A LINGÜÍSTICA SERVE PARA ALGUMA COISA? QUESTÕES DE POLÍTICA LINGÜÍSTICA

Conferênci

Interação e linguagem: balanço e perspectivas

Resumo

Ensinar x Não ensinar gramática: ainda cabe essa questão?

Neste artigo, faz-se uma revisita à história da gramática da tradição greco-latina desde suas origens até sua adoção no estudo das línguas modernas. Destaca-se a mudança histórica que afetou o papel da gramática no ensino da língua. De início, os conteúdos gramaticais, remetendo a uma língua viva, estava subordinado ao desenvolvimento das habilidades de falar em público e de escrever. Já na conjuntura medieval, a gramática fazia referência a uma língua artificial (o latim clássico cristalizado pelos eruditos) e, por isso, passou a ocupar posição central no ensino da língua. Defende-se, ao final, uma renovação do ensino gramatical que incorpore como referência a norma padrão viva e volte a subordinar os tópicos gramaticais ao trabalho com as práticas de fala e de escrita. Palavras-chave: história da gramática, ensino de gramática, norma padrão

O Português no contexto político das grandes línguas internacionais

In this article it is presented a critical discussion of the situation of Portuguese as an international language. It is pointed out that, in the last decade, there have been tentative efforts to create a multinational political management of the language by the revitalization of the Instituto Internacional da Língua Portuguesa. This revitalization was approved in the First CPLP Conference on the Situation of Portuguese in the Global System, which took place in Brasília in 2010. It is argued here that those efforts have been completely fruitless and have shown concretely that a multinational political management of the language is impossible. In consequence, it is suggested that those efforts should be abandoned. If the future fragmentation of Portuguese into a family of languages, which seems rather inevitable, national policies seem to be more effective. It will therefore be up to each country to take particular initiatives to promote its own variety of the language and its culture. It is pointed out that the recent creation by the Brazilian government of the Instituto Guimarães Rosa to promote Brazilian Portuguese and Brazilian culture can be seen as an important initiative in the right direction

CONSIDERAÇÕES SOBRE A NOMINALIZAÇÃO EM PORTUGUÊS — II

Neste trabalho, faz-se uma análise da hipótese lexicalistade Chomsky (1967). A conclusão é que a opção poraquela hipótese é determinada por características geraisdo modelo gramatical de Chomsky e menos por razões empíricas

Rosa Virgínia, amiga e mestra

Faço aqui um breve relato dos momentos de convívio e partilha que tive com Rosa Virgínia e que muito me enriqueceram acadêmica e pessoalmente.Conheci Rosa Virgínia em julho de 1986. Eu era presidente da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) e havia organizado o tradicional encontro de linguística que ocorria durante a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A esse encontro, realizado em Curitiba, Rosa Virgínia compareceu. Nosso interesse comum pela história da língua portuguesa nos aproximou e pudemos trocar ideias em diferentes momentos do evento

ZELLIG HARRIS: 50 ANOS DEPOIS

O texto faz uma leitura do artigo Discourse Analysis, de Zellig Harris, comemorando os 50 anos de sua publicação. Levanta, a partir dessa leitura, uma reflexão sobre problemas de ordem metodológica em Analise do/de Discurso. Abstract The text intends to celebrate the 50th anniversary of the publication of Zellig Harris article Discourse Analysis. It ends up with a general question about methodological problems in Discourse Analysis