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    DIAGNÓSTICO DE SAÚDE EM ENFERMAGEM COMUNITÁRIA: CRIANÇAS DO 1.º CICLO COM EXCESSO DE PESO OU OBESIDADE

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    A Obesidade Infantil é considerada uma doença pediátrica, que apresenta uma enorme prevalência no Mundo e na Europa, seguindo Portugal a mesma tendência. É primordial diagnosticar e intervir precocemente pois a obesidade infantil é preditiva de obesidade na idade adulta, e das comorbilidades que daí possam advir. Torna-se essencial modificar comportamentos e hábitos de vida das crianças, responsabilizando e capacitando precocemente os pais, alertando que estamos perante um grave problema de saúde pública. Objetivos: Avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC) das crianças que frequentam o 1º ciclo do ensino básico, inscritas na unidade de saúde. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, observacional e transversal com a recolha de dados das crianças em seguimento no Programa de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil numa Unidade de Saúde. O período de recolha de dados foi de março de 2022 a junho de 2022. Posteriormente, foram analisadas as variáveis da idade, sexo, peso, estatura e IMC. Foram incluídas no estudo um total de 252 crianças, sendo 130 (52,6%) do sexo masculino e 133 (48,4%) do sexo feminino. Após a recolha e análise dos dados, verificou-se que a maioria, ou seja, 174 (69%) crianças apresentavam um peso normal. Destacou-se ainda que 9 (3,6%) crianças apresentavam baixo-peso e 69 (27,4%) crianças apresentavam excesso de peso. Destas, 45 (17,9%) crianças apresentaram pré-obesidade e 24 (9,5%) eram obesas. Não se verificou diferença significativa no variável sexo. Conclusões: A prevalência de crianças, nesta amostra, com excesso de peso foi elevada. A promoção da saúde sobre a temática deverá ser iniciada o mais precocemente possível, em que a capacitação da criança e da família é fundamental, de forma a permitir-lhes fazer escolhas saudáveis ao longo da vida. Com o presente estudo verificou-se a necessidade de elaborar, na unidade de saúde, um projeto de intervenção de enfermagem comunitária para as crianças com excesso de peso ou em situação de obesidade, e para as suas famílias. Perspetiva-se, a longo prazo, promover, através da estratégia da educação para a saúde, uma mudança nos hábitos alimentares das crianças e suas famílias e melhorar a sua qualidade de vidainfo:eu-repo/semantics/draf

