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Prevalência de programas de promoção da saúde em unidades básicas de saúde no Brasil
OBJECTIVE Assessment of prevalence of health promotion programs in primary health care units within Brazil’s health system. METHODS We conducted a cross-sectional descriptive study based on telephone interviews with managers of primary care units. Of a total 42,486 primary health care units listed in the Brazilian Unified Health System directory, 1,600 were randomly selected. Care units from all five Brazilian macroregions were selected proportionally to the number of units in each region. We examined whether any of the following five different types of health promotion programs was available: physical activity; smoking cessation; cessation of alcohol and illicit drug use; healthy eating; and healthy environment. Information was collected on the kinds of activities offered and the status of implementation of the Family Health Strategy at the units. RESULTS Most units (62.0%) reported having in place three health promotion programs or more and only 3.0% reported having none. Healthy environment (77.0%) and healthy eating (72.0%) programs were the most widely available; smoking and alcohol use cessation were reported in 54.0% and 42.0% of the units. Physical activity programs were offered in less than 40.0% of the units and their availability varied greatly nationwide, from 51.0% in the Southeast to as low as 21.0% in the North. The Family Health Strategy was implemented in most units (61.0%); however, they did not offer more health promotion programs than others did. CONCLUSIONS Our study showed that most primary care units have in place health promotion programs. Public policies are needed to strengthen primary care services and improve training of health providers to meet the goals of the agenda for health promotion in Brazil.OBJETIVO Estimar a prevalência de programas de promoção da saúde nas unidades básicas de saúde no Brasil. MÉTODOS Estudo transversal descritivo realizado por meio de entrevistas telefônicas com coordenadores de unidades básicas de saúde. Do total de 42.486 unidades básicas de saúde cadastradas pelo Ministério da Saúde, 1.600 foram aleatoriamente selecionadas. As unidades foram amostradas nas cinco regiões do País de acordo com a proporção de unidades em cada região. Foi analisada a presença ou não de cinco programas de promoção da saúde: promoção de atividade física, cessação de tabagismo, cessação de uso de álcool e drogas ilícitas, alimentação saudável e ambiente saudável. Foram coletados dados sobre o tipo de ações desenvolvidas nos programas e a presença ou não da Estratégia de Saúde da Família na unidade. RESULTADOS A maioria das unidades básicas de saúde (62,0%) referiu ter pelo menos três programas de promoção da saúde e apenas 3,0% não tinha nenhum. A promoção do ambiente saudável e da alimentação saudável foram os programas mais prevalentes (77,0% e 72,0%, respectivamente), enquanto o controle do tabaco e do álcool foram referidos em 54,0% e 42,0% das unidades de saúde, respectivamente. A promoção de atividade física foi referida em menos de 40,0% das unidades e teve grande variação regional, com prevalência de 51,0% nas unidades do Sudeste e apenas 21,0% nas do Norte. A maioria das unidades de saúde (61,0%) oferecia Estratégia de Saúde da Família, porém não foi verificada maior prevalência de programas de promoção da saúde nessas unidades em relação às outras. CONCLUSÕES Este estudo mostrou que programas de promoção da saúde estão presentes na maioria das unidades básicas de saúde. Políticas públicas devem fortalecer a infraestrutura das unidades básicas de saúde e melhorar a capacitação dos trabalhadores de saúde para executar adequadamente a agenda de promoção de saúde do governo brasileiro
Características de programas de atividade física na atenção básica de saúde do Brasil
The aim of this study was to describe the characteristics of programs that promote physical activity in the public primary care system by region of Brazil, subject to the presence or absence of multidisciplinary primary care teams (NASF). We conducted a cross sectional and population-based telephone survey of the health unit coordinators from 1,251 health care units. Coordinators were asked about the presence and characteristics of physical activity programs. Four out of ten health units reported having a physical activity intervention program, the most common involving walking groups. Most of the activities were performed in the morning, once or twice a week, and in sessions of 30 minutes or more. Physical education professionals were primarily responsible for directing the activities. Interventions occurred in the health unit itself or in adjacent community spaces. In general, these characteristics were similar between units with or without NASF, but varied substantially across regions. These findings will guide future physical activity policies and programs within primary care in Brazil.El objetivo fue describir las características de los programas de actividad física en atención primaria, de acuerdo con el Centro de Apoyo a la Salud de la Familia (NASF) y las regiones de Brasil. Se realizó una encuesta transversal telefónica con 1.251 coordinadores de las unidades de salud. Se preguntó a los coordinadores acerca de la presencia y características de intervenciones de actividad física en funcionamiento. Cuatro de cada diez centros de salud reportaron tener una intervención de actividad física, especialmente, grupos de paseo. La mayor parte de las actividades se llevan a cabo por la mañana una vez o dos veces por semana con sesiones de 30 minutos o más. Los profesores de educación física son los principales responsables de la supervisión de las actividades. Los programas se llevan a cabo en la clínica o en otros espacios públicos. Estas características