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    Bresser-Pereira e a teoria do novo-desenvolvimentismo

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    O CONCEITO DE INDIVIDUALISMO METODOLÓGICO EM HAYEK REVISITADO

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    Hayek defendeu, ao longo de sua carreira, o individualismo metodológico como o método mais adequado para as ciências sociais. Sua formulação acerca do individualismo é, todavia, ambígua, oferecendo desafios aos intérpretes de sua obra. O presente artigo busca apresentar uma leitura acerca da constituição do indivíduo hayekiano, baseada na teoria da formação das percepções e no problema do conhecimento, ambos propostos pelo austríaco. Julga-se que a união entre essas duas abordagens permite um entendimento mais claro acerca do conceito de individualismo, tal qual Hayek o concebia. Busca-se, adicionalmente, salientar algumas das limitações enfrentadas pela sua formulação, posicionando-a no pano de fundo das intenções analíticas do autor.Hayek proposed, all along his career, that the methodological individualism approach is the most adequate method for the social sciences. However, his work on the issue is a source of ambiguities, which offered challenges to the interpreters of his writings. This paper seeks to present an assessment of the constitution of the Hayekian individual, based upon his theory of the formation of perceptions and the problem of knowledge, both proposed by the austrian author. It is argued that the association of these two approaches allows a clearer understanding of the concept of individualism, as Hayek conceived it. In addition, this paper tries to single out some limitations faced by his individualist proposal, fitting it in the background of the analytical intentions of the author

    EQUILIBRIUM, KNOWLEDGE AND THE NON-NEUTRALITY OF MONEY IN HAYEK

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    O presente artigo busca ilustrar uma passagem notória da história dopensamento econômico, a saber, os fundamentos monetários da crítica de Hayek aoconceito de equilíbrio. Analisam-se as possíveis repercussões, em nível teórico, que talcrítica impôs à percepção do autor austríaco no que se refere ao papel da moeda naeconomia. Isso somente se torna possível pela associação entre moeda e conhecimento,empreendida por Hayek já em sua teoria dos ciclos econômicos. A articulação dessesconceitos – desenvolvidos independentemente ao longo da trajetória acadêmica doaustríaco – permite visualizar, a partir de uma perspectiva diferenciada, a questão daneutralidade da moeda.This paper seeks to illustrate a notorious chapter in the history of economicthought, that is, the monetary foundations of Hayek´s criticism of the concept of equilibrium.We then analyze the likely theoretical repercussions imposed by this criticism on theAustrian´s own perception regarding the role of money in the economy. This only becomespossible through the association between money and knowledge, which was tried by Hayekalready earlier in his theory of the business cycle. The articulation of these concepts – whichwere themselves developed independently of each other along Hayek´s academic career –throws new light, from a different perspective – on the problem of the neutrality of money

    Brasil, uma sociedade que não aprende: novas perspectivas para discutir ciência, tecnologia e inovação

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    Economic development is a structural transformation that takes people from agriculture to industry and then to modern services; a process known as an “industrial revolution”. Brazil was able to move on with this process until the 1980s; midway, the economy stalled and then regressed. Its productive system moved towards diversification and increased complexity until the 2000s, then it regressed and started to specialize in less complex products. We have turned the economy of bakers, hairdressers, manicurists and shopkeepers, namely: non-scalable services, with limited productivity and scant technological development. This paper reflects on the causes of this technological regress, based on the new economy of complexity, exploring concepts such as network externality, agglomeration economies and increasing returns to scale to understand how Brazil can escape its comparative (dis) advantages so as to become a learning society.O desenvolvimento econômico é uma transformação estrutural que leva pessoas da agricultura para indústria e depois para os serviços modernos; um processo conhecido como “revolução industrial”. O Brasil consegui avançar muito neste processo até os anos 1980; chegou ao meio do caminho, parou e depois comecou a regredir. Seu sistema produtivo caminhou no sentido de diversificação e aumento da complexidade até os anos 2000, depois regrediu e voltou a se espcializar em produtos menos complexos. Viramos a economia da padaria, dos cabeleireiros, das manicures e dos lojistas de shopping: serviços não escaláveis, sem produtividade, sem desenvolvimento tecnológico. O presente artigo discute as causas deste processo de regresso tecnológico do país, apoiando-se na nova economia da complexidade, explorando conceitos como externalidade em rede, economias de aglomeração e retornos crescentes à escala para compreender como o Brasil pode escapar de suas (des)vantagens comparativas para tornar-se uma sociedade que aprende

