90 research outputs found

    Banality and intersubjectivity in art

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    This article aims to reflect on the banality of art in its quotidianity. It attempts to question by what social dynamics the common, the banal and the quotidian can come to have artistic value. The answer we seek to build for the question, observes this sensation in its dynamics of sociation, that is, as a bond, as a structure of the collective and experiential character of social life. By understanding the phenomenon as a total social fact, we can say that it is engendered and simultaneously engenders the societal bond in an intersubjective procedure that produces the shared sense

    A antropologia dos sentidos e a etnografia sensorial: dissonâncias, assonâncias e ressonâncias

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    Nesse trabalho procuramos situar as relações entre a antropologia dos sentidos e a etnografia sensorial observando as dissonâncias, assonâncias e ressonâncias presentes em seus escopos teórico-metodológicas. Apresentamos algumas perspectivas e fontes contemporâneas desta relação, notadamente as reflexões propostas a partir da antropologia interpretativa de Geertz (1989), aquelas dos autores do “Seminário de Santa Fé” (1984), da antropologia dos sentidos proposta por Howes; Synnott; Classen, (1994) e da antropologia modal de Laplantine (2017). Nossa discussão também está ancorada na contribuição de Ingold (2000; 1008; 2011; 2012) e de Pink (2006; 2008; 2011; 2017). Desta maneira, por meio da síntese que esses autores fazem do debate a respeito da natureza reflexiva da etnografia.In this work we try to situate the relations between the anthropology of the senses and the sensory ethnography, observing the dissonances, assonances and resonances present in their theoretical and methodological scopes. We present some contemporary perspectives and sources of this relationship, notably the reflections proposed from Geertz's interpretive anthropology (1989), those of the authors of the “Santa Fé Seminar” (1984), of the anthropology of the senses proposed by Howes; Synnott; Classen, (1994) and Laplantine's modal anthropology (2017). Our discussion is also anchored in the contribution of Ingold (2000; 1008; 2011; 2012) and Pink (2006; 2008; 2011; 2017). In this way, through the synthesis that these authors make of the debate about the reflective nature of ethnography

    Etnografia sensorial e experiência sensível: experienciando a carne do mundo

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    Com este artigo pretendemos discutir a etnografia a partir de sua prática tendo como objeto quase sete anos de pesquisa - de agosto de 2011 a janeiro de 2018 - em um espaço urbano, uma feira, localizada em Belém do Pará, Amazônia brasileira. Procuramos colocar em evidência como ocorreu a construção do processo etnográfico feito on foot (Lee & Ingold 2006), a partir de uma observação de perto e de dentro (Geertz 1989) daqueles elementos e conteúdos (Simmel 2006) que conformam a feira enquanto tal: as pessoas e as coisas materiais e imateriais na sua concretude, as sensibilidades de todas as ordens; aquilo que a partir do pensamento de Merleau-Ponty (1945; 1985), seria a carne do mundo. Entrar na carne daquele mundo, e observar de que maneira essa carne se conforma, de que maneira ela dá corpo e vida à feira, e, assim, acaba por conformar o objeto de pesquisa do pesquisador a partir de sua própria prática etnográfica. Compreendo como uma prática etnográfica sensível pautada pela sensorialidade, que ao ser afetado (Favret-Saada 2012), cai no mundo da vida - (Lebenswelt) (Husserl 2006), e é completamente envolvido pelas circunstâncias do campo

    O vestido vermelho: consumo, cultura material e comunicação intersensorial na feira do Guamá, Belém-Pará

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    Este trabalho se propõe a interpretar os processos de sociação em um grupo de feirantes na feira do Guamá, em Belém-PA. Partimos da compreensão de que as práticas de consumo conformam processos de sociação (SIMMEL, 2006), processos estes que se reverberam através da comunicação intersensorial ali estabelecida. Com apoio de Miller (2007, 2008), discute-se como o consumo e a cultura material contribuem para a construção de intersubjetividades (CASTRO, F., 2017) e de processos de comunicação intersensorial (CASTRO, M., 2020), e como estes corroboram para a produção e/ou incremento de reciprocidades (MAUSS, 1974). Observamos que as relações recíprocas que estabelecemos, e através das quais nos comunicamos, estão permeadas pela intersensorialidade, ou seja, pela comunicação através da qual os sentidos do corpo, providos de cultura, são agentes fundamentais para a realização da intersensorialidade. Reflete-se sobre como as coisas destacam-se como elementos de partilha e de reciprocidade entre aqueles que participam desses processos de sociação

