Educomunicação e saúde coletiva: pensando a comunicação como princípio para saúde e cidadania

Comunicación oral presentada en el 3er Congreso Internacional de Comunicación en Salud (3ICHC), celebrado los días 19 y 20 de octubre de 2017 en la Universidad Carlos III de Madrid.Este texto aproxima Educomunicação e Saúde Coletiva para pensar a Comunicação como direito que qualifica o cuidado em saúde que promova cidadania. A Educomunicação surge como paradigma discursivo transverso, que se estrutura de modo processual, midiático e transdisciplinar, que ressignifica a comunicação no processo educativo, voltada para uma educação emancipatória, que rompe com a narrativa dominante associada ao consumo. A Saúde Coletiva entende a saúde como produto da história, da cultura, das condições de vida e trabalho, da subjetividade; expressão de vitalidade, que extrapola as condições biológica. O social ajuda a compreender o cuidado, inscreve nos corpos uma marca, constituindo um corpo socialmente informado, que absorve padrões, estilos e influências. Porém, é necessário reconhecer em nossa sociedade padrões específicos de corpo e vida, pautados por práticas e saberes da medicina contemporânea, na qual vigora um imaginário de saúde como prestação de serviços altamente tecnificados (CECCIM et al., 2008/2009), onde o hospital ocuparia o topo de uma hierarquia de trabalho, reafirmando o conhecimento científico como normatizador das práticas sociais. Pensar o direito à comunicação vai além do acesso à informação de qualidade, pressupõe protagonismo e participação direta do cidadão, que tem o poder de comunicar e se fazer ouvir. O espaço da educomunicação, em geral, é no âmbito da escola, porém ela pode ocupar outros pontos estratégicos para a produção de cidadania no coletivo. A Educomunicação, com seu foco na educação, converge com a Comunicação em Saúde, no seu processo de educar para o pleno exercício do cuidado. Cabe ampliar teoricamente as discussões comuns, de modo a promover empoderamento, bem como estimular a produção de conteúdos com um foco educativo consciente sobre saúde

Infância na Pesquisa em Comunicação no Brasil: teses e dissertações de 1970 a 2020

This article presents results of the research Communication and Childhood, which aimed to identify, in the scientific academic field of Communication, the production of knowledge about childhood. We present a general summary of the collection of Theses and Dissertations defended in Brazil from 1970 to 2020, a period that marks 50 years of the history of Post-Graduate Programs in the area since the year of its creation. Based on quantitative and qualitative data, the methodology involved collection in repositories, use of the Excel program, NVIVO software, and structuring of categories created from the perspective of Sociology of Childhood. Among the main highlights, we evidenced childhood as an object of research little explored in the field and the need to structure theories and methodologies to qualify future research.Este artículo presenta los resultados de la investigación Comunicación e Infancia, que tuvo como objetivo identificar, en el campo académico científico de la Comunicación, la producción de conocimiento sobre la infancia. Presentamos un resumen general del acervo de Tesis y Disertaciones defendidas en Brasil desde 1970 hasta 2020, período que marca 50 años de historia de los Programas de Posgrado en el área desde el año de su creación. A partir de datos cuantitativos y cualitativos, la metodología involucró recolección en repositorios, uso del programa Excel, software NVIVO y estructuración de categorías creadas desde la perspectiva de la Sociología de la Infancia. Entre los principales destaques, destacamos la infancia como objeto de investigación poco explorado en el campo y la necesidad de estructurar teorías y metodologías para calificar futuras investigaciones.Este artigo apresenta resultados da pesquisa Comunicação e Infância, que objetivou identificar, no campo acadêmico científico da Comunicação, a produção de conhecimento sobre a infância. Apresentamos síntese geral da coleta das Teses e Dissertações defendidas no Brasil de 1970 a 2020, período que marca 50 anos de história dos Programas de Pós-Graduação na área desde o ano de sua criação. Embasada em dados quantitativos e qualitativos, a metodologia envolveu coleta em repositórios, uso do programa Excel, do software NVIVO, e estruturação de categorias criadas a partir da perspectiva da Sociologia da Infância. Dentre os principais destaques, evidenciamos a infância como objeto de pesquisa pouco explorado no campo e a necessidade de estruturar teorias e metodologias para qualificar futuras pesquisas

O processo de territorialização do MST em São Gabriel - RS: das lutas por transformações ao emergir da (re)criação camponesa

