112 research outputs found

    Rappers em São Paulo : conexões, disconexões e transgressões

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    Um "campo organizacional" pode ser descrito como uma rede social de atores que estão envolvidos no monitoramento recíproco. Nosso objetivo principal é investigar em que medida os atores sociais dedicam atenção semelhante, dependendo das categorias sociais que eles partilham. Foram entrevistados 35 rappers na cidade de São Paulo, Brasil. Ao longo das entrevistas, mostramos aos nossos entrevistados uma lista de 246 grupos de rap de destaque no Brasil. Para cada grupo, perguntamos aos nossos entrevistados se poderiam apresentar-se com esse grupo no mesmo concerto. Como resultado, obtivemos uma lista de possíveis laços entre os rappers. Nossa análise gerou uma "rede consenso", juntamente com a análise das semelhanças entre os entrevistados, de acordo com suas respostas. Coletou-se o estilo de rap que melhor representava cada entrevistado. Além do estilo, foram coletadas variáveis de controle como idade, tempo no campo, educação formal, renda e repertório. A educação formal, renda e repertório foram significantes, independentemente da afiliação do entrevistado. As afiliações a igrejas pentecostais e ao estilo Underground foram positivas e significantes. Foram geradas agregações parciais das respostas com base nessas categorias, a fim de aprofundar-se a análise da forma como grupos de entrevistados diferem em seus padrões associativos.An "organizational field" might be depicted as a social network of actors who are engaged in reciprocal monitoring. Our major goal is to probe the extent that social actors devote similar cognitive attention depending on the social categories they share. We interviewed 35 rappers in the city of São Paulo, Brazil. Throughout the interviews, we showed to our respondents a list of 246 prominent rap groups in Brazil. For each group, we asked our interviewees who could play with that group at the same concert. As a result, we obtained a list of possible (cognitive) ties among rappers. Our analysis generated a consensus network, along with the analysis of similarities among interviewees vis-à-vis their answers. We collected the rap style that best represented each interviewee. In addition to the rap category, we collected control variables like age, time in the field, formal education, income, and repertoire. Formal education, income, and repertoire were significant, regardless of the respondent's affiliation. Affiliation to Pentecostal churches and to the Underground rap style were positive and significant. Partial aggregated answers based on these categories were generated in order to further explore how respondents' groups differ in their associational patterns

    Network analysis: emergence, criticism and recent trends

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    Purpose – Network analysis is a well consolidated research area in several disciplines. Within management and organizational studies, network scholars consolidated a set of research practices that allowed ease of data collection, high inter case comparability, establishment of nomological laws and commitment to social capital motivation. This paper aims to elicit the criticism it has received and highlight the unsettled lacunae. Design/methodology/approach – This paper sheds light on Network Analysis’s breakthroughs, while showing how its scholars innovated by responding to critics, and identifying outstanding debates. Findings – The paper identifies and discusses three streams of criticism that are still outstanding: the role of human agency, the meaning of social ties and the treatment of temporality. Originality/value – This paper brings to fore current debates within the Network Analysis community, highlighting areas where future studies might contribute

    Teoria dos Jogos e Microssociologia: Avenidas de Colaboração

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    The Game Theory approach has been fruitful in analyzing strategic contexts, while its assumptions have attracted important criticism from the sociological field. Specifically, the sociological criticism portrays GT as failing to explain trust among individuals. In addition, social dilemmas seem to obscure the explanation of how cooperation is possible. Taking this comparison to its extreme, one is led to believe that the sociological thinking sharply opposes GT. In contrast, this article explores the possible avenues of collaboration between GT and microsociology. We recover in this article the sociological approaches that recognize the social embeddedness of rational choice, mainly by the use of communication and language. We argue that the construction of economic experiments involving social dilemmas, and punctuated with dialogue, generate rich material for qualitative analysis. We propose that this qualitative material be interpreted under frame analysis (Goffman), conventions (Boltanski & Thevenot) and non-human interactions (Latour)