    Determinantes da duração do Ministro da Fazenda no Brasil de 1994 a 2017 a partir de um modelo Weibull

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    O Ministério da Fazenda é o principal órgão planejador de políticas econômicas nacionais, responsável por administrar e executar o orçamento e o repasse aos demais ministérios. O planejamento econômico nacional é essencial para obter resultados futuros favoráveis de desempenho econômico. E, como chefe ministerial, o Ministro da Fazenda assume papel decisivo nas formulações dessas políticas e os resultados obtidos deveriam refletir na sua permanência no cargo. O objetivo do presente trabalho é analisar os determinantes para a duração de um Ministro da Fazenda no Brasil, dado o recente período de instabilidade econômica e política e a substituição de três Ministros da Fazenda em menos de 18 meses.  Dessa forma, a partir da implementação do Plano Real são analisadas quais variáveis macroeconômicas e políticas são consideradas relevantes para a duração do ministro da Fazenda. Para isso, utiliza-se o modelo de duração Weibull com seleção das variáveis relevantes pelo algoritmo stepwise. Dentre os resultados observados, concluiu-se que as taxas de inflação e juros, variáveis ligadas ao poder de compra em relação ao exterior, a aprovação do governo e a mudança de presidente são relevantes para a permanência do ministro no cargo

    A evolução do conceito de inércia inflacionária no Brasil

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    This work aims to contribute to the wider body of research in history of economics in Brazil by focusing on the conceptual evolution of inflation inertia. Its motivation lies in the conceptual gap that appeared, following disinflation in 1994, between the stabilization debates carried out in the 1980s and the way economists in Brazil began to describe downwardly rigid inflation patterns from the 1990s onwards. More precisely, we explore the \"inertial inflation episode\" as a chapter in a longer tradition of adaptations, to country-specific realities, of theoretical influences coming from the economics profession at the international level, in the late 1970s, when the inertial inflation hypothesis was brought to the fore. Our narrative reveals that this stubborn inflationary phenomenon had been previously dealt with in the debates in Latin America about growth and inflation back in the 1950s and 1960s, where a host of contributions sprung from various traditions, which were gradually synthesized by the saw-tooth model of real wages, also known as Simonsen-Pazos mechanism. We analyze the recurrent opposition between a monetarist- and a heterodox structuralist-type of thinking in their two rounds, in the 1950s and again in the 1980s. The connection between these two opposing schools is operated by the contributions by Mario Henrique Simonsen and the self-declared neo-structuralist economists at PUC-Rio. Based on a careful and detailed analysis of the latter\'s modeling strategies and conclusions, we show that, along the 1980s, these economists gradually shift towards a more ecumenical approach, inviting monetarist elements into their analyses while downplaying the relevance of the inertial component. Finally, when the 1990s came, the rise of a macroeconomic consensus began to conceptualize \"inflation inertia\" as the time delay between a real or monetary shock and the response by price level changes, leaving the concept of \"inflation persistence\" to account for the deviations of inflation away from its equilibrium value, a view that undergirds how most Brazilian economists now understand this phenomenon. We assess how \"inflation inertia\" has been understood in the aftermath of the monetary reform in Brazil in 1994, by analyzing the backstage papers that circulated within the economic team in charge of the Real Plan. We conclude that there are elements of continuity between the two rounds as regards the concept of inertia, but that they are now stripped of their previous dense historical and institutional substance.O presente trabalho busca contribuir para a literatura de história do pensamento econômico brasileiro, ao estudar a transformação do conceito de inércia inflacionária no Brasil desde os debates sobre estabilização na década de 1980 até o período pós-Real, mudança essa que permanece inexplicada pela literatura. Mais precisamente, o trabalho busca verificar a hipótese de que a inflação inercial não passou de um episódio de uma longa tradição de adaptações teóricas de influências oriundas de economistas estrangeiros, em especial na década de 1970, quando a hipótese de uma inflação inercial foi levantada. Nossa narrativa revela que o fenômeno da rigidez inflacionária já havia sido previamente compreendido e teorizado nos debates na América Latina, nas décadas de 1950 e 1960, quando inúmeras contribuições foram eventualmente sintentizadas no modelo de rendas contratuais sob inflação no formato de \"dente-de-serra\", ou o assim chamado mecanismo Simonsen-Pazos. A narrativa adota a controvérsia entre monetaristas e estruturalistas em seus dois momentos como eixo da análise, para mostrar como o desaparecimento dessa oposição coincide com a emergência do consenso macroeconômico em escala internacional. Baseando-se em uma análise cuidadosa e detalhada das contribuições dos economistas neo-estruturalistas da PUC-Rio e da onipresente influência de Simonsen como um sintetizador das contenciosas escolas, o trabalho apresenta evidências documentais de uma transformação estruturalista da segunda geração. Ao longo dos anos 1980, esses economistas gradualmente convergiram para uma abordagem mais ecumênica com relação aos monetaristas, reduzindo a importância do componente inercial da inflação e ampliando a relevância de aspectos usualmente associados à ortodoxia econômica. Finalmente, no período pós-Real, passa a predominar no país um conceito de inércia inflacionária que constrasta com a visão anterior dos economistas atuando no referido plano de estabilização. Esse novo conceito está associado à emergência da \"nova síntese neoclássica\", na qual a inércia é compreendida como o atraso na resposta dos níveis de preço a choques monetários ou reais, enquanto o conceito de persistência inflacionária representa desvios duradouros da inflação com relação ao seu nível de equilíbrio. Para compreender se essa mudança pode ser considerada uma ruptura com relação ao passado, analisam-se os artigos que circularam nos bastidores do Plano Real dentro da equipe econômica. Nosso trabalho conclui que há elementos de continuidade entre os dois momentos no que se refere ao conceito de inércia, os quais aparecem agora com uma representação analítica desprovida da substância histórica e institucional que o conceito outrora abarcava

