28 research outputs found

    Estrategias de conversión y modos indígenas de apropiación del cristianismo en las misiones jesuíticas de Maynas, 1638-1767

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    Beginning in 1638, Spanish Jesuits established missions among Indians residing on the western fringes of Amazonia, particularly in the Marañón, Napo, and Amazon River Valleys. In this article, I seek to understand the survival and reinvention of indigenous traditions and the ways in which Christian doctrine was translated. I hypothesize that indigenous practices and beliefs shaped the translation of Christianity from one cultural context into another.Este texto problematiza las formas de apropiación de la doctrina cristiana entre los indios reducidos en las misiones jesuíticas de Maynas. Dichas misiones fueron iniciadas en 1638 en los valles de los ríos Marañón, Napo y Amazonas. El análisis permite divisar la persistencia, bajo nuevas convenciones, de prácticas y formas de pensar nativas, como matrices que informaron la apropiación del cristianismo

    Imagens dos índios na Amazônia espanhola, nos séculos XVI e XVII

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    From the mid-sixteenth century and throughout the seventeenth century, settlers and missionaries assiduously explored the fringes of Amazonia located east of the Audience of Quito. In that period, they circulated several images of native peoples. Indians were classified into two broad categories: on the one hand, those in whom the Spanish established some signs of “polity” were perceived as “friends”; while, on the other the “barbarians” were usually depicted as nomads and cannibals. A more systematic analysis of these images shows that they were congruent with settlers’ and missionaries’ specific goals: the capture of Indians for personal service and the establishment of missions.Desde meados do século XVI e por todo o século XVII, colonos e missionários exploraram assiduamente as franjas da Amazônia localizadas a oriente da Audiência de Quito e teceram diversas imagens das populações indígenas. Os nativos foram classificados em duas grandes categorias: de um lado, estavam os tidos por “amigos”, em quem os espanhóis verificavam certos sinais de “polícia”; de outro, os “bárbaros”, geralmente retratados como nômades e antropófagos. Uma análise mais acurada dessas imagens mostra que elas se coadunavam com os objetivos específicos de colonos e missionários, vale dizer, a captura de mão de obra para o serviço pessoal e o estabelecimento de reduções

    “Una verdadera selva de idiomas”: jesuítas, política linguística e tradução cultural nas missões da Amazônia espanhola (séc. XVII e XVIII)

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    This article examines Jesuit linguistic policy in Spanish Amazonia during the 17th and 18th centuries. First, it contextualizes Jesuit practices and conceptions of the translation of Catholic concepts within the broader framework of the linguistic policy of the Spanish Empire. Next, using examples taken from vocabularies and catechisms produced among Amazonian Indians, the article discusses the Jesuits’ main difficulties and strategies. Finally, it focuses on problems related to the translation of terms of the Christian doctrine into native languages and suggests elements to think about the indigenous appropriation of these terms.Keywords: linguistic policy, Jesuit Missions, vocabularies, catechisms, Amazonia.Este artigo apresenta um estudo da política linguística dos jesuítas na Amazônia espanhola, nos séculos XVII e XVIII. Em um primeiro momento, procura contextualizar as práticas e concepções dos jesuítas sobre esse tema no quadro mais amplo da política linguística do império espanhol. A seguir, discute as principais dificuldades e estratégias dos inacianos, com exemplos retirados de vocabulários e catecismos produzidos entre os índios amazônicos. Por fim, procura mostrar os problemas relacionados à tradução de termos da doutrina cristã nas línguas nativas e sugerir elementos para pensar as apropriações indígenas desses termos.Palavras-chave: política linguística, Missões Jesuíticas, vocabulários, catecismos, Amazônia

    “Una verdadera selva de idiomas”: jesuítas, política linguística e tradução cultural nas missões da Amazônia espanhola (séc. XVII e XVIII)

