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Salmão Sous-Vide
Sous-Vide consiste em confecionar as matérias-primas sob determinadas condições
de temperatura e tempo, dentro de bolsas de vácuo termicamente estáveis. Nestas
condições os alimentos são cozinhados nos seus próprios sucos durante períodos
de tempo mais longos, e a temperaturas inferiores, quando comparados com os
binómios tempo-temperatura utilizados nos processos de confeção convencionais.
Assim, surgirá um produto com uma textura mais tenra e suculenta, e
concomitantemente, com uma otimização da conservação das propriedades
sensoriais durante o respetivo armazenamento.
Os hábitos alimentares em Portugal, em termos de pescado são os mais elevados
da Europa, com aproximadamente 55 kg/ano/habitante, e o salmão tem sido um
dos peixes usualmente requeridos na dieta dos portugueses. Por sua vez, a
preocupação e exigência dos consumidores tem aumentado em paralelo com o
consumo de alimentos naturais ou minimamente processados, ou seja, prontos para
consumo “ready-to-eat” (RTE), os quais são conhecidos por serem muito
perecíveis in natura, e muito suscetíveis em condições de armazenamento. Neste
estudo foram utilizadas amostras de salmão, as quais foram confecionadas segundo
o método de convencional de cocção em água em ebulição (100 oC – amostra S10),
em Sous-Vide durante 20 minutos a duas temperaturas (50 oC – amostra S14 e 60
oC – amostra S22). Todas as amostras foram sujeitas a análises físicas (pH, cor da
CIELab, teor de água total e perda de exsudado por cozimento), químicas (cinza,
proteína, gordura, fibra, ABVT), microbiológicas (CT 30 oC e E. coli.) e sensoriais
(prova descritiva).
As amostras termicamente processadas apresentaram valores significativamente
diferentes nos parâmetros a* e b*, sendo que esta evolução da cor é devida ao facto
dos pigmentos naturais não serem degradados nos tratamentos térmicos por Sous-
Vide, o que mostra que este processamento culinário preserva a cor dos alimentos
processados. O ABVT, para todas as amostras apresenta valores satisfatórios em
termos de aceitabilidade. Nos resultados microbiológicos, no salmão cru apontam
para uma frescura aceitável do pescado com um valor de 7,15 log ufc/1g (sendo o
limite de aceitabilidade de < 7,78 log ufc/1g) o que reflete que o pescado foi
intensamente manipulado, o que poderá ter contribuído para a carga microbiana.
Após o processamento térmico, em particular no Sous-Vide a 50 oC, verificou-se
que apesar de a população microbiana ter reduzido (6,44 ufc/1g), a temperatura não
foi suficiente para o produto final ser aceitável em termos microbiológicos (< 4,77
ufc/g, INSA e CSAN, sd), contudo quer na amostra Sous-Vide a 60 oC, quer a
cozida a 100 oC, os níveis microbiológicos foram reduzidos significativamente (p
< 0,05) para 3,38 ufc/1g e 1,04 ufc/1g, respectivamente, sendo valores satisfatórios. Em termos de avaliação sensorial, as amostras sujeitas aos 3 tratamentos térmicos,
verifica-se que os atributos tenrura, suculência e flavour salmão, bem como a cor
nas amostras S14 e S22, obtêm maior pontuação. Em suma, em futuros estudos
recomenda-se temperaturas de Sous-Vide acima dos 50 oC, em particular em peixe
muito manipulado, alterando os tempos de processamento por questões de
segurança microbiológica, e que sejam efetuados ensaios de textura instrumental,
no sentido de se evidenciar o potencial deste tipo de produto “ready-to-eat”.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Bolota: Um recurso endógeno na dieta Mediterrânea
O crescente interesse pela procura de recursos endógenos edíveis e a exigência de
alimentos novos funcionais, são factos que se têm difundido, e decorrentes dessa
evolução, é possível que a bolota possa voltar à nossa dieta. A bolota é um fruto
proveniente de espécies do género Quercus, sendo a mais utilizada a bolota
proveniente da espécie Quercurs ilex rotundifolia, de nome comum – azinheira. Ao
longo de séculos, a bolota sempre foi um componente maioritário na dieta de várias
