21 research outputs found

    Efeitos da rega e do regime hídrico em olival super intensivo no Alentejo

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    O presente estudo caracteriza os efeitos de uma condução típica de rega em olival super-intensivo (1,35 x 3,75 m) na região de Évora (Alentejo) e em solo Cambissolo Êutrico (WRB, 1998). Analisa-se o regime hídrico praticado em dois tratamentos de rega, normal (FI) e deficitário (DI), este com redução da dotação de rega depois do endurecimento do caroço e seus efeitos sobre a transpiração, a humidade do solo e o potencial hídrico, um parâmetro fisiológico indicador do estado hídrico da cultura. Analisam-se os resultados de transpiração potencial do olival obtidos com o modelo de condutância estomática global da copa de Orgaz et al. (2007) aplicado ao modelo “big leaf” de Penman Monteith (Jones, 1992). Analisa-se também a possibilidade de prever a transpiração do olival com os valores do índice de vegetação NDVI estimados de assinaturas espectrais do olival, obtidos por detecção remota através dos sensores instalados nos satélites Landsat Thematic Mapper e Terra. Em relação ao regime hídrico da rega normal (FI), o regime hídrico da rega deficitária (DI) apresentou progressiva severidade no défice hídrico das oliveiras, com diminuição nos valores da transpiração e redução nos valores da humidade do solo e do potencial hídrico da cultura. A rega normal apresentou também défice hídrico moderado nos meses de julho e agosto, ainda que menos pronunciado que no observado para o tratamento de rega deficitário. Os resultados dos modelos de Orgaz et al. (2007) e “big leaf” de Penman-Monteith indicam que uma vez validados poderão ser usados para prever a transpiração potencial do olival super-intensivo no Alentejo. A baixa correlação entre a transpiração e os valores do índice de vegetação NDVI durante o período de rega inviabiliza a possibilidade de se prever a transpiração do olival através da detecção remota de reflectâncias espectrais relacionadas com o NDVI

    A comparative study of pelvic floor muscle training in women with multiple sclerosis: its impact on lower urinary tract symptoms and quality of life

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    OBJECTIVE: To compare pelvic floor muscle training and a sham procedure for the treatment of lower urinary tract symptoms and quality of life in women with multiple sclerosis. METHODS: Thirty-five female patients with multiple sclerosis were randomized into two groups: a treatment group (n = 18) and a sham group (n = 17). The evaluation included use of the Overactive Bladder Questionnaire, Medical Outcomes Study Short Form 36, International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form, and Qualiveen questionnaire. The intervention was performed twice per week for 12 weeks in both groups. The treatment group underwent pelvic floor muscle training with assistance from a vaginal perineometer and instructions to practice the exercises daily at home. The sham group received a treatment consisting of introducing a perineometer inside the vagina with no exercises required. Pre- and post-intervention data were recorded. RESULTS: The evaluation results of the two groups were similar at baseline. At the end of the treatment, the treatment group reported fewer storage and voiding symptoms than the sham group. Furthermore, the differences found between the groups were significant improvements in the following scores in the treatment group: Overactive Bladder Questionnaire, International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form, and the General Quality of Life, and Specific Impact of Urinary Problems domains of the Qualiveen questionnaire. CONCLUSIONS: The improvement of lower urinary tract symptoms had a positive effect on the quality of life of women with multiple sclerosis who underwent pelvic floor muscle training, as the disease-specific of quality of life questionnaires demonstrated. This study reinforces the importance of assessing quality of life to judge the effectiveness of a treatment intervention

    Estudo comparativo, prospectivo e randomizado entre uroterapia e tratamento farmacológico em crianças com incontinência urinária