    As redes intra-organizacionais são inclusivas?: utopia e testes

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    A partir da Teoria das Convenções, elaborada por Boltaski  e Thevenot, apresentaremos a “ordem de projetos” elaborada por Boltanski e Chiapello e a utilizaremos como parâmetro para a apreciação dos principais estudos de redes sociais intra-organizacionais. A partir da obra “O Novo Espírito do Capitalismo”, recuperaremos as principais características da Ordem dos Projetos. Evidenciamos como a construção teórica da Ordem dos Projetos se baseia em uma apropriação normativa dos estudos clássicos de análise de redes sociais, com destaque a Burt e Granovetter. Argumentamos que os trabalhos empíricos de análise de redes intra-organizacionais podem ser lidos como “testes” à ideia de “conexionsimo”. Em primeiro lugar, servem como confirmação da tendência do capitalismo contemporâneo em tornar-se conectado. Em segundo lugar, fornecem subsídios aos gestores e formadores de políticas públicas para a mudança do desenho das organizações que favoreçam redes mais abertas. Em terceiro lugar, permitem verificar como a Ordem dos Projetos se relaciona com outras Ordens. Essas relações podem ser conceituais e lógicas, assim como empiricamente negociadas. Concluímos esse artigo com implicações para os estudos de redes intra-organizacionais e também para o modelo proposto por Boltanski e Chiapello

    O impacto da Covid-19 na transformação digital da indústria da música

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    This article analyzes the main impacts of the COVID-19 pandemic on the trajectory of digital transformation in the Music Industry. Before the pandemic, the Music Industry had recovered its revenues, due to the diffusion of business models based on streaming. Based on documentary research of articles collected between March 2020 and June 2021, we suggest that the digital transformation could take two different 'paths'. In one path, Digital Transformation in the industry is expected to increase the centrality of streaming services, accompanied by increased concentration in the industry. Another path includes the emergence of business models that promote greater direct interaction between musicians and audience, increasing innovation and decreasing concentration in the industry. We conclude the article with suggestions for contributions to the literature.Esse artigo analisa os principais impactos da pandemia COVID-19 sobre a trajetória de transformação digital na Indústria da Música. Antes da pandemia, a Indústria da Música mostrava recuperação de faturamento a partir da difusão de modelos de negócio baseados no streaming. Com base na pesquisa documental de artigos coletados entre março de 2020 e junho de 2021, sugerimos que a transformação digital poderá tomar dois ‘caminhos’ distintos. Em um caminho, espera-se que a transformação digital na indústria aumente a centralidade dos serviços de streaming, acompanhado de aumento na concentração na indústria. Um outro caminho inclui o surgimento de modelos de negócio que promovam maior interação direta entre músicos e fãs, aumentando a inovação e diminuindo a concentração na indústria. Concluímos o artigo com sugestões de contribuições à literatura

    Inovação Social e Empreendedorismo Institucional: a ação da ONG "Ação Educativa" no campo educacional da cidade de São Paulo

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    Este estudo caracteriza a ONG “Ação Educativa” como um empreendedor institucional por introduzir inovações sociais no campo educacional. A “Ação Educativa” desenvolve projetos educativos em conjunto com escolas públicas na cidade de São Paulo, com o propósito de melhorá-las e conectá-las em projetos colaborativos. No processo de mudança institucional, identificamos problemas e resistências à ação da ONG, bem como a possibilidade da experiência ter gerado inovação social. A estratégia metodológica foi o estudo de caso, com abordagem interpretativista. Os resultados mostram, de um lado, os limites da experiência, e de outro, explica como foram desencadeadas mudanças nos modelos organizacionais tradicionais das unidades escolares em estudo. Pretendeu-se, assim, contribuir para os estudos sobre ONGs e sua capacidade de geração de inovação social no âmbito institucional, organizacional e individual

    Editorial

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