32 research outputs found

    Modernidade, universalismo e assimetrias

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    This paper is an invitation to reflect about SoftwareEngineering (SE) in what concerns the widely known “universal” models. However, such aninvitation can be extended to include a reflection about the great asymmetry between the FirstWorld, which centralizes the scientific and technological development, that is, the SE “universal”models, and peripheral countries, apparently granted the role of consumers of such models. Tomake this invitation attractive, the paper is based on one specific Brazilian case – that of a publiccorporation – because its problems and solutions, as recognized and proposed by local SE alongthe 1970s, 1980s and 1990s, repeat the same problems and solutions as identified by North-American SE 20 years before.Keywords: sociotechnical approach, software engineering.Este artigo convida a uma reflexão sobre a Engenharia de Software (ES) no que diz respeito à sua crença na difusão dos modelos ditos “universais”. No entanto, tal convite pode ser estendido até mesmo para a reflexão acerca da grande assimetria entre os países do Primeiro Mundo, que centralizam o desenvolvimento científico e tecnológico, portanto dos modelos “universais”, e os países periféricos, aparentemente fadados ao papel de consumidores de tais modelos. Para tanto, partiu-se da inspiração advinda de um caso pontual onde a contraposição da história da informática de uma estatal brasileira com a história da ES norte-americana revela uma grande coincidência de problemas e soluções ao longo dos anos 1970, 1980 e 1990, porém defasados por 20 anos.Palavras-chave: abordagem sociotécnica, engenharia de software

    Um Olhar Sociotécnico sobre a Engenharia de Software

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    As novas tecnologias modificam a forma e a substância do controle, da participação e da coesão social. Porém, ao fazê-lo, são também modificadas pela experiência social, de sorte que o técnico e o social constituem um movimento de "co-modificação", somente percebido por uma aproximação concomitantemente social e técnica, por um olhar sociotécnico. O artigo pretende apresentar algumas das principais características deste olhar, bem como discutir os desafios que coloca para a engenharia de software.New technologies modify the form and the substance of social control, participation and cohesion. However, as they modify, they are also modified by social practices in such a way it is possible to argue that social and technical dimensions constitute a process of mutual construction, only apprehended through an approach simultaneously social and technical, trough a sociotechnical frame. This article presents some of this frame’s main features, as well as its challenges to software engineering

    Histórias da informática no Brasil: por uma perspectiva local, situada e múltipla

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    Este artigo tem como objetivo refletir sobre a existência de um espaço para a memória e para o futuro da informática no Brasil em termos de histórias da informática, como formulação plural articulada a uma perspectiva local e situada para o campo disciplinar da história da informática. Na primeira parte do artigo, problematizamos as qualidades de singularidade, coesão e universalidade que parecem emergir das reflexões historiográficas de pesquisadores estadunidenses do campo. Em particular, defendemos que tais qualidades não se sustentam, através do destaque ao aspecto local e situado da comunidade estadunidense de historiadores/as da informática, isto é, sua endogenia relativa. Em seguida, o artigo se volta à comunidade de historiadores/as da informática brasileiros/as reunidos/as nos Simpósios de História da Informática na América Latina e Caribe (SHIALC), destacando seus vínculos e sua produção. Em particular, abrimos um diálogo com perspectivas dos Estudos CTS que têm procurado refletir sobre as tensões/relações Norte-Sul/Global-Local/Universal- Situado e apontamos para a construção de uma informática (ou computação) (pós/de)colonial ou para um pensamento sobre a tecnociência em territórios como a América Latina que supere a ideia de mágica importada.Sociedad Argentina de Informática e Investigación Operativ

