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    O Maranhão no contexto da Monarquia católica: uma história conectada

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    Neste artigo buscamos analisar o papel do Maranhão no contexto da Monarquia Católica. Esta análise será realizada a partir da História Conectada, com a intenção de observar essa fase da história do Maranhão por uma perspectiva global, visando nos afastar das ideias dicotômicas de centro e periferia, que sempre colocam essa parte do mundo numa perspectiva congelada, ou estereotipada

    "Para os que estimam as letras": livrarias jesuítas, colégios de nobres e conflitos político-religiosos na capitania do Maranhão (séc. XVIII) * "For those who estimate letters": jesuit libraries, schools of noble and political-religious conflict...

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    Objetivamos, nesse texto, analisar o cenário político-religioso da capitania do Maranhão em meados do século XVIII, com enfoque nas mudanças de cunho educacional processadas após a expulsão da Companhia de Jesus da região, atentando, principalmente, para as questões em torno da livraria dos jesuítas e sua relação com reordenações hierárquicas e os novos paradigmas educacionais emergentes. Utilizaremos, para tanto, um interessante conjunto documental que apontava para os conflitos jurisdicionais, as disputas de interesses diversos entre os diferentes grupos sociais e o surgimento de novas diretrizes civilizacionais que surgiram com as ideais do período pombalino.

    Crônica e história: a Companhia de Jesus e a construção da história do Maranhão (1698-1759)

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    O objetivo dessa pesquisa é compreender a ideia de História que se encontra nas crônicas jesuíticas do século XVII e XVIII referentes ao Maranhão colonial. Para tal utilizou-se como objeto de estudo três crônicas escritas em momentos diferentes da História do Maranhão. A primeira foi escrita pelo padre João Felipe Bettendorff e se intitula Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698). A segunda é intitulada Chonica da Companhia de Jesus da Missão do Maranhão [1720] foi escrita pelo padre Domingos de Araújo; e a terceira se deve ao padre José de Moraes, intitulada História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará (1759). Para realizar esse estudo fez-se necessário estar atenta a algumas questões. A primeira foi entender a formação do pensamento histórico na época que se convencionou chamar Moderna, a segunda consistiu em compreender as especificidades do cenário maranhense da época em relação ao Oriente e ao Brasil, e por último, compreender que os textos das crônicas jesuíticas tratam de assuntos que geralmente ocorreram muitos anos antes de serem escritos, e antes de serem publicados passavam por correções e censuras, filtros teológicos e políticos, estando menos preocupados “com o que realmente aconteceu” e mais preocupados em edificar, através de exemplos, de criar uma verdade pedagógicaThe objective from this dissertation is understand the idea of History which is found in the Jesuit chronicles of the seventeenth and eighteenth centuries for the colonial Maranhão. For this was used, as an object of study, chronicles written in three different moments in the History of Maranhão. The first was written for father João Felipe Bettendorff, named Crónica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698). The second one is named Chonica da Companhia de Jesus da Missão do Maranhão [1720], and was written by father Domingos de Araújo, and the third was for father José de Moraes, named História da Companhia de Jesus na Extinta Provincia do Maranhão e Pará (1759). To perform this study it was necessary to be aware of some issues: The first was to understand the formation of the historical thought at the time so-called Modern, the second is to understand the specifics of the Maranhão's scenario in relation to the East and Brazil, and finally, understand that the text of the Jesuit chronicles deals with events that occurred many years before being written, and before it is published it passed for many corrections and censorship, filters theological and political, and it being less concerned "with what really happened" and more concerned with building, by example, created a pedagogical truth200 f

    “A ruína do Maranhão”: a construção do discurso antijesuítico na Amazônia portuguesa (1705-1759)