    Projeto de Intervenção Comunitária “Doenças silenciosas”: Idosos com diabetes

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    Nos últimos anos tem-se verificado um aumento significativo internacional na incidência e prevalência das doenças crónicas a nível mundial. Dentro dessas doenças destacam-se a diabetes, sendo das doenças que mais preocupação gera aos profissionais de saúde, devido à complexidade da gestão do regime terapêutico desta patologia. Perante esse desafio, acrescido à vulnerabilidade no idoso, foi implementado um Projeto de Intervenção Comunitária dirigido aos idosos com diabetes mellitus e com capacidades cognitivas, inscritos numa unidade de saúde. Objetivo: Pretende-se, com este trabalho, analisar a implementação do Projeto: “Doenças silenciosas”, o qual tem como objetivo aumentar os conhecimentos dos idosos com diabetes mellitus face à gestão do regime terapêutico. Metodologia: O Projeto foi desenvolvido durante seis meses. Foram realizadas duas sessões de Educação para a Saúde, enquanto estratégia de Promoção da Saúde, as quais assentaram em cinco pilares: alimentação, medicação, atividade física, família e consultas de vigilância. Cada sessão teve a duração média de 60 minutos e foi replicada oito vezes, de forma a evitar que os grupos fossem muitos grandes, visando facilitar a compreensão da informação. Resultados: Registou-se a presença de um total de 92 idosos com diabetes mellitus (74,2% dos idosos com diabetes mellitus inscritos na unidade de saúde), com idades compreendidas entre os 65 e 76 anos, e 27 familiares nas sessões desenvolvidas. Foi aplicada uma ficha de avaliação escrita de conhecimentos antes e depois das sessões. Os resultados de respostas corretas avaliadas dos idosos com diabetes foram, respetivamente, antes e depois das sessões, 46% e 97% e dos familiares foram 51% e 98%. Estes resultados apontam um aumento de conhecimentos, demonstrando o impacto positivo do Projeto. O grau de satisfação dos idosos com diabetes mellitus que frequentaram o Projeto foi 100% muito satisfeitos. Indicaram que o mesmo foi muito importante para a sua saúde. Conclusões: O Projeto de Intervenção Comunitária desenvolvido comprovou que o programa de Educação para a Saúde resultou em mais conhecimentos nos idosos com diabetes mellitus, e nos seus familiares, face à gestão do regime terapêutico. Perspetiva-se a continuação do Projeto de forma a avaliar, posteriormente, se o mesmo influenciou positivamente os comportamentos das pessoas idosas visando ganhos em saúde. Referências Bibliográficas • Dias, S. M. S. (2020). Promoção da literacia em saúde para facilitar o autocuidado da pessoa idosa com Diabetes Mellitus tipo 2. [Tese de Mestrado, Universidade de Lisboa/Escola Superior de Enfermagem de Lisboa]. http://hdl.handle.net/10400.26/37356 • Melo, P. (2020). Enfermagem de saúde comunitária e de saúde pública. Lidel-Edições Técnicas. • Raposo, J. F. (2020). Diabetes: Factos e Números 2016, 2017 e 2018. Revista Portuguesa de Diabetes, 15(1), 19–27. • Santos, A. R. P. D. (2019). Intervenções de Enfermagem no autocuidado da pessoa idosa com diabetes mellitus tipo II. [Tese de Mestrado, Universidade de Lisboa/Escola Superior de Enfermagem de Lisboa]. Repositório Comum. http://hdl.handle.net/10400.26/32051info:eu-repo/semantics/draf

    PROJETO DE INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA NA PREVENÇÃO DE LOMBALGIAS: UM CONTRIBUTO PARA A INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM DO TRABALHO

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    Introdução Nos últimos anos tem-se verificado um aumento significativo na incidência e prevalência das lombalgias a nível mundial, sendo considerado um problema de saúde pública. As lombalgias nos enfermeiros são das doenças que mais preocupação geram aos enfermeiros do trabalho, devido à complexidade do impacto desta patologia na qualidade de vida dos enfermeiros e no absentismo destes profissionais. Foi implementado um Projeto de Intervenção Comunitária, numa unidade de saúde, no sentido de prevenir situações futuras de lombalgias nos enfermeiros. Objetivos Pretende-se: analisar a prevalência de lombalgias nos últimos 12 meses na equipa de enfermagem de uma unidade; e avaliar a implementação do Projeto de Intervenção Comunitária “Prevenir para melhor cuidar”, na prevenção de lombalgias nessa equipa de enfermagem. Metodologia O enfermeiro comunitário desenvolveu o projeto durante quatro meses. Foi aplicado um questionário, realizado pelo enfermeiro, para caracterização sociodemográfica dos enfermeiros da unidade e verificação da prevalência de lombalgias nos últimos 12 meses. Realizada sessão de Educação para a Saúde, enquanto estratégia de Promoção da Saúde, que incluiu as causas, fatores de risco e prevenção de lombalgias. A sessão foi replicada sete vezes perspetivando abranger todos os enfermeiros. Os participantes preencheram, depois da sessão, um questionário de avaliação do projeto. Resultados e Discussão Participaram no projeto todos os enfermeiros da unidade ̶ 37 enfermeiros, 21 (56,8%) do sexo feminino e 16 (43,2%) do sexo masculino ¬̶ , com idades compreendidas entre os 22 e 47 anos. 18 (48,7%) enfermeiros sofreram de lombalgias nos últimos 12 meses, associada a algumas variáveis sociodemográficas (sexo e idade), profissionais (tempo de profissão) e organizacionais (ausência de equipamentos e carga de trabalho). Após a sessão, os enfermeiros comprometeram-se a adotar as medidas preventivas de lombalgias. Todos responderam que a temática do Projeto foi pertinente. A sua opinião global foi 100% muito satisfeitos, demonstrando o impacto positivo do Projeto. Conclusões Conclui-se, neste estudo, que as lombalgias assumem especial relevância na profissão de enfermagem. Recomenda-se a continuação do programa educacional e a implementação de medidas de melhoria das condições de trabalho, visando evitar a evolução desfavorável das lombalgias e prevenir o aparecimento de novos casos. Serão importantes estudos futuros sobre a temática, de forma a verificar os ganhos em saúde, a longo prazo, nos enfermeiros da unidade. O projeto contribuiu para que atualmente haja um enfermeiro do trabalho na unidade. Palavras-Chave: enfermagem de saúde comunitária; enfermagem do trabalho; lombalgias; planeamento em saúde. Keywords: community health nursing; work nursing; backache; health planning Referências Bibliográficas • Cargnin ZA, Schneider DG, S. I. (2020). Prevalência e fatores associados à lombalgia inespecífica em trabalhadores de enfermagem. Texto Contexto Enferm, 3(2), 1806 1810-1810. • Ribeiro, C. R., Meneguci, J., & Garcia-Meneguci, C. A. (2019). Prevalência de lombalgia e fatores associados em profissionais de enfermagem. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde No Contexto Social, 7(2), 158. https://doi.org/10.18554/refacs.v7i2.3518 • Silva, L. L. da, Neta, A. A. P., Prates, C. F., Soares, J. S., Araújo, T. A., Costa, A. M. A., Cardoso, T. V., & Moura, R. C. (2021). Análise Da Prevalência De Dor Lombar Associada À Atividades Ocupacionais: Uma Revisão Integrativa De Literatura/ Analysis of the Prevalence of Lower Back Pain Associated With Occupational Activities: an Integrative Literature Review. Brazilian Journal of Development, 7(2), 11729–11743. https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-004 • Melo, P. (2020). Enfermagem de saúde comunitária e de saúde pública. Lidel-Edições Técnicas.info:eu-repo/semantics/draf