Diferentes agentes sociais protagonizam a produção do espaço rural brasileiro e, a partir das múltiplas relações de poder que estabelecem, constroem distintos territórios dentro de um território marcado pela hegemonia capitalista. Na conflitualidade de tais relações, a questão agrária brasileira assume a configuração de uma disputa por territórios. Tal premissa possibilita inferir que em São Gabriel, município situado na metade sul do Rio Grande do Sul, denominada região da Campanha Gaúcha, encontra-se uma das expressões dessa configuração, pois, neste município em que, historicamente, o latifúndio e o agronegócio assumem a hegemonia na produção do espaço rural, o Movimento dos Trabalhares Rurais Sem Terra (MST) tem protagonizado a luta pela transformação do mesmo. Assim, o presente trabalho objetiva compreender como os processos de luta inerentes à territorialização do MST propiciam a (re)criação do campesinato como um modo de vida e classe social na medida em que se (re)constroem frações do território. Como resultados preliminares, aponta-se que na conquista dos assentamentos rurais, ocorre um processo de reconstrução de frações do território. A partir das relações sociais que estabelecem entre si e com a exterioridade, os assentados do MST (re)criam a condição de camponeses, experimentando mudanças em suas relações econômico-sociais, políticoideológicas e simbólico-culturais, as quais se manifestam no movimento de apropriação do espaço

2020 NAS TELAS: escola online para crianças em fase de alfabetização

Este artigo pretende compartilhar pesquisa sobre a adaptação da escola às telas no cenário pandêmico de 2020 para promover reflexões sobre educação online para crianças em fase de alfabetização. Através de pesquisa-ação realizada pelo LabGim, acompanhou-se a experiência de uma escola privada de Porto Alegre, com crianças em fase de alfabetização, no período de 26 de março a 15 de maio de 2020, sobre a qual pretende-se apresentar as análises deste cenário. Com ênfase na identificação de duas problematizações (I e II) acerca da mediação por tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) na reestruturação das estratégias de continuidade das aulas, foram realizadas coletas e análises de dados em três diferentes dimensões comunicacionais (emissor, mensagem e receptor), todas elas servindo de base para a ação exercida diretamente com a equipe pedagógica da escola. Como resultado principal, identificamos três temporadas distintas na adaptação da escola e das crianças naquele período (Primeira Temporada PT, Temporada de Transição TT e Segunda Temporada ST), evidenciando as condições essenciais da educação online para crianças desta faixa etária e deste ano escolar pela possibilidade de configuração de estratégias comunicacionais de mediação online promotoras de experiências de estar junto virtual

Tecnologia educacional e sala de aula: a Robótica Educacional e a Expressão Gráfica integradas no ensino e aprendizado de Matemática

Este artigo é o resultado de uma pesquisa que procurou mostrar como aRobótica Educacional pode ser integrada em sala de aula na educação básica. Para isso, foi desenvolvido um circuito que aplica conceitos e conteúdos de geometria, tais como: ângulos; ângulos suplementares, opostos pelo vértice, alternos internos; polígonos; hexágono regular; triângulo retângulo; teorema de Pitágoras; trigonometria; outros. Com a finalidade de verificar a receptividade dos futuros profissionais da educação matemática frente a essa tecnologia, este trabalho foi aplicado e realizado com acadêmicos do curso de licenciatura de Matemática da Universidade Federal do Paraná. Todos os conceitos utilizados nesta pesquisa fazem parte dos conteúdos curriculares do ensino médio. Essa escolha se deu por ser o nível mais próximo aos acadêmicos do ensino superior. Na sequência, foram sugeridas algumas abordagens dos conteúdos trabalhados para o ensino fundamental, mostrando que o circuito desenvolvido pode ser aplicado nos diversos níveis da educação básica. De maneira geral, os participantes se mostraram receptivos a essa tecnologia e afirmaram que a utilizariam em sala de aula se houvessem materiais disponíveis na instituição de ensino

BIODIVERSIDADE: INICIATIVAS POPULARES DO MOVIMENTO ESTUDANTIL NACIONAL DA BIOLOGIA

Diante de um provável cenário de colapso ambiental, diversas iniciativas em defesa da biodiversidade e da vida surgem em um amplo campo de correlações de força na sociedade. Apesar de que o movimento estudantil nacional da biologia colabora na promoção da discussão de temas relacionados àbiodiversidade, são escassos os trabalhos na literatura que abordam as contribuições desse movimento na discussão da temática biodiversidade. No presente artigo, objetivou-se conduzir uma discussão acerca da temática biodiversidade e, concomitantemente, destacar algumas ações do movimentoestudantil nacional da biologia em defesa da biodiversidade e da vida. Em um primeiro momento, discutiu-se que a biodiversidade presta diversos serviços ecossistêmicos fundamentais para a manutenção da vida na Terra, e que as ações antrópicas impactam os seus indicadores. Em sequência, discutiu-se que a defesa da conservação da biodiversidade encontra-se nas ações e nos princípiosdefendidos pelo movimento estudantil nacional da biologia. Conclui-se que as ações em defesa da biodiversidade constituem-se em iniciativas populares de caráter emancipatório