31 research outputs found

    The bottom of the pyramid approach as an answer to terrorism

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    The bottom of the pyramid approach proposed by Prahalad has been considered a new way for multination companies to earn profits, while helping to raise the poor out of poverty. One important factor often overlooked by researchers that can explain the popularity of Prahalad‟s ideas was the context in which it developed. After the “War on Terror” policy was declared by U.S. government, associations between terrorism and poverty were voiced by influential politicians and public figures and the academic community. To deal with such problems, free markets should be implemented in failed states. The objective of this paper is, therefore, to discuss how the association between poverty and terrorism made by the U.S. government and the academic community created an ideal setting for Prahalad to expand free market theories as an answer to poverty.A abordagem da base da pirâmide proposta por Prahalad é considerada uma nova forma de empresas multinacionais obterem lucros, ajudando a erradicar a pobreza. Um importante fator comumente ignorado por pesquisadores que pode explicar a popularidade de tais ideias é o contexto em que foram desenvolvidas. Após a declaração de “Guerra ao Terror” pelo governo dos Estados Unidos, associações entre terrorismo e pobreza foram expressas por políticos e figuras públicas, além da comunidade acadêmica. Para lidar com tais problemas, livres mercados deveriam ser implementados em Estados falidos. O objetivo do presente ensaio é, portanto, discutir como a associação entre pobreza e terrorismo feita pelo governo dos Estados Unidos e a comunidade acadêmica criou um cenário ideal para Prahalad expandir teorias de livre mercado como uma resposta à pobreza

    Nina Ribeiro: O Ralph Nader brasileiro – A Colonialidade do Ser de um ativista do movimento consumerista no Brasil

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    This study analyzes the behavior of Nina Ribeiro mirroring Ralph Nader, based on the decolonial perspective and focusing on the theory of coloniality of being. The research explores how such behavior influenced the Brazilian consumer movement. Historical research was conducted to compare the main milestones in Nader’s and Ribeiro’s histories in consumer movements. The analysis showed the colonial process that underpinned the construction of the Brazilian consumer movement, in general, and the activism of Ribeiro, in particular, who sought legitimacy by importing foreign ideas, especially those of Nader. However, such ideas did not always correspond to the Brazilian local plural logic or meet the needs of marginalized and vulnerable groups

    Reclamações fraudulentas a partir de características da cultura brasileira: um estudo qualitativo utilizando a técnica projetiva

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    Reclamações de consumidores podem ser feitas por diversos motivos, mas majoritariamente, ocorrem a partir de episódios negativos de consumo. Entretanto, há indivíduos que realizam reclamações a empresas sem necessariamente estarem insatisfeitos. A essa conduta, dá-se o nome de reclamação fraudulenta, que ocorre quando a finalidade do consumidor em realizar a reclamação visa algum lucro monetário ou social à custa da empresa. Apesar da relevância do tema, há poucos estudos a seu respeito na área de marketing, principalmente no Brasil. À frente desse quadro, o presente estudo tem o objetivo de analisar como aspectos relacionados a características da cultura brasileira influenciam a forma como consumidores interpretam a prática de reclamações fraudulentas. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas em profundidade com 27 consumidores, pautadas pelo uso da técnica projetiva. A análise dos dados indica diferentes reações dos entrevistados a reclamações fraudulentas, apresentando sentimentos distintos no que se refere aos comportamentos oportunistas. Foi possível perceber que existe uma relação entre as características da cultura brasileira e as reclamações fraudulentas, que giram em torno da ideia da casa e da rua, do ‘jeitinho brasileiro’, da malandragem, além da ligação entre religião e comportamentos (anti)éticos

    Relações entre Consumidores de Baixa Renda, Empresas e Governo: “eles lá e nós aqui”

