84 research outputs found

    YURI LOTMAN E SEMIÓTICA DA CULTURA

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    O presente artigo aborda alguns dos principais conceitos teóricos desenvolvidos por Yuri Lotman e a assim chamanda Escola de Tartu, também conhecida como Semiótica da Cultura. Inicialmente, é introduzido um breve panorama histórico quanto às reflexões desenvolvidas no âmbito da Escola de Tartu, além de serem apresentados seus principais representantes. Em seguida, o artigo apresenta o conceito de sistema modalizador como uma das principais e mais profícuas contribuições dessa escola para os estudos de semiótica e de cultura até os dias atuais. Por fim, são abordadas as reflexões tardias realizadas por Yuri Lotman, a partir da década de 80 do século XX, quando o semioticista russo deslocou suas discussões na direção dos conceitos da biosfera e da semiosfera

    Como ler os textos literários na era da cultura digital?

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    Este artigo apresenta um panorama das principais transformações do campo literário devido ao surgimento da tecnologia digital e aborda algumas discussões e teorizações sobre leitura de obras literárias nesse novo contexto. As principais transformações apresentadas são a liberdade propiciada pelo ciberespaço para produzir e publicar textos em blogs e sites, a produção e o consumo de literatura na cultura da convergência, o fenômeno transmídia, a literatura digitalizada e a literatura digital, aplicativos produzidos para aparelhos móveis. Em seguida, apresentam-se algumas das principais concepções sobre leitura literária no universo digital. São abordadas inicialmente as discussões motivadas pela Teoria da Informação ainda nas décadas de 1950 e 1960, a polarização entre uma visão celebratória e uma visão apocalíptica, a partir da década de 1990, a concepção conciliadora de Nancy Katherine Hayles, que propõe um modelo que leve à sinergia entre habilidades mais vinculadas à leitura em suporte impresso (leitura profunda) e outras mais vinculadas à leitura em suporte digital (hiperleitura). Por fim, após alertar para o perigo do determinismo tecnológico em discussões polarizadas sobre a leitura no universo digital, o artigo finaliza defendendo a posição segundo a qual a leitura literária na era digital requer investimento em múltiplos letramentos, destacando-se o letramento literário e o letramento digital

    O DUALISMO ENTRE CONCEITO E IMAGEM NA ESTÉTICA DE ALEXANDER GOTTLIEB BAUMGARTEN

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    O presente artigo aborda o dualismo entre a imagem e o conceito a partir das reflexões realizadas pelo fundador da disciplina estética, no século XVIII, Alexander Gottlieb Baumgarten. Na tradição filosófica anterior a Baumgarten, a ideia abstrata é concebida predominantemente como lógica, conceitual, nítida, espiritual; as imagens bem como a linguagem da arte, por sua vez, são frequentemente definidas como ilógicas, imaginativas/figurativas, confusas e sensíveis. Em sua obra Aesthetica, Baumgarten passa a postular que o conhecimento estético é análogo ao conhecimento conceitual. Entretanto, para que as representações imagéticas sejam capazes de produzir um conhecimento que ultrapasse a mera confusão, as paixões e o erro, devem ser reguladas pelas regras postuladas pelo próprio Baumgarten a partir da recém-fundada Disciplina Aesthetica. Palavras-chave: Estética. Conceito e Imagem. Representação. Alexander Gottlieb Baumgarten

    O DUALISMO ENTRE CONCEITO E IMAGEM NA ESTÉTICA DE ALEXANDER GOTTLIEB BAUMGARTEN

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    O presente artigo aborda o dualismo entre a imagem e o conceito a partir das reflexões realizadas pelo fundador da disciplina estética, no século XVIII, Alexander Gottlieb Baumgarten. Na tradição filosófica anterior a Baumgarten, a ideia abstrata é concebida predominantemente como lógica, conceitual, nítida, espiritual; as imagens bem como a linguagem da arte, por sua vez, são frequentemente definidas como ilógicas, imaginativas/figurativas, confusas e sensíveis. Em sua obra Aesthetica, Baumgarten passa a postular que o conhecimento estético é análogo ao conhecimento conceitual. Entretanto, para que as representações imagéticas sejam capazes de produzir um conhecimento que ultrapasse a mera confusão, as paixões e o erro, devem ser reguladas pelas regras postuladas pelo próprio Baumgarten a partir da recém-fundada Disciplina Aesthetica.Palavras-chave: Estética. Conceito e Imagem. Representação. Alexander Gottlieb Baumgarten