    Cuidados de Enfermagem centrados na família da pessoa idosa com diabetes: estudo de caso

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    Introdução: Na atualidade, o aumento da incidência e prevalência da diabetes a nível mundial é algo preocupante. Tem-se verificado que as pessoas com diabetes carecem, na maioria das vezes, de cuidados de enfermagem mais desafiadores e exigentes. Os cuidados tornam-se mais complexos quando a pessoa com diabetes é idosa, devido à sua vulnerabilidade. Os enfermeiros que prestam cuidados nas USF assumem, muitas das vezes, um papel privilegiado nos cuidados à pessoa idosa com diabetes e sua família. Pretende-se avaliar o impacto dos cuidados de enfermagem numa família com um membro idoso com diabetes, através da mobilização do Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF). Metodologia: Trata-se de um caso clínico, de uma pessoa idosa com diabetes, com abordagem familiar. Foram realizadas dez entrevistas semiestruturadas e familiares, tendo como base a grelha elaborada pela autora do MDAIF para o efeito, e analisada a informação dos aplicativos informáticos resultantes de registos do enfermeiro de família, durante o período de agosto a outubro de 2021. Com os dados obtidos foram elaborados os diagnósticos e propostas as intervenções de enfermagem, segundo o MDAIF. Resultados: Trata-se de uma família nuclear composta pelo casal idoso. Foram identificados diagnósticos de enfermagem que necessitaram de intervenção: Rendimento familiar insuficiente (dimensão estrutural); Satisfação conjugal não mantida (dimensão de desenvolvimento); e Processo familiar disfuncional (dimensão funcional). Após a intervenção verificaram-se ganhos em saúde familiar: rendimento familiar suficiente (com a intervenção da técnica de serviço social); satisfação conjugal mantida; e processo familiar não disfuncional. Estas alterações favoráveis destes diagnósticos contribuíram para o bem-estar da família e influenciaram positivamente a saúde da pessoa idosa com diabetes. Conclusões: O MDAIF, ao ser mobilizado pelo enfermeiro da USF, permitiu dar resposta aos diagnósticos familiares de enfermagem identificados. Mostrou ser sensível às necessidades da família, como unidade de cuidados, tendo contribuído para a melhoria do funcionamento familiar. Para além disso, e visto que o sistema familiar é o alvo de cuidados de enfermagem - que se focalizam tanto na família como um todo, quanto nos seus membros individualmente, respondeu, simultaneamente, às necessidades individuais da pessoa idosa com diabetes, perspetivando-se ganhos na sua saúde. Referências Bibliográficas • Figueiredo, M. H. (2009). Enfermagem de Família: Um contexto do cuidar. [Tese de Doutoramento, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar]. Repositório Aberto da Universidade do Porto. https://hdl.handle.net/10216/20569 • Figueiredo, M. H. (2012). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: uma abordagem colaborativa em enfermagem de família. Lusociência. • Santos, A. R. P. D. (2019). Intervenções de Enfermagem no autocuidado da pessoa idosa com diabetes mellitus tipo II. [Tese de Mestrado, Universidade de Lisboa/Escola Superior de Enfermagem de Lisboa]. Repositório Comum. http://hdl.handle.net/10400.26/32051 • Raposo, J. F. (2020). Diabetes: Factos e Números 2016, 2017 e 2018. Revista Portuguesa de Diabetes, 15(1), 19–27.info:eu-repo/semantics/draf

