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QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA CONFORME NÍVEL DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
Introdução: Pesquisas apontam efeito negativo da institucionalização da pessoa idosa para a sua qualidade de vida. Objetivo: Avaliar possíveis diferenças na qualidade de vida da pessoa idosa em lista de espera para residir em instituição de longa permanência (espera), residente em instituição (residente), e daquele que não está em lista de espera (não espera). Método: Estudo transversal. Entrevistados 50 componentes de cada grupo, pareados por sexo, idade e escolaridade. Utilizados os instrumentos WHOQOL BREF e WHOQOL OLD. Resultados: Encontrou-se diferença significativa em todos os domínios e questões do WHOQOL BREF entre os três grupos, com médias do escore total de: 62,0±10,61, 44,1±13,63 e 68,8±7,07, respectivamente, para residente, espera e não espera. Importantes diferenças também foram identificadas na avaliação do WHOQOL OLD. O escore total do residente: 60,4±9,88; espera: 48,5±12,15 e não espera: 68,5±7,90 (p<0,0001). Conclusão: A institucionalização não proporciona piora na qualidade de vida da pessoa idosa, a percepção dessa pode já estar comprometida quando se procura a institucionalização.
Fatores relacionados à autopercepção do estado de saúde em idosos residentes no meio rural do Brasil = Factors related to the self-perception of health status in older adults living in the rural environment of Brazil
OBJETIVOS: Comparar a autopercepção do estado de saúde em idosos do meio rural e urbano e os seus possíveis fatores associados. MÉTODOS: O estudo consistiu em uma análise secundária de dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, realizada pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística, que incluiu idosos residentes em meios rurais e urbanos. A variável dependente foi a autopercepção do estado de saúde (avaliada como muito boa, boa, regular, má e péssima); e as variáveis independentes foram fatores sociodemográficos, dados clínicos, funcionalidade do idoso e dados sobre o domicílio. As relações entre as variáveis foram testadas pelo teste do Qui-quadrado, sendo ajustadas pela autopercepção do estado de saúde. As análises foram realizadas por meio do programa Epi InfoTM versão 7. 2. 1, aceitando p<0,05 como significativo. RESULTADOS: Os idosos do meio rural eram predominantemente homens, de cor parda, casados, analfabetos e com ocupação remunerada, apesar de terem classe econômica baixa. Entre os idosos do meio rural a autopercepção do estado de saúde foi mais frequentemente regular ou ruim, o domicílio era mais frequentemente cadastrado na Estratégia Saúde da Família e a maioria não tinha plano de saúde complementar. Os idosos do meio rural também apresentaram melhor desempenho nas Atividades Básicas de Vida Diária e pior desempenho nas Atividades Instrumentais de Vida Diária, tinham menos sintomas depressivos e menos multimorbidades
Os idosos do meio rural apresentaram menores chances de autopercepção do estado de saúde boa ou muito boa, mesmo ajustando para sexo, raça, estado conjugal, ocupação, classe socioeconômica, cobertura pela Estratégia Saúde da Família, sintomas depressivos, multimorbidade e desempenho nas Atividades Básicas de Vida Diária. CONCLUSÕES: Os idosos do meio rural apresentaram pior autopercepção do estado de saúde que os idosos do meio urbano, mesmo controlando as características sociodemográficas, econômicas, clínicas e de acesso à saúd
Índice de Variabilidade da Dieta relacionadoa melhores condições de saúde em nonagenários e centenários: dados do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo
Justificativa e Objetivos: Dietas saudáveis apresentam como características não somente a quantidade, mas também a variabilidade dos itens alimentares consumidos diariamente. A qualidade da dieta pode, então, ser classificada por meio do Índice de Variabilidade da Dieta (IVD), que pontua através do número de diferentes itens alimentares consumidos diariamente, estratificado em três níveis: baixo, médio e alto. O objetivo do estudo foi relacionar fatores sociodemográficos e clínicos associados com o IVD em nonagenários e centenários. Métodos: O estudo transversal analisou dados de 242 participantes de um projeto de acompanhamento a domicílio vinculado a um Programa de Pós-graduação. Resultados: A capacidade mastigatória e o apetite foram significativamente relacionados com o IVD (p=0,0033 e 0,0368, respectivamente). Conclusão: Participantes com IVD alto e médio parecem apresentar melhores condições de saúde. Optar por uma dieta variada pode ser um fator positivo na qualidade de vida e saúde na longevidade
Diferenças na relação de sintomas cardiorrespiratórios e seu diagnóstico nas dificuldades funcionais de longevos e idosos
