31 research outputs found

    Fatores de risco para internação por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade

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    OBJECTIVE: To evaluate risk factors for acute respiratory disease hospitalizations in children under one year of age. METHODS: A case-control study was conducted in the city of Pelotas, Southern Brazil. Cases were children under one year of age who were hospitalized due to acute respiratory diseases from August 1997 to July 1998. Controls were same-age community children randomly selected without previous respiratory disease hospitalization. A questionnaire about risk factors exposure was applied to the mothers of cases and controls. Univariate, bivariate and multivariate analyses through logistic regression were carried out to evaluate risk factors for the outcome of interest. RESULTS: There were studied 777 children; 625 cases and 152 controls. In the crude analysis, the risk factors associated with the outcome were: being male, children under six months of age, household crowding, maternal education, family income, inadequate housing conditions, lack of breastfeeding, maternal smoking, use of pacifiers, and a previous history of hospitalization and respiratory symptoms. Maternal working was a protection factor associated with acute respiratory disease hospitalizations. In the multivariate analysis the following risk factors remained associated: maternal education (OR=12.5), previous history of wheezing (OR=7.7), lack of breastfeeding (OR=2.3), use of pacifiers (OR=1.9), maternal smoking (OR=1.7), children under six months of age (OR=1.7), and being male (OR=1.5). CONCLUSIONS: The study results show the importance of the family's social and behavioural aspects as well as previous respiratory disease as risk factors for acute respiratory disease hospitalizations in children under one year of age.OBJETIVO: Avaliar fatores de risco para hospitalização por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade. MÉTODOS: Estudo de casos e controles na cidade de Pelotas, RS. Os casos foram crianças de até um ano de idade, que se hospitalizaram por doença respiratória aguda, de agosto de 1997 a julho de 1998. Os controles foram crianças da comunidade, da mesma idade, sem hospitalização prévia por essa doença. Um questionário investigando exposição a fatores de risco foi aplicado às mães de casos e controles. Os dados foram submetidos à análise univariada, bivariada e multivariada por meio de regressão logística para avaliação dos fatores de risco sobre o desfecho de interesse. RESULTADOS: Foram analisadas 777 crianças, sendo 625 casos e 152 controles. Na análise bruta, os fatores de risco associados ao desfecho foram: sexo masculino, faixa etária menor de seis meses, aglomeração familiar, escolaridade materna, renda familiar, condições habitacionais inadequadas, desmame precoce, tabagismo materno, uso de bico, história de hospitalização e antecedentes de sintomas respiratórios. O trabalho materno foi fator de proteção para internação por doença respiratória aguda. Na análise multivariada, permaneceram associadas: ausência de ou baixa escolaridade materna (OR=12,5), história pregressa de sibilância (OR=7,7), desmame precoce (OR=2,3), uso de bico (OR=1,9), mãe fumante (OR=1,7), idade abaixo de seis meses (OR=1,7) e sexo masculino (OR=1,5). CONCLUSÕES: Os resultados mostraram a importância dos aspectos sociais e comportamentais da família, assim como morbidade respiratória anterior da criança como fatores de risco para hospitalização por doença respiratória aguda

