47 research outputs found

    Validação relativa de período recordatório em estudos de utilização de medicamentos

    Get PDF
    Nos estudos farmacoepidemiológicos, informações autorrelatadas obtidas por meio de questionário são comumente usadas como medida da exposição a medicamentos. Porém, dados coletados através do autorrelato retrospectivo estão sujeitos ao erro recordatório, podendo levar a erros nas estimativas. Um dos fatores que pode afetar a acurácia dos dados obtidos por este método é a capacidade do respondente em recordar de maneira fiel a utilização de medicamentos num certo período de tempo. Existe grande variação do período recordatório adotado em estudos de utilização de medicamentos, sendo o período de 14 dias o mais usual. O objetivo deste estudo foi avaliar a validade relativa de três períodos recordatórios diferentes, sete, 14 e 30 dias, para o autorrelato do uso de medicamentos, utilizando como referência um recordatório de 24 horas. Foi realizado um estudo transversal no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde os participantes foram alocados, aleatoriamente, em três grupos de acordo com os períodos recordatórios de sete, 14 e 30 dias e entrevistados em dois momentos distintos, respondendo a um recordatório de 24 horas na primeira entrevista e a um questionário sobre o uso de medicamentos num período determinado conforme o grupo de alocação, na segunda entrevista. As concordâncias foram avaliadas comparando os dois questionários por kappa e percentual de concordância. Dos 360 participantes que responderam ao recordatório de 24 horas na primeira entrevista, 299 completaram o estudo ao responderem ao segundo questionário A distribuição das características sociodemográficas e das prevalências de uso de medicamentos foi semelhante entre os grupos avaliados. O percentual de concordância variou entre 92 a 99% para os medicamentos de uso contínuo e entre 63 a 81% para os de uso eventual nos três períodos recordatórios. O coeficiente kappa variou de 0,92 a 0,97 no período recordatório de sete dias, 0,82 a 0,90 em 14 dias e 0,71 a 0,81 em 30 dias para os medicamentos de uso contínuo. Para os medicamentos de uso eventual, o coeficiente kappa oscilou entre 0,27 a 0,52 nos três períodos avaliados. Não houve diferença de concordância entre os três períodos recordatórios avaliados quando comparados ao recordatório de 24 horas. A concordância foi muito boa para os medicamentos de uso contínuo nos três períodos recordatórios, mas baixa para os medicamentos de uso eventual. Dessa maneira, a análise de concordância sugere que os três períodos recordatórios avaliados são válidos para a investigação da utilização de medicamentos de uso contínuo. Para os medicamentos de uso eventual, ainda são necessários mais estudos a fim de avaliar o período recordatório ideal Para a determinação do período recordatório ideal deve-se levar em consideração, principalmente, a frequência de uso dos medicamentos a serem investigados. Na avaliação de medicamentos de uso contínuo, o período recordatório parece não influenciar nas estimativas das prevalências e o erro recordatório teria magnitude de efeito pequena sobre a sua subestimação. Para os medicamentos de uso eventual, o período recordatório adotado influencia as estimativas de prevalência do uso de medicamentos e o erro recordatório pode estar relacionado à sua subestimação. Sugere-se a adoção de um período recordatório de 14 ou 15 dias, facilitando futuras comparações entre estudos, especialmente para a investigação de medicamentos de uso contínuo.In pharmacoepidemiological studies, information obtained through selfreported questionnaires are commonly used as a measure of exposure to drugs. However, data collected through retrospective self-reports are subject to recall bias, which can lead to errors in the estimates. One of the factors that may affect the accuracy of the data obtained by this method is the ability of the respondent to recall faithfully medicine use in a certain period of time. There is great variation in the recall period adopted in studies of drug use, and a period of 14 days as usual. The aim of this study was to assess the relative validity of three different recall periods, seven, 14 and 30 days for the self-report of drug use, using as reference a 24-hour recall. We conducted a cross-sectional study on the campus of the Federal University of Rio Grande do Sul, where participants were randomly allocated into three groups according to the recall periods of seven, 14 and 30 days and interviewed at two different times, responding to a 24-hour recall in the first interview and a questionnaire on the use of medicines in a given period as the group allocation, the second interview. The agreements were assessed by comparing the two questionnaires kappa and percentage agreement. Of the 360 participants who responded to the 24-hour recall in the first interview, 299 completed the study to answer the second questionnaire The distribution of sociodemographic characteristics and the prevalence of drug use was similar between the groups. The percentage of agreement ranged between 92 to 99% for prescription drugs continuously and between 63 to 81% for the acute use of the three recall periods. The kappa coefficients ranged from 0.92 to 0.97 in the recall period of seven days, from 0.82 to 0.90 in 14 days and from 0.71 to 0.81 in 30 days for prescription drugs continuously. To use any of the drugs, the kappa coefficient ranged from 0.27 to 0.52 during the three periods. There was no difference of agreement between the three recall periods when compared to the 24-hour recall. The agreement was very good for continuous use of the drugs in the three recall periods, but low for the acute use of medicines. Thus, the concordance analysis suggests that the three recall periods are for research use of prescription drugs continuously. To use any of the medications, although more studies are needed to assess the optimal recall period. To determine the ideal recall period should take into account mainly the frequency of use of the drugs to be investigated. In the evaluation of medicinal products for continuous use, the recall period does not influence the estimates of the prevalence and magnitude of recall bias would have little effect on its underestimation. To medicines for acute use, the recall period adopted influences the estimates of prevalence of drug use and recall bias may be related to its underestimation. It is suggested the adoption of a recall period of 14 or 15 days, facilitating future comparisons between studies, especially for the investigation of prescription drugs continuously