fueron similares en unidades con o sin NASF y mostraron una variación regional en su prevalencia. Estas características permitirán enfocar próximas acciones para promover la actividad física dentro de la atención primaria de salud.O objetivo foi descrever as características dos programas de atividade física na atenção básica de saúde de acordo com a presença de Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) no município e por regiões do Brasil. Foi realizado um estudo transversal por inquérito telefônico com 1.251 coordenadores de unidades de saúde. Foi aplicado um questionário sobre presença de intervenções com atividade física e suas características de funcionamento. Quatro em cada dez unidades de saúde relataram ter uma intervenção com atividade física, especialmente grupos de caminhada. A maior parte da atividade é realizada na manhã uma vez ou duas vezes por semana, com sessões de 30 minutos ou mais. Profissionais de educação física são os principais responsáveis por supervisionar as atividades. Os programas ocorrem na unidade de saúde ou outros espaços comunitários. Estas características, de modo geral, foram semelhantes entre unidades com ou sem NASF no município e apresentaram variação entre as regiões. Os resultados desse estudo irão permitir melhor direcionamento das próximas ações de promoção de atividade física na atenção básica de saúde.Universidade Federal de São Carlos Departamento de GerontologiaUniversidade Estadual Paulista Núcleo de Atividade Física, Esporte e SaúdeUniversidade Federal de Pelotas Grupo de Estudos em Epidemiologia da Atividade FísicaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Centers for Disease Control and Prevention National Center for Chronic Disease Prevention and Health PromotionWashington University in St. Louis George Warren Brown School of Social WorkUniversidade de São Paulo Escola de Artes, Ciências e HumanidadesHospital Israelita Albert EinsteinMinistério da SaúdeEmory University Rollins School of Public HealthUNIFESPSciEL
PESQUISAS DESENVOLVIDAS NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GERONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS E SUA IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO DO ENVELHECIMENTO
Esta revisão narrativa tem como objetivo apresentar e discutir a relevância dos estudos desenvolvidos no Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (PPGGero/UFSCar). Os dados foram coletados na disciplina “Seminários Avançados em Gerontologia”, em que os docentes autores apresentaram suas linhas de pesquisa, as quais foram compiladas pelos discentes autores. Os resultados desta revisão apresentam os estudos realizados em um programa interdisciplinar de mestrado acadêmico que possui duas linhas de pesquisa denominadas: 1) Saúde, Biologia e Envelhecimento; e 2) Gestão, Tecnologia e Inovação em Gerontologia. Os estudos se inserem em diversas temáticas da área do envelhecimento, que se articulam entre ambas as linhas de pesquisa do programa. Na linha 1 destacam-se estudos relacionados à cognição, à demência e suas consequências aos pacientes e cuidadores, bem como a pesquisas relacionadas ao seu diagnóstico e cuidado. Destacam-se também pesquisas epidemiológicas e aquelas relacionadas a condições ou doenças comuns no envelhecimento, como dor crônica, osteoartrite e, mais recentemente, a infecções em idosos, incluindo a COVID-19. Na linha 2 destacam-se pesquisas relacionadas a tecnologias assistivas voltadas aos idosos, bem como estratégias de marketing e políticas de atenção para esse público. É notório que a multidimensionalidade de abordagens das questões do envelhecimento exige enfoque multidisciplinar sobre um contexto de excelência acadêmica. Assim, conclui-se que as pesquisas do PPGGero/UFSCar, ao abrangerem várias áreas do conhecimento – as quais permeiam as ciências humanas, biológicas, sociais e exatas no contexto de tecnologia e inovação –, promovem a formação de mestres e pesquisadores que contribuem para a produção de conhecimento em Gerontologia no país
Fragilidade biológica, resiliência psicológica e atividade física
Este capítulo apresenta inicialmente uma abordagem conceitual e dados recentes da literatura sobre o tema fragilidade biológica na velhice. Será tratado em seguida da prevalência de sedentarismo no país, especialmente entre os idosos, e finalmente do papel da atividade física como estratégia para melhorar condições de fragilidade biológica dos indivíduos e importante mediador para o fortalecimento da resiliência psicológica no envelhecimento
Participação em um programa de exercícios físicos em unidades de saúde da atenção básica e níveis de atividade física de adultos e idosos
As políticas públicas no Brasil preconizam a atividade física como um dos instrumentos de promoção da saúde, inclusive no âmbito da Atenção Básica de Saúde (ABS). Esse contexto possui especificidades em relação à estrutura física, localização e público atendido comparado aos locais comumente utilizados para a prática de atividade física. Atualmente, investigações que avaliem a implantação de programas de exercícios físicos nesses locais são escassas. Nesse sentido, este estudo se propõe a analisar a associação entre a participação em um programa de exercícios físicos e os níveis de atividade física de adultos e idosos residentes em áreas de abrangência de unidades de saúde da Atenção Básica. Para tanto, foi realizado um estudo de delineamento transversal em 2009, conduzido em sete Unidades de Saúde da Atenção Básica de Rio Claro, SP, numa amostra constituída de 111 mulheres participantes do programa de exercícios físicos “Saúde Ativa Rio Claro” (SARC), que já participavam há pelo menos seis meses do programa. Esse programa tem dez anos de existência, atualmente é desenvolvido em todas as unidades de saúde do município, e oferece exercícios físicos aeróbios, neuromusculares e recreacionais, com frequência