    Pulmonary rehabilitation programs for patients with COPD

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    Pulmonary rehabilitation programs are aimed at providing benefits to COPD patients, in various aspects. Our objective was to review the literature on COPD patient rehabilitation. This systematic review involved articles written in English, Spanish, or Portuguese; published between 2005 and 2009; and indexed in national and international databases. Articles were classified in accordance with the Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease criteria for the determination of the level of scientific evidence (grade of recommendation A, B, or C). The outcome measures were exercise, quality of life, symptoms, exacerbations, mortality, and pulmonary function. Treatments were classified as standard rehabilitation, partial rehabilitation, strength exercises, and resistance exercises. Of the 40 articles selected, 4, 18, and 18 were classified as grades A, B, and C, respectively. Of the 181 analyses made in these articles, 61, 50, 23, 23, 20, and 4, respectively, were related to the outcome measures quality of life, exercise, symptoms, exacerbations, pulmonary function, and mortality. The standard rehabilitation programs showed positive effects on all of the outcomes evaluated, except for mortality (because of the small number of analyses). However, we found no differences among the various rehabilitation programs regarding their effects on the outcomes studied. Rehabilitation programs can be considered important tools for the treatment of COPD. Therefore, health administrators should implement public policies including such programs in the routine of health care facilities.Programas de reabilitação pulmonar visam à melhora do paciente com DPOC em vários aspectos. Esta revisão teve como objetivo avaliar a literatura sobre reabilitação em pacientes com DPOC. Foi realizada uma revisão sistemática incluindo artigos publicados entre 2005 e 2009, indexados em bases de dados nacionais e internacionais e escritos em inglês, espanhol ou português. Os artigos foram classificados segundo o critério da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease para nível de evidência científica (grau de recomendação A, B e C). Os desfechos exercício, qualidade de vida, sintomas, exacerbações, mortalidade e função pulmonar foram pesquisados. Os tratamentos foram classificados como reabilitação padrão, reabilitação parcial, exercícios de força e exercícios de resistência. Dos 40 artigos selecionados, 4, 18 e 18 foram classificados com graus A, B e C, respectivamente. Das 181 análises oriundas desses artigos, 61, 50, 23, 23, 20 e 4, respectivamente, foram relacionadas aos desfechos qualidade de vida, exercício, sintomas, exacerbação, função pulmonar e mortalidade. Em todos os desfechos avaliados, os programas de reabilitação padrão tiveram efeitos positivos sobre os desfechos estudados, exceto para mortalidade pelo reduzido número de análises. Entretanto, não foram verificadas diferenças nos efeitos sobre os desfechos estudados quando os diferentes programas de reabilitação foram comparados. Programas de reabilitação pulmonar podem ser considerados importantes ferramentas no arsenal do tratamento da DPOC, merecendo atenção dos gestores em saúde para a implementação de políticas públicas que os incluam como rotina nos serviços de saúde.Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Medicina Departamento de Clínica MédicaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Medicina Departamento de Medicina InternaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de NutriçãoFundação Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Ciências Humanas e da InformaçãoUniversidade Federal de Pelotas Escola Superior de Educação FísicaUNIFESPSciEL

    Fatores de riscos para internação por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade