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    OBJECTIVE: To verify and compare the results of behavioral modification plus pelvic floor muscle training and behavioral modifications plus oxybutynin chloride in children with nonmonosymptomatic enuresis. METHODS: A total of 47 children were randomized using opaque and sealed envelopes sequentially numbered. Group I was composed of 21 children who underwent antimuscarinic treatment (oxybutynin), and Group II was composed of 26 patients who underwent pelvic floor muscle training. Both groups were instructed as to behavioral modifications. RESULTS: The voiding diary results were compared each month between Groups I and II. In the first month of treatment, children in Group I presented 12.2 dry nights, 13.4 in the second month, and 15.9 in the last month. In Group II, the results were: 14.9 dry nights in the first month, 20.8 dry nights in the second and 24.0 dry nights in the last month. There was a significant difference between the groups in second and third months. CONCLUSION: Pelvic floor exercises associated with behavioral changes were more effective than pharmacological treatment in children with urinary incontinence.OBJETIVO: Verificar e comparar os resultados da modificação comportamental associado ao treinamento dos músculos do assoalho pélvico e modificação comportamental associado ao uso de cloridrato de oxibutinina em crianças com enurese não monossintomática. MÉTODOS: Foram randomizadas 47 crianças por meio de envelopes opacos e selados com numeração sequencial. O Grupo I foi composto por 21 crianças que receberam tratamento com antimuscarínico (oxibutinina) e o Grupo II por 26 pacientes que receberam treinamento dos músculos do assoalho pélvico. Ambos os grupos foram instruídos em relação à modificação comportamental. RESULTADOS: Os resultados do diário miccional foram comparados cada mês entre os Grupos I e II. No primeiro mês de tratamento, as crianças do Grupo I apresentaram 12,2 noites secas, 13,4 no segundo mês e 15,9 no último mês. No Grupo II, os resultados foram: 14,9 noites secas no primeiro mês, 20,8 no segundo mês e 24,0 no último mês. Houve diferença significativa entre os grupos no segundo e no terceiro mês. CONCLUSÃO: Os exercícios do assoalho pélvico associados a mudança comportamental foram mais efetivos do que o tratamento farmacológico em crianças com incontinência urinária.20320

    Risk factors for postpartum urinary incontinence

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    Investigar os fatores de risco para a incontinência urinária (IU) no puerpério e as suas características. MÉTODO: Trata-se de estudo caso-controle com 344 puérperas (77 casos e 267 controles), com até 90 dias pós-parto. Foi aplicado, em um único momento, um questionário para os dados sociodemográficos e clínicos, e dois outros para avaliar a perda urinária, situações de perda e o tipo de IU. RESULTADOS: Apresentaram IU de esforço 45,5%, perda urinária diversas vezes ao dia 44,2%, sendo 71,4% em pequena quantidade e 57,1% ao tossir ou espirrar. Em 70,1% dos casos a IU iniciou-se na gestação e permaneceu no puerpério. Ao ajustar-se um modelo de regressão logística binária, apenas IU na gestação (OR 12,82, IC 95% 6,94 - 23,81, p<0,0001), multiparidade (OR 2,26, IC 95% 1,22 - 4,19, p=0,009), idade gestacional no parto maior ou igual a 37 semanas (OR 2,52, IC 95% 1,16 - 5,46, p=0,02) e constipação (OR 1,94, IC 95% 1,05 - 5,46, p=0,035) permaneceram no modelo final. CONCLUSÃO: A IU iniciou-se frequentemente na gestação e permaneceu no puerpério. A presença de IU na gestação, multiparidade, idade gestacional no parto maior ou igual a 37 semanas e constipação foram fatores de risco. No grupo estudado a IU de esforço foi a mais frequente502200207To investigate the risk factors for postpartum urinary incontinence (UI) and its characteristics. METHOD: This was a case-control study with 344 puerperal women (77 cases and 267 controls) with up to 90 days postpartum. In a single session, participants were given a questionnaire with sociodemographic and clinical data and two others that assessed urine leakage, leakage situations, and type of UI. RESULTS: Stress UI was present in 45.5% of the women, incidents of urine leakage several times a day in 44.2%, of which 71.4% were in small amounts and 57.1% when coughing or sneezing. In 70.1% of cases, UI began during pregnancy and remained through the postpartum period. After running a binary logistic regression model, the following factors remained in the final model: UI during pregnancy (OR 12.82, CI 95% 6.94 - 23.81, p<0.0001), multiparity (OR 2.26, CI 95% 1.22 - 4.19, p=0.009), gestational age at birth greater or equal to 37 weeks (OR 2.52, CI 95% 1.16 - 5.46, p=0.02) and constipation (OR 1.94, CI 95% 1.05 - 5.46, p=0.035). CONCLUSION: Most often, UI first appeared during pregnancy and remained through the postpartum period. Urinary incontinence during pregnancy, multiparity, gestational age at birth greater or equal to 37 weeks, and constipation were presented as risk factors. In the studied group, stress UI was more frequen

