22 research outputs found

    Vulnerabilidade das mulheres à violência e danos à saúde na perspectiva dos movimentos sociais rurais

    Get PDF
    Este é um texto reflexivo em que se analisam as situações de vulnerabilidade à violência e danos à saúde na perspectiva de mulheres em cenários rurais. Constata-se que mesmo com a participação nos movimentos sociais rurais e na luta por melhores condições de trabalho, as mulheres apresentam maior vulnerabilidade social no meio rural, expressa pela desigualdade de acesso aos serviços estatais públicos e a desigualdade de acesso ao mercado de trabalho e a posse da terra, que se reflete em desigualdades nas condições de saúde. Observou-se que as mulheres estiveram expostas a diferentes vulnerabilidades e à violência, resultando em assassinatos e em outras situações de comprometimento da saúde as quais refletem as iniquidades de gênero, raça e classe. Evidenciou-se que muito necessita ser modificado para que as hierarquias de gênero sejam reduzidas no Brasil. Nesse sentido, constata-se que tanto no âmbito do Estado, quanto no âmbito da Academia essa é uma temática que ainda precisa ser desenvolvida e contextualizada, objetivando a estruturação de Políticas Públicas.This text analyzes the situations of vulnerability to violence and damage to health from the perspective of women in rural settings. It appears that even with the participation in rural social movements and the struggle for better working conditions, women have greater social vulnerability in rural areas expressed by the inequality of access to state public services, as well as unequal access the labor market and land tenure, which is reflected in inequalities in health. It was observed that women were exposed to different vulnerabilities and to violence resulting in murder and other situations that affect the health and reflect inequalities of gender, race and class. It was evident that much stills needs to be modified so that the hierarchies of gender are reduced in Brazil. In this sense, it appears that both in the state, and in the Academy this is an issue that still needs to be contextualized and developed, aiming at the structuring of public policy

    Economic-financial and patrimonial elder abuse: a documentary study

    Get PDF
    Objective: To analyze economic-financial and patrimonial cases of elder abuse, recorded in the specialized police station for security and protection of the elderly of a capital city in the northeast region of Brazil. Method: A cross-sectional study was carried out with data extracted from police reports and inquiries recorded in the abovementioned police station. Descriptive and inferential statistics were carried out by means of Pearson’s chisquare test or Fisher’s exact test, and multivariate logistic regression. Results: The sample was made up of 555 police reports. The data showed that financial abuse presented a prevalence of 58.9%, and that older elderly people (67.9%), men (70.4%), and single (75.0%) presented a higher percentage of financial abuse compared with other types of violence, often occurring in public places, with 3.1 more chances of occurrence than at the elderly’s home. Regarding aggressors, women (73.5%), without suspicion of alcohol use (66.4%), and non-family members committed more financial abuse, evidencing 2.97 more chances of practicing it. Conclusion: In the period studied, financial abuse increased in its magnitude when compared with other types of violence, a fact that justifies researching the theme in order to prevent it

    A violência doméstica contra a mulher na perspectiva da atenção pré-natal pública

    Get PDF
    Este estudo trata da violência doméstica contra a mulher, no período perinatal, considerando a atenção pré-natal pública. Constatou-se que, durante a gestação a mulher utiliza com maior freqüência os serviços básicos de saúde. Essa presença mais freqüente favorece a identificação de casos de violência. No entanto, estudos relatam baixo percentual de registros desses casos e de encaminhamentos de mulheres, por meio dos serviços de saúde, a Instituições de apoio. Investigou-se como as formas de consumar a violência são reconhecidas pelos profissionais que executam a assistência pré-natal, na atenção básica. Objetivou-se conhecer as concepções e percepções sobre violência doméstica contra a mulher entre profissionais de Saúde que realizaram consultas de pré-natal, no município de Porto Alegre, bem como identificar e analisar as condutas terapêuticas e estratégias utilizadas por esses profissionais na suspeita de casos de violência e na violência declarada, durante as consultas de pré-natal e, finalmente discutir e analisar a problemática dos atendimentos às gestantes, em situação de violência doméstica, realizados na perspectiva