    Cotidianos de Manguinhos

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    O artigo trata do dia-a-dia do Instituto de Manguinhos nas primeiras décadas do século 20, com destaque para as relações de trabalho no interior dos laboratórios. Aquele cotidiano revela que, apesar de sua pequenez, o quadro técnico-científico derivava sua extraordinária produtividade da diversidade de suas atividades. Tratava-se de pessoal dotado de excepcional flexibilidade tanto na ação quanto na eleição de seu objeto de estudo. Dito em bom português, o cientista de Manguinhos era um faz-tudo. Uma hipótese quanto à tamanha flexibilidade relaciona-se à compreensão da ciência local enquanto parte das práticas culturais locais. Seguindo a trilha aberta pelo conceito de homem cordial, conforme definido por Sergio Buarque de Holanda em seu Raízes do Brasil, pode-se perguntar se existiria em Manguinhos a ciência que lhe decorre, a saber, a ciência cordial. O artigo oferece algumas possibilidades de resposta a partir do exame das relações que se estabeleceram entre os cientistas e seus ‘subalternos’, os ajudantes de pesquisa, nas quais o rigor e o formalismo das práticas científicas de laboratório conviveram com relações patriarcais tipicamente brasileiras

    “Não é que os conhecimentos especializados não sirvam, mas que eles deixam buracos na sua visão de mundo”

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    Foi pela vivência de pesquisa no exterior que Ivan da Costa Marques tomou consciência da dependência tecnológica do Brasil. Foi na pesquisa no Brasil que ele vivenciou a reserva do mercado de minicomputadores como uma linha de fuga da dependência tecnológica, o que para ele seria, para o Brasil, uma aproximação autônoma da modernidade. Foi refletindo sobre como o sucesso dessa linha de fuga se transformou em fracasso que da Costa Marques se deu conta de que as explicações disciplinares, fossem da engenharia, da economia ou mesmo da sociologia, tinham sempre hipóteses e opções implícitas de valores que tendiam a reforçar o modo de ver dos países ditos desenvolvidos. Depois, continuando a estudar e pesquisar sobre as limitações dessa linha de fuga, chegou aos Estudos de ciência, tecnologia e sociedade e situou os Estudos de ciência, tecnologia e sociedade como uma poderosa ferramenta daqueles que estão engajados na superação da colonialidade nas periferias do Ocidente

    “Não é que os conhecimentos especializados não sirvam, mas que eles deixam buracos na sua visão de mundo”

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    Ivan da Costa Marques became aware of Brazil's technological dependence through research experience abroad. And through research within the country, based on an autonomous approach to modernity for Brazil, he discovered that the reserves of the minicomputer market could be a vanishing point from technological dependence. With his reflection on how the success of this escape line became a failure, Costa Marques realized that disciplinary explanations from engineering, economics, or even sociology, always had implicit assumptions and value choices that reinforced the view of the so-called developed countries. Thus, the study of the limitations of this vanishing point led to Science, Technology and Society Studies that situated them as a powerful tool for overcoming coloniality in the peripheries of the West.Foi pela vivência de pesquisa no exterior que Ivan da Costa Marques tomou consciência da dependência tecnológica do Brasil. Foi na pesquisa no Brasil que ele vivenciou a reserva do mercado de minicomputadores como uma linha de fuga da dependência tecnológica, o que para ele seria, para o Brasil, uma aproximação autônoma da modernidade. Foi refletindo sobre como o sucesso dessa linha de fuga se transformou em fracasso que da Costa Marques se deu conta de que as explicações disciplinares, fossem da engenharia, da economia ou mesmo da sociologia, tinham sempre hipóteses e opções implícitas de valores que tendiam a reforçar o modo de ver dos países ditos desenvolvidos. Depois, continuando a estudar e pesquisar sobre as limitações dessa linha de fuga, chegou aos Estudos de ciência, tecnologia e sociedade e situou os Estudos de ciência, tecnologia e sociedade como uma poderosa ferramenta daqueles que estão engajados na superação da colonialidade nas periferias do Ocidente

    LIBRASOffice: uma história do desenvolvimento de uma interface do LibreOffice na Língua Brasileira de Sinais

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    Esse artigo conta a história do desenvolvimento do LIBRASOffice, uma versão modificada da suíte de escritório de código aberto LibreOffice, que nasce como um projeto discente em uma disciplina do curso de Engenharia de Computação e Informação da UFRJ. Posteriormente é abraçado por um laboratório da universidade, transforma-se em um projeto de extensão e é desenvolvido de forma participativa em conjunto com uma escola pública do Centro do Rio de Janeiro. Nessa história pretende-se mostrar as potencialidades da extensão quando esta caminha de mãos dadas com ensino e com a realidade que existe no entorno da universidade.Sociedad Argentina de Informática e Investigación Operativ
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