    Concordância entre diferentes períodos recordatórios em estudos de utilização de medicamentos

    Get PDF
    Objective: To assess the agreement between three recall periods for self‑reported drug use using a 24‑hour recall period as reference. Methods: Participants were allocated into three groups with different recall periods of 7, 14 and 30 days and were interviewed at two different times. A 24‑hour recall questionnaire was answered during the first interview, and a questionnaire on drug use over the different recall periods tested was answered during the second interview. The agreement between the questionnaires was evaluated using percent agreement and kappa. Results: For continuous drugs, percent agreement varied between 92 and 99% and kappa varied between 0.71 and 0.97 for three periods tested. For drugs of occasional use, percent agreement varied between 63 and 81% and kappa varied between 0.27 and 0.52. The prevalence of drugs, particularly those of occasional use, increases with time. Conclusions: The high level of agreement between the three recall periods suggests that all of them are valid for the investigation of drugs of continuous use

    Análise de Incompatibilidades de Medicamentos Intravenosos no Centro de Tratamento Intensivo Adulto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

    Get PDF
    Introdução: As incompatibilidades medicamentosas quando ocorrem são consideradas erro de medicação, e o produto resultante pode afetar a eficácia e a segurança da terapia, sendo que conhecer seus fundamentos pode ajudar a prevenir sua ocorrência diminuindo, assim, seus riscos.Objetivo: Identificar e quantificar as incompatibilidades físico-químicas entre medicamentos administrados através da via intravenosa em pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), observar a possibilidade de orientações farmacêuticas para a administração dos medicamentos incompatíveis.Metodologia: Estudo transversal, no qual foram avaliadas as prescrições de Março a Maio de 2010, a partir dos prontuários eletrônicos, verificando a ocorrência de incompatibilidades medicamentosas entre as formas farmacêuticas intravenosas. Foi realizada uma intervenção farmacêutica por meio de orientações quanto à administração dos medicamentos identificados como incompatíveis.Resultados: Foram analisadas 65 prescrições médicas, destas 51 apresentaram incompatibilidade entre os medicamentos. A média de medicamentos intravenosos foi de sete (DP±1,6) por prescrição. Foram identificadas 177 incompatibilidades entre 35 medicamentos diferentes, que levaram a 71 possibilidades de interação. Os medicamentos mais envolvidos nas incompatibilidades foram o Midazolam (18,1%) e a Insulina (10,5%). As incompatibilidades mais encontradas foram entre Midazolam e Piperacilina+Tazobactam (9,6%) e entre Insulina e Noradrenalina (7,9%). Das 51 prescrições que geraram orientação farmacêutica, 13 destas puderam ser realizadas pela equipe de enfermagem.Conclusão: As incompatibilidades medicamentosas podem ser identificadas e evitadas com a presença do farmacêutico na unidade de internação, diminuindo a ocorrência de efeitos indesejáveis ao paciente.

