6 research outputs found

    Interviews with artists as a device for contention and the discursive dispute in the 1960s and 1970s

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    This article proposes to reflect on the role of interviews with artists as a contention device in the interaction between two subjects, considering that the desire to apprehend works of art through their various ways turns the artist’s word into a privileged object. That can be seen by understanding the context of the 1960s/1970s, when a discursive dispute took place in the field of art as artists claim speech spaces. Artists’ words are not the truth about their works, since they are as historically, socially and culturally determined as the works themselves; therefore, interviews can be seen as mechanisms that open meaning-making and expand it in the crossing of internal and external views about artistic practice

    Fotografia E Práticas Artísticas: Os Discursos Dos Artistas Nos Anos 1960 E 1970

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    Este trabalho apresenta uma investigação sobre a fotografia produzida por artistas nos anos 1960 e 1970, a partir de uma análise discursiva dos textos que os próprios artistas escreveram na época. Proponho que a especificidade da concepção de fotografia dos anos 1960 e 1970 é resultado de um processo complexo: habitando uma exterioridade selvagem da disciplina das artes visuais naquele momento, a fotografia é escolhida por artistas como uma estratégia importante em uma disputa discursiva pelas definições de arte que resulta na sua formação como objeto para a disciplina das artes visuais. Esta investigação se desdobra em três capítulos: As Fontes de Pesquisa;  A Fotografia-Qualquer;  Fotografia e Prática Artística – os Discursos dos Artistas nos Anos 1960 e 1970. No primeiro capítulo desenvolvo uma discussão sobre o texto de artista e sua relevância para a compreensão da arte produzida nas décadas de 1960 e 1970, pela análise comparativa de quatro livros que reúnem textos de artistas da época, com o intuito de explicitar o modo como estes escritos são incluídos no campo teórico das artes visuais, pela sua republicação, que se coloca como uma reapresentação (com um consequente deslocamento de seus contextos originais, edição e, muitas vezes, recortes), o que interfere em sua existência e significado para o conhecimento artístico. Nos capítulos 2 e 3, apresento o resultado de uma investigação que teve como objetivo extrair dos discursos dos artistas, datados dos anos 1960 e 1970, qual o papel que a fotografia desempenhava em suas práticas artísticas no contexto maior da arte daquele período. Persigo a ideia da fotografia como um dispositivo de despersonalização do Artista como gênio criador, como figura especial que produz objetos especiais e, portanto, distingue-se das outras pessoas. Esta qualidade da fotografia-qualquer é enfatizada em textos de artistas dos referidos anos em uma celebração da possibilidade da anti-arte que resultava da utilização da fotografia como medium, na apropriação do que havia de menos especial para a produção de imagens e se contrapunha à arte que eles chamavam de tradicional ou convencional. Ainda centralizo minha atenção, nos textos dos artistas, no modo como eles abordam seus trabalhos, a fim de destilar daí três papéis que a fotografia pode desempenhar em suas práticas artísticas: a fotografia como documento; a fotografia integrada à prática artística; a fotografia como trabalho de arte. Enquanto tendências extraídas dos modos de apropriação da fotografia como medium para a produção, esses agrupamentos têm a função de organizar, por semelhança e diferença, as abordagens discursivas dos artistas sobre suas práticas, a partir de como eles elaboraram seu fazer e determinaram o lócus de seu trabalho – em outras palavras, o que, para cada um deles, constitui o trabalho de arte propriamente dito em meio aos vários elementos que compõem sua prática artística. A fotografia na arte existe em virtude do discurso – tanto visual quanto textual – que a toma como objeto, e, neste sentido, estava sendo inventada para aquele momento, nos escritos e trabalhos dos artistas. A presença da fotografia na prática artística das décadas de 1960 e 1970, abordada a partir dos discursos dos artistas, revelou-se como um processo complexo de estabelecimento da fotografia como um objeto para o saber artístico, do qual se pode falar e para o qual se forma um vocabulário específico, possibilitando que ela se coloque como mais um medium para a produção artística, entre outros e em relação a eles

    A entrevista com artistas como dispositivo de embate e a disputa discursiva dos anos 1960 e 1970

