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    Perfil epidemiológico das síndromes respiratória aguda grave – Hospital Santa Cruz – RS/Brasil

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    A vigilância da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é realizada em todos os hospitais do Brasil conforme normativas do Ministério da Saúde. Neste ano vivenciamos uma diminuição da confirmação de casos de SRAG por Influenza em relação ao ano de 2013 no Hospital Santa Cruz. Não identificou-se período expressivo de incidência de SRAG no ano de 2014 durante os meses de inverno e não houve casos confirmados de A/H1N1/pandêmico, apenas de 4 casos de A/H3N2 com 1 (25%) óbito associado

    Educação continuada: uma ferramenta para a segurança do cuidado

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    A educação dos profissionais de saúde(PS) é uma das principais estratégias para a adoção de práticas seguras no trabalho em saúde. É uma ferramenta que contribui para que os trabalhadores se conscientizem sobre as consequências de suas práticas e a aderência das precauções e medidas de biosegurança, inclusive a prevenção de acidentes com pérfuro-cortantes no exercício profissional(1). O ambiente de trabalho hospitalar é considerado insalubre por agrupar pacientes portadores de diversas enfermidades infectocontagiosas e viabilizar procedimentos que oferecem riscos de acidentes e doenças para os PS. Para que as condições do trabalho se tornem mais seguras, se faz necessário medidas estruturais e organizacionais que visem a mudança de comportamento destes, através de esforços conjuntos do serviço e de seus trabalhadores. Para elaborar estas ações é preciso considerar a inserção do trabalhador no grupo e nos processos de trabalho, além de sua vida social e o desgaste emocional dado pelo contexto sócio-econômico-cultural no qual o trabalho está inserido(2). Além disso, requer um trabalho interdisciplinar e intersetorial na prevenção de doenças ocupacionais e promoção de saúde na assistência, garantindo um suporte psico social e que defenda seus interesses, quando necessário(3). Estas medidas devem ser trabalhadas em conjunto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho(SESMT), Comissão Interna de Prevenção de Acidentes(CIPA), Comissão de Controle de Infecção(CCIH), Serviço de Educação Continuada e demais setores que se encarregam de educação e vigilância em saúde nas instituições. Para disponibilizar condições de trabalho mais seguras as instituições precisam organizar e estruturar os seguintes processos de trabalho: vacinação dos PS conforme legislação; protocolos de utilização de equipamentos de proteção individual; protocolos de precauções padrão e precauções estendidas(precaução de contato, gotícula, aerossóis e proteção); plano de gerenciamento de resíduos e utilização de dispositivos de segurança conforme legislação vigente; planejamento de estruturas físicas que favoreçam a adoção de práticas corretas(lavatórios e nichos com solução alcoólica para higienização das mãos, lixeiras com acionamento de pedal, caixas de pérfurocortantes acessíveis) e fluxograma para atendimento do trabalhador vítima de acidente de trabalho(4). Conforme esta realidade, um hospital de ensino do sul do Brasil, desenvolve constantemente educação continuada para suas equipes de trabalho. O objetivo é evitar exposição ocupacional e elaborar estratégias para proporcionar meios adequados para que os “atores” possam exercitar um trabalho mais seguro. A implementação destas medidas se justificam, pois trata-se de um hospital de médio porte, com 849 funcionários, que atende diversas especialidades e alta complexidade em traumatologia, cardiologia e gestante/recém nascido de alto risco. No ano de 2011 a instituição atendeu 46.389 pacientes/dia, com uma densidade de incidência de precauções estendidas de 49/1000 pacientes/dia/internados, teve uma taxa de turnover da área assistencial de 2,1 % e contabilizamos um total de 27 acidentes com exposição biológica. Cientes da vulnerabilidade das equipes de assistência, a CCIH e SESMT desenvolvem constantemente capacitação para os grupos. Em parceria com o serviço de educação continuada, realizamos um ciclo de capacitação sobre biossegurança para as equipes de enfermagem, atingindo 70%(265) dos profissionais. Foram disponibilizados 11 momentos, os quais foram desenvolvidos através de oficinas práticas, o que resultou em uma ótima avaliação do ponto de vista dos participantes. Na avaliação final (228) registrada pelos que estiveram presentes pode-se constatar a satisfação quanto a flexibilidade de horários, a metodologia dinâmica utilizada, e no mesmo instrumento já sugerido outros momento neste formato nos mais diversos assuntos. Apesar das diversas estratégias pontuadas e demais desenvolvidas por outros grupos de educação permanente, e do conhecimento dos PS sobre as medidas de biosegurança, percebeu-se a não adesão completa às medidas de proteção. Isto se deu através do uso inadequado ou resistência à utilização do equipamento de proteção individual, aliado a sobrecarga de trabalho e autoconfiança dos PS. Neste contexto, destaca-se a necessidade de capacitação permanente das equipes para a conscientização da adoção de práticas seguras relacionadas a riscos ocupacionais e acidentes de trabalho. É de extrema relevância o envolvimento e a valorização dos profissionais na elaboração de medidas de segurança, tanto organizacionais quanto estruturais, para discutir a temática e envolvê-los no cuidado da sua própria saúde, do outro e do ambiente de trabalho, possibilitando assim a melhoria das condições de trabalho e maior satisfação profissional. Referências Bibliográficas: 1- Boletim Informativo sobre a Segurança do Paciente e Qualidade Assistencial em Serviços de Saúde. v.1 n. 1 Jan-jul 2011. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2011. 2- Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à prática. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2013. 3- Guimarães; E.M.P., Godoy; S. C. B., Educação Permanente: Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação como ferramenta para Capacitação Profissional – REME - Revista Mineira de Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. - v.13, n.1, jan./mar. 2009. Belo Horizonte: Coopmed, 2009. 4- Salum, Nádia Chiodelli A Educação Permanente e Suas Contribuições na Constituição do Profissional e nas Transformações do Cuidado de Enfermagem. Florianópolis (SC): UFSC/PEN, 2006. 319 p

    Vigilância de Infecção em Cesareas

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    A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Santa Cruz, implantou, em 2005, um programa de busca ativa pós-alta de infecções em cesáreas, a partir do 30º dia pós-operatório

    PREDITORES DE MORTALIDADE EM PACIENTES COM BACTEREMIA POR BACILOS GRAM-NEGATIVOS TRATADOS COM POLIMIXINA B

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    As Polimixinas tiveram seu uso retomado devido à falta de opções terapêuticas potentes para tratamento de infecções graves, especialmente devido à resistência que pode surgir como resposta a fatores ambientais ou genéticos. Tal constatação limita a terapêutica antimicrobiana, causando morbidade, mortalidade e custos ao serviço de saúde. O objetivo é avaliar os preditores de mortalidade em pacientes com bacteremia por bacilos gram-negativos tratados com Polimixina B. Foi realizado um estudo de prevalência de pacientes internados no Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. A coleta foi realizada através do sistema de prontuários eletrônicos da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição hospitalar. Foi utilizado o programa SPSS 20.0 para análise estatística. A análise incluiu prontuários de 38 pacientes. A média de idade dos pacientes avaliados foi 47,6 (±22,4) anos e um tempo médio de internação foi 51,2 (±47,1) dias. Vinte pacientes (52,6%) evoluíram para óbito durante a internação. Este estudo demonstra uma elevada taxa de mortalidade no momento da bacteremia e entre aqueles que tiveram infecção polimicrobiana. Com estes resultados, percebeu-se a necessidade de maior conhecimento sobre os fatores de risco associados para assegurar uma melhora assistência à saúde
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