406 research outputs found

    Crises capitalistas e conjuntura de contrarreformas: qual o lugar do ensino médio?

    Get PDF
    Este trabalho discute a chamada reforma do Ensino Médio na atual conjuntura histórica de execução de contrarreformas como mecanismo de adiamento ou reversão das crises capitalistas. Para atingir tal intento, o aporte teórico da análise foi a “Lei Geral da Acumulação Capitalista”, desenvolvida por Karl Marx, acerca dos fundamentos das crises do modo de produção capitalista. A análise foi contextualizada para o Brasil contemporâneo em que tem se implementado uma série de medidas estruturais sob o discurso de reinserir competitivamente a economia brasileira no cenário global. Um dos componentes para essa recomposição capitalista ser bem-sucedida é a formação da força de trabalho de nível médio. A conclusão é que os sentidos para o Ensino Médio defendidos pelas frações burguesas e seus intelectuais orgânicos apontam para a formação de um trabalhador flexível, com base em competências e dotado de subjetividade conformada à intensificação da precarização do trabalho e do desemprego estrutural

    Getúlio Vargas: um estudo comparativo entre a revista ilustrada “Careta” e a imprensa comunista (1945-1954)

    Get PDF
    Utilizando como fontes a revista “Careta” e os periódicos da imprensa comunista, buscar-se-á fazer um estudo comparativo de como essas publicações desenharam a figura de Getúlio Vargas no período de 1945-54. Traços, conceitos de caricatura e charge, abordagens, público-alvo, busca do riso, da ironia e da denúncia serão abordados neste texto. Palavras-chave: Getúlio Vargas; “Careta”; Imprensa Comunista; Caricatura; Charge

    Tempo integral: mais uma solução para o ensino médio?

    Get PDF
    Este artigo analisa, sob base teórico-documental, a instituição do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral pelo governo federal. O principal objetivo foi discutir as implicações previstas e a concepção formativa presente no programa que pretende estender a escola em tempo integral para essa etapa da escolarização. Para realizar tal intento, primeiramente foram apresentadas considerações sobre a recente trajetória histórica das políticas educacionais que envolveram o ensino médio brasileiro, a partir da primeira década do século XXI; a seguir, foi tratado como a ampliação da jornada escolar tem sido idealizada para o ensino médio desde o governo Temer; e, por fim, a discussão do programa Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, através da análise do seu documento constitutivo. Concluiu-se que o programa em questão está apoiado em concepção formativa pragmática, baseado na ênfase em resultados mensurados por avaliações externas, e que o alcance irrisório do programa sequer permite maior relevância no território nacional

    Educação, segurança pública e governabilidade: A comunidade como protagonista social

    Get PDF
    A demanda pela atuação do poder público nas favelas e no seu entorno não é recente. Diante do desafio deconsolidar uma política de intervenção nessas localidades, o trabalho se propõe a apontar como as políticaseducacionais e de segurança pública têm sido operadas para garantir a governabilidade. Nesse sentido, estetexto indica que a comunidade vem se tornando protagonista social na formulação e implantação dessaspolíticas específicas. Portanto, a análise se ocupará da construção do ideário da comunidade como sujeitopolítico e como ela assume um papel relevante diante do tempo histórico marcado pela ascensão à Presidênciada República pelo Partido dos Trabalhadores

    Imagens dos mortos da Guerra do Chaco / 1932-1935 / nas construções memoriais em cemitérios bolivianos

    Get PDF
    Este estudo enfoca as imagens fotográficas, signos e narrativas encontradas em sepulturas e mausoléus de cemitérios da Bolívia com referências à Guerra do Chaco, ocorrida entre esse país e o Paraguai, entre 1932 e 1935. A fotografia é vista como mais um componente na construção da memória familiar e coletiva, pois acompanha outros elementos que formam a sepultura, e, somados, criam uma mensagem sobre o falecido

    CIDADE MARAVILHOSA... PARA O CAPITAL: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO E OS MEGAEVENTOS ESPORTIVOS NO RIO DE JANEIRO

    Get PDF
    A cidade do Rio de Janeiro está sob as luzes dos holofotes, por conta da realização dos megaeventos esportivos. Essa condição tem justificado que o poder público invista numa grande reestruturação do espaço urbano, de modo a ressaltar virtudes a serem utilizadas como peça publicitária, a fim de tornar a cidade uma mercadoria atrativa para ser vendida para os altos empreendimentos do capital. O processo em vigência tem se materializado na entrega de bens públicos para apropriação de empresas privadas pelo Estado, que tem atuado no sentido de exercer um estrito controle social nas ruas para afastar os sujeitos indesejados, remoção de comunidades em terrenos valiosos para a especulação imobiliária, promulgação de leis que asseguram a proteção ao capital e financiando a construção dos equipamentos esportivos, fazendo dos megaeventos esportivos um negócio com alta rentabilidade e tornando o Rio de Janeiro uma “cidade de exceção”

