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The contributions of developmental science to the health psychology
A ciência do desenvolvimento humano
vem estimulando uma nova visão sobre a pesquisa
em saúde, destacando variáveis contextuais e
ecológicas que influenciam o processo de desenvolvimento
e condicionam o diagnóstico, o tratamento
e o prognóstico de indivíduos e grupos. O
objetivo deste artigo é discutir as implicações da
ciência do desenvolvimento humano à psicologia
da saúde, área de intervenção educacional voltada
aos diversos contextos de tratamento de saúde.
Pretende-se, ainda, analisar criticamente alguns
aspectos metodológicos dos estudos da área e apontar
tendências atuais e futuras para uma análise
mais funcional do processo saúde-doença. Espera-
se que os profissionais de saúde se beneficiem
dos argumentos e modelos propostos pela ciência
do desenvolvimento humano, construindo ambientes
de cuidados mais adequados às necessidades
psicossociais de pacientes e familiares.The science of human development has
been stimulating a new perspective on health research,
highlighting contextual and ecological variables
that influence the process of development and
condition the diagnosis, treatment and prognosis
of individuals and groups. The objective of this
article is to discuss about the implications of the
science of human development for health psychology,
specifically for the educational area aimed toward
intervention in several contexts of health
treatment. Another objective of this article is to
critically analyze some methodological aspects os
the studies in this area and point current and future
tendencies at a more functional analysis of
the health-disease process. It is expected that health
professionals benefit from the arguments and models
proposed by the science of human development,
designing environments that are more adequate
to the psychological needs of patients and families
Family relationships : a perspective of parents, siblings and children with deficiency
O desenvolvimento das crianças com deficiência é influenciado pelas relações familiares, sobretudo pelo modo como os pais lidam com a criança e a deficiência. No entanto, apesar de sua importância, pouco é conhecido sobre o funcionamento global dessas famílias. Assim, este estudo teve como objetivo investigar as características das relações familiares de crianças com deficiência (auditiva, intelectual, física, múltipla e visual) na perspectiva das mães (n=16), dos pais (n=12), dos irmãos (n=10) e das próprias crianças com deficiência (n=16), priorizando as relações nos subsistemas parental, conjugal e fraterno. Foi realizada uma entrevista semiestruturada com cada um dos participantes, individualmente, em suas respectivas residências, e foi aplicado um questionário de caracterização do sistema familiar com um dos genitores. Os resultados mostram que as práticas parentais são percebidas como coercitivas, mesmo havendo harmonia, diálogo e compartilhamento nos cuidados com os filhos. As relações conjugais são vistas como predominantemente satisfatórias, embora existam conflitos. Já sobre as relações fraternas, foram frequentes os relatos sobre conflito, harmonia, cuidado/proteção e coesão/união entre os irmãos. A percepção das relações familiares varia em função do tipo de deficiência da criança no que tange às práticas educativas parentais, aos valores/crenças presentes na educação dos filhos e aos conflitos conjugais e entre irmãos. Os resultados indicam a necessidade urgente de investigar os padrões de comunicação em famílias com crianças com diferentes tipos de deficiência, visando à elaboração de propostas de educação e reeducação voltadas ao funcionamento típico de cada tipologia de família.The development of disabled children is influenced by family relationships, especially by the way parents deal with the child and the disability. Nonetheless, despite its importance, little is known about the overall functioning of these families. Thus, this study aimed to investigate the characteristics of family relationships of children with disabilities (hearing, intellectual, physical, multiple, and visual) from the perspective of mothers (n=16), parents (n=12), siblings (n=10) and the children with disabilities themselves (n=16), focusing mainly on the relationships in the parental, conjugal and fraternal subsystems. A semi-structured interview was carried out with each participant individually in their homes, and one parent replied a questionnaire to characterize the family system. The results show that parenting practices are perceived as coercive, even if there is harmony, dialogue and sharing the care of children. Conjugal relations are seen as predominantly satisfactory, although there are conflicts. In the sibling relations, there were frequent reports about conflict, harmony, care/protection and cohesion/unity among siblings. The perception of family relationships vary in function of the type of disability of the child in relation to parenting educational practices, values/beliefs present in the children's education, marital conflicts and conflicts among siblings. The results indicate an urgent need to investigate the communication patterns in families with children with different disabilities, aiming at the elaboration of proposals for education and re-education related to the typical functioning of each type of family