    APORTES TEÓRICOS PARA PENSAR A FEIRA ENQUANTO FORMA SOCIAL

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    Este artigo propõe uma abordagem da feira enquanto “forma social”. Entendemos forma a partir de uma perspectiva simmeliana, como o resultado de um processo que se constrói, ininterruptamente, através das relações que se estabelecem entre os mais diversos objetos e conteúdos e que assim se dá a ver. Forma social, a partir desta perspectiva, pode ser compreendida como a socialidade. A forma social é gerada a partir de um sentimento partilhado, de um sentir-junto, experiências comuns, sensações, emoções, da vida de toda ordem, que ganha sentido quando vivida e experenciada. Entendemos que o sentir-junto, ao conformar formas sociais, produz uma estética inerentes àquela socialidade. Nosso objetivo é perceber e colocar em evidência as valorações estéticas geradas através da socialidade conformadora da Feira do Guamá, em Belém, evidenciando os elementos que conformam essa forma-social, ou forma-feira, e caracterizam sua estética

    No emaranhado do Guamá: trajetos etnográficos numa feira de Belém

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    O artigo procura fazer uma descrição fenomenológica da feira do Guamá, situada no bairro de mesmo nome, em Belém-PA. Dialogando com procedimentos etnocartográficos, parte-se de uma exposição compreensiva das espacialidades da feira. Deseja-se valorizar a dimensão endógena da experiência espacial dos sujeitos sociais observados. Empreender uma fenomenologia do lugar significa, em nossa compreensão, um duplo movimento: primeiramente, indagar como os indivíduos encontram o mundo na sua complexidade espacial e, em seguida, interpretar como esses encontros são usados para dar sentido ao mundo espacial. Percebe-se o espaço como uma dimensão vivenciada pelos indivíduos, e não como algo prefigurado por meio de representações. Dessa maneira, a feira que descrevemos corresponde a um espaço na sua dimensão intersubjetiva: não como algo pré-ontologicamente dado, mas sim como uma construção em curso de sentidos.This seeks a phenomenological description of Guamá’s market, located in a neighborhood of Belém, Brazil. Dialoguing with ethnocartography procedures, we start with a comprehensive exposition of the spatiality of the market. We hope to enhance endogenous dimension of local spatial experience. Undertaking a phenomenology of the place means, in our understanding, a double movement: First, to ask how the social subjects find the world in its spatial complexity and, then, to interpret how these encouters are used to make sense to spatial world. One sees the space as a dimension experienced by individuals, and not as something foreshadowed by representations. Thus, the market we describe corresponds a space in its intersubjective dimension: not as something pre-ontologically given, but rather as an ongoing construction of meaning

    Banalidade e intersubjetividade na arte

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    Este artigo objetiva refletir sobre a banalidade da arte na sua quotidianidade. Procura-se indagar por que dinâmicas sociais o comum, o banal e o quotidiano podem vir a ter valor artístico. A resposta que buscamos construir para a questão, observa essa sensação na sua dinâmica de sociação, ou seja, como vínculo, como estrutura do caráter coletivo, vivencial, da vida social. Compreendendo o fenômeno como um fato social total, podemos dizer que ele é engendrado e engendra, simultaneamente, o vínculo societal num procedimento intersubjetivo que produz o sentido partilhado

    É tempo de Preamar. a política cultural de Paes Loureiro no Pará, em 1987-1990

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    O artigo discute a ação cultural do professor João de Jesus Paes Loureiro à frente da Secretaria de Cultura do Estado do Pará, entre 1987 e 1990. Procura-se compreender a sua política cultural, a partir de suas fontes discursivo-ideológicas principais. Apresenta-se também uma descrição dos programas centrais da sua gestão, discutindo-os à luz dessas matrizes discursivas