espécies da vida selvagem, como sejam, aves e mamíferos, e apesar de atualmente
já não ser um alimento usual na dieta do Homem, as suas evidências são ancestrais
e remontam ao Paleolítico, tendo sido um dos frutos de recoleção, cujo papel era
determinante em muitas civilizações espalhadas pelo Mundo, e em Roma Antiga,
o Quercus era considerado sagrado como sendo a “tree which first produced food
for mortal man” (Plínio, I d.C.). E, ao longo dos tempos, as bolotas foram um
alimento muito procurado, em particular no período da II Guerra Mundial, com
múltiplos fins, nomeadamente, farinha para pão e bolos, sopa, óleo, puré, café,
doces, e, também, assada como a castanha. Uma mais-valia da bolota é o facto de
ser um alimento potencialmente ecológico, pois não necessita de quantidades
massivas de água, nem de fertilizantes, nem tão pouco de pesticidas e não requer
quaisquer práticas agrícolas, sendo que os montados, onde o sobreiro e a azinheira
dominam, são um dos melhores exemplos de sustentabilidade ambiental e
biodiversidade.
Há décadas que em Portugal a bolota é usada principalmente como alimento para
porcos, mas perspetiva-se que tem um enorme potencial na Dieta Mediterrânica. A
génese trabalho é promover a Dieta Mediterrânica numa região do Alentejo tão
nobre em conceitos de sustentabilidade ambiental, social e cultural. A iniciativa de
efetuar um livro de receitas que surgiu no culminar de atividades do grupo de
trabalho num reconhecimento da importância em reforçar que este padrão
alimentar constitui uma ferramenta na educação alimentar das escolas, incitando a
estilos de vida saudáveis, em que se privilegia a utilização de alimentos tradicionais
e da época, confecionados por práticas culinárias simples, e assentando numa
alimentação adequada, quer do ponto de vista nutricional, quer do conhecimento
da produção alimentar local e sazonal, e concomitantemente perpetuando a cultura
gastronómica regional, disseminada de geração em geração. Subsequentemente, e
decorrente de esforços conjuntos surge a compilação de um livro com a
apresentação de receitas caseiras confecionadas com bolota, intitulado: “Somos o
que comemos…” A bolota, uma alternativa para a dieta humana! - Receitas com
bolota”.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
A Conserved Mechanism for Sulfonucleotide Reduction
Sulfonucleotide reductases are a diverse family of enzymes that catalyze the first committed step of reductive sulfur assimilation. In this reaction, activated sulfate in the context of adenosine-5′-phosphosulfate (APS) or 3′-phosphoadenosine 5′-phosphosulfate (PAPS) is converted to sulfite with reducing equivalents from thioredoxin. The sulfite generated in this reaction is utilized in bacteria and plants for the eventual production of essential biomolecules such as cysteine and coenzyme A. Humans do not possess a homologous metabolic pathway, and thus, these enzymes represent attractive targets for therapeutic intervention. Here we studied the mechanism of sulfonucleotide reduction by APS reductase from the human pathogen Mycobacterium tuberculosis, using a combination of mass spectrometry and biochemical approaches. The results support the hypothesis of a two-step mechanism in which the sulfonucleotide first undergoes rapid nucleophilic attack to form an enzyme-thiosulfonate (E-Cys-S-SO(3) (−)) intermediate. Sulfite is then released in a thioredoxin-dependent manner. Other sulfonucleotide reductases from structurally divergent subclasses appear to use the same mechanism, suggesting that this family of enzymes has evolved from a common ancestor
Administration of the Autism Behavior Checklist: agreement between parents and professionals' observations in two intervention contexts
The Brazilian participation in UNIFIL: raising Brazil’s profile in international peace and security in the Middle East?
Relato de caso: descrição da evolução da comunicação alternativa na pragmática do adulto portador de autismo
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