dos profissionais e dos registros dos serviços. Trata-se de um estudo qualitativo que utiliza entrevistas semi-estruturadas e pesquisa documental na coleta dos dados. Foram entrevistados profissionais que realizam consultas de pré-natal na área de atuação de 12 serviços de atenção básica, em uma Região do Município de Porto Alegre, totalizando 24 profissionais. A partir da pesquisa documental identificaram-se 20 registros de violência contra a mulher, 10 deles relatados anteriormente ao pré-natal, 07, durante o pré-natal e 03, no pósnatal em um período de um ano. Constatou-se que a violência aparece de forma descontextualizada e a conduta centrou-se nas suas conseqüências sobre a saúde física e psicológica da mulher e dos filhos. A análise das entrevistas estruturou-se em 03 categorias: concepções e percepções da violência doméstica; fatores que interferem nos atendimentos às gestantes em situação de violência doméstica e planejamento da ação terapêutica: estratégias de ação. Foi constatado que a maioria dos profissionais entrevistados não reconhece a violência como um problema de saúde pública e, freqüentemente, não a identifica, evidenciando um olhar “naturalizado”, sustentado na violência de gênero. Assim, muitas vezes não registram como agravo à saúde da gestante, gerando omissões no atendimento, sub-registro e invisibilização desses eventos. Conseqüentemente, a naturalização e a invisibilização nos serviços e registros também inviabilizará a elaboração de estratégias de enfrentamento.This study is about domestic violence against woman over the prenatal period taking the services of state prenatal care into consideration. It evidences that, during pregnancy, the woman utilizes the health basic care services more frequently. Being more frequent, this presence favors the identification of violence events. However, studies report a low percentage of records of such cases and regarding addressing women to support Institutions through health services. This investigation is about how the ways of making violence are recognized by the professionals that perform the pre-natal assistance at the basic health care. The objective is learning the conceptions and perceptions about domestic violence against woman among health professionals that perform prenatal consultations in the city of Porto Alegre as well as identifying and analyzing the therapeutic conducts and strategies utilized by these professionals on both the suspicion of violence events and on the declared violence during prenatal consultations and, finally, discussing and analyzing the problem of attendances to pregnant women undergoing domestic violence performed under the perspective of professionals and of services records. It is about a qualitative study that utilizes semi-structured interviews and documentary research upon the collection of data. Interview was carried out with professionals that perform prenatal consultations in the area comprised by 12 units of basic care service in a section of the Municipality of Porto Alegre totaling 24 professionals. Starting from the documentary research, out of 20 identified records of violence against woman, 10 were reported as having happened before the prenatal, 07 during the prenatal, and 03 in the postnatal, over the period of one year. It has been found out that violence appears out of the context and the conduct was centered on its consequences on the physical and psychological health of the woman and of the children. The analysis of the interviews was structured into 03 categories: conceptions and perceptions of domestic violence; factors that interfere in the attendances to pregnant women undergoing domestic violence; and, planning of the therapeutic action: action strategies. It has been found out that most of the interviewed professionals do not recognize violence as a public health problem and, frequently, they do not identify it, evidencing a “naturalized” glance, supported in the gender violence. Thus, many times they do not record it as being harmful to the health of the pregnant woman, generating omissions in the attendance and in the sub-records, besides turning these events invisible. Therefore, the naturalization and invisibility within the services and records will also make the elaboration of confronting strategies non-feasible.Este estudio trata de la violencia doméstica contra la mujer, en el período prenatal, considerando la atención prenatal pública. Se constata que, durante la gestación, la mujer utiliza con mayor frecuencia los servicios básicos de salud. Esa presencia más frecuente favorece la identificación de casos de violencia. Sin embargo, estudios relatan bajo porcentaje de registros de esos casos y de acciones para encaminar a las mujeres, por medio de los servicios de salud, a