18 research outputs found

    Nós e eles: ideologias sobre as identidades portuguesa, alemã e europeia nos media

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    In the European context, discourses about national identities coexist with - and are challenged by - an idea of a European identity. Recent crises, such as the economic and the so-called “migrant/refugee crisis” have made internal and external othering borders apparent in the European context, whether between Northern and Southern Europe or Europeans and “non-Europeans”. The media play a particularly central role in the (re)production of this us and them perspective on collective identities. In this thesis we propose to answer the following research question: What are the ideologies of national and European identities in the media, in Portugal and Germany, in moments of crisis, and what are their contradictions and oppositions? The first part of this thesis explores the theoretical concepts that the research is based on, namely ideology, hegemony and identities. In the second part, the empirical research is outlined and the results of the qualitative analysis of media articles in Portuguese and German news outlets, from 2011 to 2017, are presented and discussed.No contexto europeu, discursos sobre identidades nacionais coexistem com - e são desafiados por - uma ideia de identidade europeia. Crises recentes, como a crise económica e a chamada “crise migratória / dos refugiados”, evidenciaram fronteiras internas e externas de outrização no contexto europeu, quer entre o Norte e o Sul da Europa, quer entre europeus e “não europeus”. Os media desempenham um papel particularmente central na (re)produção da perspetiva nós e eles sobre as identidades coletivas. Nesta tese propomos responder à seguinte questão de investigação: Quais são as ideologias sobre as identidades nacionais e europeia nos media, em Portugal e na Alemanha, em momentos de crise, e quais as suas contradições e oposições? A primeira parte desta tese explora os conceitos teóricos em que se baseia a investigação, nomeadamente ideologia, hegemonia e identidades. Na segunda parte, é delineada a investigação empírica e são apresentados e discutidos os resultados da análise qualitativa de artigos mediáticos em meios de comunicação portugueses e alemães, entre 2011 e 2017.Programa Doutoral em Estudos Culturai

    "Do Your Homework": hegemonic discourses on work, in the tabloid media, during the Eurozone Crisis

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    This article explores hegemonic discourses on productive work and labor, in the context of the Eurozone crisis. Based on the separation between creditor and debtor countries, often associated with Northern and Southern Europe, the coverage of the Portuguese legislative elections of 2011, in the online versions of two tabloid newspapers, the German Bild and the Portuguese Correio da Manhã, was analyzed. The analysis allowed us to identify a hegemonic discourse, transversal to both newspapers, that places work and the consequent accumulation of capital, as the central axis of valuing a society, dividing Europe into compliant (trustworthy) and non-compliant (untrustworthy) countries. In a few instances, we have identified a counter-hegemonic discourse, that values elements beyond productivity, calls into question the need for compliance, and places the root of the crisis in the very system that values development, as promoted in advanced capitalism.publishe

    Transcender a cultura: poderá a Europa ser um modelo de convivência através da diferença?

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    É frequente ouvir-se teóricos e opinion makers afirmar que a Europa, mais concretamente a União Europeia, deveria ser vista como um potencial paradigma, a nível global, de uma comunidade pós-nacional baseada num modelo de convivência pacífica através da diferença, da allgemeine Vereinigung der Menschheit [unificação universal da Humanidade], de Immanuel Kant. Uma união cuja riqueza e potencial de prosperidade reside exatamente na sua diversidade. Todavia, eventos recentes demonstram o crescimento de um sentimento de contestação da diferença (tal como o movimento Pegida contra requerentes de asilo e refugiados na Alemanha). Estamos, atualmente, a experienciar um momento em que o modelo ideal de uma sociedade capaz de “thriving-through-variety” (Bauman, 2013) parece contrastar com uma realidade em que atos de contestação da diferença se tornam cada vez mais frequentes. Este texto explora a ideia de que a incapacidade de concretizar um modelo de sociedade transcultural existe, mais do que por falta de vontade política, devido a uma conceção de cultura nacional que impossibilita a criação do tal modelo idealizado. Esta reflexão será feita através da análise da ideia de Zygmunt Bauman da Europa como uma potencial referência global, e do confronto desta mesma análise com os enquadramentos teóricos acerca de sociedades baseadas nesse modelo de diversidade, como o de transculturalidade de Wolfgang Welsch, completada com uma breve análise empírica do conceito de cultura utilizado nos média. Pretende-se desenvolver a ideia de que a prosperidade através da diferença apenas pode ser atingida se o atual conceito de cultura, e de culturas nacionais, for ultrapassado

    Migrantes, refugiados e outrização: construindo a europeidade. Uma exploração dos média portugueses e alemães