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    Anti-jesuism is a historical movement considered as old as the Society of Jesus itself, once it was born with the Order. In this thesis we study the Amazonian anti-jesuit discourse constructed during the first half of the eighteenth century by one of the most staunch enemies the Jesuits had known, Paulo da Silva Nunes. This agent called himself Procurator of the Peoples of Maranhão and undertook a campaign against the Jesuits in the colony for more than sixteen years and in the Court (Lisbon) between 1724 and 1742, writing documents in which not only he listed denunciations against the Company of Jesus but presented a political project to prevent the total “ruin of Maranhão” (colony). However, we do not understand this movement as a local phenomenon but rather as an integral and important part of a global movement, since we defend the thesis that the anti-jesuitism created in the first half of the eighteenth century in the colonial Amazon region by Paulo da Silva Nunes influenced in a decisive way the anti-jesuit actions, policies and discourses of the campaign undertaken by Sebastião José de Carvalho e Melo, future Marquis of Pombal, at the Court, in Europe and in the colony during the second half of that same century, culminating in the expulsion of the Order of all lands belonging to the Portuguese Crown in 1759 and its extinction in 1773.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorO antijesuitismo é um movimento histórico considerado tão antigo quanto a própria Companhia de Jesus, uma vez que praticamente nasceu com a Ordem. Nesta tese estudamos o discurso antijesuítico amazônico construído durante a primeira metade do século XVIII por um dos mais acérrimos inimigos que os jesuítas conheceram, Paulo da Silva Nunes. Esse agente autointitulava-se Procurador dos Povos do Maranhão e empreendeu uma campanha contra os jesuítas na colônia por mais de dezesseis anos e, na Corte, entre os anos de 1724 e 1742, escrevendo documentos em que não apenas elencava denúncias contra a Companhia de Jesus mas apresentava um projeto político para impedir a total “ruína do Maranhão”. No entanto, não compreendemos esse movimento como um fenômeno local, mas como parte integrante e importante de um movimento global, uma vez que defendemos a tese de que o antijesuitismo cunhado na primeira metade do século XVIII na Amazônia colonial por Paulo da Silva Nunes influenciou de maneira determinante as ações, políticas e discursos antijesuíticos da campanha empreendida por Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, na Corte, na Europa e na colônia durante a segunda metade daquele mesmo século, culminando na expulsão da Ordem de todas as terras da Coroa portuguesa em 1759 e na sua extinção total em 1773

    A construção jesuítica do levante e expulsão da Companhia de Jesus do Maranhão (1661 e 1684)

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    Este artigo centra-se na análise da representação dos conflitos de 1661 e 1684, ocorridos no Maranhão, que se encontram na Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698) escrita pelo padre jesuíta João Felipe Bettendorff. Os dois motins tiveram como mote a utilização do indígena como mão de obra escrava pelos moradores do Maranhão. Estes conflitos foram emblemáticos para a Companhia de Jesus, pois resultaram, ambos, em expulsões da Ordem das terras maranhenses. No relato desses conflitos, encontramos o discurso retórico do gênero deliberativo, já que o padre Bettendorff tece discursos que visam mostrar e ressaltar os erros dos líderes dos movimentos e como seus atos, supostamente, não possuíam utilidade para a salvação de suas almas, ou mesmo para sua vida civil. O padre ainda trata da justiça e da injustiça dos colonos em relação aos indígenas e aos inacianos, ressaltando que, no seu entendimento, os atos não foram guiados “pela razão e pela piedade”, mas sim “pela ganância”, especialmente quando afirma que “os moradores estavam cegos pela sua cobiça e não discerniam a veleidade de seus atos”Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoSimThis article focuses on the analysis of the representation of conflicts of 1661 and 1684, occurred in Maranhão, which are in the Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698) written by Jesuit Father João Felipe Bettendorff. The two had riots like mote the use of indigenous and slave labor by residents of Maranhão. These conflicts were emblematic in the Society of Jesus, it resulted, both in the Order of land evictions Maranhão. In the account of these conflicts, we find the rant of the deliberative genre, since the priest Bettendorff weaves discourses that aim to show and highlight the mistakes of the leaders of the movements and how their actions supposedly had no use for the salvation of their souls, or even to civilian life. The priest still treats justice and injustice towards the settlers and the indigenous Ignatian, noting that, in its view, the acts were not guided “by reason and piety,” but “greed”, especially when he says that “The villagers were blinded by their greed and not discern the whim of their actions

    "Para os que estimam as letras": livrarias jesuítas, colégios de nobres e conflitos político-religiosos na capitania do Maranhão (séc. XVIII) * "For those who estimate letters": jesuit libraries, schools of noble and political-religious conflict...

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    In this paper, we aim analyze the political and religious scene of the captaincy of Maranhão in the mid eighteenth century, with an emphasis on educational character changes processed after the expulsion of the Jesuits in the region, paying attention primarily to the issues surrounding the bookstore of the Jesuits and their relation to hierarchical reordering and new emerging educational paradigms. We use, therefore, an interesting set document that pointed to jurisdictional conflicts, disputes of various interests among different social groups and the emergence of new civilizational guidelines that emerged with the ideals of the Pombaline period.Objetivamos, nesse texto, analisar o cenário político-religioso da capitania do Maranhão em meados do século XVIII, com enfoque nas mudanças de cunho educacional processadas após a expulsão da Companhia de Jesus da região, atentando, principalmente, para as questões em torno da livraria dos jesuítas e sua relação com reordenações hierárquicas e os novos paradigmas educacionais emergentes. Utilizaremos, para tanto, um interessante conjunto documental que apontava para os conflitos jurisdicionais, as disputas de interesses diversos entre os diferentes grupos sociais e o surgimento de novas diretrizes civilizacionais que surgiram com as ideais do período pombalino.
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