    X Conferência Internacional de Geomorfologia da IAG (Coimbra, 12 a 16 de setembro de 2022)

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    Por decisão das estruturas diretivas da IAG (Associação Internacional de Geomorfólogos) tomada na Índia, em 2017, aquando da realização da IX Conferência Internacional de Geomor fologia, a Conferência Internacional seguinte seria realizada em Portugal, mais exatamente na cidade de Coimbra, no ano de 2021. Fomos contactados para o efeito e aceitámos este desafio que se antevia complexo e difícil, mas que sabíamos que ir ia prestigiar a Geomorfologia portuguesa e, no seu seio, os geomorfólogos da nossa Universidade

    Resposta do Olival Intensivo e Super-Intensivo a Dois Regimes de Rega: Parâmetros Fisiológicos, Produção e Qualidade

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    O olival de regadio tem tido grande expansão nos últimos anos no Alentejo, sendo a administração da rega mais adequada às necessidades hídricas um dos fatores determinantes da sua boa gestão. No presente trabalho, avaliou-se a resposta de duas variedades de Olea europaea, Cobrançosa e Arbequina, em regime intensivo e super- intensivo, respetivamente, a duas dotações de rega, a normalmente utilizada pelo agricultor (RA) e outra experimental, com dotações acima (RA+) ou abaixo (RA−) das praticados em RA. Mediram-se os principais parâmetros hídricos das plantas e o teor em clorofilas, e registou-se a assinatura espectral em folhas adultas e jovens, ao meio- dia solar, em três épocas do ano, primavera, final do verão e inverno de 2011. Em Outubro foi feita a colheita, tendo-se quantificado a produção em termos de produção total e teor de óleo na matéria seca, e a qualidade do azeite em termos de acidez e oxidação. Face aos resultados, conclui-se que no olival intensivo de Cobrançosa, na rega experimental (RA+), acima da praticada pelo agricultor, não se verificou diferenças significativas na produção total nem no teor de óleo na matéria seca. Não se verificaram também diferenças significativas entre as regas nos parâmetros hídricos avaliados. Quanto ao olival super-intensivo de Arbequina, a rega experimental (RA−), deficitária relativamente à do agricultor (RA), acarretou menor produção, associada a menor teor relativo de água nas folhas, potenciais hídricos mais negativos e menor condutância estomática no final do verão e inverno, mantendo-se no entanto o teor de óleo nos frutos. O teor em clorofilas e alguns índices de vegetação foram influenciados pelo regime de rega apenas em algumas das datas. Nos dois olivais, as regas experimentais não influenciaram a qualidade do azeite, tendo-se obtido azeites extra virgem com propriedades semelhantes aos das modalidades RA. O estudo prossegue em 2012

    Comparison of transcutaneous tibial nerve stimulation and intravaginal neuromuscular electrical stimulation in the treatment of lower urinary tract symptoms in women with multiple sclerosis

