82 research outputs found

    The production of school numbers (1871-1931): contributions to a critical approach to statistical sources in History of Education

    Get PDF
    O presente artigo pretende contribuir para a reflexão acerca das estatísticas educacionais como fonte para as pesquisas em História da Educação. Buscou-se aqui, principalmente, desvelar a maneira pela qual foram produzidas, no âmbito central, as estatísticas educacionais referentes ao período de 1871 a 1931. Foram analisados relatórios oficiais - da Diretoria Geral de Estatística - e repertórios estatísticos editados por aquela repartição, onde se buscou localizar as recomendações e definições para a realização dos trabalhos. Pretendeu-se, problematizando as fontes documentais de estatística educacional e suas interpretações mais comuns, diminuir o desconhecimento sobre a origem de números escolares, que, eventualmente, são utilizados em pesquisas atuais sem o conveniente exame crítico.Abstract This article intends to contribute to the reflection on the Educational Statistics as being source for the researches on History of Education. The main concern was to reveal the way Educational Statistics related to the period from 1871 to 1931 were produced, in central government. Official reports - from the General Statistics Directory - and Statistics yearbooks released by that department were analyzed and, on this analysis, recommendations and definitions to perform the works were sought. By rending problematic to the documental issues on Educational Statistics and their usual interpretations, the intention was to reduce the ignorance about the origin of the school numbers, which are occasionally used in current researches without the convenient critical exam

    School grade repetition in Brazil : history of the configuration of a political and educational problem

    Get PDF
    This article intends to argue that the movement of students through the Brazilian mandatory school only acquires signs of an educational political problem from the 1930’s on. It indicates that the current sense of the notion of student failure came to be defined only in the twentieth century, although it was possible to fail students since before. It intends to show further that, in articulation with political and cultural changes in education – such as the emergence of compulsory school, the definition of grade-based model of school, and the primacy of homogeneity of classes – the emergence of better and systematic statistics after 1931 contributed decisively in defining the conditions for the possibility of inclusion of student failure as a problem on the political agenda

    Educational field and statistical field : different appropriations of numbers in education

    Get PDF
    O presente artigo analisa os discursos sobre as estatísticas educacionais em publicações que circularam nas décadas de 1930 e 1940. As fontes aqui mobilizadas foram elaboradas no Serviço de Estatística de Educação e Saúde, sob coordenação de Teixeira de Freitas, e no Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, organizadas por Lourenço Filho. O foco deste artigo está na percepção da existência de diferentes apropriações das estatísticas escolares. O que se destaca é que os elementos evocados, os aspectos enfatizados e as interpretações feitas têm considerável vinculação com o que está em jogo nos campos em que cada autor se atrelava originalmente – como se pretende evidenciar pela análise empreendida.The present article analyses the speeches on educational statistics released in publications which circulated in the decades of 1930 and 1940. The sources used hereby were produced in the Serviço de Estatística de Educação e Saúde, under the coordination of Teixeira de Freitas, and in the Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, organized by Lourenço Filho. The focus of this article is on perception of the existence of different appropriations for the educational statistical numbers. There is a considarable link between the aspects that are chosen to be mentioned in each case and the issues that are on the scene in the fields in which each author is initially attached to – as we intend to highlight by the analysis undertaken

