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Três movimentos para problematizar o trabalho no Contemporâne
Este artigo aborda as transformações contemporâneas associadas à reestruturação produtiva que marcou a passagem do modelo de acumulação taylorista-fordista para o de acumulação flexível de capital, bem como algumas ferramentas conceituais visando à análise dos modos como os sujeitos vivenciam e dão sentido às experiências de trabalho. Por fim, aborda os desafios colocados à criação de estratégias clínico-políticas, de modo a promover tanto a transformação das situações laborais quanto uma análise de como estamos fazendo a experiência de nós mesmos em meio ao trabalho no contemporâneo.This article approaches the contemporary transformations associated with the productive restructuring that marked the passage from the taylorist-fordist accumulation model to the model of flexible accumulation of capital, as well as some conceptual tools aiming at analyzing how individuals experience and give meaning to the work experiences. Lastly, it discusses the challenges to the creation of clinical-political strategies to promote both the transformation of work situations and an analysis of how we are making the experience of ourselves in the midst of the work realm in contemporaneity
(Tecno)poéticas da atividade - artesanias por entre imagem, trabalho e subjetivação
Neste artigo abordamos o emprego de tecnologias digitais de imagem em pesquisas que se voltam para o tema trabalho e subjetivação. Partindo da Metodologia de Autoconfrontação Simples e Cruzada proposta em Clínica da Atividade, tecemos indagações quanto às peculiaridades da experimentação imagética na pesquisa. Apresentamos, inicialmente, a Clínica da Atividade e a metodologia da Autoconfrontação. A seguir, discutimos os percursos da imagem pelo corpo em uma conversa com Bergson e Deleuze, bem como abordamos a imagem videográfica do ponto de vista de suas particularidades tecnológicas na pesquisa da atividade. Finalizamos com o realce das imagens enquanto complexos de sensações não redutíveis à significação discursiva mas que jogam com o plano da linguagem, um papel crucial na análise da atividade de trabalho
Psychology, Work, Management?
Este artigo trata dos sistemas de racionalidade que sustentam as práticas em Psicologia do Trabalho, entendendo que eles são emergentes de um feixe de forças sociais ligadas a determinados regimes de verdade que contornam sua consistência e operacionalidade em uma época. Discutimos se, em tempos de Sociedade de Controle, as modulações produzidas no campo social estariam promovendo a emergência de uma Psicologia que se poderia chamar “da Gestão”, essa uma psicologia alinhada com as novas estratégias de gerenciamento que marcam o trabalho contemporâneo. Por fim, tecemos considerações a respeito do trabalho enquanto atividade exaltando que cada trabalhador é gestor de seu trabalho, lançando, assim, novas questões no que tange às intrincadas relações entre psicologia, gestão e processos de capitalização subjetiva que marcam os modos de trabalho contemporâneos.This paper concerns with rationality systems into which practices in Work Psychology are grounded, considering that these emerge from a sheaf of social forces linked to determined truth regimes that delimit their consistency and operability in time. Here, we discuss if in times of Societies of Control, the social field modulations are producing the emergence of what we could call a Psychology “of Management”. That would be a psychology aligned with the new managerial strategies which are a characteristic of contemporary work. At last, we weave considerations concerning work as activity, pointing out that each worker is a manager of his own work; in this way, new questions emerge on what concerns the intricate relation between psychology, management and subjective capitalization processes featured in the contemporary ways of work
Three movements to problematize the work in contemporaneity
Este artigo aborda as transformações contemporâneas associadas à reestruturação produtiva que marcou a passagem do modelo de acumulação taylorista-fordista para o de acumulação flexível de capital, bem como algumas ferramentas conceituais visando à análise dos modos como os sujeitos vivenciam e dão sentido às experiências de trabalho. Por fim, aborda os desafios colocados à criação de estratégias clínico-políticas, de modo a promover tanto a transformação das situações laborais quanto uma análise de como estamos fazendo a experiência de nós mesmos em meio ao trabalho no contemporâneo.This article approaches the contemporary transformations associated with the productive restructuring that marked the passage from the taylorist-fordist accumulation model to the model of flexible accumulation of capital, as well as some conceptual tools aiming at analyzing how individuals experience and give meaning to the work experiences. Lastly, it discusses the challenges to the creation of clinical-political strategies to promote both the transformation of work situations and an analysis of how we are making the experience of ourselves in the midst of the work realm in contemporaneity
Entre Prisões da Imagem, Imagens da Prisão: um dispositivo tecno-poético para uma clínica do trabalho
Esta tese aborda dois temas centrais imagem e subjetivação, os quais desdobram-se em três
outros temas transversos: trabalho, que ganha a cena nesta tese enquanto atividade, clínica, a qual
pensamos por entre as formulações da Clínica da Atividade e procedimentos de Crítica e Clínica e
tecnologias digitais de imagem, em seus potenciais de estetização de si e do trabalho. Situada em