    A PESSOA COM DOENÇA PROFISSIONAL: INTERVENÇÃO COLABORATIVA DO ENFERMEIRO DO TRABALHO E DO ENFERMEIRO DE FAMÍLIA.

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    Introdução A pessoa com doença profissional vivencia uma diversidade de impactos na sua vida, inclusive laborais e familiares. O enfermeiro do trabalho promove a reintegração e reabilitação profissional do trabalhador com doença profissional e implementa estratégias proativas para ajudá-lo a manter ou a restaurar a sua capacidade de trabalho. O enfermeiro de família assume um papel de agente facilitador no sentido de promover a saúde possível da pessoa com doença profissional, bem como a estabilidade e o funcionamento da família. Objetivos Este trabalho pretende: dar visibilidade ao papel do enfermeiro do trabalho e ao do enfermeiro de família nos cuidados à pessoa com doença profissional/família; aplicar o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar na família em estudo; e avaliar o impacto dos cuidados de enfermagem na pessoa com doença profissional/família em estudo. Metodologia Trata-se de um caso clínico, de uma pessoa que vivencia um processo de transição de saúde, por doença profissional, com abordagem familiar. Realizadas 7 entrevistas familiares e semiestruturadas, no domicílio da família, e analisada a informação dos aplicativos informáticos resultantes de registos do enfermeiro de família, durante o período de novembro de 2021 a janeiro de 2022. Com os dados obtidos foram elaborados os diagnósticos e propostas as intervenções de enfermagem, segundo o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar. Resultados e Discussão Os dados colhidos permitiram, após análise, avaliar a família e estabelecer intervenções. É uma família nuclear composta pelo casal (esposa em situação de doença profissional) e um filho de 4 anos. Trata-se de uma família com papel parental não adequado e processo familiar disfuncional. Foram delineadas intervenções tendo em conta os recursos e competências da família. Após a intervenção verificaram-se ganhos em saúde familiar: papel parental adequado e processo familiar não disfuncional. Estas alterações favoráveis contribuíram para o bem-estar da família e influenciarem positivamente o estado de saúde da pessoa com doença profissional e a sua reintegração no trabalho. Conclusões A intervenção colaborativa dos enfermeiros do trabalho e da família, parceiros nos cuidados à pessoa com doença profissional, com a respetiva partilha de informação, foi uma prática facilitadora para a reintegração do trabalhador nas suas funções laborais, em que a família foi um pilar significativo dos cuidados. A aplicação do Modelo permitiu a identificação das necessidades, recursos e competências da família, para a formulação de intervenções conducentes a um melhor bem-estar familiar e melhor saúde da pessoa com doença profissional. Palavras-Chave: doença profissional; enfermeiro de família; enfermeiro do trabalho; família. Keywords: occupational disease; family nurse; work nurse; family. Referências Bibliográficas • Dias, J. A., Silva, P. E., Silva, G. N. S. da, & Virgínio, N. D. A. (2019). Papel Do Enfermeiro Do Trabalho Frente Às Doenças Ocupacionais Na Visão Dos Discentes De Enfermagem. Revista de Ciências Da Saúde Nova Esperança, 16(2), 38–47. https://doi.org/10.17695/issn.2317-7160.v16n1a2018p38-47 • Figueiredo, M. H. (2009). Enfermagem de Família: Um contexto do cuidar. [Tese de Doutoramento, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar]. Repositório Aberto da Universidade do Porto. https://hdl.handle.net/10216/20569 • Figueiredo, M. H. (2012). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: uma abordagem colaborativa em enfermagem de família. Lusociência. • Ferreira, D. L., & Aguiar, R. S. (2021). Promoção da saúde do trabalhador: habilidades e competências do enfermeiro do trabalho. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, 4(8), 232-239. https://doi.org/10.5281/ZENODO.4637589 • Ordem dos Enfermeiros. (2018). Regulamento n.o 372/2018 - Competência Acrescida Diferenciada em Enfermagem do Trabalho. Diário Da República, 2.a Série - N.o 114 de 15 de Junho de 2018, 16804–16810. https://dre.pt/application/conteudo/115522772info:eu-repo/semantics/draf