Diretrizes políticas dos trabalhos com as famílias de crianças com deficiência no Brasil
A promoção da saúde e da educação da pessoa com deficiência demanda especial atenção à sua família, o que exige das políticas públicas diretrizes que estruturem um conjunto de ações nessa direção. Identificar o lugar que essas famílias ocupam na agenda de trabalho das políticas públicas da saúde e educação é primordial para compreender o seu papel na construção de um espaço emancipador e de promoção do controle social. Este trabalho investigou as diretrizes dos documentos norteadores das políticas públicas da saúde e da educação referentes aos trabalhos com as famílias de crianças com deficiência. Foi realizada análise de 10 documentos, três da saúde e sete da educação, analisando o objetivo, a clientela alvo e o tipo de atenção dispensada à família. Os resultados mostram: as políticas públicas brasileiras priorizam a atuação “família e comunidade” como pontos importantes da estratégia da educação inclusiva e da promoção da saúde, valorizando a família. Enquanto as diretrizes dos documentos da área da saúde asseguram a ação direcionada às famílias e propõem a reestruturação do sistema de saúde, os documentos da área da educação propõem atendimentos domiciliares, o desenvolvimento de um sistema de serviços voltados para a formação das famílias autogestoras e a formação de grupo de pais. Entretanto, em ambas as áreas, faltam: parâmetros para nortear a atuação das escolas e das instituições de atendimento multiprofissional; subsídios teóricos e empíricos que fundamentem esses trabalhos; e propostas de acompanhamento das ações executadas localmente. A integração de serviços da saúde e da educação, na prática cotidiana dos mais de 5 mil municípios ainda permanece como um grande desafio para a política governamental brasileira, que necessita, sobretudo, otimizar a utilização dos recursos públicos
Diretrizes políticas dos trabalhos com as famílias de crianças com deficiência no Brasil
A promoção da saúde e da educação da pessoa com deficiência demanda especial atenção à sua família, o que exige das políticas públicas diretrizes que estruturem um conjunto de ações nessa direção. Identificar o lugar que essas famílias ocupam na agenda de trabalho das políticas públicas da saúde e educação é primordial para compreender o seu papel na construção de um espaço emancipador e de promoção do controle social. Este trabalho investigou as diretrizes dos documentos norteadores das políticas públicas da saúde e da educação referentes aos trabalhos com as famílias de crianças com deficiência. Foi realizada análise de 10 documentos, três da saúde e sete da educação, analisando o objetivo, a clientela alvo e o tipo de atenção dispensada à família. Os resultados mostram: as políticas públicas brasileiras priorizam a atuação “família e comunidade” como pontos importantes da estratégia da educação inclusiva e da promoção da saúde, valorizando a família. Enquanto as diretrizes dos documentos da área da saúde asseguram a ação direcionada às famílias e propõem a reestruturação do sistema de saúde, os documentos da área da educação propõem atendimentos domiciliares, o desenvolvimento de um sistema de serviços voltados para a formação das famílias autogestoras e a formação de grupo de pais. Entretanto, em ambas as áreas, faltam: parâmetros para nortear a atuação das escolas e das instituições de atendimento multiprofissional; subsídios teóricos e empíricos que fundamentem esses trabalhos; e propostas de acompanhamento das ações executadas localmente. A integração de serviços da saúde e da educação, na prática cotidiana dos mais de 5 mil municípios ainda permanece como um grande desafio para a política governamental brasileira, que necessita, sobretudo, otimizar a utilização dos recursos públicos
CRIANÇA COM BAIXO DESEMPENHO ESCOLAR: FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO PRESENTES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL, NO CONTEXTO FAMILIAR E ESCOLAR