uma Casa Albergue Feminino, destinada a mulheres que cumprem pena em regime semi-aberto, a
pesquisa teve como objetivo geral a criação de um campo de experimentação da atividade prisio-
nal pelo emprego de recursos tecnológicos de videografia digital junto a trabalhadoras agentes do
sistema penitenciário. Assim, o eixo da tese consiste no dispositivo que propusemos para disparar
uma análise das situações de trabalho na prisão, o qual intitulamos Tenco-Poético de Análise da
Atividade, para fins de confrontação com situações do trabalho na prisão por meio do uso de câ-
mera de vídeo e de computadores para edição de imagens. Exploramos, então, as peculiaridades
da atividade de produção de imagens sobre o trabalho prisional ressaltando as imbricações entre
ver, pensar e falar visando suas potencialidades para deflagrar um processo de pensamento por
imagens acerca da atividade de trabalho, o que caracteriza uma vertente metodológica no percur-
so desta tese. Dedicamo-nos ainda, uma vertente teórica, pela qual operamos um tensionamento
conceitual visando abrir veredas no que se refere à construção de possibilidades para uma Clínica
do Trabalho valendo-se das ferramentas analíticas da Filosofia da Diferença, da Ergologia e da Clí-
nica da Atividade, que enfatize a afirmação do que está em vias de diferir no plano do pensamento
no curso das atividades de trabalho, enlaçando os planos dos fazeres profissionais, das tramas
institucionais e da subjetivação. Buscando uma espécie de expansão do poder de ver que, as cenas
produzidas pelas agentes com o uso da câmera e do software de edição, dão o testemunho de um
processo pelo qual o pensamento sobre a atividade prisional foi acionado pelo próprio dispositivo
imagético
Clínicas de trabajo en tiempos de pandemia
The present article addresses the effects of the pandemic on the labor world, based on the Clinical Labor field's perspective. Some of the new issues about changes in processes such as work organization, work experience and ethical-political-aesthetic implications in these processes were herein mapped. Ethical-political-aesthetic implications are herein understood as the ways actions focused on male and female workers are taken, on collectivization and/or individualization processes to be put in place, not to mention the statute ruling the ways of life yet be created. It also analyzes what Labor Clinic can do during the pandemic, as well as the modulations necessary in the clinical labor field to deal with the new urgencies of our time. It emphasizes the importance of following the normativity experienced in and through labor as an activity in times of intense transformations in labor processes due to the Covid-19 health crisis.O artigo aborda os efeitos da pandemia no mundo do trabalho na perspectiva do campo Clínico do Trabalho. Mapeiam-se algumas das novas questões que se apresentam em termos de mudança nos modos de organização do trabalho, experiência do labor e implicações ético-político-estéticas nesse processo. Por estas últimas, entendem-se os modos como o agir no mundo entre trabalhadoras e trabalhadores vai se desenhar, os processos de coletivização e/ou individualização que serão produzidos, bem como o estatuto dos modos de vida que serão criados. Analisa-se, ainda, o que pode a Clínica do Trabalho na pandemia, bem como quais são as modulações necessárias no campo clínico do trabalho tendo em vista as novas urgências de nosso tempo. Exaltamos a importância de acompanhar a normatividade experimentada no e pelo trabalho como atividade nesse momento de intensas transformações dos processos de trabalho em razão da crise sanitária da Covid-19.El artículo aborda los efectos de la pandemia en el mundo del trabajo desde la perspectiva del campo del trabajo clínico. Se mapean algunas de las nuevas preguntas que se plantean en términos de cambio en las formas de organización del trabajo, experiencia laboral e implicaciones ético-político-estéticas en este proceso. Por este último entendemos las formas en que se diseñará la acción en el mundo entre trabajadores y trabajadoras, los procesos de colectivización y/o individualización que se producirán, así como el estado de las formas de vida que se crearán. También analiza qué puede hacer la Clínica del Trabajo en la pandemia, así como cuáles son las modulaciones necesarias en el campo clínico del trabajo en vista de las nuevas urgencias de nuestro tiempo, entre las cuales destacamos la importancia de seguir la normatividad experimentada en el y para el trabajo como actividad, en este momento de intensas transformaciones en los procesos laborales debido a la crisis de salud de Covid-19
QUANDO A MORTE É O COMEÇO DA ATIVIDADE: ANÁLISE DO TRABALHO PERICIAL SOB O PONTO DE VISTA DA CLÍNICA DA ATIVIDADE
Este artigo, sob o enfoque da Clínica da Atividade, analisa conteúdos do cotidiano laboral de trabalhadores da área pericial envolvendo situações de morte. Embasado em conceitos como gênero, estilo, atividade, ampliação e amputação do poder de agir, são abordadas vivências de profissionais do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Este órgão, no Rio Grande do Sul, é responsável por realizar perícias médico-legais e criminalísticas. Pelo contato e acompanhamento do dia-a-dia de trabalho destes profissionais, foi possível contatar a intensidade de paradoxos como vida x morte e real x prescrito na realização de suas atribuições. Através das análises e questionamentos apresentados neste artigo, busca-se a experimentação do trabalho enquanto acontecimento, possibilitando ao sujeito um campo ativo para criações e potencializações de modos de fazer e existir. A vivência afectiva das provações diárias criam possibilidades de atuação para estes profissionais e transformam o objeto de seu trabalho, o fim, em processo