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    O processo de instituição da União Europeia supranacional foi acompanhado por uma construção de uma ideia de europeidade (Geary, 2013; Pieterse, 1991/1993), de pertencer a um nós, criando uma ideia de quem somos, enquanto europeus, e, necessariamente, da outrização dos que não pertencem (Butler & Spivak, 2007; El-Tayeb, 2011). A chamada “crise dos refugiados/migratória” é um contexto particularmente interessante para explorar discursos não apenas sobre esta divisão entre nós e eles, em relação aos que são apresentados como não-europeus, mas também sobre a construção do que somos nós, europeus. Os média desempenham um papel crucial na reprodução de representações sobre os outros, com quem o público não tem contacto direto. Neste artigo, exploramos discursos, nos média portugueses e alemães, de 2011 a 2017, sobre a chamada “crise dos refugiados/migratória”. Através de uma análise qualitativa de conteúdo, procuramos compreender como é construída a ideia de europeidade em relação a este fenómeno. Esta análise exploratória permitiu identificar que não existe apenas uma construção da ideia da Europa, na qual os migrantes ou refugiados são o outro, mas também uma ideia da Europa intrinsecamente incompatível com a rejeição desse outro, incompatível com ideias e movimentos de extrema direita ou xenófobos. Ser europeu, portanto, é ser não-muçulmano, ser não-refugiado, e ser não-xenófobo.The process of establishing the supranational European Union has been accompanied by a construction of the idea of Europeanness (Geary, 2013; Pieterse, 1991/1993), of belonging to a common us, creating an idea of what we are, as Europeans, and necessarily othering those who do not belong (Butler & Spivak, 2007; El-Tayeb, 2011). The so-called “refugee/migration crisis” is a particularly interesting context in which to explore discourses not only about this us/them divide regarding what are presented as non-Europeans, but also who we Europeans are constructed as being. The media play an important role in the reproduction of representations about others, with whom the audience does not have direct contact. In this article, we explore discourses, in the Portuguese and German media, from 2011 to 2017, about the so-called “refugee/migration crisis”. Through a qualitative content analysis, we have sought to understand how the idea of Europeanness is constructed, in relation to this phenomenon. This exploratory analysis allowed us to identify that there is not only a construction of the idea of Europe in which migrants or refugees are the other, but also of an idea of Europe that is intrinsically incompatible with the rejection of this other, incompatible with far-right or xenophobic ideas and movements. Being European, thus, is being not a Muslim, not a refugee, and not xenophobic

    Migrants, refugees and othering: constructing europeanness. An exploration of Portuguese and German media

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    The process of establishing the supranational European Union has been accompanied by a construction of the idea of Europeanness (Geary, 2013; Pieterse, 1991/1993), of belonging to a common us, creating an idea of what we are, as Europeans, and necessarily othering those who do not belong (Butler & Spivak, 2007; El-Tayeb, 2011). The so-called “refugee/migration crisis” is a particularly interesting context in which to explore discourses not only about this us/them divide regarding what are presented as non-Europeans, but also who we Europeans are constructed as being. The media play an important role in the reproduction of representations about others, with whom the audience does not have direct contact. In this article, we explore discourses, in the Portuguese and German media, from 2011 to 2017, about the so-called “refugee/migration crisis”. Through a qualitative content analysis, we have sought to understand how the idea of Europeanness is constructed, in relation to this phenomenon. This exploratory analysis allowed us to identify that there is not only a construction of the idea of Europe in which migrants or refugees are the other, but also of an idea of Europe that is intrinsically incompatible with the rejection of this other, incompatible with far-right or xenophobic ideas and movements. Being European, thus, is being not a Muslim, not a refugee, and not xenophobic.O processo de instituição da União Europeia supranacional foi acompanhado por uma construção de uma ideia de europeidade (Geary, 2013; Pieterse, 1991/1993), de pertencer a um nós, criando uma ideia de quem somos, enquanto europeus, e, necessariamente, da outrização dos que não pertencem (Butler & Spivak, 2007; El-Tayeb, 2011). A chamada “crise dos refugiados/migratória” é um contexto particularmente interessante para explorar discursos não apenas sobre esta divisão entre nós e eles, em relação aos que são apresentados como não-europeus, mas também sobre a construção do que somos nós, europeus. Os média desempenham um papel crucial na reprodução de representações sobre os outros, com quem o público não tem contacto direto. Neste artigo, exploramos discursos, nos média portugueses e alemães, de 2011 a 2017, sobre a chamada “crise dos refugiados/migratória”. Através de uma análise qualitativa de conteúdo, procuramos compreender como é construída a ideia de europeidade em relação a este fenómeno. Esta análise exploratória permitiu identificar que não existe apenas uma construção da ideia da Europa, na qual os migrantes ou refugiados são o outro, mas também uma ideia da Europa intrinsecamente incompatível com a rejeição desse outro, incompatível com ideias e movimentos de extrema direita ou xenófobos. Ser europeu, portanto, é ser não-muçulmano, ser não-refugiado, e ser não-xenófobo

    Enzymatic hydrolysis of sorghum straw using native cellulase produced by T. reesei NCIM 992 under solid state fermentation using rice straw