O baixo desempenho escolar tem gerado a necessidade de realizar investigações científicas, desde a primeira metade do século XX, exigindo a necessidade de melhor compreendê-lo enquanto um fenômeno complexo e multifacetado, que envolve inúmeras questões, desde aquelas presentes nos microssistemas família e escola, até aquelas referentes aos outros níveis do ambiente ecológico, como as relações entre família e escola (exossistema) e as políticas públicas (macrossistema). Estudos que investiguem o baixo desempenho escolar sob uma perspectiva sistêmica e bioecológica, são desafios atuais e necessários considerando a evolução no olhar e na atenção a essa problemática. Este estudo consiste em identificar quais são os fatores de risco e de proteção presentes no desenvolvimento infantil e familiar, bem como no contexto escolar de uma criança com baixo desempenho escolar, no início do ensino fundamental. Participou deste estudo uma criança de 8 anos, que apresenta o indicativo de baixo desempenho escolar, bem como sua mãe, sua professora do contexto escolar e a psicopedagoga da Equipe de Apoio Psicopedagógico da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal. A construção dos dados foi realizada na Clínica Escola de Psicologia/Cenfor do UniCEUB. Para a avaliação do desenvolvimento da criança foi utilizada a Hora de Jogo Lúdico, a Escala de Autoconceito Infanto Juvenil, a Escala de Stress Infantil, o Protocolo de observação do desenvolvimento, o Protocolo de Observação Psicomotora e o Teste de Inteligência Não Verbal. Para investigar o desenvolvimento da família foi utilizado o Inventário de Estilos Parentais, o Questionário de Caracterização do Sistema Familiar e um roteiro de entrevista semiestruturada. Para avaliar o contexto escolar foi analisado o projeto político pedagógico da escola e foi realizada uma entrevista semiestruturada junto à professora da criança e psicopedagoga da equipe de apoio psicopedagógico. A criança apresentou boas condições afetivo-emocionais, mas em relação ao seu desenvolvimento cognitivo, indicou um desempenho médio inferior. Quanto ao desenvolvimento familiar, as práticas parentais predominantes indicam a presença de um estilo parental regular, caracterizado pelo punição inconsistente e monitoria negativa. Quanto ao contexto escolar, a escola apresenta valores condizentes com a promoção de um espaço de promoção do desenvolvimento infantil; e as professoras valorizam a família e a individualidade do aluno, acreditam que devem promover a aprendizagem e acompanhar o desempenho da criança, mas suas práticas se mostram insuficientes para otimizar a aprendizagem das crianças. Existem fatores de risco no desenvolvimento infantil e familiar, que se inter-relacionam, assim como de proteção, e o contexto escolar mesmo apresentando fatores de proteção, tem limitações para otimizar o desenvolvimento infantil por meio de práticas que sejam condizentes com seus valores e crenças. Faz-se necessária a continuidade de estudos que legitimam a importância do papel da família e da escola, compreendendo que o desenvolvimento infantil ocorre numa inter-relação de fatores, de causalidade sistêmic
Estilo parental em diferentes configurações familiares
As práticas parentais são estratégias nas quais os pais utilizam para atingir objetivos específicos e o estilo parental é o conjunto dessas práticas, sendo assim o padrão global dessas características presente na relação dos pais com os filhos, elas podem se diferenciar de quatro maneiras, sendo autoritativo, autoritário, negligente e indulgente. Sabendo da importância que a relação familiar tem sobre a vida da criança e que é na família o principal contexto de desenvolvimento o presente estudo teve como objetivo identificar o estilo parental predominante e suas repercussões em diferentes configurações familiares, na perspectiva dos genitores e das crianças que foram ou estavam sendo atendidas em uma clínica escola de psicologia. A coleta de dados foi realizada através por meio da análise de 40 prontuários de crianças que realizaram ou que ainda estavam realizando atendimento psicológico na Clínica Escola de Psicologia do UniCEUB / CENFOR. Os prontuários analisados correspondiam a 74 participantes, sendo 26 mães, nove pais e 39 crianças de configurações familiares: tradicional, separado e outros (que engloba as configurações: recasados, extensa e adotiva). A pesquisa realizada é de cunho quantitativa e foi realizada análise do Inventário de Estilos Parentais (IEP), identificando assim, o estilo parental e as práticas educativas parentais: (a) estilo parental ótimo, (b) estilo parental regular acima da média, (c) estilo parental regular abaixo da média e (d) estilo parental de risco. Os resultados mostraram que entre as diferentes configurações familiares, o estilo parental predominante foi de risco. Enquanto que nas práticas parentais os estilos pró sociais obtiveram bons resultados, porém a as práticas antissociais (prática negativa) apresentaram índices preocupantes, e assim sobrepondo os índices das práticas positivas. Entre os estilos identificados nas autoavaliações e nas avaliações das crianças referentes aos seus genitores, foram identificados o estilo parental de risco na autoavaliação da mãe, na avaliação da criança referente à mãe e ao pai, enquanto que na autoavaliação do pai o estilo predominante foi o regular abaixo da média. Portanto, diante dos dados obtidos foi possível identificar uma alta presença de práticas coercitivas, as quais promovem uma modificação no comportamento da criança, imediata, mediante uma relação de poder autoritári
GRUPO DE PESQUISAS EM EDUCAÇÃO DE SURDOS – GPES: PANORAMA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO SUL E SUDESTE PARAENSE