Work, professional development, and politics in debate in an intervention-research in a Basic Health Unit in Porto Alegre (RS)
This article discusses the relationship between work, professional development, and politics based on an intervention-research experience conducted with workers of a Basic Health Unit in the city of Porto Alegre. We begin by positioning the “work-education-politics” triad, outlining our understanding of this relationship. Next, we present the main theoretical-methodological operators used in this research, highlighting the use of cartography and the device of the instruction to the double. Finally, we developed excerpts of the analyzed material with the proposed conceptual and methodological operators, indicating that the analysis of the activity leads to posing problems to the knowledge built at work, constituting other ways of working in the midst of debates that involve decisions related to the impacts of the work for the workers and the territory where they work. We conclude, based on the investigation carried out, that the construction of knowledge when working is not only a weaving of itself, or of knowledge, but also, and necessarily, of the policy itself, since living the/in/through work, normalizing the processes again, implies weaving the modes to live together.Este artigo coloca em debate a relação entre trabalho, formação e política a partir de uma experiência de pesquisa-intervenção realizada com trabalhadores de uma Unidade Básica de Saúde do município de Porto Alegre. Iniciamos posicionando a tríade “trabalho-formação-política” esboçando a compreensão que temos dessa relação. A seguir, apresentamos os principais operadores teórico-metodológicos utilizados na pesquisa, destacando o emprego da cartografia e o dispositivo da instrução ao sósia. Por fim, desenvolvemos trechos do material analisado por meio dos operadores conceituais e metodológicos propostos, indicando que a análise da atividade suscita a colocação de problemas aos saberes construídos no trabalho, constituindo outras maneiras de trabalhar em meio a debates que envolvem decisões relacionadas aos impactos do trabalho para os trabalhadores e o território onde atuam. Concluímos, com base na investigação feita, que a construção de saberes ao trabalhar não é somente uma tessitura de si ou de saberes, mas também, e necessariamente, da própria política, visto que viver o/no/pelo trabalho, renormatizando os processos, implica a tessitura dos modos de viver em conjunto
Cartografiando la actividad del educador de uno refugio institucional
Este artigo versa sobre uma pesquisa-intervenção que investigou a atividade de trabalho do educador em um abrigo da cidade de Porto Alegre (RS). Analisando o trabalho como atividade, operou-se com as abordagens clínicas do trabalho da Ergologia e da Clínica da Atividade. Como estratégia metodológica, seguiram-se pistas do método da cartografia usando as seguintes estratégias: participação nas rotinas e proposição de coletivos de análise do trabalho com os educadores do abrigo. A atividade desses trabalhadores implica a gestão dos afetos engendrados nas relações com os acolhidos e demais trabalhadores, que nenhuma dimensão prescritiva é capaz de antecipar. Devido ao vazio de normativas acerca dos modos operatórios do trabalho de educar, o coletivo de trabalho configura-se como recurso para o enfrentamento das provações do real. Apontam-se, assim, espaços coletivos dos trabalhadores que catalisam análises acerca de sua atividade laboral.This article deals with an intervention research that investigated the work activity of the educator in a shelter in the city of Porto Alegre (RS). Analyzing the work as an activity, we operated with the clinical approaches of Ergology and Clinic of Activity. As a methodological strategy, the following cartographic strategies were used: participation in the routines and proposition of collective analysis of the work with the shelter educators. The activity of these workers implies the management of the affections engendered in the relations with the sheltered ones and other workers that no prescriptive dimension is able to anticipate. Faced with the emptiness of normative about the operative modes of the work of educating, the collective of work configures itself as a resource to face the probations of the real. Thus, collective spaces of the workers that catalyze analyzes about their work activity are pointed out.Este artículo versa sobre una investigación-intervención que pesquisó la actividad de trabajo del educador en un refugio de la ciudad de Porto Alegre (RS). Analizando el trabajo como actividad, se operó con los abordajes clínicos del trabajo de la Ergología y de la Clínica de la Actividad. Como estrategia metodológica, se siguieron pistas del método de la cartografía, usando las siguientes estrategias: participación en las rutinas y proposición de colectivos de análisis del trabajo junto a los educadores del refugio. La actividad de esos trabajadores implica la gestión de los afectos engendrados en las relaciones con los acogidos y demás trabajadores, que ninguna dimensión prescriptiva es capaz de anticipar. Ante el vacío de normativas acerca de los modos operatorios del trabajo de educar, el colectivo de trabajo se configura como recurso para el enfrentamiento de las pruebas de lo real. Se apunta, así, espacios colectivos de los trabajadores que catalizan análisis acerca de su actividad laboral
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