Objetivo. Investigar diferenças entre longevos (≥80 anos) e idosos (60-79 anos) quanto à relação entre diagnóstico de doenças cardiorrespiratórias e seus sintomas e a dificuldade para realizar atividades cotidianas. Métodos. Estudo transversal analítico de dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2013. Regressão logística foi utilizada para testar as chances de dificuldade de realizar 12 atividades cotidianas. Variáveis independentes: faixa etária, diagnóstico de cardiopatia, asma e pneumopatia e sintomas cardiorrespiratórios. Resultados. Participaram 11.177 sujeitos, 1.705 com doenças cardiorrespiratórias. As doenças cardiorrespiratórias foram significativamente relacionadas com dificuldades em quase todas as atividades cotidianas. Entre idosos, asma e pneumopatia e em longevos, asma e cardiopatia, não apresentaram relação com dificuldade em atividades cotidianas. Em idosos, cardiopatia se relacionou com dificuldades em sete atividades cotidianas. Em longevos, pneumopatia associou-se apenas à dificuldade no banho. Em idosos e longevos com doenças cardiorrespiratórias, falta de energia se associou a dificuldade de realizar atividades cotidianas. A angina grau 1 foi associada a dificuldade de realizar atividades cotidianas somente em idosos e a angina grau 2, tanto em idosos quanto em longevos. Conclusões. Os sintomas cardiorrespiratórios elevavam mais a chance de relato de dificuldade de realizar atividades cotidianas em idosos e longevos do que o diagnóstico. Longevos demonstraram menores chances para dificuldade de realizar atividades cotidianas na presença do diagnóstico, mas na presença de sintomas mais graves, suas chances apresentavam valores mais altos. Os achados sugerem que na presença de sintomas incapacitantes, principalmente em longevos, o encaminhamento diagnóstico tem considerável chance de levar a descoberta de doenças cardiorrespiratórias
FATORES ASSOCIADOS A MORAR SOZINHO E SUAS DIFERENÇAS REGIONAIS EM IDOSOS RESIDENTES DE PORTO ALEGRE E MANAUS
Objetivos: verificar se características sociodemográficas, estilo de vida e estado da saúde estão associados ao fato de o idoso morar sozinho, analisando amostras populacionais de duas capitais brasileiras de regiões distintas, Porto Alegre e Manaus, e as possíveis diferenças entre seus residentes. Metodologia: fora realizada análise secundária de dados de dois estudos transversais com base populacional – realizados nas cidades citadas, em 2006 – que utilizaram idênticas metodologias e instrumentos de pesquisa. Modelos de regressão logística utilizaram a variável dependente morar sozinho, dicotômica. A amostra total foi de 1547 idosos (com idade igual ou superior a 60 anos) de ambos os sexos: 1078 em Porto Alegre e 469 em Manaus; 291 idosos moravam sozinhos (Manaus 39, Porto Alegre 252). Resultados: fatores significativamente relacionados com a chance maior de morar sozinho foram: ser mulher, ter renda individual de dois ou mais salários mínimos, ter menor número de filhos e receber ajuda para “habitação”. A idade da aposentadoria foi fator preditor significativo somente em idosos de Porto Alegre, enquanto a escolaridade foi significativa somente para Manaus. Estado de saúde, autopercepção de saúde e prevalência de comorbidades não foram fatores significativos para morar sozinho nas duas cidades. Conclusões: fatores socioeconômicos são preditores importantes para o idoso residir sozinho. Contrário ao que se supunha, ter pior estado de saúde não foi importante. Observamos mais idosos morando sozinhos em Porto Alegre, sendo estes influenciados por terem se aposentado com maior idade. Já em Manaus, ser alfabetizado foi um fato significante para morar sozinho
UTILIZAÇÃO DE APARELHOS DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL EM IDOSOS RESIDENTES NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Este estudo teve o objetivo de verificar a associação do uso deaparelho auditivo a sexo, faixa etária, atividades sociais/laborais,de lazer e autopercepção de saúde e audição em idosos. Foramentrevistados 7315 idosos em 59 cidades do Rio Grande do Sul.Os dados foram coletados na pesquisa Perfil dos Idosos do RioGrande do Sul, que foi desenvolvida entre os anos de 2010 e 2011pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS em parceriacom a Escola de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul.Os critérios de inclusão foram ter 60 anos e mais de idade e aceitar participar da pesquisa. Quando o idoso apresentava comprometimento cognitivo e de comunicação, familiares foram entrevistados. O questionário utilizado foi elaborado a partir do Guia Global Cidade Amiga do Idoso (OMS, 2008). A entrevista incluía questões a respeito da autopercepção de audição e saúde geral, do uso de próteses auditivas, da participação em atividades sociais e/ou laborais, de hábitos de lazer (assistir televisão e ouvir rádio) e de dados sociodemográficos. Verificou-se que apenas 3,8% dos idosos utilizavam aparelho auditivo. Houve associação significativa (p<0,001) entre o uso de aparelho auditivo e faixa etária, atividade laboral e/ou social e autopercepção de saúde e de audição
Limitações nas atividades básicas de vida diária e vulnerabilidade social entre participantes do ELSI Brasil
Idosos com critérios desfavoráveis no ponto de vista social e econômico podem estar mais vulneráveis a incapacidades e perda de autonomia. A independência funcional interfere diretamente na saúde da pessoa idosa e pode ser avaliada através das Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD), que são atividades relacionadas ao autocuidado