    Las sirenas del Mar de Vila Silva: un viaje fotoetnográfico

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    Colocamos em evidência uma narrativa, e quiçá, uma interpretação dos processos de construção de sentidos de um grupo de tocadoras de carimbó pau e corda na Amazônia — “As Sereias do Mar”, do vilarejo Vila Silva, município de Marapanim, Pará — por meio de imagens produzidas entre 2015 e 2019. Compreendemos que narrar por imagens é evidenciar compreensões e interpretações que podem ir além daquelas que a literatura nos permite alcançar. Portanto, o que aqui narramos pela construção fotoetnográfica é uma estética, um estar-junto, uma maneira de ver e sentir um mundo, que é vivenciada, construída e reverberada em uma comunidade amazônica, que se conforma e evidencia no viver o carimbó pau e corda. Narramos, por meio das imagens produzidas a partir de um relato fotoetnográfico que conformam um récit visual, certa compreensão de um mundo que se materializa na imagem e na interpretação que aqui fazemos.Destacamos una narrativa, y quizás, una interpretación de los procesos de construcción de significados de un grupo de ejecutantes de carimbó pau e corda en la Amazonía brasileña — “As Sereias do Mar”, de la aldea Vila Silva, municipio de Marapanim, Pará (Brasil) — a través de imágenes producidos entre 2015 y 2019. Entendemos que narrar por imágenes es resaltar comprensiones e interpretaciones que pueden ir más allá de las que la literatura nos permite alcanzar. Por tanto, lo que presentamos aquí mediante la construcción fotoetnográfica es una estética, un estar-juntos, una forma de ver y sentir un mundo, que se vive, se construye y se repercute en una comunidad amazónica, que se conforma y se hace evidente en vivir el carimbó pau e corda. A partir de las imágenes producidas en un reportaje fotoetnográfico que conforman un recital visual, narramos una comprensión de un mundo que se materializa en la imagen y en la interpretación que aquí hacemos.This paper puts forth a narrative and, perhaps, an interpretation of the processes of meaning construction by a group of Amazonian carimbó musicians —“As Sereias do Mar” — from Vila Silva village, municipality of Marapanim, Pará, through images produced between 2015 and 2019. Visual storytelling can unveil understandings and interpretations that go beyond those made possible by literature. Thus, the present photoethnographic narrative is an aesthetic, a being-together, a way of seeing and feeling a world that is experienced, built and echoed in an Amazonian community, which is construed and made visible by living the carimbó. The constructed visual storytelling narrates a certain understanding of a world that materializes itself in the images and interpretation produced here

    A Pragmática comunicativa em uma feira de Belém

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    El presente artículo objetiva reflexionar sobre la pragmática comunicativa existente en la feria de Guamá, ubicada en Belém do Pará, en la Amazonia brasileña. Se busca observar, a partir de una aproximación etnográfica, el movimiento social y las prácticas de interacción comunicativa de los sujetos allí presentes en relación con las dinámicas de ocupación del espacio y con la disposición de los productos vendidos. Nos proponemos evidenciar la estructuración organizacional en su dinámica intersubjetiva y, desde esa perspectiva, observamos el desarrollo de la idea de lugar y la identificación que las personas desarrollan con ese lugar dentro de procesos estéticos. Para ello utilizamos la teoría de Maffesoli que trata de localidad y prácticas sociales en el cotidiano. También utilizamos la obra de Schutz para interpretar las prácticas sociales por medio de la tipificación en las estructuras sociales, así como la de Simmel para comprender la forma social.Este artigo objetiva refletir sobre a pragmática comunicativa existente na feira do Guamá, localizada em Belém do Pará, na Amazônia brasileira. Nós procuramos observar, a partir de uma aproximação etnográfica, a movimentação social e as práticas de interação comunicativa  os sujeitos ali presentes em relação às dinâmicas de ocupação do espaço e à disposição dos produtos ali vendidos. A investigação evidencia a estruturação organizacional em sua dinâmica intersubjetiva e, a partir dessa perspectiva, observamos o desenvolvimento da ideia de lugar e a identificação que as pessoas desenvolvem com a localidade dentro de processos estéticos. Para reflexão, neste artigo utilizamos textos do teórico Maffesoli em que trata de localidade e práticas sociais no cotidiano. Também utilizamos a obra de Schutz quando interpretamos as práticas sociais através de tipificação nas estruturas sociais; assim como usamos a compreensão de forma social de Simmel.This article aims to reflect on the communicative pragmatic present on the Guamá market, located in Belém, in the Brazilian Amazon. We seek to observe, from an ethnographic approach, the social movement and the communicative interaction practices of the subjects there, in relation to the dynamics of space occupation and the disposition of the goods sold there. The research evidences the organizational structure in its intersubjective dynamics, and, from this perspective, we observe the development of the idea of place and identification that people develop with this place within aesthetic processes. For this reflection, this article uses studies by the theorist Maffesoli, who addresses locality and social practices in daily life. We also use a study by Schutz to interprete social practices through typification in social structures; also, we use the understanding on social form by Simmel
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