Instituciones de apoyo. Se investiga como las formas de consumar la violencia son reconocidas por los profesionales, que ejecutan el cuidado prenatal, en la atención básica. El objetivo es conocer las concepciones y percepciones acerca de la violencia doméstica contra la mujer entre los profesionales de salud, que realizan consultas de prenatal en la municipalidad de Porto Alegre, bien como identificar y analizar las conductas terapéuticas y estrategias utilizadas por esos profesionales en la sospecha de casos de violencia y en la violencia declarada, durante las consultas de prenatal y, finalmente, discutir y analizar la problemática de los atendimientos a las mujeres embarazadas, en situación de violencia doméstica, realizados bajo la perspectiva de los profesionales y de los registros de los servicios. Se trata de un estudio cualitativo que utiliza entrevistas semiestructuradas e investigación documental en la recolección de los datos. Fueron entrevistados los profesionales, que realizan consultas de prenatal en el área de actuación de 12 servicios de atención básica en una Región de la Municipalidad de Porto Alegre, totalizando 24 profesionales. A partir de la investigación documental, se identificaron 20 registros de violencia contra la mujer, 10 de ellos relatados anteriormente al prenatal, 07, durante el prenatal y 03, en el posnatal, en un período de un año. Se constató que la violencia aparece de forma descontextualizada y la conducta se centró en sus consecuencias acerca de la salud física y psicológica de la mujer y de los hijos. El análisis de las entrevistas se estructuró en 03 categorías: concepciones y percepciones de la violencia doméstica; factores que interfieren en los atendimientos a las mujeres embarazadas, en situación de violencia doméstica; y, planeamiento de la acción terapéutica: estrategias de acción. Se observa que la mayoría de los profesionales entrevistados no reconoce la violencia como un problema de salud pública y, a frecuencia, no la identifica, evidenciando un mirar “naturalizado”, sustentado en la violencia de género. Así, muchas veces, no registran como agravo a la salud de la mujer embarazada, generando omisiones en el atendimiento y en el subregistro así como la invisibilidad de esos eventos. A consecuencia, la naturalización y la invisibilidad en los servicios y registros, también, inviabilizarán la elaboración de estrategias de enfrentamiento

    El tema de la violencia en la formación de la enfermería : racionalidades hegemónicas y la enseñanza en la graduación

    No full text
    Neste estudo, aborda-se o ensino da temática da violência na graduação em enfermagem. O objetivo geral da tese consistiu em investigar como a temática da violência é abordada em Cursos de Bacharelado em Enfermagem das Instituições de Ensino Superior, situadas em Porto Alegre, e analisar as racionalidades subjacentes em documentos e práticas. O estudo qualitativo englobou todos os cursos de bacharelado em enfermagem, situados em Porto Alegre, que concluíram turmas, perfazendo quatro cursos. As ferramentas para a geração de dados incluíram pesquisa documental, por meio das diretrizes curriculares nacionais, dos projetos pedagógicos, de matrizes curriculares, de planos de ensino das disciplinas que abordam a violência e de entrevistas com os docentes que abordam a temática da violência na graduação em enfermagem. Os resultados demonstraram a abordagem da violência no currículo formal real, com concentração nas disciplinas voltadas para a saúde da criança, em situações nas quais a violência é discutida a partir da percepção de necessidade do docente e no currículo oculto, por meio da demanda pela vivência de situações de violência nos cenários de prática. Foi possível identificar um distanciamento entre as normativas fundantes da saúde como direito, constantes nas Diretrizes Curriculares Nacionais e que inspiram os Projetos Pedagógicos dos Cursos, e o real na implementação dos Currículos. A execução dos projetos é permeada pela racionalidade biomédica, pelo padrão empírico de conhecimento de enfermagem e com a concepção de saúde, entendida como ausência de doenças, o que, constata-se, não sustenta a complexidade de abordagens multicausais como aquelas necessárias a teorizar e gerar enfrentamentos à violência. Outra constatação é de que as competências e as habilidades, previstas para a formação, são transcritas das Diretrizes Curriculares para os Projetos Pedagógicos dos Cursos, e não se configuram em operacionalização nos Planos de Ensino. Nas ementas das disciplinas, que abordam a violência, ainda persiste o foco na doença, exceção às disciplinas de direitos humanos e às voltadas à saúde da criança, que têm por base políticas públicas. Neste contexto, novos olhares na abordagem da violência