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Sete observações sobre a possibilidade de um trágico moderno – que poderia ser um trágico (do) quotidiano
Nesse artigo, são examinados alguns aspectos e condições do trágico moderno e contemporâneo, um trágico que o autor chama de “drama-da-vida”, distante do paradigma da tragédia clássica, fundamentado na aniquilação da ação e do herói e no trágico quotidano da repetição cruel da vida banal
A oficina de escrita dramática
O artigo aborda princĂpios do funcionamento de oficinas de escrita dramática. Na perspectiva de contribuir para a pedagogia teatral, enfatiza a busca de uma escrita pessoal, no quadro de um trabalho coletivo. SĂŁo tratadas as relações entre o coordenador, os “escrevedores” – assim nomeados pelo autor – e o conjunto dos participantes. Destacam-se, entre os princĂpios apontados, o caráter lĂşdico da prática proposta e a atuação do coordenador, tendo em vista a apreciação dos textos pelos parceiros
A invenção da teatralidade
No inĂcio de Da arte do teatro[i], o Diretor, que acaba de conduzir o Amador de Teatro ao espaço teatral para que perceba seu “mecanismo” (“construção geral, cena, maquinaria dos cenários, equipamentos de luz e todo o resto”), pede a seu convidado para se sentar por “um instante na plateia” e se interrogar a respeito de “o que Ă© a Arte do Teatro” ... A lição merece ser compreendida: jamais se deveria abordar a mĂnima questĂŁo de estĂ©tica teatral sem se colocar, mesmo que mentalmente, diante da cena. Antes de refletir sobre o teatro Ă© importante constatar que esse palco estreito – mas destinado a servir de pedestal a um universo – quando em repouso parece um deserto. Em outros tempos a cortina vermelha permitia que se dissimulasse esse vazio ao olhar dos espectadores; ela estava ali para dar passagem Ă s miragens construĂdas nos bastidores.  Hoje, a cortina de ferro, puramente funcional, interpõe-se entre o pĂşblico e os artistas no inĂcio da representação apenas para sublinhar melhor essa lacuna, esse vazio da cena moderna. Atrás da cortina de veludo, nossos antepassados puderam pressentir a abundância e a plenitude de um teatro baseado na ilusĂŁo. No presente, mal a cortina de ferro acaba de se elevar e já sabemos que esse cenário, essa cenografia, jamais poderĂŁo preencher o vazio da cena nem nos preencher – a nĂłs, o pĂşblico – com o benefĂcio de suas aparĂŞncias. A prĂłpria cena, especialmente a mais preenchida, continua vazia; e Ă© justamente esse vazio – o vazio de toda representação – que ela parece destinada a exibir diante dos espectadores.[i] Edward Gordon Craig, L’Art du theatre, Éditions O. Lieuter, 1942. Nova edição, CircĂ©, coll. “Penser le theatre”, apresentação de Georges Banu e Monique Borie, seguida de entrevista com Peter Brook, 1999. [Edward Gordon Craig, A arte do teatro, trad.
De la machine Ă jouer au paysage mental
Jean-Pierre Sarrazac – Pour commencer, une question de vocabulaire : au moment où tu étais le collaborateur de Planchon à Villeurbanne, au moment de la découverte de Brecht en France, on parlait, en matière de décors, de « machines à jouer » ; on préfère parler aujourd’hui de « paysage mental », à propos des décors des mises en scène de Stein, de Vincent, de Chéreau ou à propos de celui de Chatterton mis en scène par Jourdheuil q..
Jean-Pierre Sarrazac
"Sob a forma de um texto fluido construĂdo a partir de questões propostas pelos editores desta sessĂŁo, o professor, ensaĂsta e dramaturgo Jean-Pierre Sarrazac divide com o leitor suas preferĂŞncias literárias do campo pessoal (livros de cabeceira) ao teĂłrico-teatral e filosĂłfico.
Possibilidades atuais de um teatro crĂtico: carta de Jean-Pierre Sarrazac a SĂ©rgio de Carvalho
Carta de Jean-Pierre Sarrazac a SĂ©rgio de Carvalh
A Partilha das vozes
A partilha das vozes, as vozes no drama
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