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    Educação Especial e Currículo Escolar: possibilidades nas práticas pedagógicas cotidianas

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    Este estudo busca investigar as possibilidades de articulação entre o currículo escolar e a escolarização de alunos com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento em processos de inclusão escolar nos anos iniciais do ensino fundamental. Para tanto, utiliza três frentes de trabalho, não lineares, que se complementaram, ou seja, observação do cotidiano escolar, instituição de espaçostempos de formação continuada e instituição de ações colaborativas para implementação de práticas pedagógicas para acesso ao currículo comum. O estudo foi desenvolvido em uma turma de 4ª série do ensino fundamental, envolvendo a professora regente, duas professoras de Educação Especial em atuação na sala de recursos multifuncionais e os professores de Artes, Educação Física e Ensino Religioso, além do corpo discente, ganhando destaque dois sujeitos-foco, uma estudante com síndrome de Down e outro com deficiência física e em processo de diagnóstico para deficiência intelectual. Como aporte metodológico, adota a pesquisa-ação colaborativo-crítica e, como instrumentos de coleta de dados, a observação, registrada em diário de campo, e a realização de entrevistas semiestruturadas. No que tange à pesquisa-ação, assume a abordagem da pesquisa-formação. Como forma de fundamentar as questões que emergiram do processo de investigação, busca interlocuções possíveis com as produções de Sacristán, Meirieu e Nóvoa, além das teorizações de pesquisadores da área da Educação Especial. Como resultados, entende a formação continuada como uma ação que, se satisfeita, pode apontar novas possibilidades de trabalho pedagógico com os alunos indicados à Educação Especial na escola de ensino comum, pistas para se garantir acesso ao currículo comum a esses estudantes, pela via da implementação de práticas pedagógicas inclusivas e reflexões sobre a articulação do atendimento educacional especializado com a sala de aula de ensino comum. Nessa perspectiva, é indispensável que a escola, pela via da formação continuada, compreenda a complexidade em que o atendimento educacional especializado está inserido bem como os desafios que são colocados à escola na tarefa de ensinar todos os alunos. O processo vivido por meio de práticas pedagógicas diferenciadas mostrou que todos os alunos podem ter acesso ao conhecimento, ou seja, ao currículo comum, se as práticas pedagógicas forem pensadas considerando o currículo vivido como potencializador de novas ações e de táticas. Isso ocorreu pela via de um projeto educativo como possibilidade de aprendizagem de todos os alunos. Assim, o estudo aponta para a necessidade de instituição do currículo escolar em interface com as necessidades de aprendizagem trazidas pelos alunos para o âmbito escolar, a assunção da pessoa com deficiência como um sujeito que aprende, a articulação dos trabalhos desencadeados em sala de aula em diálogo com o apoio especializado, a incorporação dos trabalhos da Educação Especial na proposta pedagógica da escola e de investimentos na formação dos educadores, para que eles tenham melhores condições de lidar com a diferença humana em sala de aula

    A ESCOLARIZAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA: POLÍTICAS INSTITUÍDAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS

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    Este estudo se desenvolveu no período de março de 2014 a dezembro de 2015, numa escola de Ensino Fundamental e Médio da Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo, localizada no município da Serra. Concentra-se aqui em pensar os processos de escolarização de alunos público-alvo da Educação Especial pela via do trabalho colaborativo da pesquisadora e da professora especialista com a professora da sala de aula regular. Estudam-se também, junto a um aluno com Transtornos Globais do Desenvolvimento, estratégias de mediação pedagógica que proporcionem a constituição de processos que possibilitem a vivência da linguagem escrita como uma das múltiplas linguagens do aprendizado escolar e do uso da comunicação alternativa e ampliada como elementos necessários à aprendizagem e ao desenvolvimento do aluno. O trabalho conta com as contribuições da Matriz da psicologia Histórico-Cultural e da pedagogia Histórico-crítica. Assim, constrói diálogos com teóricos que nos ajudam a transversalizar a questão de aprendizagem e desenvolvimento pela via da mediação e da prática pedagógica em sala de aula. Para a discussão de questões referentes ao processo de apropriação, aprendizagem e desenvolvimento, dialoga-se com Vigotski, Martins, Góes, Saviani e Duarte; no campo pedagógico, com Meirieu, Drago e Sforni; e no âmbito da Educação Especial, com pesquisadores da área, como Jesus, Vasques e Baptista. Como perspectiva teórico-metodológica, fundamenta-se nos pressupostos da pesquisa-ação colaborativo-crítica como meio de construir junto à escola alternativas para que todos os alunos possam ter acesso ao conhecimento, ou seja, que todos possam aprender. Observa-se, mediante a análise dos dados, que as práticas pedagógicas podem se constituir numa via potente para garantir o acesso ao conhecimento mediado na escola; a mediação do professor é fundante para o processo de apropriação, aprendizagem e desenvolvimento do aluno; há necessidade constante de retomar, nos momentos de formação continuada em contexto, as discussões sobre a prática pedagógica. A pesquisa-ação colaborativo-crítica nos possibilitou de forma colaborativa criar movimentos alternativos ao espaço-tempo do contexto educativo, de modo a potencializar os processos de escolarização dos alunos também atendidos pela Educação Especial. É fundamental que no processo de ensino o professor conte com diferentes apoios para potencializar as ações na sala de aula regular como o espaço de garantia do direito à educação de todos os alunos

    Co-Variation between Seed Dormancy, Growth Rate and Flowering Time Changes with Latitude in Arabidopsis thaliana

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    Life-history traits controlling the duration and timing of developmental phases in the life cycle jointly determine fitness. Therefore, life-history traits studied in isolation provide an incomplete view on the relevance of life-cycle variation for adaptation. In this study, we examine genetic variation in traits covering the major life history events of the annual species Arabidopsis thaliana: seed dormancy, vegetative growth rate and flowering time. In a sample of 112 genotypes collected throughout the European range of the species, both seed dormancy and flowering time follow a latitudinal gradient independent of the major population structure gradient. This finding confirms previous studies reporting the adaptive evolution of these two traits. Here, however, we further analyze patterns of co-variation among traits. We observe that co-variation between primary dormancy, vegetative growth rate and flowering time also follows a latitudinal cline. At higher latitudes, vegetative growth rate is positively correlated with primary dormancy and negatively with flowering time. In the South, this trend disappears. Patterns of trait co-variation change, presumably because major environmental gradients shift with latitude. This pattern appears unrelated to population structure, suggesting that changes in the coordinated evolution of major life history traits is adaptive. Our data suggest that A. thaliana provides a good model for the evolution of trade-offs and their genetic basis.<br

    Co-Variation between Seed dormancy, growth rate and flowering time changes with latitude in Arabidopsis thaliana

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    Life-history traits controlling the duration and timing of developmental phases in the life cycle jointly determine fitness. Therefore, life-history traits studied in isolation provide an incomplete view on the relevance of life-cycle variation for adaptation. In this study, we examine genetic variation in traits covering the major life history events of the annual species Arabidopsis thaliana: seed dormancy, vegetative growth rate and flowering time. In a sample of 112 genotypes collected throughout the European range of the species, both seed dormancy and flowering time follow a latitudinal gradient independent of the major population structure gradient. This finding confirms previous studies reporting the adaptive evolution of these two traits. Here, however, we further analyze patterns of co-variation among traits. We observe that co-variation between primary dormancy, vegetative growth rate and flowering time also follows a latitudinal cline. At higher latitudes, vegetative growth rate is positively correlated with primary dormancy and negatively with flowering time. In the South, this trend disappears. Patterns of trait co-variation change, presumably because major environmental gradients shift with latitude. This pattern appears unrelated to population structure, suggesting that changes in the coordinated evolution of major life history traits is adaptive. Our data suggest that A. thaliana provides a good model for the evolution of trade-offs and their genetic basi
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