8 research outputs found

    A imaginação nacional dos judeus norte-americanos: do pluralismo cultural liberal e sionista de Horace Kallen às incertezas do século XXI

    Get PDF
    In the early 20th century debate about the incorporation of European immigrants, two perspectives shared the view that the American nation was based on civic values, but differed on the forms of incorporation: on the one hand, Israel Zangwill’s melting-pot; on the other, Horace Kallen’s cultural pluralism. When developing his idea, Kallen proposed, in addition, that the Jews of the United States should construct their American identity articulating Zionism and liberalism. After World War II, Jews in the United States would, therefore, have built a national imagination based on these two cultural and political axes. Since the 1970s, however, the Zionist consensus of American Jews has eroded, which, along with demographic chances, brings new challenges to their national imagination at the beginning of the 21st century.No debate de inícios do século XX acerca da incorporação dos imigrantes europeus, duas perspectivas compartilhavam a visão de que a nação norte-americana se assentava sobre valores cívicos, mas divergiam quanto às formas da incorporação: de um lado, o melting-pot de Israel Zangwill; de outro, o pluralismo cultural de Horace Kallen. Ao elaborar a ideia de pluralismo cultural, Kallen propôs, ademais, que os judeus dos Estados Unidos construíssem sua identidade norte-americana articulando sionismo e liberalismo. No pós-Segunda Guerra Mundial, os judeus dos Estados Unidos teriam, portanto, construído uma imaginação nacional assentada nesses dois eixos culturais e políticos. Desde os anos 1970, porém, o consenso sionista dos judeus norte-americanos entrou em processo de erosão, o que, ao lado de mudanças demográficas, tem colocado novos desafios à sua imaginação nacional neste início de século XXI

    Entrevista com Cecília Azevedo

    Get PDF
    Nesta entrevista que encerra o dossiê Estados Unidos na historiografia brasileira, os organizadores Roberto Moll e Flávio Limoncic conversam com a professora Cecília Azevedo sobre as dificuldades e potencialidades na consolidação do campo da academia brasileir

    O United Auto Workers e a economia política do sindicalismo norte-americano

    Get PDF
    Perhaps no other labor union represents the trajectory of North- American unionism in the twentieth century as well as the United Auto Workers (UAW). Founded in 1935, in the heart of the fordist factory, having actively taken part in the formulation and consolidation of the New Deal Order, the UAW faces, today, challenges such as the strong international competition among auto companies, the redefinition of the regulatory capacities of Nation-States and labor unions, and changes in the industrial labor process. This article aims to present a general overview of the history of the union, as well as some of the challenges it faces today.Talvez nenhum sindicato represente tão bem a trajetória do sindicalismo industrial norte-americano ao longo do século XX quanto o United Auto Workers (UAW). Fundado em 1935 no coração da fábrica fordista, tendo participado ativamente da formulação e consolidação da Ordem do New Deal, o UAW vêse, hoje, às voltas com a forte concorrência internacional entre as empresas do ramo automotivo, a redefinição das capacidades regulatórias de Estados Nacionais e dos sindicatos e com as mudanças no mundo do trabalho fabril. Esta apresentação tem por objetivo traçar um panorama histórico da trajetória do UAW, assim como apresentar alguns dos desafios por ele ora enfrentados

    Fordlandia: The Rise and Fall of Henry Ford’s Forgotten Jungle City

    No full text

    Apresentação: Os Estados Unidos na historiografia brasileira

    No full text
    Durante o Império, mas sobretudo após a proclamação da República, diversos de nossos estadistas, homens de letras e acadêmicos atribuíram aos Estados Unidos lugar de referencial civilizatório a ser emulado ou rejeitado pelo Brasil. Basta pensarmos nas reflexões de Tavares Bastos sobre o federalismo, em Eduardo Prado, para quem a Constituição de 1891 seria planta exótica em nosso solo, e Rui Barbosa, cujo fascínio pelas instituições norte-americanas levou-o a inscrevê-las nesta mesma Constituição. Ao longo do século XX, o cenário não foi diferente. O entusiasmo de Monteiro Lobato por Henry Ford, o país legal e o país real de Oliveira Viana, o pensamento cepalino e as teorias da modernização e da dependência, por exemplo, continuaram a atribuir, para o bem ou para o mal, centralidade aos Estados Unidos no desenho dos destinos do Brasil, fato que acabaria por ganhar dimensões politicamente mais sensíveis durante a Guerra Fria. Para alguns, os Estados Unidos teriam assumido, então, o papel de defensores da democracia enquanto, para outros, tornaram-se  promotores do autoritarismo na América Latina
    corecore