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    As doenças respiratórias agudas (DRAs) são uma das causas principais de morbidade e mortalidade infantil no mundo, especialmente no primeiro ano de vida. Com o objetivo de avaliar fatores de risco para hospitalização por DRAs, de crianças até um ano de idade, sua associação com o VRS e o índice de concordância diagnóstica entre o prontuário médico e um árbitro previamente designado, conduziu-se um estudo de casos e controles na cidade de Pelotas, RS. Os casos foram constituídos por crianças de até um ano de idade que se hospitalizaram por DRAs nos quatro hospitais da cidade, no período de julho de 1997 a agosto de 1998. Os controles foram representados por crianças da comunidade, sorteadas aleatoriamente, com até um ano de idade, sem hospitalização prévia por DRAs. Foi aplicado às mães cujos filhos estavam entre os casos e os controles, um questionário estruturado, contendo questões referentes ao nível socioeconômico, condições de nascimento da criança, amamentação, situação da moradia, antecedentes mórbidos (respiratórios ou não), entre outras. As mães das crianças com DRA responderam a um segundo questionário, o qual continha questões específicas alusivas à sintomatologia do quadro respiratório atual. O prontuário médico das crianças com DRA era, após a alta hospitalar, integralmente copiado e anexado ao questionário. Para a pesquisa do VRS na secreção respiratória, um profissional da área da saúde procedeu a coleta da secreção através de aspirado nasofaríngeo, realizando-se imunofluorescência direta para a pesquisa do vírus. Foram analisadas 810 crianças, sendo 650 casos e 160 controles. A incidência anual de internações por DRA, em menores de um ano de idade, na cidade de Pelotas, foi de 13,9%. Cerca de 60% do total da amostra apresentava menos de 6 meses de idade e houve um ligeiro predomínio do sexo masculino (55,2%). Mais da metade das internações (63%) ocorreram no período de junho a outubro, atingindo o pico no mês de setembro (16,6%). Em ordem decrescente, as causas maiS freqüentes de internação foram: pneumonia (44,8%), bronquiolite (30,4%), asma (19,5%), gripe (3,9%), otite média aguda (0,8%) e laringite (0,6%). A prevalência global de positividade ao VRS na secreção respiratória foi de 30,8%, encontrando-se 39,9% em bronquiolites, 27,4% em asma , 27,1% em pneumonia, 25% em gripe e 25% em otite média aguda. A concordância de diagnósticos entre os diferentes grupos de DRA, no estudo realizado e no prontuário médico, por ocasião da alta hospitalar, foi em ordem decrescente: pneumonia 0,7; otite média 0,6; asma 0,6; bronquiolite 0,5; laringite 0,3 e gripe 0,3. Na análise bruta, os fatores de risco associados ao desfecho foram: sexo masculino, faixa etária de ° a 6 meses, aglomeração familiar, escolaridade materna, renda familiar, condições habitacionais inadequadas, desmame precoce, tabagismo matemo, história de hospitalização e antecedentes de sintomas respiratórios. Concluiuse ter sido o trabalho matemo um fator de proteção contra internação por DRA. Na análise multivariada, construiu-se um modelo teórico- hierarquizado em que as variáveis de um determinado nível foram controladas pelas variáveis de níveis precedentes e do mesmo nível. Permaneceram associadas à hospitalização por DRA, em ordem decrescente de odds, as seguintes variáveis: ausência de ou baixa escolaridade materna (OR=13,O), história de sibilância anterior (OR=7,4) , mãe fumante (OR= 2,7), desmame precoce (OR=2,4), uso de bico (OR=1,9), idade abaixo de 6 meses (OR=1,7), aglomeração (OR=1,7) e sexo masculino (OR=l,5). Os resultados do presente estudo confirmam a sazonalidade das internações por DRA e salientam a importância dos aspectos sociais