    Users' preferences and perceptions of thecomprehensibility and readability of medication labels

    Get PDF
    Objective: To evaluate the labeling preferences of medication users and characterize their perceptions of the comprehensibility and readability of medication labels. Methods: We conducted a population-based cross-sectional study of medication users aged 18 years or older in 10 Brazilian capital cities. Perceptions of the comprehensibility and readability of medication labels in relation to sociodemographic characteristics were evaluated by Poisson regression models with robust variance. Labeling preferences were assessed through questions addressing possible improvements and through the use of digitally simulated packages. Results Of 6,255 medication users interviewed, more than half found it difficult or very difficult to read (50.8%) and/or understand (52.0%) medication labels. Difficulties were more pronounced for participants aged 40 years or older, with lower levels of education, and nonwhites. Increasing the font size (93.7%), describing the indications for use (95.9%) and contraindications (95.6%) on the label, and highlighting the expiration date (96.3%) were the most widely accepted improvements. In the evaluation of simulated packages, users preferred factors that improved readability, such as increased font size, use of graphic elements and color to highlight the concentration of the active ingredient, and contrast between the font color and background. The new simulated package design, with increased font size, color to highlight the concentration and contrast between the font color and background, was preferred over the standard design by 77.0% of participants. Conclusion: Based on users’ perceptions, increased font size and use of graphic elements and color to emphasize critical information, such as expiration date and concentration, are factors that contribute to making medication labels clearer to users. Pharmaceutical industries and policy makers should consider these items when developing labels and defining policies on this issue

    Rótulos de medicamentos na perspectiva dos profissionais de saúde brasileiros dificuldades, nível de satisfação e melhorias propostas

    Get PDF
    Objective: To evaluate health professionals’ perceptions of medication error situations associated with labeling. Methods: Crosssectional study of 1056 nurse technicians, nurses, and pharmacists interviewed in 10 Brazilian capital cities. We assessed participants’ perceptions of difficulty in differentiating or seeing information on labels, likelihood of a medication error to occur, and frequency of medication errors, including: 1) look-alike vials or labels; 2) two packages of the same medicine but of different doses; 3) ampoule labels; 4) blister pack labels; and 5) labels printed on secondary packages. Results: Most participants reported it difficult or very difficult to differentiate between look-alike vials (82.4%) and between different doses of the same medicine (82.5%). Identifying important information on ampoules, blister packs, and secondary packages was considered difficult or very difficult by 89.9%, 64.4%, and 48.9% of participants, respectively. Approximately half of the participants reported that an error was most likely to occur in situations involving difficulty in seeing the information on an ampoule, look-alike labels, and packages of the same medicine but of different doses. Conclusion: Difficulty in at least one of the situations involving the identification or differentiation of medication labels is common among health professionals, leading to a greater likelihood of medication errors.Objetivo: Avaliar as percepções de profissionais da saúde sobre situações de erros de medicação associado a rotulagem. Métodos: Estudo transversal com 1.056 técnicos de enfermagem, enfermeiros e farmacêuticos entrevistados em 10 capitais brasileiras. Avaliamos a percepção dos participantes sobre a dificuldade em diferenciar ou ver as informações nos rótulos, a probabilidade de ocorrer um erro de medicação e a frequência de erros de medicação, incluindo: 1) frascos ou rótulos semelhantes; 2) duas embalagens do mesmo medicamento, mas com doses diferentes; 3) rótulos de ampolas; 4) rótulos das embalagens blister; e 5) etiquetas impressas nas embalagens secundárias. Resultados: A maioria dos participantes relatou ser difícil ou muito difícil diferenciar entre frascos idênticos (82,4%) e entre diferentes doses do mesmo medicamento (82,5%). A identificação de informações importantes sobre ampolas, blisters e embalagens secundárias foi considerada difícil ou muito difícil por 89,9%, 64,4% e 48,9% dos participantes, respectivamente. Aproximadamente metade dos participantes relatou que um erro era mais provável de ocorrer em situações envolvendo dificuldade em ver as informações em uma ampola, rótulos semelhantes e embalagens do mesmo medicamento, mas com doses diferentes. Conclusão: A dificuldade em pelo menos uma das situações que envolvem a identificação ou diferenciação dos rótulos dos medicamentos é comum entre os profissionais de saúde, levando a uma maior probabilidade de erros de medicação