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    Orientador: Carlos Arturo Levi D'AnconaTexto em português e inglêsTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Objetivos: O objetivo do presente estudo foi comparar as duas modalidades de eletroterapia mais utilizadas na prática clínica para o tratamento de sintomas do trato urinário inferior (STUI), a eletroestimulação transcutânea do nervo tibial e eletroestimulação intravaginal, em mulheres com esclerose múltipla (EM) bem como investigar a influência na função sexual e Qualidade de Vida (QV). Métodos: Foi realizado um ensaio clínico prospectivo, randomizado e cego, composto por trinta mulheres com EM e STUI alocadas aleatoriamente em um dos três grupos e foram tratadas durante 12 semanas: Grupo I: treinamento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) com biofeedback eletromiográfico (EMG) e eletroestimulação placebo (GI, n= 10), Grupo II: treinamento dos MAP com biofeedback EMG e eletroestimulação intravaginal (GII, n= 10), Grupo III: treinamento dos MAP com biofeedback EMG e eletroestimulação transcutânea do nervo tibial (GIII, n= 10). As avaliações, realizadas antes e após o tratamento, foram: teste do absorvente de 24 horas, diário miccional de três dias, função dos MAP de acordo com o esquema PERFECT, tônus e habilidade de relaxamento dos MAP, flexibilidade da abertura vaginal e estudo urodinâmico que avaliou a capacidade cistométrica máxima, complacência da bexiga, amplitude máxima da hiperatividade detrusora, fluxo máximo (Qmax), pressão do detrusor no Qmax e volume residual pós-miccional. Foram utilizados os questionários: OAB-V8, ICIQ-SF, Qualiveen e, o questionário de sexualidade, FSFI. Resultados: Após o tratamento, todos os grupos apresentaram redução no peso dos absorventes e redução dos episódios de urgência e urge incontinência. Apresentaram melhora em todos os domínios do esquema PERFECT, diminuição da pontuação dos questionários OAB-V8, ICIQ-SF e aumento na pontuação dos domínios excitação, lubrificação vaginal, satisfação no escore total do questionário FSFI. GII melhorou significantemente quando comparado à GI e GIII em relação ao tônus, flexibilidade e capacidade de relaxamento dos MAP e na pontuação do questionário OAB-V8. Conclusão: Os resultados sugerem que o treinamento dos MAP isoladamente ou em combinação com a eletroestimulação transcutânea do nervo tibial ou eletroestimulação intravaginal é eficaz no tratamento de STUI e função sexual de mulheres com EM, sendo que a combinação do treinamento dos MAP com a eletroestimulação intravaginal oferece vantagens adicionais na redução do tônus muscular e STUIAbstract: Objectives: The aim of this study is to compare two methods of electrotherapy, most used in clinical practice for the treatment of lower urinary tract symptoms (LUTS), the transcutaneous tibial nerve electrostimulation and intravaginal electrostimulation in women with multiple sclerosis (MS) and its influence on sexual function and Quality of Life (QOL) of these women. Methods: A prospective, randomized, blinded clinical trial was carried out. Thirty women with MS and LUTS were randomly allocated into one of three groups and received treatment for 12 weeks: Group I: pelvic floor muscle training (PFMT) with electromyographic (EMG) biofeedback and sham electrostimulation (GI, n=10), Group II: PFMT with EMG biofeedback and intravaginal electrostimulation (GII, n=10), Group III: PFMT with EMG biofeedback and transcutaneous tibial nerve stimulation (GIII, n=10). Assessments, performed before and after the treatment, included: 24 hours pad test, three days bladder diary, PFM functioning according to the PERFECT scheme, tone and ability to relax PFM, flexibility of vaginal opening and maximum cystometric capacity, bladder compliance, maximum amplitude of detrusor overactivity, maximum flow rate (Qmax), detrusor pressure at Qmax and post-void residual volume outcomes of urodynamic study. The questionnaires included: OAB-V8, ICIQ-SF, Qualiveen and, the questionnaire of sexuality, FSFI. Results: After treatment, all groups showed a reduction in pad weight and reduced episodes of urgency and urge incontinence. They also showed improvements in all domains of the PERFECT scheme, decreased scores of OAB-V8 and ICIQ-SF questionnaires and increased scores of arousal, vaginal lubrication, satisfaction and total score domains of FSFI questionnaire. GII was significantly improved when compared to GI and GIII related to tone, flexibility and relaxation of PFM and, also, in the score of OAB-V8 questionnaire. Conclusion: The results suggest that PFMT alone or in combination with intravaginal electrostimulation or transcutaneous tibial nerve electrostimulation is effective in the treatment of LUTS and sexual function in MS patients, with the combination of PFMT and intravaginal electrostimulation offering some advantage in the reduction of muscle tone and LUTSDoutoradoFisiopatologia CirúrgicaDoutora em Ciência
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