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    Este artigo propõe uma reflexão sobre a entrevista com artistas como dispositivo de embate na interação de dois sujeitos, tendo em vista que o desejo por apreender trabalhos de arte por suas diversas vias, torna a palavra do artista objeto privilegiado. Algo que pode ser vislumbrado pela compreensão do contexto dos anos 1960/70 quando uma disputa discursiva no campo da arte se dá pela reivindicação dos artistas pelos espaços de fala. A palavra do artista não é uma verdade sobre o trabalho, pois tão determinada histórica, social e culturalmente como ele; assim, a entrevista pode ser compreendida como um mecanismo que abre a produção de sentido e a expande no cruzamento das visões interna e externa de uma prática artística

    Thomas Demand e suas alegorias da intenção; "exclusão" em Candida Höfer, Hiroshi Sugimoto, e Thomas Struth

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    Em 2008, com a publicação de Why Photography Matters as Art as Never Before, Michael Fried retoma as discussões iniciadas em “Arte e Objetidade”, ensaio de 1967, em especial a ideia de "absorção" ou antiteatralidade da arte, suposta característica da arte modernista em contraposição à minimalista/ literalista. Fried debate a questão da "presença", argumentando em prol da antiteatralidade, considerando a "absorção" como a principal qualidade nos trabalhos fotográficos de Thomas Struth, Thomas Demand, Cândida Höfer entre outros, sobretudo no capítulo 9, aqui traduzido. A partir de uma minuciosa descrição e da análise formal das imagens, Fried encontra parâmetros para consolidar seu principal argumento: a capacidade de "absorção" da fotografias.

    Fotografia e práticas artísticas : os discursos dos artistas nos anos 1960 e 1970