    LITERATURA INFANTOJUVENIL DIGITAL E IMERSÃO: OBRAS COM RECURSOS DE REALIDADE VIRTUAL (RV) E DE REALIDADE AUMENTADA (RA)

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    Neste artigo, discorro inicialmente sobre o modo como a imersividade é definida no campo atual de estudo das mídias digitais. Em seguida, apresento os principais tipos de projetos literários imersivos atualmente disponíveis para o consumo em livrarias virtuais, com ênfase em obras construídas com as assim chamadas tecnologias imersivas, as quais abrangem a Realidade Virtual (RV) e a RA (Realidade Aumentada). Finalizo o artigo com uma breve discussão sobre o potencial estético da imersão para a literatura digital infantojuvenil. As discussões aqui realizadas dialogam com pesquisas recentes sobre literatura digital infantojuvenil, de um lado, e sobre a relação entre tecnologias imersivas, imersão e literatura, de outro

    Literatura Digital Infantil, Experiências Sonoras e Audição de Histórias

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    O objetivo do presente artigo é discutir sobre as potencialidades da voz nas obras de literatura infantil digital quanto ao que ela acrescenta à experiência de audição de histórias por crianças e jovens. O artigo apresenta os resultados de uma análise que investiga o modo como a narração com voz é utilizada, em sete narrativas digitais para crianças, como um recurso semiótico capaz de produzir efeitos de sentido tais como humor, afetividade, imersão, entre outros. O conjunto das obras selecionadas é composto de produções brasileiras e internacionais, e a fundamentação teórica que sustenta as reflexões está baseada nos estudos de Walter Ong, Frédéric Barbier e Roger Chartier sobre oralidade, cultura escrita e cultura digital; nos estudos de Gunther Kress sobre multimodalidade; e nos estudos de Paul Zumthor sobre a percepção sensorial da palavra poética. &nbsp

    Editorial

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    O ciberleitor infantojuvenil: identidade e literatura digital

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    This article aims to reason about the issue of children's and adolescent’s identity as literature readers. The main point of discussion concerns possible transformations of the reader’s identity deriving from transformations affecting the textual medium. Initially, we discuss the concept of reader's identity from the point of view of Cultural Studies. The main argument is that the reader is a category in permanent historical construction and transformation. In the sequence, we present an overview about the possible relations between literature in paper and literature in digital media, with an emphasis on specific characteristics of reading in digital environmentn. We finish the article with an analysis of some processes involved in the reading of digital poems produced by Sergio Caparelli and Ana Claudia Gruszynski, adapted from Capparelli’s work Visual Poetry, that was published originally in hard copy in 2000 by the Global Publishing House.O presente artigo discute a questão da identidade do leitor de literatura infanto-juvenil, sendo que a principal questão se refere a possíveis deslocamentos da identidade do leitor de acordo com deslocamentos quanto ao suporte da escrita. Inicialmente, discute-se a questão da identidade do leitor sob um ponto de vista dos Estudos Culturais, sob o argumento de que se trata de uma categoria em permanente construção e transformação ao longo da história. Em seguida, apresenta-se um panorama acerca das relações possíveis entre a literatura em suporte impresso e em suporte eletrônico, com ênfase nos principais deslocamentos ocorridos quanto à leitura em ambiente virtual. Por fim, realiza-se a análise dos processos de leitura implicados em alguns poemas eletrônicos produzidos por Sérgio Caparelli e Ana Cláudia Gruszynski, adaptados a partir da obra Poesia Visual, originalmente produzida em suporte impresso e publicada no ano de 2000 pela Editora Global
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