    Processo de transição saúde-doença na adolescência: apreciação de uma família

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    Abstract: INTRODUÇÃO: A adolescência é por natureza, e de forma geral, uma etapa da vida percecionada como saudável, pelo que, quando um adolescente adoece, é sempre uma situação difícil de aceitar para o adolescente e para a sua família, sendo que ambos necessitam de cuidados. Considerando a família como unidade de cuidados, o foco é tanto nesta como um todo, quanto nos seus elementos individualmente. Este estudo de caso aborda o adolescente em situação de doença oncológica e a família como pilar dos cuidados, sendo a intervenção do enfermeiro de família essencial para identificar necessidades e implementar um plano de cuidados, para minimizar o medo, a ansiedade e o sofrimento. A avaliação e intervenção realizou-se segundo o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar, centrando-se em três dimensões: estrutural, desenvolvimental e funcional, permitindo a formulação de diagnósticos e intervenções para responder às necessidades da família em estudo. OBJETIVOS: Aplicar o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção e avaliar o impacto dos cuidados de enfermagem na família em estudo. METODOLOGIA: Estudo de caso qualitativo de apreciação de uma família com filho adolescente que vivencia um processo de transição de saúde, por doença oncológica. Realizadas 6 entrevistas semiestruturadas à família em contexto de unidade de saúde e 2 realizadas no domicílio da família. Foi ainda analisada a informação dos aplicativos informáticos resultantes de registos do enfermeiro de família. Com os dados obtidos, durante o período de agosto a novembro de 2020, foram elaborados os diagnósticos e propostas as intervenções de enfermagem, segundo o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados colhidos permitiram, após a sua análise, avaliar a família e estabelecer intervenções. É uma família composta pelo casal e dois filhos adolescentes, um em situação de doença oncológica. Trata-se de uma família com rendimento familiar insuficiente, papel parental não adequado e processo familiar disfuncional. Face aos diagnósticos, foram delineadas intervenções tendo em conta os recursos e competências da família e comunidade. Após a intervenção verificaram-se ganhos em saúde familiar: rendimento familiar suficiente (com intervenção da técnica de serviço social), papel parental adequado e processo familiar não disfuncional. A alteração favorável destes diagnósticos influenciarem positivamente o estado de saúde psicológico e emocional do adolescente com doença oncológica. CONCLUSÕES: A família vivencia, com o diagnóstico da doença oncológica do adolescente, uma situação causadora de grande sofrimento, com sentimentos de medo e ansiedade frequentes, necessitando de ser cuidada. A aplicação do Modelo permitiu a identificação colaborativa das necessidades, das forças, recursos e competências da família, para a formulação de intervenções conducentes a um melhor bem-estar e funcionamento familiar. Para além disso, e visto que o sistema familiar é o alvo de cuidados de enfermagem - que se focalizam tanto na família como um todo, quanto nos seus membros individualmente -, respondeu, simultaneamente, às necessidades individuais do adolescente com doença oncológica. O Enfermeiro de Família assumiu um papel preponderante, evidenciando-se satisfação da família, sobretudo no controlo dos níveis de ansiedade, concluindo-se assim que a avaliação e a intervenção familiar foram eficazes. Palavras-chave: Adolescência, Doença, Enfermeiro de família, Família BIBLIOGRAFIA: Figueiredo, M. H. (2012). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: uma abordagem colaborativa em enfermagem de família. Lusociência. ISBN: 9789728930837 Figueiredo, M. H. (2009). Enfermagem de Família: Um contexto do cuidar. [Doctoral dissertation, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar]. Repositório Aberto da Universidade do Porto https://hdl.handle.net/10216/20569 Guerra, D. (2018). Cuidar do adolescente com doença hemato-oncológica hospitalizado: intervenções de enfermagem no processo de transição. [Doctoral dissertation, Universidade de Lisboa/Escola Superior de Enfermagem de Lisboa]. Repositório Comum http://hdl.handle. net/10400.26/27958 Honicky, M., & Galvão, I. (2020). Leucemia na infância e adolescência: repercussões psicossociais nos irmãos sadios, sob a ótica das mães. Psicologia em Revista, 26(2), 660-679. http://periodicos. pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/14148/18738 Silva, M., Reichert, A., Souza, S., Pimenta, E., & Collet, N. (2018). Doença crônica na infância e adolescência: vínculos da família na rede de atenção à saúde. Texto & Contexto-Enfermagem, 27 (2). http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720180004460016N/

