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    DE ESCRAVOS A SENHORES DE TERRA (JUIZ DE FORA E MAR DE ESPANHA - MINAS GERAIS, 1850-1920)

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    Analiso as possibilidades de escravos e libertos, inseridos em Juiz de Fora e Mar de Espanha (Zona da Mata mineira), terem acesso a um pedaço de terra e desenvolverem experiências camponesas. Acompanho a trajetória de alguns libertos que receberam terras em doação ou legados de seus ex-senhores. Para recuperar as históriasdestes emancipados que tiveram acesso a um pedaço de terra acompanhei os detalhes contidos nas fontes, resgatei fragmentos das histórias do cotidiano e os conflitos por eles vivenciados em torno da defesa do patrimônio rural

    O processo de escolarização formal enquanto mediação educativa das pessoas em privação de liberdade / The formal schooling process as the educational mediation of people deprived of their freedom

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    A educação não pode mais ser entendida de modo unívoco, assim, melhor nos remetermos a essa categoria como educações. Daí que existem três tipos: a formal, a não formal e a informal. A educação de jovens e adultos é uma modalidade de educação formal. Em tal sentido, pode ser compreendida como um processo de mediação educacional de pessoas em privação de liberdade. Esta perpassa dois temas de análise: 1) a educação enquanto processo educacional e suas mediações ao longo da vida; 2) a prisão como local temporário de confinamento de pessoas. Posto assim, o objetivo geral deste trabalho é apresentar a educação escolar na formação humana de pessoas privadas de liberdade. Partimos do pressuposto que a educação faz-se essencial em qualquer sociedade e tempo histórico, constituindo-se em categoria ontológica que permite compreender homem/mulher em um contexto de sociabilidade capitalista. Há, na educação formal, possibilidades e limites que derivam das contradições do mundo capitalista. O presente trabalho está organizado da seguinte forma:  introdução ao tema, contexto histórico social em suas dimensões particulares e universais e, aspectos que cercam o tema educação escolar formal no sistema prisional. Desse modo, para atingir o objetivo deste trabalho, utilizamos a mediação enquanto categoria ontológica através das contribuições de Mészáros (1981), que se subdivide em mediação de primeira e segunda ordem. Onde as mediações de segunda ordem da educação no sistema público no contexto capitalista, fluem como reflexo do metabolismo social capitalista, que sobrepõe as primeiras mediações às necessidades do mercado, ao alienar o homem de sua condição humana aos interesses da reprodução e expansão do capital, no mesmo sentido apresentamos as mediações de primeira ordem, que no contexto educacional revela-se na formação dos sujeitos sociais, como ordem reflexo da totalidade dos processos sociais que possibilitam acesso ao gênero humano e ao conhecimento historicamente produzido capaz de transformar a realidade pessoal do sujeito frente a uma formação plena. Desse modo a investigação, caracterizada como pesquisa de abordagem qualitativa de perspectiva crítica, fez uso de referenciais bibliográficos, textos legais e estudo de caso partindo de dois pressupostos. O primeiro da educação enquanto mediação imprescindível para a formação humana em qualquer sociedade e tempo histórico; e o segundo da mediação da educação enquanto formação para o trabalho simples e anseios de expansão do mercado

    Memórias históricas de movimentos rurais - Juiz de Fora na passagem do século XIX ao XX

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    Neste artigo, analiso um amplo leque de fontes que revelaram fragmentos dos movimentos e dos conflitos ocorridos na zona rural de Juiz de Fora (Zona da Mata mineira) ao longo de cinqüenta anos (1878-1928). As histórias que serão aqui analisadas nos dão a conhecer as conquistas e as derrotas que se forjaram nas vicissitudes da vida e nos desnudam as estratégias de sobrevivência de homens do campo à luz das demandas judiciais no jogo de poder sobre o direito à terra

    De escravos a senhores de terra (Juiz de Fora e Mar de Espanha - Minas Gerais, 1850-1920)

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    Analiso as possibilidades de escravos e libertos, inseridos em Juiz de Fora e Mar de Espanha (Zona da Mata mineira), terem acesso a um pedaço de terra e desenvolverem experiências camponesas. Acompanho a trajetória de alguns libertos que receberam terras em doação ou legados de seus ex-senhores. Para recuperar as históriasdestes emancipados que tiveram acesso a um pedaço de terra acompanhei os detalhes contidos nas fontes, resgatei fragmentos das histórias do cotidiano e os conflitos por eles vivenciados em torno da defesa do patrimônio rural

    Camponeses negros na Zona da Mata mineira (Juiz de Fora e Mar de Espanha, 1850-1920)

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    Analiso as possibilidades de escravos e libertos, inseridos em Juiz de Fora e Mar de Espanha (Zona da Mata mineira), terem acesso a um pedaço de terra e desenvolverem experiências camponesas. Acompanho a trajetória de alguns libertos que receberam terras em doação ou legados de seus ex-senhores. Para recuperar as histórias destes emancipados que tiveram acesso a um pedaço de terra acompanhei os detalhes contidos nas fontes, resgatei fragmentos das histórias do cotidiano e os conflitos por eles vivenciados em torno da defesa do patrimônio rural

    Os arquivos locais e as comunidades negras - o Arquivo Municipal de Barbacena e o Quilombo do Paiol (Bias Fortes/MG)

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    Neste artigo discute-se a importância da recuperação de arquivos locais para as pesquisas em Ciências Sociais em geral e particularmente para a recuperação da história dos afrodescendentes e das Terras de Pretos, com destaque para o Arquivo Histórico Municipal Professor Altair José Savassi e para o Quilombo do Paiol – Bias Fortes (MG)

    Economia autônoma de escravos nas grandes fazendas cafeeiras do sudeste do Brasil (zona da Mata mineira-século XIX)

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    The focus of this article is to show the partial results from a research which has the purpose to reconstruct stories and memories from rural black workers in Zona da Mata mineira (Juiz de Fora and Mar de Hespanha -XIX century). In this period the region had physical conditions to cultivate coffee, the main Brazilian commodity of exportation and it was the richest of Minas being responsible for a production which varied from 90% (decade of eighties of the XIX century) to 70% (decade of twenties of the last century). The main workmanship used in these coffee plantations was the black man, first of all as slave and then as free worker. Considering memories from travelers, documents of register offices, criminal proceedings and array of civil lawsuits (postmortem inventories, charges of debts, suits about division and demarcation of rural properties), I studied the economic activities of slaves in little plots of land destined by their landlords for cultivating on Sundays and saint's days to their subsistence.A proposta deste artigo é apresentar os resultados parciais de uma pesquisa que tem por objetivo reconstituir histórias e memórias de roceiros negros na Zona da Mata mineira (Juiz de Fora e Mar de Espanha -século XIX). No período proposto a região possuía condições físicas para o cultivo do café, então o principal produto de exportação do Brasil, e foi a mais rica de Minas Gerais, sendo responsável por uma produção da rubiácea, em Minas Gerias, que variou de 90% (década de oitenta do oitocentos) a 70% (década de vinte do século passado). A principal mão-de-obra utilizada nas lavouras cafeeiras foi a do negro, primeiro na condição de cativo e depois como trabalhador livre predominante. Partindo de relatos de viajantes, fontes cartorárias, processos criminais e variados processos civis (inventários, ações de cobranças de dívidas, processos de divisão e demarcação de terras, despejo, embargo e outros) investigo as atividades econômicas de cativos nas roças destinadas por seus senhores para cultivos em domingos e dias santificados e dedicadas ao seu sustento
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