acontecem, por meio das atividades de extensão, programas e projetos, e pela inserção do tema nos grupos de pesquisa, nos quais é possível vivenciar a atuação da equipe multidisciplinar, além dos estágios obrigatórios em cenários de prática em diferentes instituições que não se limitam à saúde e que atuam considerando a saúde enquanto direito.This study approaches the theme of teaching of violence within the nursing graduation studies. The general objective of the thesis consisted of an investigation about how the theme of violence is approached in Nursing Graduation Courses of Higher Teaching Institutions located in Porto Alegre as well as of an analysis of rationalities that are subjacent in documents and practices. The qualitative study comprised all of the graduation courses on nursing located in Porto Alegre that completed and formed classes totaling four courses. The tools for the collecting data included research on documents of the national curriculum guidelines, pedagogic projects, curriculum matrices and teaching plans of the disciplines that cover the issue of violence, as well as interviews with teachers who discuss this theme in the nursing graduation. Findings demonstrated the violence approach in the actual formal curriculum with concentration in the disciplines addressing the child´s health and in situations where violence is discussed in the perception of the teacher´s need as well as in the hidden curriculum by means of the demand due to the experience of violence situations in the practice settings. It was possible to identify a gap between the normative ruling foundations of health as a right, presented in the National Curriculum Guidelines that inspire the Pedagogic Projects of the Courses and the actual ones applied in the implementation of the Curricula. The execution of the projects is permeated by the biomedical rationality and the empiric standard of nursing knowledge besides the health conception, understood as absence of diseases, what is perceived as unable to sustain the complexity of multiple and varied approaches like those needed to theorize and to generate confrontations to violence. Another finding evidences that the competences and abilities foreseen for the nursing education are transcribed from the Curriculum Guidelines for the Pedagogic Projects of the Courses but are not outlined for their operation in the Teaching Plans. In the synopses of the disciplines that approach violence still persist the focus on disease with exception of the disciplines on human rights and those addressed to the child´s health that are founded on public policies Within this context, new glances on the violence approach occur by means of extension activities, programs and projects and by inserting the theme in research groups where it is possible to experience the performance of the multidisciplinary team besides the mandatory internship practice scenarios in different institutions that are not limited to health but that develop their activities by considering health as a right.Este estudio aborda el tema de la enseñanza de la violencia dentro de los estudios de graduación de enfermería. El objetivo general de la tesis consistió en investigar como la temática de la violencia es abordada en Cursos de Licenciatura en Enfermería de las Instituciones de Enseñanza Superior, ubicadas en Porto Alegre, y analizar las racionalidades subyacentes en documentos y prácticas. El estudio cualitativo abarcó todos los cursos de graduación en enfermería ubicados en Porto Alegre que concluyeron y formaron grupos, totalizando cuatro cursos. Las herramientas para la generación de datos incluyeron investigación en documentos de las directrices curriculares nacionales y de proyectos pedagógicos, matrices curriculares, planes de enseñanza de las disciplinas que abordan la violencia bien como a través de entrevistas con los docentes que abordan la temática de la violencia en la graduación en enfermería. Los resultados demostraron el abordaje de la violencia en el currículo formal real, con concentración en las disciplinas dedicadas a la salud del niño y en situaciones donde la violencia es discutida desde la percepción de necesidad del docente bien como en el currículo oculto, por medio de la demanda por la vivencia de situaciones de violencia en los escenarios de práctica. Fue posible identificar un distanciamiento entre las normativas fundantes de la salud como derecho, previstas en las Directrices Curriculares Nacionales y que inspiran los Proyectos Pedagógicos de los Cursos, y lo real en la implementación de los Currículos. La ejecución de los proyectos es impregnada por la racionalidad biomédica, por el estándar empírico de conocimiento de enfermería con la concepción de salud, entendida como ausencia de enfermedades, lo