29 research outputs found

    Diversidade arbórea de florestas ribeirinhas na Província Pampiana no Brasil

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    A informação sobre como a diversidade é distribuída geograficamente é fundamental para a conservação da biodiversidade. Nós avaliamos a contribuição relativa das diversidades alfa e beta para a diversidade de espécies arbóreas em florestas ribeirinhas na Província Biogeográfica Pampiana no Brasil, nas escalas local e regional, e avaliamos as diferenças da diversidade alfa entre paisagens. As unidades amostrais na escala regional (paisagens) foram seis quadrados de 5 x 5 km, distribuídos em municípios distintos. Em cada uma dessas unidades regionais, amostramos três parcelas, que são as nossas unidades amostrais em escala local. Amostramos todas as árvores com diâmetros à altura do peito (DAP) maior ou igual a 5 cm. Nós utilizamos a partição multiplicativa da diversidade com “número de equivalentes” (Hill numbers) associada a dois modelos nulos para comparar a diversidade através das escalas espaciais. No total, 6.639 árvores foram amostradas em 4,5 ha de área amostral. As espécies nativas totalizaram 6.009 indivíduos, que foram distribuídos em 101 espécies, 74 gêneros e 37 famílias. As paisagens estudadas tiveram a riqueza padronizada de espécies arbóreas variando de 17,95 (+ 1,9) até 53,49 (+ 6,2). A partição hierárquica de diversidade com Hill numbers indicou um padrão de baixa diversidade alfa e alta diversidade beta de espécies arbóreas em florestas ribeirinhas na Província Biogeográfica Pampiana no Brasil, tanto na escala local como na regional. Os dois modelos nulos confirmaram esse padrão e sugerem que diferentes processos estão atuando nas escalas local e regional, de forma a reduzir a diversidade alfa e aumentar a diversidade beta. Além disso, a diversidade alfa variou consideravelmente entre as paisagens, com os maiores valores encontrados naquelas localizadas ao norte da Província Pampiana e mais próximas às rotas de migração de espécies atlânticas. Considerados juntos, esses resultados indicam que a filtragem ambiental e, principalmente, a limitação de dispersão de espécies podem estar determinando os padrões de diversidade na escala mais ampla, assim como diferentes mecanismos influenciados pelos distúrbios dos pulsos de inundação podem estar determinando os padrões na escala mais fina, dos quais destacamos a exclusão competitiva e a tolerância ao estresse. Nossos resultados foram importantes para descrever padrões de diversidade de espécies arbóreas através das escalas espaciais nas florestas Pampianas brasileiras e para fornecer importantes insights sobre os processos que estão determinando as diversidades alfa e beta nas escalas local e regional. O próximo passo é testar e separar os efeitos dos fatores ambientais e da limitação da dispersão de espécies como determinantes da diversidade.How diversity is distributed geographically within a region is a fundamental information to conserve regional biodiversity. We evaluate the relative contribution of alpha and beta diversities to tree species diversity of riverine forests within Brazilian Pampean Biogeographic Province at local and regional scales and analyzed alpha diversity differences between landscapes. The regional sampling units (landscapes) were six 5 x 5 km square, in each of which we sampled three 250 x 10 m plots, the local sampling units. We sampled all tree with diameter at breast high (DBH) more than or equal to 5 cm. We used multiplicative partitioning on Hill numbers associated to two null models to decompose diversity across spatial scales. A total of 6,639 trees were sampled in a total area of 4.5 ha. The native species added up 6,009 individuals that were distributed in 101 species, 74 genera and 37 families. The studied landscapes showed standardized tree species richness ranging from 17.95 (+ 1.9) to 53.49 (+ 6.2). Hierarchical diversity partitioning on Hill numbers indicates a pattern of low alpha diversity and high beta diversity of tree species in riverine forests in Brazilian Pampean Biogeographic Province at local and regional scales. The two null models confirm this pattern and suggest different processes acting at local and regional scales to decrease alpha diversity and increase beta diversity. Moreover, alpha diversity was considerably variable among landscapes, the highest values were found in landscapes located in the northern region of Brazilian Pampean Province, closer to the migration routes of Atlantic species. Taking together these finds suggest that environmental filtering and mainly species dispersal limitation might be shaping diversity at the broadest scale and different mechanisms influenced by flood pulse disturbances might be driving diversity at the finest scale, such as competitive exclusion and stress tolerance. Our findings were important to describe patterns of tree species diversity across spatial scales within Brazilian Pampean forests and provide useful insights about process driving diversity at each spatial scale. The next step is to testing and disentangling the effects of environmental factors and species dispersal limitation in shaping diversity at broad scaled