e comportamentais da família, assim como a morbidade respiratória anterior da criança, como fatores de risco para hospitalização por DRA.The acute respiratory diseases (ARDs) are a major cause ofinfant morbidity and mortality wordlwide, particularly in children under one year age. The present casecontrol study investigated the risk factors associated with hospitalization by ARDs in children under one year age, the association with Respiratory Syncytial Virus (RSV) and the rate of. agreement between medicai diagnosis and an arbitrator previously designed, in Pelotas, RS. The cases were children under one year age who were hospitalized in one of the four hospitais in the city by ARDs during a one year period (July 1997 to August 1998). The controls were represented by community children randomly selected, under one year age, without previous ARDs hospitalization. A standardized questionnaire including . . SOClOeconomlC, demographic, environmental, nutritional, conditions ofthe child's birth and morbidity information was applied to the mothers of patients and control subjects. The mothers of patients answered a second questionnaire about symptoms of the actual illness. After hospital discharging the child medicai recording was integrally copied and joinned to the questionnaire. The nasopharyngeal secretions were collected for a health professional by suction and sent immediately to the laboratory for rapid RSV detection by direct immunofluorescence. The study included 810 children, being 650 cases and 160 controls. The anual incidence rate of ARDs hospitalizations in children under one year age, in Pelotas, was 13,9%. Most ofthe children were under 6 months of age (60%) and there was a discrete predominance ofmale sex (55,2%). The hospital admission showed a seasonal pattern with the majority of hospitalizations (63%) occurring from June to October, reaching the peak in September (16,6%). The main causes of hospital admission were: pneumonia (44,8%), bronchiolitis (30,4%), asthma (19,5%), influenza (3,9%), acute otitis media (0,8%) and laryngitis (0,6%). The RSV in respiratory secretions was detected in 30,8% of all cases, being 39,9% in bronchiolitis, 27,4% in asthma, 27,1 % in pneumonia, 25% in influenza and 25% in acute otitis media. The rate of agreement between the study and the medicaI diagnosis of the hospital discharge among different ARDs groups was: pneumonia 0,7; acute otitis media 0,6; asthma 0,6; bronchiolitis 0,5; laryngitis 0,3 and influenza 0,3. The risk factors associated with the outcome were: mal e sex, children under 6 months age, household crowding, maternal education, family income, quality of house, lack of breast-feeding, maternal smoking and a previous history of hospitalization and respiratory symptons. Maternal working was a protection factor associated with the ARDs admissions. The multivariate analyses took into account theoretical hierarquical relationships between the proposed risk factors and the outcome; the variables of a determinate level were controlled by the variables of the precedent and the same leveIs. The following risk factors remained associated with the ARDs hospitalization, in decreasing order of odds ratio: maternal education (OR=13,0), previous history of wheezing ( OR=7,4), maternal smoking (OR=2,7), lack of breast-feeding (OR=2,4), user ofpacifiers (OR=1,9), children under 6 months age (OR=1,7), household crowding (OR=1,7) and male children (OR=1,5). The results of the present study confirm the seasonal pattem of ARDs hospitalizations and enhance the importance of the family social and behaviour aspects, as well as the child previous respiratory morbidity as risk factors for ARDs hospitalizations in children under one year age