    Drug use among children between zero and six years old : a population baseline study in the south of Brazil

    Get PDF
    O objetivo do artigo é estimar a prevalência de utilização de medicamentos em crianças de zero a seis anos, analisando as características sociodemográficas associadas, e avaliar a adequação dos medicamentos quanto às indicações em pediatria e às restrições por faixa etária. Estudo transversal de amostra constituída por crianças de seis anos ou menos residentes em uma cidade no sul do Brasil, através de amostragem por conglomerados. Aplicou-se questionário padronizado sobre o uso de medicamentos nos 15 dias anteriores à entrevista. Foi realizada análise descritiva e avaliada a associação entre o uso de medicamentos e fatores sociodemográficos, além da análise da adequação dos medicamentos mais prevalentes. Das 687 crianças avaliadas, 52% utilizaram pelo menos um medicamento no período estudado. Não foram encontradas associações entre o uso de medicamentos e características sociodemográficas, à exceção da renda per capita mensal. O medicamento mais utilizado foi o paracetamol (17,1%), seguido da amoxicilina (9,5%) e da dipirona (8,4%). Entre os dez medicamentos mais utilizados, seis apresentaram restrições de faixa etária em pediatria. Os resultados indicam uso expressivo de medicamentos, incluindo os com restrições de faixa etária, particularmente em crianças menores de dois anos.The scope of this article was to estimate the prevalence of medication use in children between zero and six years old, analyzing the associated socio-demographic characteristics, and evaluating the adequacy of the medication with respect to pediatric recommendations and restrictions per age group. A cross-sectional study was conducted by means of cluster sampling on a sample comprised of children aged six or under, residents of a city in the south of Brazil. A standardized questionnaire about medication use 15 days prior to the interview was applied. A descriptive analysis was carried out, and the association between medication use and socio-demographic factors was evaluated, as well as the analysis of the pediatric adequacy of the most prevalent medication. Of the 687 children evaluated, 52% used at least one drug in the period. Associations between medication use and socio-demographic characteristics were not found, with the exception of per capita monthly income. The most prevalent medication was paracetamol (17.1%), followed by amoxicillin (9.5%) and dipyrone (8.4%). Among the ten drugs most used in children, six had pediatric restrictions for the age group. The results indicate significant use of medication, including medication with age restrictions, particularly for children under two years of age