semanal de duas vezes, com 60 minutos de duração. As aulas são oferecidas na unidade de saúde ou em espaços públicos ao redor, na maioria das vezes no período da manhã. O programa oferece ações educacionais para promoção da atividade física e eventos de sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância da prática regular de atividade física. Para cada participante foi selecionado um sujeito-controle pareado por sexo, idade (±5 anos para mais ou para menos) e que morasse no mesmo...This study aim to evaluate the association between participation in the 'Saúde Ativa Rio Claro' (SARC) program and physical activity (PA) levels among adult women. A cross sectional study was conducted in seven primary health care settings in Rio Claro-SP, Brazil (2009). The sample included 111 women participating in the intervention (mean age: 58 ± 13 years). For each participant, we selected a control subject, matched to the intervention participant by gender, age (± 5 years) and neighborhood. The program exists for 10 years. It is carried out in all primary health care centers of the city providing educational actions and 50 minutes of aerobic, recreational, resistance exercise twice a week. The classes happen in public spaces around the health centers in the morning period. Awareness events about physical activity importance and physical activity events are provided to health professional and to participants of the programs, respectively. PA was measured using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) long version. While 18.0% of the control participants reported practicing 150 min/wk of leisure-time PA (LTPA) or more, 61.3% of the participants achieved such threshold. Participants performed on average 255 ± 165 min/wk of PA, compared to 66 ± 154 among non-participants (P < 0.001). Even omitting the 100 min/wk of PA provided by the intervention, participants performed twice as much min/wk PA when compared to controls, and were more likely to meet PA guidelines (OR = 7.2; IC=3.8-13.3). We found association between participation on SARC and walking for leisure (OR = 4.4; 95% CI = 2.1-9.6), moderate-intensity PA (OR = 5.5; 95% =.1.8-16.8) and vigorous-intensity PA (OR=3.9; 95% CI=1.0-14.6). These findings were confirmed in the adjusted analysis. In addition to providing... (Complete abstract click electronic access below)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES
Characteristics of fraility prevention programs for the older people: a scoping review
This present scoping review aims to map the studies and interventions focused on the management of frailty prevention in older people, that have been described in the literature between the period 2018 to 2023, and to verify which interventions or programs are being conducted and suggested in current literature.
Five databases will be searched, which will include articles and reviews available between 2018 and 2023, in English, Portuguese and Spanish, full texts. In addition, two additional strategies will be carried out, including gray literature. The search strategy will use the search terms Intervention, program, approach, achievement, frail, frailty, robust, preventive, prevention, pre frail, pre frailty, elder, elderly, aging and older adults. This review will include studies that identify interventions and proposals related to the prevention of frailty in older people
Characteristics of peer leader programs to promote physical activity for older adults: a scoping review
The purpose of the review is to analyze the characteristics of peer leader programs to promote physical activity for older people, through a scoping review.
Studies will be investigated in seven databases where studies will be included available in English, Portuguese or Spanish. The descriptors peer-lead, physical activity, older adults and programs, in addition to other terms related to them, will be used in the search strategy
Frailty in younger-old and oldest-old adults in a context of high social vulnerability
OBJECTIVE: To analyze the factors associated with physical frailty in community-dwelling younger-old (60 to 74 years) and oldest-old (75 years or older) adults in a region of high social vulnerability. Social vulnerability refers to the absence of or difficulty obtaining social support from public institutions, situations that hinder the realization of or deny citizens their social rights and affect their social cohesion, and the ability to react to high-risk social situations – associated health and illness. In this study, we used the São Paulo Social Vulnerability Index developed by the SEADE Foundation, which classifies social vulnerability based on socioeconomic and demographic conditions.
METHODS: Quantitative analytical study of 303 older adults. Fried frailty phenotype assessment was performed and the Mini Mental State Examination, Geriatric Depression Scale, Katz Index of Independence in Activities of Daily Living, and the Lawton Scale of Instrumental Activities of Daily Living were administered. Descriptive statistics and logistic regression were used to analyze data.
RESULTS: Of the older adults, 12.21% were nonfrail, 60.72% were prefrail, and 27.06% were frail. The single factor most associated with frailty was depressive symptoms (OR = 2.65; 95%CI 1.38 – 5.08) in the younger-old and illiteracy (OR = 14.64; 95%CI 1.82 – 116.51) in the oldest old.
CONCLUSION: The factor most associated with frailty in younger-old adults (aged 60 to 74 years) was depressive symptoms, whereas in the oldest old (aged 75 or older), the factor most associated with frailty was being illiterate. The results of this investigation should prompt health professionals and managers to discuss and program new strategies for health promotion and prevention of factors that may aggravate frailty, respecting the differences found between older adults in early and later old age.</p