    CUIDADOS DE ENFERMAGEM À FAMÍLIA COM PESSOA IDOSA INSTITUCIONALIZADA: APLICAÇÃO DO MODELO DINÂMICO DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO FAMILIAR

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    Introdução A institucionalização das pessoas idosas é tida como um processo muito complexo, que implica uma adaptação e reestruturação da vida da pessoa e da sua família, sendo um motivo de preocupação por parte destas. Os enfermeiros, especialmente os com competências em enfermagem familiar, estão capacitados para intervir nessas famílias, com o intuito de promover laços de proximidade entre os idosos institucionalizados e a família, bem como a estabilidade e funcionamento da família. O referencial teórico e operativo que norteou o desenvolvimento do estudo de caso e as ações implementadas teve a sua base no Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF). Objetivos Este trabalho pretende dar visibilidade aos cuidados de enfermagem à família, quando a mesma experiencia a institucionalização de um dos seus elementos: pessoa idosa. Pretende-se ainda analisar a aplicabilidade do MDAIF nas suas dimensões: estrutural, de desenvolvimento e funcional. Metodologia Como opção metodológica recorreu-se ao estudo de caso. Para colheita de informação foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas à família, segundo o MDAIF, na instituição. Foram mobilizados instrumentos de avaliação familiar, de que são exemplo o genograma e ecomapa. Após análise dos dados obtidos com base no MDAIF, foram identificados os diagnósticos e propostas as intervenções de enfermagem. Resultados O estudo teve como alvo uma família com um dos seus membros idoso institucionalizado. De acordo com o MDAIF: na dimensão estrutural constatou-se rendimento familiar insuficiente e na dimensão funcional verificou-se que o processo familiar era disfuncional resultante de comunicação familiar não eficaz. Após avaliação familiar foi estabelecido o plano de intervenção, de forma colaborativa com a família, que permitiu uma transformação positiva dos diagnósticos e consequentes ganhos em saúde familiar sensíveis aos cuidados de enfermagem. Conclusões Este estudo permitiu identificar que os cuidados de enfermagem à família são fundamentais para a estabilidade e funcionamento desta, quando um dos seus membros, pessoa idosa, é institucionalizada. Da análise efetuada emergiu a importância do MDAIF, enquanto guia orientador na formulação de diagnósticos e intervenções familiares, perspetivando o equilíbrio dinâmico da unidade familiar. Referências Bibliográficas Braga, C., Koike, M. K., Saad, K. R., & Pitanga, F. (2019). Idoso institucionalizado: sentimentos dos familiares em relação a institucionalização. International Journal of Health Management Review, 5(1). https://doi.org/10.37497/ijhmreview.v5i1.153 Figueiredo, M. H. (2012). Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar: Uma Abordagem Colaborativa em enfermagem de Família. Lisboa: Lusociência. Figueiredo, M. H. (2009). Enfermagem de Família: Um contexto do cuidar. Dissertação de Doutoramento em Ciências de Enfermagem. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Sampaio, S. M. M. (2020). Relação entre idoso institucionalizado e família (Doctoral dissertation).info:eu-repo/semantics/draf

    A mulher cigana vítima de violência e de abusos: Intervenção de Enfermagem Familiar em parceria com outros profissionais.