    Prevalência da asma brônquica e seus fatores de risco na população adulta de Pelotas, Rio Grande do Sul, 2001

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    A asma brônquica é uma doença crônica inflamatória das vias aéreas que vem despertando preocupação crescente, em função do aumento na sua incidência e mortalidade observados nos últimos anos. Com o objetivo principal de avaliar a sua prevalência e seus fatores de risco, conduziu-se um estudo epidemiológico de base populacional, delineamento transversal, em uma amostra representativa de adultos de 20 a 69 anos de idade, residentes na zona urbana de Pelotas, RS. Foram entrevistadas 1.968 pessoas. Desse total, 446 pessoas foram aleatoriamente selecionadas para realizarem espirometria e, quando esta mostrava-se normal, teste de broncoprovocação com metacolina. Ainda foram realizados testes para atopia. Houve 9,6% de recusas para as entrevistas e 20,2% de perdas para os exames complementares. Mais de metade da amostra era constituída por pessoas com idade inferior a 50 anos, sendo 57% do sexo feminino e a maioria da raça branca. A renda familiar, na maioria da amostra, era de até três salários mínimos. A prevalência de “sintomas atuais de asma” foi de 6,0%. Observou-se variação na prevalência de asma com a utilização de diferentes critérios diagnósticos: asma cumulativa: 14,3%; diagnóstico médico de asma: 12,9%; asma atual: 4,7%; e sintomas atuais ou reversibilidade (obstrução com resposta ao broncodilatador ou broncoprovocação positiva): 9,3%. Gravidade da asma foi avaliada conforme história de hospitalização por asma, mais de seis visitas ao pronto-socorro por ano e internação em Unidade de Tratamento Intensivo. Cerca de 30% dos asmáticos preencheram algum critério de gravidade para asma. Apenas 20% dos pacientes com asma haviam consultado no último ano pela doença e somente 30% utilizava alguma medicação antiasmática. Em relação aos fatores de risco, na análise bruta, as variáveis associadas à prevalência de “sintomas atuais de asma” foram: sexo feminino, faixa etária dos 60 aos 69 anos, cor da pele não branca, baixas escolaridade e renda familiar, história familiar de asma e atopia, história pessoal de atopia, tabagismo, índice de massa corporal baixo e a presença de distúrbios psiquiátricos menores. Na análise multivariada, construiu-se um modelo teórico-hierarquizado cujas variáveis de um determinado nível foram controladas pelas variáveis de níveis precedentes e do mesmo nível. Permaneceram relacionados à presença de “sintomas atuais de asma” os seguintes fatores de risco, em ordem decrescente de razão de prevalência: história paterna e materna de asma (RP=5,4), presença de distúrbios psiquiátricos menores (RP=2,8); idade de 60 a 69 anos (RP=2,1); renda familiar inferior a 1,01 SM (RP=2,1); história pessoal de atopia (RP=1,9); e sexo feminino (RP=1,4). Os resultados do presente estudo salientam a variação na prevalência de asma com a utilização de diferentes critérios diagnósticos, e confirmam a importância dos fatores genéticos, sociais e relacionados ao estilo de vida na ocorrência da doença.Asthma is a chronic inflammatory disease which affects airways and it is an important public health problem due to its increase in incidence and mortality rates in the last years. The present cross-sectional survey aimed to measure the prevalence of asthma and its risk factors in a random sample of the general population, aged 20-69 years, living in the urban area of Pelotas, RS. A questionnaire was administered to 1.968 people and a subsample of 446 subjects were randomly selected and invited to attend the hospital for measurements of pulmonary function (spirometry and methacoline challenge) and skin tests. The refusals for the interviews were 9.6% and for the spirometric and skin tests 20.2%. Most of the people were under 50 years of age, 57% females and 83% white. The family income in most of the sample was under three minimal wages. The prevalence of “current symptoms of asthma” was 6.0%. The prevalence of asthma according to other definitions was: cumulative asthma: 14.3%; diagnosed asthma: 12.9%; current asthma: 4.7%; and symptoms or reversibility (wheezing and chest tightness or positive bronchodilator test or methacoline challenge): 9.3%. The severity of asthma was evaluated according to the history of hospital admissions, more than six visits/year at the emergency room or admission at the intensive care unity. About 30% were considered severe asthmatics. Only 20% of patients with asthma had consulted a doctor in the last year and 30% had been having some asthma treatment. The risk factors associated with the outcome “current symptoms of asthma” in the crude analyses were: female sex, aged 60-69 years, non white skin, low education, low household income, family history of atopy and asthma, atopic disease history, smoking, low body mass index and minor psychiatric disorders. The multivariate analyses took into account theoretical hierarquical relationship between the proposed risk factors and the outcome; the variables of a determinated level were controlled by the variables of the precedent and the same levels. The following risk factors remained associated with “current symptoms of asthma”, in decreasing order of prevalence ratio: mother and father with asthma history (PR=5.4); minor psychiatric disorders (PR=2.8); age 60-69 years (PR=2.1); household income under 1.01 MW (PR=2.1); atopic disease history (PR= 1.9); and female sex (PR=1.4). The results of the present study point out the variation in asthma prevalence according to different definitions and confirm the importance of genetic, social and life-style factors in the occurrence of this disease