    A problemática ambiental na gestão do Bioma Mata Atlântica no Rio Grande do Sul

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    A gestão do Bioma Mata Atlântica no Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de problemas relacionados tanto às questões inerentes a uma região de contato entre biomas como pelas incongruências geradas pelo modelo de gestão implementado no Rio Grande do Sul nos últimos anos. Questões relacionadas aos limites da Mata Atlântica e à conservação dos fragmentos florestais no Pampa demandam maior atenção do poder público, por instrumentos legais e de gestão, e da ciência, que deve fornecer critérios técnicos que permitam implementar os avanços obtidos pelas pesquisas em ações de conservação e restauração de ecossistemas. O Estado, que é o detentor da competência original da gestão no Bioma Mata Atlântica, não tem implementado instrumentos efetivos de diagnóstico e planejamento para subsidiar ações de manejo e conservação da Mata Atlântica na escala (regional) adequada para a manutenção dos processos ecológicos. Ao contrário, o Estado tem repassado a responsabilidade da gestão ambiental aos municípios, deixando de realizar seu papel de coordenação, de gestão estratégica e de fiscalização

    Local Structure of Europium‐Doped Luminescent Strontium Fluoride Nanoparticles: Comparative X‐ray Absorption Spectroscopy and Diffraction Study

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    Rare‐earth based luminescent materials are key functional components for the rational design of light‐conversion smart devices. Stable Eu3+‐doped strontium fluoride (SrF2) nanoparticles were prepared at room temperature in ethylene glycol. Their luminescence depends on the Eu content and changes after heat treatment. The crystallinity of heat‐treated material increases in comparison with as‐synthesized samples. Particles were investigated in solution using X‐ray diffraction, small‐angle X‐ray scattering, and X‐ray spectroscopy. After heat treatment, the size of the disordered nanoparticles increases together with a change of their local structure. Interstitial fluoride ions can be localized near Eu3+ ions. Therefore, non‐radiative relaxation from other mechanisms is decreased. Knowledge about the cation distribution is key information for understanding the luminescence properties of any material.BAM funding program “Ideas” (Menschen Ideen): New insights on the thermal behavior of luminescent nanoparticles from Sol-Gel synthesis by in situ characterization – towards efficient upconversionPeer Reviewe

    Structure, diversity and phytogeographic contingent of tree species in a riverine forest in the Planalto da Campanha, Pampa biome

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    O objetivo deste estudo foi descrever a estrutura e a diversidade de espécies arbóreas da floresta ribeirinha no arroio Pai Passo, município de Quaraí (RS), e avaliar as relações florísticas. Foram demarcadas três parcelas de 0,25 ha e amostradas todas as árvores com perímetro à altura do peito ≥ 15 cm. Em 0,75 ha, encontramos 1.050 indivíduos distribuídos em 36 espécies nativas e duas exóticas. As espécies estruturalmente mais importantes foram Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk., Gymnanthes klotzschiana Müll.Arg. e Eugenia uniflora L. A diversidade de Shannon foi de 12,38 espécies equivalentes, com índices de Shannon (H’) de 2,52 e de Pielou (J’) de 0,70. As espécies de ampla distribuição corresponderam a 50%, as do contingente paranense a 25% e as chaquenhas a 25%. A riqueza específica é alta para o Planalto da Campanha, devido à compensação de espécies chaquenhas ante a diluição de espécies paranenses, porém intermediária para o bioma Pampa.The aim of this study was to describe the structure and diversity of tree species of a riverine forest in the Pai Passo stream, Quaraí municipality (RS), and evaluate the floristic relationships. Three 0.25 ha plots were delimited and all trees with a perimeter at breast height ≥ 15 cm were sampled. In 0.75 ha, we sampled 1,050 individuals distributed in 36 native and two exotic species. The structurally most important species were Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk., Gymnanthes klotzschiana Müll.Arg. and Eugenia uniflora L. The Shannon diversity was 12.38 equivalent species, with Shannon index (H’) of 2.52 and Pielou index (J’) of 0.70. The species with wide distribution correspond to 50%, the paranense contingent species to 25% and the chacoan species to 25%. The species richness is high for the Planalto da Campanha, due to compensation of chacoan species against the dilution of paranense species, but intermediate for the Pampa biome

    Educação ambiental na formação inicial de professores : concepções e perspectivas de graduandos das licenciaturas da UFRGS