    A persistência da indexação no Brasil pós-Real

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    The paper analyzes the shortcomings of the Real Plan combining political science and economics, considering evidences on difficulties in implementing a complete plan of deindexation, namely: the distributional conflict, the corporatist relations between the State and society and the bureaucratic isolation of a highly specialized technocracy. The announcement of the plan triggered defensive reactions, fueling distributive tensions during the URV period, forcing the economic team to take measures that contradicted the overall guidelines followed. The persistence of indexation mechanisms indicate the resulting obstacles in seeking a reform of the State through a stabilization plan, even though the latter has the former as a precondition

    EQUILÍBRIO, CONHECIMENTO E A NÃO NEUTRALIDADE DA MOEDA EM HAYEK

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    This paper seeks to illustrate a notorious chapter in the history of economicthought, that is, the monetary foundations of Hayek´s criticism of the concept of equilibrium.We then analyze the likely theoretical repercussions imposed by this criticism on theAustrian´s own perception regarding the role of money in the economy. This only becomespossible through the association between money and knowledge, which was tried by Hayekalready earlier in his theory of the business cycle. The articulation of these concepts – whichwere themselves developed independently of each other along Hayek´s academic career –throws new light, from a different perspective – on the problem of the neutrality of money.O presente artigo busca ilustrar uma passagem notória da história dopensamento econômico, a saber, os fundamentos monetários da crítica de Hayek aoconceito de equilíbrio. Analisam-se as possíveis repercussões, em nível teórico, que talcrítica impôs à percepção do autor austríaco no que se refere ao papel da moeda naeconomia. Isso somente se torna possível pela associação entre moeda e conhecimento,empreendida por Hayek já em sua teoria dos ciclos econômicos. A articulação dessesconceitos – desenvolvidos independentemente ao longo da trajetória acadêmica doaustríaco – permite visualizar, a partir de uma perspectiva diferenciada, a questão daneutralidade da moeda
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