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    Introdução: A violência familiar (sobre as raparigas) e a violência conjugal (dos maridos sobre as mulheres) são muitas vezes aceites com naturalidade por parte de homens e mulheres ciganos. Em alguns casos, o ser-se vítima de violência e de abusos leva a mulher a afastar-se da família cigana. Esse cenário é muito desafiador para a mulher cigana, inclusive pela discriminação no acesso ao mercado de trabalho. Cabe ao enfermeiro de família prestar cuidados de excelência às famílias destas mulheres. Objetivo: Pretende-se identificar os ganhos com a intervenção do enfermeiro de família nos cuidados à mulher cigana, vítima de violência doméstica e de abusos, e à sua família, em parceria com outros profissionais. Metodologia: Estudo de caso qualitativo de apreciação de uma família de etnia cigana, em que a mulher é vítima de violência doméstica e de abusos (o marido é o agressor). Para colheita de informação foram realizadas oito entrevistas semiestruturadas à família, segundo o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar, no seu domicílio. Foi analisada toda a informação que constava nos aplicativos informáticos resultantes de registos do enfermeiro de família, durante o período de setembro a dezembro de 2019. Posteriormente, foram elaborados diagnósticos e propostas intervenções de enfermagem familiar. Resultados e Discussão: Os dados colhidos permitiram, após análise, avaliar a família e estabelecer intervenções. É uma família composta pelo casal e pelos 4 filhos, todos residentes no mesmo domicílio. Trata-se de uma família com rendimentos familiar insuficientes, com satisfação conjugal não mantida, papel parental não adequado e processo familiar disfuncional. Foram delineadas intervenções, considerando os recursos e competências da família e da comunidade, o que resultou em ganhos em saúde familiar: rendimento familiar suficiente (com a intervenção da técnica de serviço social), papel parental adequado e processo familiar não disfuncional. Estes ganhos contribuíram para o bem-estar e melhor funcionamento da atual família. Apesar das intervenções realizadas pelo enfermeiro, em parceria com outros profissionais, a mulher cigana continuou a ser vítima de violência doméstica, pelo que a satisfação conjugal não mantida resultou em separação do casal. Atualmente, a mulher cigana e os 4 filhos vivem num novo domicílio, numa outra localidade. Conclusões: A intervenção do enfermeiro da família contribuiu, em parceria com outros profissionais e recursos da comunidade, para que a mulher cigana, atualmente, não seja vítima de violência doméstica e de abusos. Presentemente a mulher cigana tem uma atividade profissional e os seus filhos estão mais integrados na comunidade escolar. A mobilização do Modelo permitiu a identificação das necessidades, recursos e competências da família e da comunidade, e a formulação de intervenções conducentes a um melhor bem-estar familiar e individual, isento de violência e de abusos. O apoio dos filhos foi significativo para a tomada de decisão da mulher cigana. Referências Bibliográficas • Figueiredo, M. H. (2009). Enfermagem de Família: Um contexto do cuidar. [Tese de Doutoramento, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar]. Repositório Aberto da Universidade do Porto https://hdl.handle.net/10216/20569 • Figueiredo, M. H. (2012). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: uma abordagem colaborativa em enfermagem de família. Lusociência. • Magano, O. (2017). Mulheres Ciganas, desigualdade de género e discriminação na sociedade portuguesa. [Tese de Mestrado, Universidade de Lisboa/Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas]. Repositório Aberto da Universidade Aberta http://hdl.handle.net/10400.2/10142 • Martins, B. (2019). A perspetiva da Violência Familiar na voz da comunidade cigana: Um Estudo investigativo nos Bairros do Lagarteiro e Contumil. [Tese de Mestrado, Universidade do Porto/Instituto Superior de Serviço Social do Porto]. Repositório Comum da Universidade do Porto http://hdl.handle.net/10400.26/31406info:eu-repo/semantics/draf
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