    Fatores de risco para internação por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade

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    OBJETIVO: Avaliar fatores de risco para hospitalização por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade. MÉTODOS: Estudo de casos e controles na cidade de Pelotas, RS. Os casos foram crianças de até um ano de idade, que se hospitalizaram por doença respiratória aguda, de agosto de 1997 a julho de 1998. Os controles foram crianças da comunidade, da mesma idade, sem hospitalização prévia por essa doença. Um questionário investigando exposição a fatores de risco foi aplicado às mães de casos e controles. Os dados foram submetidos à análise univariada, bivariada e multivariada por meio de regressão logística para avaliação dos fatores de risco sobre o desfecho de interesse. RESULTADOS: Foram analisadas 777 crianças, sendo 625 casos e 152 controles. Na análise bruta, os fatores de risco associados ao desfecho foram: sexo masculino, faixa etária menor de seis meses, aglomeração familiar, escolaridade materna, renda familiar, condições habitacionais inadequadas, desmame precoce, tabagismo materno, uso de bico, história de hospitalização e antecedentes de sintomas respiratórios. O trabalho materno foi fator de proteção para internação por doença respiratória aguda. Na análise multivariada, permaneceram associadas: ausência de ou baixa escolaridade materna (OR=12,5), história pregressa de sibilância (OR=7,7), desmame precoce (OR=2,3), uso de bico (OR=1,9), mãe fumante (OR=1,7), idade abaixo de seis meses (OR=1,7) e sexo masculino (OR=1,5). CONCLUSÕES: Os resultados mostraram a importância dos aspectos sociais e comportamentais da família, assim como morbidade respiratória anterior da criança como fatores de risco para hospitalização por doença respiratória aguda.OBJECTIVE: To evaluate risk factors for acute respiratory disease hospitalizations in children under one year of age. METHODS: A case-control study was conducted in the city of Pelotas, Southern Brazil. Cases were children under one year of age who were hospitalized due to acute respiratory diseases from August 1997 to July 1998. Controls were same-age community children randomly selected without previous respiratory disease hospitalization. A questionnaire about risk factors exposure was applied to the mothers of cases and controls. Univariate, bivariate and multivariate analyses through logistic regression were carried out to evaluate risk factors for the outcome of interest. RESULTS: There were studied 777 children; 625 cases and 152 controls. In the crude analysis, the risk factors associated with the outcome were: being male, children under six months of age, household crowding, maternal education, family income, inadequate housing conditions, lack of breastfeeding, maternal smoking, use of pacifi ers, and a previous history of hospitalization and respiratory symptoms. Maternal working was a protection factor associated with acute respiratory disease hospitalizations. In the multivariate analysis the following risk factors remained associated: maternal education (OR=12.5), previous history of wheezing (OR=7.7), lack of breastfeeding (OR=2.3), use of pacifi ers (OR=1.9), maternal smoking (OR=1.7), children under six months of age (OR=1.7), and being male (OR=1.5). CONCLUSIONS: The study results show the importance of the family’s social and behavioural aspects as well as previous respiratory disease as risk factors for acute respiratory disease hospitalizations in children under one year of age

    Respiratory syncytial virus infection in children under one year of age hospitalized for acute respiratory diseases in Pelotas, RS

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    Introdução: As doenças respiratórias agudas (DRAs) são causa significativa de morbimortalidade infantil. Objetivo: Analisar as hospitalizações por DRA em crianças menores de um ano de idade e avaliar sua associação com a presença do vírus respiratório sincicial (VRS). Casuística e métodos: Foi realizado um estudo de casos e controles na cidade de Pelotas. Todas as crianças de até um ano de idade incompleto hospitalizadas por DRAs, de agosto de 1997 a julho de 1998, foram acompanhadas nos quatro hospitais da cidade. Um questionário era aplicado às mães das crianças sobre questões referentes à sintomatologia do quadro atual, além de questões demográficas, socioeconômicas, alimentares e antecedentes mórbidos. O diagnóstico definitivo de DRAs era conferido pelo árbitro do estudo (pediatra) com base na revisão dos dados do prontuário hospitalar e do questionário. O VRS foi pesquisado através da realização de imunofluorescência direta no aspirado nasofaríngeo. Resultados: Foram analisadas 650 crianças, sendo que a incidência anual de internações por DRA foi de 13,9%. A maioria das internações ocorreu de julho a outubro, sendo as causas mais freqüentes: pneumonia (43,7%), bronquiolite (31,0%), asma (20,3%), gripe (3,5%), otite média (0,8%) e laringite (0,6%). A prevalência global de positividade ao VRS foi de 30,7%, encontrando-se 40,2% em bronquiolites, 28,6% em gripe, 27,4% em asma, 26,3% em pneumonia e 25% em otite média. Conclusões: Os resultados do presente estudo salientam a importância das DRAs como causa significativa de morbidade na infância, confirmando sua sazonalidade e associação com o VRS.Introduction: Acute respiratory diseases (ARDs) are a major cause of infant morbidity and mortality. Objective: The present case-controlled study investigated the hospitalizations by ARDs in children under one year of age and the association with the respiratory syncytial virus (RSV) in za Pelotas, RS. Methods: All children under one year of age hospitalized due to ARDs from August 1997 to July of 1998 were followed-up in the four hospitals of the city. A standardized questionnaire was applied to the children’s mother regarding symptoms of the actual illness in addition to social and demographic variables, nutrition, and previous morbidity. The final diagnosis of ARDs was performed by an arbiter (a pediatrician) based on the hospital records of the children and the data on the questionnaire. Nasopharyngeal secretions were collected for RSV detection by direct immunofluorescence. Results: The study included 650 children and the annual incidence rate of hospital admissions for ARDs was 13.9%. Admissions showed a seasonal pattern with most of the hospitalizations occurring from July to October. The main causes of admission were: pneumonia (43.7%), bronchiolitis (31.0%), asthma (20.3%), influenza (3.5%), otitis media (0.8%) and laryngitis (0.6%). The overall prevalence of RSV was 30.7%, with 40.2% in bronchiolitis, 28.6% in influenza, 27.4% in asthma, 26.3% in pneumonia, and 25% in otitis media. Conclusions: The results of the present study confirm the high morbidity of ARDs in childhood and the seasonal pattern of ARDs hospitalizations and their association with RSV infection