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    This article examines Jesuit linguistic policy in Spanish Amazonia during the 17th and 18th centuries. First, it contextualizes Jesuit practices and conceptions of the translation of Catholic concepts within the broader framework of the linguistic policy of the Spanish Empire. Next, using examples taken from vocabularies and catechisms produced among Amazonian Indians, the article discusses the Jesuits’ main difficulties and strategies. Finally, it focuses on problems related to the translation of terms of the Christian doctrine into native languages and suggests elements to think about the indigenous appropriation of these terms.Keywords: linguistic policy, Jesuit Missions, vocabularies, catechisms, Amazonia.Este artigo apresenta um estudo da política linguística dos jesuítas na Amazônia espanhola, nos séculos XVII e XVIII. Em um primeiro momento, procura contextualizar as práticas e concepções dos jesuítas sobre esse tema no quadro mais amplo da política linguística do império espanhol. A seguir, discute as principais dificuldades e estratégias dos inacianos, com exemplos retirados de vocabulários e catecismos produzidos entre os índios amazônicos. Por fim, procura mostrar os problemas relacionados à tradução de termos da doutrina cristã nas línguas nativas e sugerir elementos para pensar as apropriações indígenas desses termos.Palavras-chave: política linguística, Missões Jesuíticas, vocabulários, catecismos, Amazônia

    Viagens ultramarinas: monarcas, vassalos e governo à distância

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    Mediators of the sacred: native auxiliaries of the Jesuit Missionaries in the Western Amazon (c. 1638-1767)

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    Este artigo analisa a participação indígena na difusão da doutrina cristã nas missões jesuíticas instaladas na Amazônia ocidental. Estudiosos têm destacado, nas últimas décadas, o papel de intermediários dos chefes nativos, que atuavam em instituições municipais aos moldes ibéricos, a saber, os cabildos, as confrarias e as milícias. Este texto aborda particularmente a figura dos auxiliares indígenas dos missionários. Ao iniciar uma redução, os jesuítas geralmente treinavam alguns caciques para exercerem a tarefa de catequistas; com o tempo, educavam os filhos dos chefes destacados e algumas crianças escolhidas entre os índios comuns e cativos para formar, através deles, um grupo seleto de “fiscais da doutrina”, sacristãos e músicos. Também estimulavam a constituição de confrarias, em que apenas os índios de comportamento exemplar e provada devoção religiosa podiam participar. Em todos os casos, esses índios atuavam como mediadores entre duas culturas. O presente estudo estabelece uma análise de situações e casos relevantes sucedidos nas missões de Maynas, Mojos e Chiquitos. O argumento central consiste em demonstrar que, ao depender de agentes indígenas para viabilizar a tradução da doutrina cristã aos neófitos, os jesuítas não podiam desterrar completamente certas práticas e representações que asseguravam a legitimidade dos seus mediadores. Assim, era comum que costumes nativos, como festas e danças, se introduzissem em celebrações cristãs. Do mesmo modo, a delegação aos mesmos índios da tarefa de catequizar conduzia a formas híbridas de apropriação da doutrina cristã. This article analyzes indigenous participation in the expansion of the Christian doctrine in western Amazonian Jesuit missions. When starting a reduction, Jesuits usually trained some chiefs to serve as catechists. Over time, Jesuits educated the sons of indigenous leaders and chose some of the children of common and captive Indians to form a select group of “prosecutors of the doctrine” (fiscales de doctrina), sextons, and musicians. Priests also encouraged the establishment of confraternities in which only virtuous and devout Indians could participate. This article focuses on the Spanish Jesuit missions of Maynas, Mojos and Chiquitos. I argue that by relying on indigenous agents to facilitate the translation of Christian doctrine to neophytes, Jesuits could not completely banish certain practices and representations that ensured the legitimacy of their mediators