    Interaction between affordance and handedness recognition: a chronometric study

    Get PDF
    The visualization of tools and manipulable objects activates motor-related areas in the cortex, facilitating possible actions toward them. This pattern of activity may underlie the phenomenon of object affordance. Some cortical motor neurons are also covertly activated during the recognition of body parts such as hands. One hypothesis is that different subpopulations of motor neurons in the frontal cortex are activated in each motor program; for example, canonical neurons in the premotor cortex are responsible for the affordance of visual objects, while mirror neurons support motor imagery triggered during handedness recognition. However, the question remains whether these subpopulations work independently. This hypothesis can be tested with a manual reaction time (MRT) task with a priming paradigm to evaluate whether the view of a manipulable object interferes with the motor imagery of the subject's hand. The MRT provides a measure of the course of information processing in the brain and allows indirect evaluation of cognitive processes. Our results suggest that canonical and mirror neurons work together to create a motor plan involving hand movements to facilitate successful object manipulation

    Disruptive coloration and habitat use by seahorses

    Get PDF
    Evitar a predação é um dos principais fatores que influenciam a sobrevivência. Portanto, qualquer traço que afete o risco de predação, como a camuflagem, deverá estar sob forte pressão de seleção. Confundir-se com a cor do fundo (homocromia) limita o uso do habitat, especialmente se ele é heterogêneo. Outro mecanismo de camuflagem é a coloração disruptiva, que reduz a probabilidade de detecção mascarando o contorno do corpo da presa. Aqui nós avaliamos se a coloração disruptiva no cavalo-marinho de focinho comprido, Hippocampus reidi, permite diversificar o uso do habitat. Analisamos 82 fotografias de animais, comparando a cor do animal à do fundo, e registrando o substrato de apoio (holdfast). Nós testamos se a presença (coloração disruptiva) ou ausência de bandas (coloração lisa) predizia a ocupação de substratos de cores diferentes. Nós também calculamos a conectância entre o morfo do cavalo-marinho e a cor do fundo ou o substrato de apoio, bem como se o morfo diferiu em suas preferências por substratos de apoio. Animais com coloração disruptiva eram mais encontrados em ambientes com cores diferentes de sua própria cor. Além disso, os animais com coloração disruptiva ocupavam habitats mais diversificados, mas tantos substratos de apoio quanto animais lisos. Portanto, animais com cores disruptivas eram menos seletivos do que animais lisos quanto ao habitat que utilizavam, o que concorda com a hipótese da coloração disruptiva.Predation avoidance is a primary factor influencing survival. Therefore, any trait that affects the risk of predation, such as camouflage, is expected to be under selection pressure. Background matching (homochromy) limits habitat use, especially if the habitat is heterogeneous. Another camouflage mechanism is disruptive coloration, which reduces the probability of detection by masking the prey’s body contours. Here we evaluated if disruptive coloration in the longsnout seahorse, Hippocampus reidi, allows habitat use diversification. We analyzed 82 photographs of animals, comparing animal and background color, and registering anchorage substrate (holdfast). We tested whether the presence (disruptive coloration) or absence of bands (plain coloration) predicted occupation of backgrounds of different colors. We also calculated the connectance between seahorse morph and background color or holdfast, as well as whether color morph differed in their preferences for holdfast. Animals with disruptive coloration were more likely to be found in environments with colors different from their own. Furthermore, animals with disruptive coloration occupied more diversified habitats, but as many holdfasts as plain colored animals. Therefore, animals with disruptive coloration were less selective in habitat use than those lacking disruptive color patterns, which agrees with the disruptive coloration hypothesis

    Color vision models : some simulations, a general n-dimensional model, and the colourvision R package

    Get PDF
    The development of color vision models has allowed the appraisal of color vision independent of the human experience. These models are now widely used in ecology and evolution studies. However, in common scenarios of color measurement, color vision models may generate spurious results. Here I present a guide to color vision modeling (Chittka (1992, Journal of Comparative Physiology A, 170, 545) color hexagon, Endler & Mielke (2005, Journal Of The Linnean Society, 86, 405) model, and the linear and log-linear receptor noise limited models (Vorobyev & Osorio 1998, Proceedings of the Royal Society B, 265, 351; Vorobyev et al. 1998, Journal of Comparative Physiology A, 183, 621)) using a series of simulations, present a unified framework that extends and generalize current models, and provide an R package to facilitate the use of color vision models. When the specific requirements of each model are met, between-model results are qualitatively and quantitatively similar. However, under many common scenarios of color measurements, models may generate spurious values. For instance, models that log-transform data and use relative photoreceptor outputs are prone to generate spurious outputs when the stimulus photon catch is smaller than the background photon catch; and models may generate unrealistic predictions when the background is chromatic (e.g. leaf reflectance) and the stimulus is an achromatic low reflectance spectrum. Nonetheless, despite differences, all three models are founded on a similar set of assumptions. Based on that, I provide a new formulation that accommodates and extends models to any number of photoreceptor types, offers flexibility to build user-defined models, and allows users to easily adjust chromaticity diagram sizes to account for changes when using different number of photoreceptors
    corecore