Este artigo pretende apresentar resultados parciais das pesquisas realizadas pelo Grupo de Pesquisa em Educação de Surdos-GPES, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará-Unifesspa. O grupo tem como objetivo realizar o Projeto de Pesquisa Educação de Surdos: Políticas de Inclusão, Educação Bilíngue, Práticas Pedagógicas, Contextos de Ensino e Formação de Professores. As pesquisas empreendidas pelo grupo, a partir desse projeto tem o objetivo de identificar como a educação para surdos está se organizando nos municípios paraenses, sobretudo na região sul e sudeste do estado, identificando se a proposta de educação bilíngue prevista na legislação e as formas de organização dessa educação estão sendo efetivadas. A metodologia de pesquisa segue uma proposta de análise qualitativa, de cunho exploratório interpretativista, a partir dos procedimentos de observação nas salas de ensino comum e nos espaços de Atendimento Educacional Especializado-AEE ou centros especializados, bem como entrevistas com profissionais que atuam nesses espaços, e em departamentos e secretarias de educação dos municípios. Os resultados parciais apresentados neste artigo trazem aspectos gerais da organização da educação de surdos em 04 (quatro) municípios apresentando e discutindo os avanços e dificuldades para a efetivação da educação bilíngue de surdos
EFEITO DA MUSICOTERAPIA SOBRE OS PARÂMETROS VITAIS, ANSIEDADE E SENSAÇÕES VIVENCIADAS NO PERÍODO GESTACIONAL
Objetivo: avaliar o efeito da musicoterapia sobre os parâmetros vitais, ansiedade e as sensações vivenciadas no período gestacional. Método: estudo de intervenção mista antes e depois, realizado com 30 gestantes atendidas em clínica-escola e no projeto de extensão universitária. Utilizou-se formulário de caracterização sociodemográfica, escala de ansiedade-estado, parâmetros vitais e roteiro de entrevista semiestruturado. Os dados foram analisados por estatística descritiva, inferencial e análise temática de conteúdo. Resultados: houve melhoria da frequência de pulso (p<0,000), respiração (p=0,002), frequência cardíaca (p<0,000) e saturação de oxigênio (p=0,002) evidenciando a efetividade da música sobre estes sinais vitais. Conclusão: a gestação gera possíveis sensações negativas que podem impactar o estado emocional, e a musicoterapia promoveu impacto positivo, pois favoreceu a redução do grau da ansiedade, repercutiu na mobilidade da criança e possuiu efeito significativo na melhoria da pulsação, respiração, frequência cardíaca e saturação de oxigênio.Descritores: Musicoterapia. Ansiedade. Sinais Vitais. Gestantes. Enfermagem
EVOLUÇÃO ANUAL DA QUALIDADE DO LEITE CRU DE TANQUES INDIVIDUAIS E COMUNITÁRIOS DO VALE DO RIO DOCE (MG)
A qualidade do leite produzido nas propriedades rurais reflete o manejo nutricional, higiênico e sanitário dos animais. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de leites crus refrigerados estocados em tanques individuais e comunitários de propriedades rurais do Vale do Rio Doce (MG), ao longo do ano. Nos anos de 2010 a 2012, amostras de leite de 109 tanques comunitários e 115 individuais foram analisadas mensalmente quanto aos teores de proteína, gordura, sólidos totais, CCS e contagem bacteriana. Observou-se que os teores de gordura, proteína e sólidos totais dos leites, tanto de tanques individuais quanto comunitários, variam significativamente (p<0,05) ao longo do ano, sendo que os maiores teores e contagens foram observados em épocas de maiores precipitações de chuvas e temperaturas. Leites de tanques comunitários apresentam predominantemente maiores contagens bacterianas que leites de tanques individuais ao longo do ano. Todas as médias mensais dos parâmetros avaliados se enquadram aos parâmetros legais estabelecidos pela legislação brasileira, exceto as médias de contagem bacteriana. É necessário rever falhas durante as práticas de ordenha e limpeza do ambiente dos animais
DETECÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA LEPTOSPIROSE EM SORO DE CAPRINOS PELO TESTE DE SOROAGLUTINAÇÃO MICROSCÓPICA (SAM) EM CONTRASTE DE FASE
A leptospirose é uma zoonose de distribuição cosmopolita de grande importância zoonótica, que acomete animais de todas as espécies, ocasionada pelo contato direto ou indireto com urina de animais infectados. O diagnóstico baseia-se na pesquisa de aglutininas anti-leptospira em soro de animais suspeitos, utilizando microscopia em contraste de fase ou campo escuro. O presente trabalho objetivou identificar sorogrupos de leptospiras predominantes em caprinos pelo método de soroaglutinação por meio da microscopia de contraste de fase. Foram analisados 38 soros de caprinos com e sem sintomas, pela Soroaglutinação Microscópica (SAM), submetidos a uma bateria com 23 sorovares de Leptospira. Obteve-se um resultado na triagem na qual todas as 38 amostras foram reagentes para os 23 sorogrupos. Na titulação verificou-se que os sorogrupos predominantes foram hardjobovis, copenhagen, butembo, bratislava e tarassovi, confirmando dados descritos na literatura que ratificam a presença desses sorogrupos na espécie caprina
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