    Prática virtual de bioquímica: cromatografia ascendente em papel de aminoácidos

    Get PDF
    Cromatografia consiste num método de análise de componentes de uma misturacomplexa baseada em diferentes critérios: adsorbilidade, solubilidade, massa molecular,carga iônica e afinidade. É um importante conteúdo da disciplina Bioquímica. Estetrabalho relata o desenvolvimento e a validação de um software de simulaçãolaboratorial denominado Cromatografia Ascendente em Papel de Aminoácidos usando aferramenta o Adobe® Flash® CS3. A organização e a coleta do material multimídiaocorreram no semestre 2008/2. As imagens mais representativas foram inseridas noobjeto de aprendizagem A primeira aplicação deste objeto foi realizada em 2009/1, naBioquímica I (Farmácia-UFRGS). Com base nesta experiência, uma nova versão foidesenvolvida a qual foi utilizada pelos alunos da mesma disciplina em 2009/2. Apósuma aula expositiva de 50 minutos (teórico-prática), os alunos dos dois semestres foramdivididos em dois grupos. O grupo I respondeu a um questionário sobre conceitosbásicos de cromatografia e depois utilizou o software. O grupo II foi submetido aoprotocolo inverso. Os grupos também avaliaram os aspectos técnicos daanimação/simulação e a atividade realizada. Associando os resultados das duasaplicações (2009/1 e 2009/2), o objeto de aprendizagem em questão pode serconsiderado válido como suporte para o ensino prático de Bioquímica básica

    Bulas de medicamentos sob a perspectiva dos usuários : elas são lidas e compreendidas?

    Get PDF
    Introdução: A informação escrita sobre medicamentos tem sido reconhecida como uma ferramenta importante para a educação em saúde. Objetivo: Analisar o uso e compreensão de bulas de medicamentos pelos usuários e avaliar fatores sociodemográficos e médicos associados ao seu uso e compreensão. Método: Os dados nesta análise fazem parte da PNAUM - um estudo transversal de base populacional realizado nas cinco regiões brasileiras. Estatísticas descritivas e teste de χ2 de Pearson foram utilizados para comparar proporções entre características sociodemográficas e médicas, uso e compreensão das bulas. Resultados: Um total de 28.427 indivíduos responderam a questões relativas a bulas. Desse total, 59,6% (IC95% 57,7 - 61,5) responderam que geralmente leem as bulas e 98,4% (IC95% 98,0 - 98,8) as consideraram necessárias. Entre as pessoas que leram as bulas, mais da metade indicou dificuldades de legibilidade (57,4%; IC95% 55,2 - 59,6) e de leiturabilidade (54,1%; IC95% 52,1 - 56,1) das bulas. As pessoas com menos educação relataram maior dificuldade em compreendê-las. Conclusões: A maioria da população tem o costume de ler as bulas, no entanto as pessoas consideram-nas difíceis de ler e compreender.Introduction: The written information on medicines has been acknowledged as an important tool for health education. Objective: To analyze the use and understanding of medicine package inserts by users and assess sociodemographic and medical factors associated with their comprehension. Method: Data in this analysis are part of the PNAUM National Survey - a cross-sectional population-based study conducted in Brazil. Descriptive statistics and the Pearson χ2 tests were performed to compare proportions between sociodemographic and medical characteristics, as well as use and understanding of medicine package inserts. Results: A total of 28.427 individuals responded to questions related to medicine package inserts. From these, 59.6% (95%CI 57.7 - 61.5) said they usually read the inserts, and 98.4% (95%CI 98.0 - 98.8) considered them necessary. Among people who read the medicine package inserts, more than half indicated difficulties with legibility (57.4%; 95%CI 55,2 - 59,6) and readability (54.1%; 95%CI 52.1 - 56.1). People from a lower education level reported greater difficulty in understanding them. Conclusion: The larger portion of the population usually read medicine package inserts. Nevertheless, people have difficulty in reading and understanding them

