% CI: 1.04 - 4.32; p= 0.038) were associated positively with HW, indicating that elderly with insufficient physical activity levels and high sedentary behaviour showed themselves to approximately 2.5 and 2.2 times more likely to develop HW, respectively. Low physical activity level and high sedentary behaviour are associated with hypertriglyceridemic waist in community-dwelling elderly.

    Diretriz Brasileira sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa – 2024

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    Women, who represent approximately half of the global population according to estimates as of January 2024, may experience signs and symptoms of menopause for at least one-third of their lives, during which they have a higher risk of cardiovascular morbidity and mortality. The effects of menopausal hormone therapy (MHT) on the progression of atherosclerosis and cardiovascular disease (CVD) events vary depending on the age at which MHT is initiated and the time since menopause until its initiation. Beneficial effects on CVD outcomes and all-cause mortality have been observed when MHT was initiated before the age of 60 or within 10 years after menopause. The decision regarding the initiation, dose, regimen, and duration of MHT should be made individually after discussing the benefits and risks with each patient. For primary prevention of postmenopausal chronic conditions, the combined use of estrogen and progestogen is not recommended in asymptomatic women, nor is the use of estrogen alone in hysterectomized women. Hormone-dependent neoplasms contraindicate MHT. For the treatment of genitourinary syndrome of menopause, vaginal estrogen therapy may be used in patients with known cardiovascular risk factors or established CVD. For women with contraindications to MHT or who refuse it, non-hormonal therapies with proven efficacy (antidepressants, gabapentin, and fezolinetant) may improve vasomotor symptoms. Compounded hormonal implants, or "bioidentical" and "compounded" hormones, and "hormone modulation" are not recommended due to lack of scientific evidence of their effectiveness and safety.Mujeres, que representan aproximadamente la mitad de la población mundial según estimaciones de enero de 2024, pueden experimentar signos y síntomas de la menopausia durante al menos un tercio de sus vidas, durante los cuales tienen un mayor riesgo de morbilidad y mortalidad cardiovascular. Los efectos de la terapia hormonal de la menopausia (THM) en la progresión de la aterosclerosis y los eventos de enfermedad cardiovascular (ECV) varían según la edad en que se inicia la THM y el tiempo transcurrido desde la menopausia hasta su inicio. Se han observado efectos beneficiosos en los resultados de ECV y la mortalidad por todas las causas cuando la THM se inició antes de los 60 años o dentro de los 10 años posteriores a la menopausia. La decisión sobre la iniciación, dosis, régimen y duración de la THM debe tomarse individualmente después de discutir los beneficios y riesgos con cada paciente. Para la prevención primaria de condiciones crónicas en la posmenopausia, no se recomienda el uso combinado de estrógeno y progestágeno en mujeres asintomáticas, ni el uso de estrógeno solo en mujeres histerectomizadas. Las neoplasias dependientes de hormonas contraindican la THM. Para el tratamiento del síndrome genitourinario de la menopausia, se puede usar terapia estrogénica vaginal en pacientes con factores de riesgo cardiovascular conocidos o ECV establecida. Para mujeres con contraindicaciones a la THM o que la rechazan, las terapias no hormonales con eficacia demostrada (antidepresivos, gabapentina y fezolinetant) pueden mejorar los síntomas vasomotores. Los implantes hormonales compuestos, o hormonas "bioidénticas" y "compuestas", y la "modulación hormonal" no se recomiendan debido a la falta de evidencia científica sobre su efectividad y seguridad.As mulheres, que representam cerca de metade da população mundial segundo estimativas de janeiro de 2024, podem sofrer com sinais e sintomas da menopausa durante pelo menos um terço de suas vidas, quando apresentam maiores risco e morbimortalidade cardiovasculares. Os efeitos da terapia hormonal da menopausa (THM) na progressão de eventos de aterosclerose e doença cardiovascular (DCV) variam de acordo com a idade em que a THM é iniciada e o tempo desde a menopausa até esse início. Efeitos benéficos nos resultados de DCV e na mortalidade por todas as causas ocorreram quando a THM foi iniciada antes dos 60 anos de idade ou nos 10 anos que se seguiram à menopausa. A decisão sobre o início, a dose, o regime e a duração da THM deve ser tomada individualmente após discussão sobre benefícios e riscos com cada paciente. Para a prevenção primária de condições crônicas na pós-menopausa, não se recomendam o uso combinado de estrogênio e progestagênio em mulheres assintomáticas nem o uso de estrogênio sozinho em mulheres histerectomizadas. Neoplasias hormônio-dependentes contraindicam a THM. Para tratamento da síndrome geniturinária da menopausa, pode-se utilizar terapia estrogênica por via vaginal em pacientes com fatores de risco cardiovascular conhecidos ou DCV estabelecida. Para mulheres com contraindicação à THM ou que a recusam, terapias não hormonais com eficácia comprovada (antidepressivos, gabapentina e fezolinetante) podem melhorar os sintomas vasomotores. Os implantes hormonais manipulados, ou hormônios “bioidênticos” “manipulados”, e a ‘modulação hormonal’ não são recomendados pela falta de evidência científica de sua eficácia e segurança
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