Evaluación del sabor de las personas mayores y su relación con el estado nutricional y los hábitos alimentarios
Objetivos: avaliar a prevalência de disgeusia (distorção ou diminuição do pala-dar) e a associação com o estado nutricional e as práticas alimentares em um grupo de idosos, assim como identificar os gostos mais afetados e preservados. Métodos: estudo transversal com amostra recrutada no Centro de Lazer para idosos no município de Porto Alegre, RS. Avaliou-se o paladar, através de tiras gustativas ("tastestrips"), e o estado nutricional, através do Índice de Massa Corporal. As práticas alimentares foram investigadas através de questionário. Para análise estatística utilizou-se os testes qui-quadrado e ANOVA, com nível de significância de p <0,05. Resultados: foram avaliados 62 idosos (84% feminino, média de 70±7,6 anos), prevalência de disgeusia foi 19,4% (n=12), detectou-se 58% de sobrepeso (n=36), 40,5% de eutrofia (n=25) e 1,5% de baixo peso (n=1), não sendo encontrada asso-ciação entre alteração de paladar e estado nutricional (p=0,397). Cerca de 55% dos idosos apresentaram consumo elevado de sódio. Não houve diferença na média de pontos para o gosto ácido entre os idosos que temperam a salada com limão ou vinagre e os que não o fazem (p=0,054 e p=0,935, respectivamente). A média de pontos para o gosto salgado não diferiu entre os que preparam as refeições com temperos ricos em sódio e os que não os utilizam (p=0,055). O doce foi o gosto mais preservado, enquanto o ácido mostrou-se mais reduzido. Conclusões: apesar de evidências contrárias, não se identificou impacto das alterações de paladar sobre o estado nutricional e as práticas alimentares. Ainda assim, novos estudos que incluam essas variáveis se fazem necessários.Aims: to assess the prevalence of dysgeusia (reduced taste) and the association with nutritional status and eating practices in a group of elderly people, as well as to identify the most affected and preserved tastes. Methods: cross-sectional study with a sample recruited at Leisure Center for the elderly in the city of Porto Alegre / RS. Taste was assessed using taste strips and nutritional status using the Body Mass Index. Eating practices were investigated through a questionnaire. For statistical analysis, the chi-square and ANOVA tests were used, with a significance level of p <0.05. Results: 62 elderly people (84% female, mean 70±7.6 years) were evaluated, prevalence of dysgeusia was 19.4% (n = 12), 58% overweight (n = 36), 40.5% eutrophy (n = 25) and 1.5% of low weight (n = 1), with no significant association between changes in taste and nutritional status (p = 0.397). Around 55% of the elderly had elevated sodium consumption. There was no significant difference in the mean of points for acid taste between the elderly who season the salad with lemon or vinegar and those who do not (p = 0.054 and p = 0.935, respectively). The average points for salty taste did not differ between those who prepare meals with spices rich in sodium and those who do not use them (p = 0.055). The sweet was the most preserved taste, while the acid was more reduced. Conclusions: despite the contrary evidence, the impact of taste changes on nutritional status and eating practices was not identified. Even so, new studies that include these variables are necessary.Objetivos: evaluar la prevalencia de disgeusia (de-cremento del gusto) y la asociación con el estado nutricional y los hábitos alimentarios en un grupo de personas ancianas, así como identificar los gustos más afectados y conservados. Métodos: estudio transversal con una muestra reclu-tada en el Centro de ocio para personas mayores en la ciudad de Porto Alegre / RS. El sabor se evaluó utilizan-do tiras gustativas y el estado nutricional utilizando el índice de masa corporal. Las prácticas alimentarias se investigaron mediante un cuestionario. Para el análisis estadístico, se utilizaron las pruebas de chi-cuadrado y ANOVA, con un nivel de significancia de p <0.05. Resultados: 62 personas de edad avanzada (84% mujeres, promedio de 70±7.6 años) fueron evaluadas, la prevalencia de disgeusia fue de 19.4% (n = 12), 58% de sobrepeso (n = 36), se detectaron 40.5% de peso normal (n = 25) y 1.5% de bajo peso (n = 1), sin asociación significativa entre los cambios en el sabor y el estado nutricional (p = 0.397). Alrededor del 55% de los ancianos tenían un alto consumo de sodio. No hubo diferencias significativas en la media de los puntos para el sabor ácido entre los ancianos que sazonan la ensalada con limón o vinagre y aquellos que no (p = 0.054 y p = 0.935, respectivamente). Los puntos promedio para el sabor salado no difirieron entre los que preparan comidas con especias ricas en sodio y los que no los usan (p = 0.055). El dulce fue el sabor más conservado, mientras que el ácido se redujo más. Conclusiones: a pesar de la evidencia contraria, no se identificó el impacto de los cambios de sabor en el es-tado nutricional y las prácticas alimentarias. Aun así, son necesarios nuevos estudios que incluyan estas variables
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