que, según se constata, no sustenta la complejidad de abordajes de múltiples causas como aquellas necesarias para teorizar y generar enfrentamientos a la violencia. Otra constatación es que las competencias y habilidades previstas para la formación son transcritas de las Directrices Curriculares para los Proyectos Pedagógicos de los Cursos pero no se las encuentra configuradas en la operación de los Planes de Enseñanza. En las sinopsis de las disciplinas, que abordan la violencia, todavía persiste el foco en la enfermedad, a excepción de las disciplinas de derechos humanos y de aquellas volcadas a la salud del niño, que toman las políticas públicas como base. En este contexto, ocurren nuevas miradas en el abordaje de la violencia por medio de las actividades de extensión, programas y proyectos, así como por la inserción del tema en los grupos de pesquisa, en los cuales es posible experimentar la actuación del equipo multidisciplinario, además de las prácticas obligatorias en escenarios de práctica de diferentes instituciones que no se limitan a la salud pero que actúan considerando la salud como derecho

    A violência doméstica contra a mulher na perspectiva da atenção pré-natal pública

    Get PDF
    Este estudo trata da violência doméstica contra a mulher, no período perinatal, considerando a atenção pré-natal pública. Constatou-se que, durante a gestação a mulher utiliza com maior freqüência os serviços básicos de saúde. Essa presença mais freqüente favorece a identificação de casos de violência. No entanto, estudos relatam baixo percentual de registros desses casos e de encaminhamentos de mulheres, por meio dos serviços de saúde, a Instituições de apoio. Investigou-se como as formas de consumar a violência são reconhecidas pelos profissionais que executam a assistência pré-natal, na atenção básica. Objetivou-se conhecer as concepções e percepções sobre violência doméstica contra a mulher entre profissionais de Saúde que realizaram consultas de pré-natal, no município de Porto Alegre, bem como identificar e analisar as condutas terapêuticas e estratégias utilizadas por esses profissionais na suspeita de casos de violência e na violência declarada, durante as consultas de pré-natal e, finalmente discutir e analisar a problemática dos atendimentos às gestantes, em situação de violência doméstica, realizados na perspectiva dos profissionais e dos registros dos serviços. Trata-se de um estudo qualitativo que utiliza entrevistas semi-estruturadas e pesquisa documental na coleta dos dados. Foram entrevistados profissionais que realizam consultas de pré-natal na área de atuação de 12 serviços de atenção básica, em uma Região do Município de Porto Alegre, totalizando 24 profissionais. A partir da pesquisa documental identificaram-se 20 registros de violência contra a mulher, 10 deles relatados anteriormente ao pré-natal, 07, durante o pré-natal e 03, no pósnatal em um período de um ano. Constatou-se que a violência aparece de forma descontextualizada e a conduta centrou-se nas suas conseqüências sobre a saúde física e psicológica da mulher e dos filhos. A análise das entrevistas estruturou-se em 03 categorias: concepções e percepções da violência doméstica; fatores que interferem nos atendimentos às gestantes em situação de violência doméstica e planejamento da ação terapêutica: estratégias de ação. Foi constatado que a maioria dos profissionais entrevistados não reconhece a violência como um problema de saúde pública e, freqüentemente, não a identifica, evidenciando um olhar “naturalizado”, sustentado na violência de gênero. Assim, muitas vezes não registram como agravo à saúde da gestante, gerando omissões no atendimento, sub-registro e invisibilização desses eventos. Conseqüentemente, a naturalização e a invisibilização nos serviços e registros também inviabilizará a elaboração de estratégias de enfrentamento.This study is about domestic violence against woman over the prenatal period taking the services of state prenatal care into consideration. It evidences that, during pregnancy, the woman utilizes the health basic care services more frequently. Being more frequent, this presence favors the identification of violence events. However, studies report a low percentage of records of such cases and regarding addressing women to support Institutions through health services. This investigation is about how the ways of making violence are recognized by the professionals that perform the pre-natal assistance at the basic health care. The objective is learning the conceptions and perceptions about domestic violence against woman among health professionals that perform prenatal consultations in the city of Porto Alegre as well as identifying and analyzing the therapeutic conducts and strategies utilized by these