    Vestígios de um percurso pessoal rumo ao “como ler”: indicações e interdições

    Get PDF
    ¿Qué nos hace leer un libro? ¿Quién indica las lecturas que importan? Y, después de cada nueva lectura, ¿qué se nos ocurre pensar sobre las referencias previas? Además, ¿qué recomendaciones sobre las incursiones intelectuales que no convienen recibimos a lo largo de nuestra formación? Tales cuestiones orientaron este escrutinio autobiográfico de mi itinerario personal de formación como profesora e investigadora. Localizando vestigios de memoria acerca de indicaciones e interdicciones, no sólo sobre qué autores leer, sino también sobre los modos adecuados de realizar las lecturas y hacer las citas busqué identificar cómo se estableció, a lo largo de poco más de dos décadas, el conjunto de autores con los que he “caminado” en las rutas de investigación académica. A partir de la noción de campo, como propuesta por Pierre Bourdieu, reflexioné sobre cómo libros, lecturas, profesores y autores actuaron en las tomas de posición a lo largo de mi trayectoria. Itinerario evidentemente singular que, sin embargo, permite pensar sobre los modos en que, en los procesos de formación de nuevos investigadores, favorecemos (o no) las inserciones a los recién llegados y la posibilidad de producción de nuevos saberes. Tal reflexión apunta también a la necesidad de descolonización del pensamiento.What makes us read a book? Who indicates the readings that matter? And after each new reading, what do we think about the previous references? Besides, what recommendations about intellectual incursions that do not suit us we receive throughout our intellectual training? Such questions guided this autobiographical scrutiny of my personal training career as a teacher and researcher. Locating traces of memory about indications and interdictions, not only about which authors to read, but also the appropriate ways of performing the readings and making the quotations I sought to identify how it was established, over a little more than two decades, the set of authors with I have been “walking” on academic research routes. From the notion of field, as proposed by Pierre Bourdieu, I reflected on how books, readings, teachers and authors acted in the positions taken throughout my career. Obviously, a unique path that, however, allows us to think about the ways in which, in the processes of training new researchers, we favour (or not) the insertions to new arrivals and the possibility of producing new knowledge. Such reflection also points to the need for decolonization of thought.O que nos faz ler um livro? Quem indica as leituras que importam? E, depois de cada nova leitura, o que nos ocorre pensar sobre as referências prévias? Além disso, que recomendações sobre as incursões intelectuais que não convêm recebemos ao longo de nossa formação? Tais questões orientaram este escrutínio autobiográfico de meu percurso pessoal de formação como professora e pesquisadora. Localizando vestígios de memória acerca de indicações e interdições, não apenas sobre quais autores ler, mas, também, sobre os modos adequados de realizar as leituras e fazer as citações busquei identificar como se estabeleceu, ao longo de pouco mais de duas décadas, o conjunto de autores com os quais tenho “caminhado” nas rotas de investigação acadêmica. A partir da noção de campo, como proposta por Pierre Bourdieu, refleti sobre como livros, leituras, professores e autores atuaram nas tomadas de posição ao longo de minha trajetória. Percurso evidentemente singular que, no entanto, permite pensar sobre os modos pelos quais, nos processos de formação de novos pesquisadores, favorecemos (ou não) as inserções aos recém-chegados e a possibilidade de produção de novos saberes. Tal reflexão aponta também para a necessidade de descolonização do pensamento.  &nbsp

    Escola Isolada e Grupo Escolar: a variação das categorias estatísticas no discurso oficial do governo brasileiro e de Minas Gerais

    Get PDF
    A partir da análise das mudanças e permanências nas categorias presentes nos levantamentos estatísticos produzidos sobre o ensino no Brasil do final do século XIX a meados do século XX buscou-se explicitar as variações presentes nos termos relativos à escola. Argumenta-se que vocábulos utilizados em determinados contextos podem ser defendidas ou desqualificadas no discurso oficial, tendo seus significados envolvidos em disputas simbólicas em torno de representações do ensino. Em sintonia com outros recortes sociais como o rural, o urbano e o número da população vão se estabelecendo classificações estatísticas e burocráticas cujos impactos no funcionamento das instituições de ensino e na vida dos sujeitos nelas envolvidos são bem objetivos. Procedeu-se a uma análise histórica a partir de documentos da esfera central, redimensionando a análise também para o caso das estatísticas de ensino de Minas Gerais produzidas entre o final do século XIX e início do século XX. Com isso observamos que a produção de categorias sobre a escola envolve embates e prescrições que precisam ser interpretadas quando da análise das estatísticas oficiais

    Editorial

    Get PDF

    A expansão e a eficiência da escola rural em São Paulo: atuação e posicionamentos de Almeida Jr. a partir de estatísticas oficiais

    Get PDF
    <p>O objetivo deste estudo é analisar os discursos produzidos por Almeida Jr. sobre o ensino rural, entre as décadas de 1930 e 1940, e as formas sob as quais ele utilizou dados estatísticos para sustentar as suas opiniões e a sua atuação como administrador do ensino paulista. O estudo dessas questões pretende colaborar na ampliação do entendimento acerca das propostas para o ensino rural, tema bastante debatido nesse período. Por meio da análise de publicações oficiais paulistas e de artigos da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, verificou-se que Almeida Jr., médico e educador ligado ao grupo dos chamados renovadores do ensino, defendia propostas voltadas para a qualidade do ensino e para a organização de uma escola básica comum, ainda que adaptada ao meio rural.</p&gt

    Giorgio Mortara, statisticien des deux mondes

    Get PDF
    Ce court texte trace un portrait de Giorgio Mortara (1885-1967), éminent statisticien italien qui dut quitter son pays en 1939 en raison des lois raciales adoptées par le fascisme et poursuivit sa carrière au Brésil pendant plus de deux décennies. Figure de proue de la statistique économique italienne durant les années 1920 et 1930, Mortara joua également un rôle de premier plan dans le développement des études démographiques au Brésil durant les années 1940 et 1950. Cette vie «statistique» menée en deux temps et dans deux contextes distincts offre un exemple remarquable de la figure de l’«intellectuel technicien», caractéristique du 20e siècle
    corecore