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    Este trabalho analisa a presença da Educação Ambiental (EA) na formação inicial de professores na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), principalmente, a partir das concepções e percepções dos discentes das licenciaturas. O objetivo foi elaborar um diagnóstico da implantação da EA nas estruturas curriculares dos cursos de licenciatura e registar as vivências de alguns discentes e as suas vias de entrada na EA. Então, o trabalho foi divido em duas partes. Na primeira, estabeleci o panorama da EA nos cursos de licenciatura, assim como uma fotografia, de um determinado ângulo, em um dado momento. O delineamento metodológico nessa etapa foi de cunho quali-quantitativo e os recursos utilizados foram análise documental, na análise curricular, e questionários semiestruturados. As análises dessa pesquisa social tiveram caráter exploratório e descritivo. Os resultados evidenciaram que muitos discentes consideraram a EA ausente nos seus cursos. Aqueles que a consideram presente salientaram que aparece de forma incipiente. Verifiquei que a EA, quando presente, ocorre principalmente em abordagem disciplinar e não está associada ao desenvolvimento de uma compreensão de EA popular/crítica pelos discentes. A análise das questões dissertativas do questionário indicou que a compreensão de ambiente predominante está associada à EA comportamental/naturalista-conservacionista. Poucos projetos de EA relacionados à Universidade foram citados pelos sujeitos da pesquisa. A análise curricular revelou que nove cursos de licenciatura não possuem disciplinas que indicam a inserção da EA na súmula. Na segunda etapa, a bidimensionalidade fotográfica foi expandida pela temporalidade e subjetividade registradas nas entrevistas. Os sujeitos das entrevistas indicaram três vias de entrada na EA: educação popular, extensão universitária e curso de graduação onde a EA é presente e constante. As perspectivas dos entrevistados quanto à implantação da EA na UFRGS foram positivas, mas divergiram em relação aos meios de inserção, principalmente sobre a questão disciplinar. Ao final do trabalho, apontei algumas proposições, que não são soluções para as dificuldades apontadas, mas alguns dos possíveis caminhos a serem construídos na ação propositiva de docentes e discentes em diálogo com os saberes populares. Destaquei a importância de uma disciplina específica de EA, com caráter alternativo, a ser oferecida na Faculdade de Educação para todos os cursos de licenciatura. Indiquei também a necessidade de criação de projetos, principalmente de extensão, com o objetivo de valorizar aspectos do caráter não-formal da EA e fortalecer os vínculos entre ciência e saberes populares

    Educação ambiental na formação inicial de professores : concepções e perspectivas de graduandos das licenciaturas da UFRGS

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    Este trabalho analisa a presença da Educação Ambiental (EA) na formação inicial de professores na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), principalmente, a partir das concepções e percepções dos discentes das licenciaturas. O objetivo foi elaborar um diagnóstico da implantação da EA nas estruturas curriculares dos cursos de licenciatura e registar as vivências de alguns discentes e as suas vias de entrada na EA. Então, o trabalho foi divido em duas partes. Na primeira, estabeleci o panorama da EA nos cursos de licenciatura, assim como uma fotografia, de um determinado ângulo, em um dado momento. O delineamento metodológico nessa etapa foi de cunho quali-quantitativo e os recursos utilizados foram análise documental, na análise curricular, e questionários semiestruturados. As análises dessa pesquisa social tiveram caráter exploratório e descritivo. Os resultados evidenciaram que muitos discentes consideraram a EA ausente nos seus cursos. Aqueles que a consideram presente salientaram que aparece de forma incipiente. Verifiquei que a EA, quando presente, ocorre principalmente em abordagem disciplinar e não está associada ao desenvolvimento de uma compreensão de EA popular/crítica pelos discentes. A análise das questões dissertativas do questionário indicou que a compreensão de ambiente predominante está associada à EA comportamental/naturalista-conservacionista. Poucos projetos de EA relacionados à Universidade foram citados pelos sujeitos da pesquisa. A análise curricular revelou que nove cursos de licenciatura não possuem disciplinas que indicam a inserção da EA na súmula. Na segunda etapa, a bidimensionalidade fotográfica foi expandida pela temporalidade e subjetividade registradas nas entrevistas. Os sujeitos das entrevistas indicaram três vias de entrada na EA: educação popular, extensão universitária e curso de graduação onde a EA é presente e constante. As perspectivas dos entrevistados quanto à implantação da EA na UFRGS foram positivas, mas divergiram em relação aos meios de inserção, principalmente sobre a questão disciplinar. Ao final do trabalho, apontei algumas proposições, que não são soluções para as dificuldades apontadas, mas alguns dos possíveis caminhos a serem construídos na ação propositiva de docentes e discentes em diálogo com os saberes populares. Destaquei a importância de uma disciplina específica de EA, com caráter alternativo, a ser oferecida na Faculdade de Educação para todos os cursos de licenciatura. Indiquei também a necessidade de criação de projetos, principalmente de extensão, com o objetivo de valorizar aspectos do caráter não-formal da EA e fortalecer os vínculos entre ciência e saberes populares
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