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    The marketing literature on low income consumers differs about the benefits the relationship between this segment with companies and governments can bring. Some authors believe that companies can improve the quality of life of this public and governments can protect it from market failures, by offering quality public services. Other authors, for their part, discuss the advantages received by companies at the expense of these consumers and say that governments do not protect them from companies. These perspectives, however, are not analyzed from the optic of low income consumers and do not represent the way that companies and government actions are received by them, creating doubt if this group obtains or not benefits from companies and governments. The present paper, therefore, brings forth the opinion of low income consumers, with the objective of understanding their view of the relationship between companies and governments. For this, 27 interviews with consumers from this segment were conducted. From the data, it is possible to understand that the interviewees see the relationship with companies and governments marked by a hierarchy of power, in which they are in an inferior position, without strength to change this. Low income consumers believe they do not obtain the promised quality of life improvements in their relationship with companies and governments and indicate a distancing between the involved parties in their accounts: them there and us here.A literatura de marketing diverge sobre os benefícios que o relacionamento de consumidores de baixa renda com empresas e governos pode trazer. Alguns autores argumentam que, se, de um lado, empresas podem melhorar a qualidade de vida desse público, ao dar acesso a bens e serviços e, de outro lado, os governos podem protegê-lo das falhas de mercado, oferecendo serviços públicos de qualidade. Outra corrente, por sua vez, discute vantagens obtidas pelas empresas à custa desses consumidores e governos que não os protegem das ações empresariais. Tais perspectivas, entretanto, não são analisadas a partir da ótica do consumidor de baixa renda e, assim, não demonstram a forma como as ações empresariais e governamentais são recebidas por eles, gerando dúvidas se esse grupo obtém ou não benefícios de empresas e governos. O presente trabalho relata a opinião de consumidores de baixa renda, com o objetivo de entender sua visão sobre as relações trocadas com empresas e governos. Para isso, foram realizadas 27 entrevistas em profundidade com integrantes desse público. A partir dos dados, é possível entender que, para os entrevistados, a relação com empresas e governos é marcada por uma hierarquia de poder e que a posição inferior em que se encontram não fornece perspectiva e nem força para mudar tal fato. Esse grupo não obtém a prometida melhora de vida em sua relação com empresas ou governos e indica um distanciamento entre as partes em seus relatos: eles lá e nós aqui

    POR QUE RECLAMAR? MELHORIA DE AUTOESTIMA E CIDADANIA DE UM GRUPO DE BAIXA RENDA A PARTIR DOS SERVIÇOS DE UMA AGÊNCIA DE DEFESA DO CONSUMIDOR

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    Discussões na área de marketing sobre reclamações de consumidores - especialmente os de baixa renda - a agências especializadas em defendê-los são escassas. Esse quadro se faz mais grave no Brasil, pois grande parte da literatura sobre insatisfação de consumo e comportamentos de reclamação é oriunda dos EUA e Europa, contextos diferentes do nacional. Para trazer luz a essa lacuna, a presente pesquisa tem como objetivo compreender o processo de reclamação de consumidores de baixa renda a uma agência de defesa do consumidor, a fim de resolverem problemas com empresas prestadoras de serviços. Para isso, foram realizadas 27 entrevistas em profundidade com consumidores desse extrato social que buscaram o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), órgão da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Na análise, foi possível entender os momentos anteriores à reclamação ao Nudecon, quando os entrevistados se frustraram com reclamações a outros órgãos de defesa do consumidor; o desconhecimento a respeito do Nudecon, devido a seu distanciamento com a sociedade; a descoberta sobre o Nudecon, que ocorria por boca a boca de outros consumidores ou, mesmo, por sorte; as expectativas quanto ao atendimento no Nudecon e a relação com os defensores públicos; a experiência vivenciada no Nudecon; e o resultado dessa experiência na obtenção de maior conhecimento dos entrevistados sobre seus direitos como consumidores. Por fim, os achados da pesquisa levam a uma discussão sobre  como o Nudecon serve para minimizar a assimetria de poder entre consumidores, especialmente os de baixa renda, e empresas e como a área de marketing deveria se aprofundar em tais questões

    Significados de Planos de Saúde para Consumidores de Baixa Renda

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    A partir dos anos 2000, cresceu o número de consumidores de baixa renda com planos de saúde. Para esse público, além do acesso a hospitais, clínicas e médicos privados, tais planos apresentam significados de consumo que perpassam seus benefícios funcionais. Todavia, o entendimento desses significados ainda é pouco explorado em marketing. O presente estudo busca, portanto, analisar os significados associados por consumidores de baixa renda a planos de saúde. Para isso, foram realizadas 18 entrevistas em profundidade com esses consumidores que possuem ou possuíram tais planos. É possível perceber que o acesso a planos de saúde causa melhora na qualidade de vida desses consumidores, embora exista uma fragilidade da posse desse serviço, por ser oferecido como um benefício a empregados. Além disso, o plano lhes oferece um sentimento de dignidade. Conclui-se que, para consumidores de baixa renda, planos de saúde apresentam significados de inclusão social e maior aprendizado sobre como ser um consumidor

    CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA E COMPRAS ON-LINE: RECEIOS EM CONSUMIR PELA INTERNET

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    The growth in access of low income consumers to the internet has taken them to use the net in search of entertainment, education and relationships. However, consuming online is still an activity surrounded by distrust. The present study aims to discuss the reasons why low income consumers have apprehension in consuming through the internet. For this, in depth interviews were conducted with 23 low income consumers. The collected data shows that the internet is still seen by the interviewees as being, mainly, for leisure and entertainment. Online shopping still is a task they fear, because of different motives. Initially, one can point the preference to consume in physical stores, since the consumers can touch the desired product, enjoy the trip to the store as a moment of pleasure and the possibility of interacting with salesmen, who help them in their choice. The apprehensions in buying online are also influenced by the perception that sites are not safe, because they offer threats, such as viruses or theft of personal information. Furthermore, interviewees believe that online stores are not compromised with their customers, since they permit problems to occur in the delivery of merchandise, are not clear about the shopping process, and create difficulties in payment method. Another reason for them not to buy online is the perception that if a negative consuming episode of online shopping happened to someone they know, it is also bound to happen with them. Despite this reasoning, these consumers point the importance of help from a third party in their reference group as main incentive for them to face the obstacles to consuming through the internet. In conclusion, it is possible to consider that low income consumers have apprehensions that are similar to their higher income peers, but, also, show different feelings, which are seldom discussed in the literature about online shopping.El mayor acceso de consumidores de baja renta a Internet los lleva a utilizar la red virtual para buscar entretenimiento, educación y relaciones sociales. El consumo on-line, entretanto, todavía presenta desconfianzas. El presente trabajo tiene como objetivo analizar los motivos por los cuales la población de baja renta siente temor al realizar compras on-line. Para eso, entrevistas en profundidad fueron realizadas con 23 consumidores de baja renta. A partir de los datos recolectados, se percibe que Internet es un medio visto por los entrevistados como siendo, especialmente, de ocio y entretenimiento. Comprar on-line todavía es una tarea que temen por diferentes motivos. Inicialmente, se puede apuntar la preferencia por consumir en tiendas físicas, pues en ellas los consumidores pueden tocar los productos deseados, aprovechar la ida a la tienda como un momento de placer e interactuar con vendedores, que los ayudan a elegir los productos. Los temores al comprar por Internet también son influenciados por la visión de los entrevistados de que sites no son seguros, pues ofrecen amenazas, tales como virus o robo de informaciones personales. Además, creen que tiendas en Internet no tienen compromiso con sus clientes, pues permiten que ocurran problemas en la entrega de mercaderías, no dejan claras las informaciones sobre el proceso de compra y no facilitan las formas de pago. Otro motivo para no adquirir en Internet es la percepción de que, si un episodio negativo de consumo por Internet ocurrió con algún conocido, lo mismo le ocurrirá al entrevistado. A pesar de tal temor, esos consumidores apuntan la importancia de la ayuda de un tercero en sus grupos de referencia como principal incentivo para que ellos enfrenten las barreras ante el consumo por Internet. De esa forma, es posible considerar que consumidores de baja renta poseen temores similares a los de sus pares de niveles de renta más elevados, mas, también, presentan sentimientos que son diferentes, poco discutidos por la literatura sobre consumo en InternetO maior acesso de consumidores de baixa renda à internet os leva a utilizar a rede virtual para buscar entretenimento, educação e relacionamentos. O consumo on-line, entretanto, ainda é envolto de desconfianças. O presente trabalho tem como objetivo analisar os motivos pelos quais a população de baixa renda tem receios em realizar compras on-line. Para isso, entrevistas em profundidade foram realizadas com 23 consumidores de baixa renda. A partir dos dados coletados, percebe-se que a internet é um meio visto pelos entrevistados como sendo, especialmente, de lazer e entretenimento. Comprar on-line ainda é uma tarefa que receiam, por diferentes motivos. Inicialmente, pode-se apontar a preferência por consumir em lojas físicas, pois nelas os consumidores podem tocar nos produtos desejados, aproveitar a ida à loja como um momento de prazer e interagir com vendedores, que os ajudam em suas escolhas. Os receios em comprar pela internet também são influenciados pela visão dos entrevistados de que sites não são seguros, pois oferecem ameaças, tais como vírus ou roubo de informações pessoais. Além disso, acreditam que lojas na internet não são compromissadas com seus clientes, pois permitem que ocorram problemas na entrega de mercadorias, não deixam claras as informações a respeito do processo de compras e dificultam as formas de pagamento. Outro motivo para não comprarem na internet é a percepção de que, se um episódio negativo de consumo pela internet ocorreu com algum conhecido, o mesmo também ocorrerá com eles. Apesar de tal receio, esses consumidores apontam a importância da ajuda de um terceiro em seus grupos de referência como principal incentivo para que eles enfrentem as barreiras ao consumo pela internet. Dessa forma, é possível considerar que consumidores de baixa renda possuem receios similares aos de seus pares de níveis de renda mais elevados, mas também apresentam sentimentos que são diferentes, pouco discutidos pela literatura sobre consumo na internet