    Fatores de risco para internação por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade

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    OBJETIVO: Avaliar fatores de risco para hospitalização por doença respiratória aguda em crianças até um ano de idade. MÉTODOS: Estudo de casos e controles na cidade de Pelotas, RS. Os casos foram crianças de até um ano de idade, que se hospitalizaram por doença respiratória aguda, de agosto de 1997 a julho de 1998. Os controles foram crianças da comunidade, da mesma idade, sem hospitalização prévia por essa doença. Um questionário investigando exposição a fatores de risco foi aplicado às mães de casos e controles. Os dados foram submetidos à análise univariada, bivariada e multivariada por meio de regressão logística para avaliação dos fatores de risco sobre o desfecho de interesse. RESULTADOS: Foram analisadas 777 crianças, sendo 625 casos e 152 controles. Na análise bruta, os fatores de risco associados ao desfecho foram: sexo masculino, faixa etária menor de seis meses, aglomeração familiar, escolaridade materna, renda familiar, condições habitacionais inadequadas, desmame precoce, tabagismo materno, uso de bico, história de hospitalização e antecedentes de sintomas respiratórios. O trabalho materno foi fator de proteção para internação por doença respiratória aguda. Na análise multivariada, permaneceram associadas: ausência de ou baixa escolaridade materna (OR=12,5), história pregressa de sibilância (OR=7,7), desmame precoce (OR=2,3), uso de bico (OR=1,9), mãe fumante (OR=1,7), idade abaixo de seis meses (OR=1,7) e sexo masculino (OR=1,5). CONCLUSÕES: Os resultados mostraram a importância dos aspectos sociais e comportamentais da família, assim como morbidade respiratória anterior da criança como fatores de risco para hospitalização por doença respiratória aguda.OBJECTIVE: To evaluate risk factors for acute respiratory disease hospitalizations in children under one year of age. METHODS: A case-control study was conducted in the city of Pelotas, Southern Brazil. Cases were children under one year of age who were hospitalized due to acute respiratory diseases from August 1997 to July 1998. Controls were same-age community children randomly selected without previous respiratory disease hospitalization. A questionnaire about risk factors exposure was applied to the mothers of cases and controls. Univariate, bivariate and multivariate analyses through logistic regression were carried out to evaluate risk factors for the outcome of interest. RESULTS: There were studied 777 children; 625 cases and 152 controls. In the crude analysis, the risk factors associated with the outcome were: being male, children under six months of age, household crowding, maternal education, family income, inadequate housing conditions, lack of breastfeeding, maternal smoking, use of pacifi ers, and a previous history of hospitalization and respiratory symptoms. Maternal working was a protection factor associated with acute respiratory disease hospitalizations. In the multivariate analysis the following risk factors remained associated: maternal education (OR=12.5), previous history of wheezing (OR=7.7), lack of breastfeeding (OR=2.3), use of pacifi ers (OR=1.9), maternal smoking (OR=1.7), children under six months of age (OR=1.7), and being male (OR=1.5). CONCLUSIONS: The study results show the importance of the family’s social and behavioural aspects as well as previous respiratory disease as risk factors for acute respiratory disease hospitalizations in children under one year of age
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