professionals on both the suspicion of violence events and on the declared violence during prenatal consultations and, finally, discussing and analyzing the problem of attendances to pregnant women undergoing domestic violence performed under the perspective of professionals and of services records. It is about a qualitative study that utilizes semi-structured interviews and documentary research upon the collection of data. Interview was carried out with professionals that perform prenatal consultations in the area comprised by 12 units of basic care service in a section of the Municipality of Porto Alegre totaling 24 professionals. Starting from the documentary research, out of 20 identified records of violence against woman, 10 were reported as having happened before the prenatal, 07 during the prenatal, and 03 in the postnatal, over the period of one year. It has been found out that violence appears out of the context and the conduct was centered on its consequences on the physical and psychological health of the woman and of the children. The analysis of the interviews was structured into 03 categories: conceptions and perceptions of domestic violence; factors that interfere in the attendances to pregnant women undergoing domestic violence; and, planning of the therapeutic action: action strategies. It has been found out that most of the interviewed professionals do not recognize violence as a public health problem and, frequently, they do not identify it, evidencing a “naturalized” glance, supported in the gender violence. Thus, many times they do not record it as being harmful to the health of the pregnant woman, generating omissions in the attendance and in the sub-records, besides turning these events invisible. Therefore, the naturalization and invisibility within the services and records will also make the elaboration of confronting strategies non-feasible.Este estudio trata de la violencia doméstica contra la mujer, en el período prenatal, considerando la atención prenatal pública. Se constata que, durante la gestación, la mujer utiliza con mayor frecuencia los servicios básicos de salud. Esa presencia más frecuente favorece la identificación de casos de violencia. Sin embargo, estudios relatan bajo porcentaje de registros de esos casos y de acciones para encaminar a las mujeres, por medio de los servicios de salud, a Instituciones de apoyo. Se investiga como las formas de consumar la violencia son reconocidas por los profesionales, que ejecutan el cuidado prenatal, en la atención básica. El objetivo es conocer las concepciones y percepciones acerca de la violencia doméstica contra la mujer entre los profesionales de salud, que realizan consultas de prenatal en la municipalidad de Porto Alegre, bien como identificar y analizar las conductas terapéuticas y estrategias utilizadas por esos profesionales en la sospecha de casos de violencia y en la violencia declarada, durante las consultas de prenatal y, finalmente, discutir y analizar la problemática de los atendimientos a las mujeres embarazadas, en situación de violencia doméstica, realizados bajo la perspectiva de los profesionales y de los registros de los servicios. Se trata de un estudio cualitativo que utiliza entrevistas semiestructuradas e investigación documental en la recolección de los datos. Fueron entrevistados los profesionales, que realizan consultas de prenatal en el área de actuación de 12 servicios de atención básica en una Región de la Municipalidad de Porto Alegre, totalizando 24 profesionales. A partir de la investigación documental, se identificaron 20 registros de violencia contra la mujer, 10 de ellos relatados anteriormente al prenatal, 07, durante el prenatal y 03, en el posnatal, en un período de un año. Se constató que la violencia aparece de forma descontextualizada y la conducta se centró en sus consecuencias acerca de la salud física y psicológica de la mujer y de los hijos. El análisis de las entrevistas se estructuró en 03 categorías: concepciones y percepciones de la violencia doméstica; factores que interfieren en los atendimientos a las mujeres embarazadas, en situación de violencia doméstica; y, planeamiento de la acción terapéutica: estrategias de acción. Se observa que la mayoría de los profesionales entrevistados no reconoce la violencia como un problema de salud pública y, a frecuencia, no la identifica, evidenciando un mirar “naturalizado”, sustentado en la violencia de género. Así, muchas veces, no registran como agravo a la salud de la mujer embarazada, generando omisiones en el atendimiento y en el subregistro así como la invisibilidad de esos eventos. A consecuencia, la naturalización y la invisibilidad en los servicios y registros, también, inviabilizarán la elaboración de estrategias de enfrentamiento
    corecore