    [pt] MARKETING INTERNO NO BRASIL: ESTUDOS DE CASO EM EMPRESAS DE SERVIÇOS

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    O marketing interno é um conceito que surgiu pela preocupação das empresas em manter um alto grau de consistência na entrega de seus serviços. O fato do pessoal de contato se envolver diretamente com os consumidores no ato da venda, tornou essencial que eles sempre fossem capazes de atender às necessidades dos clientes. Portanto, a valorização dos funcionários e seu uso como meio de se atingir metas estratégicas são os principais objetivos do marketing interno. No Brasil, são escassos os estudos sobre este tema e as poucas pesquisas a respeito mostraram iniciativas ainda principiantes. Esta pesquisa busca explorar a literatura de marketing interno, através de análise e crítica, e verificar como as empresas brasileiras tratam deste tema, no que diz respeito a sua interpretação e implementação. Dentre os resultados obtidos, percebe-se que o marketing interno é um conceito novo, mas que já demonstra gerar mudanças culturais. O que não é mencionado na literatura, porém é mostrado aqui, é que a sua implementação não deve ser igual na empresa toda, pois existem áreas, como as de apoio, em que o programa de marketing interno deve focar mais as suas atenções.Internal marketing is a concept that emerged from the concerns of companies in maintaining a high standard of services. The fact that contact personnel interact directly with the customer in the moments of truth, makes it essential that companies are always able to fulfill the client`s needs. Thus, valuing the employees and using them as a vehicle to obtain strategic objectives is the main goal of internal marketing. In Brazil, case studies on this theme are rare and the little existing research shows that internal marketing is still in initial stage. The present research explores the literature on internal marketing, through analysis and criticism, and verifies how Brazilian companies address this theme, interpret it and implement it. The results suggest that internal marketing is a new concept, but one that is already generating cultural change. What is not mentioned in the literature, but demonstrated here, is that internal marketing should not be implemented uniformly throughout the whole company, because some areas, such as the support ones, need more attention within the internal marketing program

    Uma perspectiva pós-colonial sobre organizações consumeristas no Brasil

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    Resumo Este estudo tem por objetivo apresentar, a partir da perspectiva pós-colonial, uma visão sobre o movimento consumerista no Brasil pouco discutida na literatura de consumerismo, analisando como e porque padrões eurocêntricos de proteção ao consumidor foram incorporados ao movimento e como a adoção desse modelo resultou em limitados avanços na proteção aos consumidores no país. São apresentados os casos de importantes organizações de defesa do consumidor brasileiras, a saber, Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Proteste: Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, e sua associação a organizações consumeristas internacionais, em especial à Consumers International (CI), mimetizando suas práticas de defesa do consumidor. A partir da perspectiva adotada é possível perceber como a influência eurocêntrica está presente em campanhas, pesquisas, eventos, testes comparativos de produtos, palestras e intercâmbios de tais organizações brasileiras, revelando como a adoção de um comportamento mimetista perpetua domínios pós-coloniais que, no fim, não resultam em melhorias na proteção aos consumidores no Brasil. A literatura de consumerismo pouco discute tais aspectos geopolíticos do movimento consumerista, dificultando o reconhecimento de que o modelo eurocêntrico de consumerismo tem mais do que a proteção aos consumidores como sua prioridade, pois se alinha aos interesses do Norte Global, em especial dos Estados Unidos da América (EUA), de perpetuidade de sua hegemonia no mundo
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