    Com o diabo no corpo: os terríveis papagaios do Brasil colônia

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    Desde a Antiguidade, papagaios, periquitos e afins (Psittacidae) fascinaram os europeus por seu vivo colorido e uma notável capacidade de interação com seres humanos. A descoberta do Novo Mundo nada faria além de acrescentar novos elementos ao tráfico de animais exóticos há muito estabelecido pelos europeus com a África e o Oriente. Sem possuir grandes mamíferos, a América tropical participaria desse comércio com o que tinha de mais atrativo, essencialmente felinos, primatas e aves - em particular os papagaios, os quais eram embarcados em bom número. Contudo, a julgar pelos documentos do Brasil colônia, esses voláteis podiam inspirar muito pouca simpatia, pois nenhum outro animal - exceto as formigas - foi tantas vezes mencionado como praga para a agricultura. Além disso, alguns psitácidas mostravam-se tão loquazes que inspiravam a séria desconfiança de serem animais demoníacos ou possessos, pois só três classes de entidades - anjos, homens e demônios - possuíam o dom da palavra. Nos dias de hoje, vários representantes dos Psittacidae ainda constituem uma ameaça para a agricultura, enquanto os indivíduos muito faladores continuam despertando a suspeita de estarem possuídos pelo demônio. Transcendendo a mera curiosidade, essa crença exemplifica o quão intrincadas podem ser as relações do homem com o chamado “mundo natural”, revelando um universo mais amplo e multifacetado do que se poderia supor a princípio. Nesse sentido, a existência de aves capazes de falar torna essa relação ainda mais complexa e evidencia que as dificuldades de estabelecer o limite entre o animal e o humano se estendem além dos primatas e envolvem as mais inusitadas espécies zoológicas.Since ancient times, parrots and their allies (Psittacidae) have fascinated Europeans by their striking colors and notable ability to interact with human beings. The discovery of the New World added new species to the international exotic animal trade, which for many centuries had brought beasts to Europe from Africa and the Orient. Lacking large mammals, tropical America participated in this trade with its most appealing species, essentially felines, primates and birds - especially parrots - which were shipped in large numbers. It should be noted, however, that at times these birds were not well liked. In fact, according to documents from colonial Brazil, only the ants rank higher than parrots as the animals most often mentioned as agricultural pests. On the other hand, some of these birds were so chatty that people suspected them to be demonic or possessed animals, since only three classes of beings - angels, men and demons - have the ability to speak. Nowadays, several Psittacidae still constitute a threat to agriculture, and the suspicion that extremely talkative birds were demon possessed has also survived. More than a joke or a mere curiosity, this belief exemplifies how intricate man’s relationships with the “natural world” may be. In this sense, the existence of birds that are able to speak adds a further twist to these relationships, demonstrating that the problem of establishing a boundary between the animal and the human does not only involve primates, but also includes some unusual zoological species

    Mediators of the sacred: native auxiliaries of the Jesuit Missionaries in the Western Amazon (c. 1638-1767)

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    Este artigo analisa a participação indígena na difusão da doutrina cristã nas missões jesuíticas instaladas na Amazônia ocidental. Estudiosos têm destacado, nas últimas décadas, o papel de intermediários dos chefes nativos, que atuavam em instituições municipais aos moldes ibéricos, a saber, os cabildos, as confrarias e as milícias. Este texto aborda particularmente a figura dos auxiliares indígenas dos missionários. Ao iniciar uma redução, os jesuítas geralmente treinavam alguns caciques para exercerem a tarefa de catequistas; com o tempo, educavam os filhos dos chefes destacados e algumas crianças escolhidas entre os índios comuns e cativos para formar, através deles, um grupo seleto de “fiscais da doutrina”, sacristãos e músicos. Também estimulavam a constituição de confrarias, em que apenas os índios de comportamento exemplar e provada devoção religiosa podiam participar. Em todos os casos, esses índios atuavam como mediadores entre duas culturas. O presente estudo estabelece uma análise de situações e casos relevantes sucedidos nas missões de Maynas, Mojos e Chiquitos. O argumento central consiste em demonstrar que, ao depender de agentes indígenas para viabilizar a tradução da doutrina cristã aos neófitos, os jesuítas não podiam desterrar completamente certas práticas e representações que asseguravam a legitimidade dos seus mediadores. Assim, era comum que costumes nativos, como festas e danças, se introduzissem em celebrações cristãs. Do mesmo modo, a delegação aos mesmos índios da tarefa de catequizar conduzia a formas híbridas de apropriação da doutrina cristã

    Los "Señores de los ríos" y sus alianzas políticas

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    El objetivo de este texto es analizar la compleja trama de interrelaciones políticas, de guerra y de paz, entre los grupos étnicos nativos y los adventicios implicados en el movimiento de las Monzones. Para ello, utilizo, como base de mis reflexiones, un texto sobre el asalto habido en 1730 en el cual el grupo Payaguá atacó la monzón del Ouvidor Lanhas Peixoto, que conducía el quinto Real de las minas de Cuiabá a São Paulo. A través del enfoque de las interacciones y las alianzas políticas entre las poblaciones implicadas, espero explorar el potencial heurístico del concepto de frontera, revisando la noción oficial de la ¿conquista¿
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