    Test of health literacy for portuguese-speaking adults

    Get PDF
    Introdução: O letramento em saúde é avaliado em diversos países por instrumentos adaptados ao idioma e à cultura locais. O objetivo deste trabalho foi realizar a adaptação transcultural para a língua portuguesa do Brasil e validar o Teste de Letramento em Saúde (TLS), a partir do Test of Functional Health Literacy in Adults (TOFHLA). Método: O TLS, traduzido e adaptado à realidade brasileira a partir do original em inglês, foi administrado a 302 usuários de uma clínica universitária em Santa Catarina, entre setembro e outubro de 2013. Coeficiente alfa de Cronbach, correlação de Spearman e análise de variância foram utilizados para verificar a consistência interna, a correlação entre suas partes e a associação entre as variáveis sociodemográficas e a pontuação do teste, respectivamente. Resultados: A pontuação média do teste foi de 72,2, e 54,6% dos participantes apresentaram letramento em saúde adequado, 19,2%, limitado e 26,2%, inadequado. A pontuação média do teste diminuiu com o aumento da idade e aumentou com a elevação da escolaridade. Não houve diferença significativa para as demais características sociodemográficas. O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,953. Para a parte numérica e para os trechos de leitura, os coeficientes apresentados foram de 0,808 e 0,951, respectivamente. Todos os trechos correlacionaram-se positiva e significativamente com o teste, e também entre si. Conclusão: A validação do TLS oferece um instrumento para a determinação do nível de letramento em adultos brasileiros.Introduction: Health literacy has been evaluated in several countries by tools developed for local language and culture. This study aimed to adapt and to validate the Health Literacy Test (TLS) for the Brazilian Portuguese language based on the Test of functional health literacy in adults (TOFHLA). Method: The TLS, translated and adapted to the Brazilian scenario based on the Test of functional health literacy in adults, was administered to 302 users of a clinic of a University in Santa Catarina from September to October 2013. Cronbach’s Alpha coefficient, Spearman’s correlation and Analysis of Variance were used to assess the internal consistency, the correlation between the parts of the test and association between sociodemographic variables and the score of the Test, respectively. Results: The average score of the test was 72,2, and 54.6% of participants had adequate health literacy, 19.2% had marginal health literacy and 26.2% had inadequate health literacy. The average score of the test was inversely related to the age of the participants and directly related to the level of education. There was no significant difference in the other sociodemographic characteristics. The internal consistency (Cronbach’s alpha) was 0.953. The coefficients for the numerical and reading passages were 0.808 and 0.951, respectively. All the sections correlated positively and significantly with the Test, and also with each other. Conclusion: The validation of this test provides a new instrument to determine the literacy level in Brazilian adults

    The use of telemedicine to support Brazilian primary care physicians in managing eye conditions : the TeleOftalmo Project

    Get PDF
    Purpose: To determine whether teleophthalmology can help physicians in assessing and managing eye conditions and to ascertain which clinical conditions can be addressed by teleophthalmology in primary care setting. Methods: We evaluated the resolution capacity of TeleOftalmo, strategy implemented in the public health system of southern Brazil. Resolution capacity was defined as the ability to fully address patients’ eye complaints in primary care with remote assistance from ophthalmologists. Data from tele-eye reports were collected over 14 months. Resolution capacity was compared across different age groups and different ocular conditions. Results: Overall, 8,142 patients had a tele-eye report issued in the study period. Resolution capacity was achieved in 5,748 (70.6%) patients. When stratified into age groups, the lowest capacity was 43.1% among subjects aged �65 years, while the highest was 89.7% among subjects aged 13–17 years (p<0.001). Refractive error (70.3%) and presbyopia (56.3%) were the most prevalent conditions followed by cataract (12.4%) and suspected glaucoma (7.6%). Resolution capacity was higher in cases of refractive error, presbyopia, spasm of accommodation and lid disorders than in patients diagnosed with other condition (p<0.001). Conclusions: With telemedicine support, primary care physicians solved over two-thirds of patients’ eye or vision complaints. Refractive errors had high case resolution rates, thus having a great impact on reducing the number of referrals to specialty care. Teleophthalmology adoption in primary-care settings as part of the workup of patients with eye or vision complaints promotes a more effective use of specialty centers and will hopefully reduce waiting times for specialty referral
    corecore