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    Este trabalho apresenta uma investigação sobre a fotografia produzida por artistas nos anos 1960 e 1970, a partir de uma análise discursiva dos textos que os próprios artistas escreveram na época. Proponho que a especificidade da concepção de fotografia dos anos 1960 e 1970 é resultado de um processo complexo: habitando uma exterioridade selvagem da disciplina das artes visuais naquele momento, a fotografia é escolhida por artistas como uma estratégia importante em uma disputa discursiva pelas definições de arte que resulta na sua formação como objeto para a disciplina das artes visuais. Esta investigação se desdobra em três capítulos: As Fontes de Pesquisa; A Fotografia-Qualquer; Fotografia e Práticas Artísticas – os Discursos dos Artistas nos Anos 1960 e 1970. No primeiro capítulo desenvolvo uma discussão sobre o texto de artista e sua relevância para a compreensão da arte produzida nas décadas de 1960 e 1970, pela análise comparativa de quatro livros que reúnem textos de artistas da época, com o intuito de explicitar o modo como estes escritos são incluídos no campo teórico das artes visuais, pela sua republicação, que se coloca como uma reapresentação (com um consequente deslocamento de seus contextos originais, edição e, muitas vezes, recortes), o que interfere em sua existência e significado para o conhecimento artístico. Nos capítulos 2 e 3, apresento o resultado de uma investigação que teve como objetivo extrair dos discursos dos artistas, datados dos anos 1960 e 1970, qual o papel que a fotografia desempenhava em suas práticas artísticas no contexto maior da arte daquele período. Persigo a ideia da fotografia como um dispositivo de despersonalização do artista como gênio criador, como figura especial que produz objetos especiais e, portanto, distingue-se das outras pessoas. Esta qualidade da fotografia-qualquer é enfatizada em textos de artistas dos referidos anos em uma celebração da possibilidade da anti-arte que resultava da utilização da fotografia como medium, na apropriação do que havia de menos especial em termos de técnica e material para a produção de imagens e se contrapunha à arte que eles chamavam de tradicional ou convencional. Ainda centralizo minha atenção, nos textos dos artistas, no modo como eles abordam seus trabalhos, a fim de destilar daí três papéis que a fotografia pode desempenhar em suas práticas artísticas: a fotografia como documento; a fotografia integrada à prática artística; a fotografia como trabalho de arte. Enquanto tendências extraídas dos modos de apropriação da fotografia como medium para a produção, esses agrupamentos têm a função de organizar, por semelhança e diferença, as abordagens discursivas dos artistas sobre suas práticas, a partir de como eles elaboraram seu fazer e determinaram o lócus de seu trabalho – em outras palavras, o que, para cada um deles, constitui o trabalho de arte propriamente dito em meio aos vários elementos que compõem sua prática artística. A fotografia na arte existe em virtude do discurso – tanto visual quanto textual – que a toma como objeto, e, neste sentido, estava sendo inventada para aquele momento, nos escritos e trabalhos dos artistas. A presença da fotografia na prática artística das décadas de 1960 e 1970, abordada a partir dos discursos dos artistas, revelou-se como um processo complexo de estabelecimento da fotografia como um objeto para o saber artístico, do qual se pode falar e para o qual se forma um vocabulário específico, possibilitando que ela se coloque como mais um medium para a produção artística, entre outros e em relação a eles.This thesis presents an investigation into the photography produced by artists in the 1960s and 1970s, based on a discursive analysis of texts that the artists themselves wrote at the time. I propose that the specificity of the conception of photography from the 1960s and 1970s is the outcome of a complex process: inhabiting a wild exteriority of the visual arts discipline at that moment, photography is chosen by artists as an important strategy in a discursive dispute for definitions of art which results in its constitution as an object to the visual arts discipline. This investigation unfolds in three chapters: Sources of Research; The Photography-Whatever; Photography and Artistic Practices – Discourses of Artists in the Years 1960 and 1970. In the first chapter I carry out a discussion on the artist’s text and its relevance for understanding the art produced in the 1960s and 1970s, by means of a comparative analysis of four books that gather texts of artists of the time, in order to clarify how these writings are included in the theoretical field of visual arts, through their republication, which arises as a re-presentation (with a consequent displacement from their original contexts, editing, and often cuts), and so interferes with their existence and meaning for the artistic knowledge. In chapters 2 and 3, I present the result of a research that seeks to extract, from speeches of artists dating from the 1960s and 1970s, the role played by photography in their artistic practices in the larger context of art of that period. I pursue the idea of photography as a device of depersonalization of the artist as creative genius, as a special character who produces special objects and therefore distinguishes himself from other people. Such quality of the photography-whatever is stressed in texts of artists from those years in a celebration of the possibility of anti-art that resulted from the usage of photography as a medium, through an appropriation of the least special techniques and materials available at that time for the production of pictures and was opposed to the art that they called traditional or conventional. I also focus my attention, in the artists’ texts, in how they approach their own work, in order to withdraw three roles that photography can play in their artistic practices: the photograph as a document; the photograph integrated into the artistic practice; the photograph as an art work. While trends drawn from the ways of appropriation of photography as a medium for production, these groups have the task of organizing, by similarity and difference, the discursive approaches of the artists about their practices, based on how they developed their doing and determined the locus of their work – in other words, that which, for each of them, constitutes the work of art itself among the various elements that comprise his artistic practice. Photography in the arts exists by virtue of the discourse – both visual and textual – that takes it as an object, and in this sense it was being invented for that time, in the writings and works of the artists. The presence of photography in the artistic practice in the 1960s and 1970s, approached by means of a research into the discourses of artists, has shown itself as a complex establishment process of photography as an object to the artistic knowledge, an object of which one can speak and for which a specific vocabulary is formed, enabling it to place itself as a new medium among others (and in relation to them) for artistic production

    Interviews with artists as a device for contention and the discursive dispute in the 1960s and 1970s

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    This article proposes to reflect on the role of interviews with artists as a contention device in the interaction between two subjects, considering that the desire to apprehend works of art through their various ways turns the artist’s word into a privileged object. That can be seen by understanding the context of the 1960s/1970s, when a discursive dispute took place in the field of art as artists claim speech spaces. Artists’ words are not the truth about their works, since they are as historically, socially and culturally determined as the works themselves; therefore, interviews can be seen as mechanisms that open meaning-making and expand it in the crossing of internal and external views about artistic practice
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