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    Cellulose is a major constituent of renewable lignocellulosic waste available in large quantities and is considered the most important reservoir of carbon for the production of glucose, for alternative fuel and as a chemical feedstock. Over the past decade, the emphasis has been on the enzymatic hydrolysis of cellulose to glucose and the efficiency of which depends on source of cellulosic substrate, its composition, structure, pretreatment process, and reactor design. In the present study, efforts were made to produce cellulase enzyme using rice straw. The produced enzyme was used for the hydrolysis of selected lignocellulosic substrate, i.e., sorghum straw. When rice straw was used as a substrate for cellulase production under solid state fermentation, the highest enzyme activity obtained was 30.7 FPU/gds, using T. reesei NCIM 992. 25 FPU/g of cellulase was added to differently treated (native, alkali treated, alkali treated followed by 3% acid treated and alkali treated followed by 3 and 5% acid treated) sorghum straw and hydrolysis was carried out at 50 °C for 60 h. 42.5% hydrolysis was obtained after 36 h of incubation. Optimization of enzyme loading, substrate concentration, temperature, time and buffer yielded a maximum of 546.00 ± 0.55 mg/g sugars (54.60 ± 0.44 g/l) with an improved hydrolysis efficiency of 70 ± 0.45%. The enzymatic hydrolyzate can be used for fermentation of ethanol by yeasts

    Butler, J. (2004). Undoing gender. Nova Yorque e Londres: Routledge

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    Com a erosão da rigidez das estruturas modernas de organização social, as questões de identidade estão mais do que nunca no centro da vida em sociedade...With the erosion of the rigidity of modern structures of social organization, identity issues are more than ever at the center of social life..

    Quatro teses sobre feminismo pós-humano

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    Este capítulo adota uma posição afirmativa e fornece uma cartografia das interseções entre o feminismo e a questão do pós-humano, ao defender as seguintes teses: que o feminismo não é um humanismo; que o anthropos foi descentrado, assim como o foco no bios; e que, como consequência, a vida não humana, zoe, é, agora, o conceito dominante. Por fim, o capítulo desenvolve as implicações destas mudanças de perspetiva para a teoria e prática feministas, defendendo que a sexualidade é uma força para além de, para aquém de, e após o géneropublishe

    Migrantes, refugiados e outrização: construindo a europeidade. Uma exploração dos média portugueses e alemães

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    The process of establishing the supranational European Union has been accompanied by a construction of the idea of Europeanness (Geary, 2013; Pieterse, 1991/1993), of belonging to a common us, creating an idea of what we are, as Europeans, and necessarily othering those who do not belong (Butler & Spivak, 2007; El-Tayeb, 2011). The so-called “refugee/migration crisis” is a particularly interesting context in which to explore discourses not only about this us/them divide regarding what are presented as non-Europeans, but also who we Europeans are constructed as being. The media play an important role in the reproduction of representations about others, with whom the audience does not have direct contact. In this article, we explore discourses, in the Portuguese and German media, from 2011 to 2017, about the so-called “refugee/migration crisis”. Through a qualitative content analysis, we have sought to understand how the idea of Europeanness is constructed, in relation to this phenomenon. This exploratory analysis allowed us to identify that there is not only a construction of the idea of Europe in which migrants or refugees are the other, but also of an idea of Europe that is intrinsically incompatible with the rejection of this other, incompatible with far-right or xenophobic ideas and movements. Being European, thus, is being not a Muslim, not a refugee, and not xenophobic.O processo de instituição da União Europeia supranacional foi acompanhado por uma construção de uma ideia de europeidade (Geary, 2013; Pieterse, 1991/1993), de pertencer a um nós, criando uma ideia de quem somos, enquanto europeus, e, necessariamente, da outrização dos que não pertencem (Butler & Spivak, 2007; El-Tayeb, 2011). A chamada “crise dos refugiados/migratória” é um contexto particularmente interessante para explorar discursos não apenas sobre esta divisão entre nós e eles, em relação aos que são apresentados como não-europeus, mas também sobre a construção do que somos nós, europeus. Os média desempenham um papel crucial na reprodução de representações sobre os outros, com quem o público não tem contacto direto. Neste artigo, exploramos discursos, nos média portugueses e alemães, de 2011 a 2017, sobre a chamada “crise dos refugiados/migratória”. Através de uma análise qualitativa de conteúdo, procuramos compreender como é construída a ideia de europeidade em relação a este fenómeno. Esta análise exploratória permitiu identificar que não existe apenas uma construção da ideia da Europa, na qual os migrantes ou refugiados são o outro, mas também uma ideia da Europa intrinsecamente incompatível com a rejeição desse outro, incompatível com ideias e movimentos de extrema direita ou xenófobos. Ser europeu, portanto, é ser não-muçulmano, ser não-refugiado, e ser não-xenófobo
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